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Livro Eletrônico. Ebooks: desafios e efeitos na cadeia dos livros A história dos livros eletrônicos. http://bogliolo.eci.ufmg.br bogliolo@eci.ufmg.br. A história dos livros eletrônicos Ebooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4).
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Livro Eletrônico Ebooks: desafios e efeitos na cadeia dos livros A história dos livros eletrônicos http://bogliolo.eci.ufmg.br bogliolo@eci.ufmg.br
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) A gênese dos dispositivos de livros eletrônicos se dá em 1945 quando Vannevar Bush previu o Memex (Memory Extension) em seu artigo “As We May Think”. Bush imagina o Memex como um dispositivo em que um indivíduo armazenaria todos os seus livros, registros e comunicações, e que poderia ser consultado com velocidade e flexibilidade. Seria um grande suplemento à sua própria memória. O Memex foi concebido como uma mesa na qual conteúdo em microfilme poderia ser lido. Esse conteúdo seria catalogado e poderia ser visualizado uma vez informado um código específico. Várias telas estavam incorporadas ao modelo de modo que múltiplos documentos poderiam ser visualizados simultaneamente. Bush considerou ainda a ideia de um índice do conteúdo, de relacionar os documentos por hiperlinks e de que o usuário pudesse fazer anotações e comentários. Os primeiros dispositivos de livros eletrônicos: conceitos
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Os primeiros dispositivos de livros eletrônicos: conceitos 3
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Os primeiros dispositivos de livros eletrônicos: conceitos • Foi somente em 1968 que Alan Kay concebeu o primeiro dispositivo computacional portátil, o Dynabook. Ele trabalhava para o Centro de Pesquisa de Palo Alto da Xerox, e sua ideia para o Dynabook era a de um dispositivo portátil do tamanho e formato de um bloco de notas que tivesse o poder de perceber os sentidos de visão e audição e com capacidade suficiente para armazenar para recuperação futura milhares de materiais de referência, poemas, cartas, receitas, desenhos, animações, músicas, simulações dinâmicas, e qualquer outra coisa que seu usuário quisesse relembrar e modificar. • Kay fez uma séria de tentativas de implementar o Dynabook: • 1967-69: Flex Machine ou Reactive Engine • Interim Dynabooks for children 4
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Alan Kay inventou o Dynabook no Palo Alto Research Center da Xerox. Em um artigo que ele publicou em 1972, ele o descreveu como um PC barato, portátil, voltado principalmente às crianças. O Dynabook teria tanto tela touchscreen quanto teclado, e poderia ser utilizado como um leitor de e-book, processador de texto e console de jogos - com interface gráfica. 5
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Os primeiros dispositivos de livros eletrônicos: conceitos Em 1972, Kay escreveu “Um computador pessoal para crianças de todas as idades“. Este artigo especula sobre a urgência de um manipulador de informações portátil e pessoal, usado tanto por crianças quanto por adultos. Segundo Kay, “Embora possa ser lido como uma história de ficção científica, as tendências atuais na miniaturização e redução do preço praticamente garantem que muitos dos conceitos discutidos aqui vão realmente acontecer no futuro próximo” (Kay, 1972). What we would like to do in this brief note is to discuss some aspects of the learning process which we feel can be augmented through technological media. (...) We do not feel that technology is a necessary constituent for this process any more than is the book. It may, however, provide us with a better "book", one which is active (like the child) rather than passive. 6
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Os primeiros dispositivos de livros eletrônicos: conceitos O dispositivo não chegou a existir comercialmente, mas Kay fez um protótipo dele. O tamanho não deveria ser superior ao de um caderno, o peso inferior a 4 libras (1,8 Kg), o display deveria ser capaz de apresentar pelo menos 4000 caracteres com qualidade de um livro impresso e gráficos dinâmicos com qualidade razoável. Deveria possuir uma memória capaz de armazenar pelo menos um milhão de caracteres (cerca de 500 páginas de um livro) ou várias horas de arquivos de música. A interface deveria oferecer linguagem simples, de modo que seu dono fosse capaz de manter e editar seus próprios arquivos de texto e de programas quando e onde ele desejasse. O Dynabook conteria muitas funcionalidades entre as quais edição, desenho, música, mudança de fonte e animação. Ele usava a linguagem Smalltalk, que foi desenvolvida pelo próprio Kay. 7
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Alan Kay e o protótipo do Dynabook, por ocasião de seu 40º aniversário, em 2008. 8
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Os primeiros dispositivos de livros eletrônicos: conceitos 9 Apenas em 1984 o primeiro modelo comercializado de laptop foi produzido: o GRID personal computer O Dynabook ajudou a evolução do ebook, levando em seguida ao primeiro PDA (personal digital assistant), o Newton da Apple (1993), mas o produto apresentava falhas e as vendas foram poucas. O Apple Newton e todas as suas versões subsequentes foram descontinuados em 1998.
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) A Internet e a Influência da Web 10 Destaca-se, no desenvolvimento da Internet, a criação do hipertexto: a capacidade de ligar de um documento ou imagem para outro através de um clique na imagem, palavra ou expressão. O conceito inicial de hipertexto já existia na ideia do Memex de V. Bush, ao se referir a uma “trilha de itens interligados”. A efetiva implementação e uso de hipertextos começou no início dos anos 1960, e o termo hipertexto foi cunhado em 1965 por Ted Nelson, o criador do projeto Xanadu, cujo objetivo era criar uma rede de computadores de interface simples. O grande mote do trabalho de Ted Nelson é tornar os computadores acessíveis para pessoas comuns. Seu lema é: Uma interface para um usuário deve ser tão simples que um iniciante, numa emergência, deve entendê-la em 10 segundos.
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) A Internet e a Influência da Web 11 A introdução do hipertexto levou à ideia de ficção em hipertexto: uma espécie de um livro eletrônico, no qual a história poderia ser escrita e, através de cliques em hiperlinks, o leitor poderia escolher para onde gostaria que a história seguisse ou conhecer alguns aspectos mais detalhadamente. O surgimento da ficção em hipertexto ou hiperficção surgiu independentemente dos recursos tecnológicos mas à medida que a tecnologia foi se desenvolvendo, a hiperficção passou a incorporar multimidia. A obra do francês Raymond Queneau, Cent Mille Milliards de Poèmes (1961), representa o primeiro marco do que se denominou ficção interactiva. O processo de leitura do texto baseia-se no princípio combinatório: os textos (poemas) são construídos pelo leitor à medida que vai juntando vários cartões, à princípio separados, contendo cada um deles um verso alexandrino.
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) A Internet e a Influência da Web 12 Seguiram-se outros modelos, nomeadamente as narrativas interativas inglesas vulgarmente conhecidas por «Livro de que se é o herói», ou ainda «Livros com capítulos de que se é autor». Com o desenvolvimento da informática, as narrativas interativas começaram a surgir também em suporte digital. Em meados dos anos 1980, Michael Joyce, coordenador do Centro de Narrativa e Tecnologia do Jackson Community College e J. Bolter, autor do livro Turing´s Man, criaram um programa, desenvolvido pela Apple Macintosh, a que deram o nome de Storyspace. Este software, integrando já a tecnologia hipertexto, permite unir textos ou fragmentos de textos conforme o autor desejasse.
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) A Internet e a Influência da Web 13 Um dos primeiros e o mais conhecido dos hipertextos ficcionais é “Afternoon, a story” de Michael Joyce, criado e difundido nos Estados Unidos entre 1986 e 1992. Esta hiperficção é composta por 539 páginas digitais independentes, relacionadas por 950 links e relata a história de Peter, um escritor técnico, que procura descobrir se as vítimas do acidente de automóvel que testemunhou são o seu filho e a sua ex-mulher. Mas mais importante que a intriga é a forma como o leitor é "obrigado" a percorrê-la. Desde logo, vê-se impossibilitado de seguir um percurso linear sob pena de se ver envolvido numa história inacabada. Para que haja um fio condutor, o leitor tem de escolher entre vários caminhos propostos, responder a questões ou clicar em palavras-chave. Se por algum motivo se depara com uma página já consultada, as opções propostas são diferentes das que observou na primeira visita.
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Armazenamento e acesso ao livro eletrônico: os inícios da biblioteca eletrônica. 14 A Internet e seus desenvolvimentos consequentes evidentemente ajudaram a delinear o atual mercado de ebooks, além de prover acesso facilitado ao conteúdo eletrônico, incluindo acesso à bibliotecas eletrônicas. O Projeto Gutenberg foi iniciado por Michael Hart em 1971. Hart, à época estudante na Universidade de Illinois, obteve acesso a uma conta com quantidade de tempo de computação virtualmente ilimitada em um supercomputador Xerox Sigma V no Laboratório de Pesquisa de Materiais da universidade (acesso esse avaliado em milhões de dólares). Hart dedicou-se a retribuir esta oferta fazendo algo que pudesse ser considerado de grande valor. Percebendo que seria impossível pagar essa quantidade em termos de “computação normal”, ele decidiu criar uma memória computacional para livros eletrônicos que pudesse, ainda, localizar e recuperar textos.
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Armazenamento e acesso ao livro eletrônico: os inícios da biblioteca eletrônica. 15 O primeiro texto compartilhado por Hart foi a versão eletrônica da Declaração da Independência Americana. Hart divulgou nos 100 nodos da Internet de então que o texto estava disponível, e aproximadamente seis pessoas fizeram seu download. Os primeiros textos eram disponibilizados em formato ASCII (American Standard Code for Information Interchange), de modo a poderem ser lidos por qualquer hardware ou software. Atualmente os textos estão também disponíveis em RTF (Rich Text Format), HTML (Hypertext Markup Language) e em outros formatos.
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Armazenamento e acesso ao livro eletrônico: os inícios da biblioteca eletrônica. 16 O projeto atualmente conta com voluntários para digitar ou digitalizar as obras, conferir e fazer upload, além de doações do público e de organizações. Em 2004 foram postados os primeiros títulos em português http://www.youtube.com/watch?v=YtPzhDtSnVY ). Em junho de 2005, o projeto completou 16 mil títulos disponíveis online. Atualmente cerca de 40 mil títulos são disponibilizados pelo projeto e aproximadamente 100 mil títulos considerando-se os projetos parceiros: http://www.gutenberg.org/wiki/Main_Page
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Armazenamento e acesso ao livro eletrônico: os inícios da biblioteca eletrônica. 17 O projeto atualmente conta com voluntários para digitar ou digitalizar as obras, conferir e fazer upload, além de doações do público e de organizações. Em 2004 foram postados os primeiros títulos em português http://www.youtube.com/watch?v=YtPzhDtSnVY ). Em junho de 2005, o projeto completou 16 mil títulos disponíveis online. Atualmente cerca de 40 mil títulos são disponibilizados pelo projeto e aproximadamente 100 mil títulos considerando-se os projetos parceiros: http://www.gutenberg.org/wiki/Main_Page
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) O Compact Disc (CD): seu desenvolvimento e influência 18 O CD se originou em 1980, com o CD-A. Foi lançado formalmente na Europa e Japão em 1982 e nos EUA em 1983. Um acordo de colaboração entre a Philips e a Sony garantiu que o CDA fosse projetado seguindo um padrão, o que permitiu a extensão de sua disponibilização e influência. O trabalho colaborativo entre as duas empresas levou, em 1985, a criação do CD-ROM. Essa nova unidade de memória portátil abriu novas possibilidades ao mercado editorial já que não apenas textos, mas também imagens, animação e sons poderiam ser armazenados e recuperados. Um dos primeiros livros eletrônicos em CD-ROM foi uma versão eletrônica da Enciclopédia Grolier, que possuía 20 volumes no formato impresso. Foi resultado da aliança entre a Grolier Inc e a Longman. Lançada em 1986, quando colocada em um CD-ROM, ocupou menos de 25% do espaço do disco.
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) O Compact Disc (CD): seu desenvolvimento e influência 19 À medida que a tecnologia se desenvolveu e o número de PCs domésticos cresceu, também aumentou o número de livros em CD-ROM. No entanto, a popularidade desejada pelas editoras nunca foi atingida e muitas delas diminuíram a produção de seus departamentos de publicação eletrônica. Os principais tipos de livros vendidos em CD-ROM foram as obras de referência e os títulos educacionais para crianças. Os CDs evidentemente tiveram papel importante no princípio da história das publicações eletrônicas mas foi com o surgimento de outros dispositivos eletrônicos que o mercado dos ebooks começou a se delinear em um contexto mais apropriado.
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) O Compact Disc (CD): seu desenvolvimento e influência 20
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Segunda geração de dispositivos de livro eletrônico • Franklin Electronic Publishers (1980) • Smart Book – Megaword International (1984) • Microlytics / SelecTronics (1989) • Sony Data Discman (1990) • Sony Bookman (1992) 21
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Secunda geração de dispositivos de livro eletrônico: Franklin Electronic Publishers • No início dos anos 1980, a Franklin electronic publishers começou a produzir um conjunto de dispositivos eletrônicos como corretores ortográficos e dispositivos portáteis. A partir de 1989, após a compra da companhia Proximity e as conexões com editores como Collins e Webster, Franklin ampliou a gama de produtos passando a produzir dicionários eletrônicos, ferramentas para pronúncia e aprendizado de linguagens e tesauros. Embora não sejam diretamente ligados à indústria do livro eletrônico, consistiam em várias das características que os dispositivos de livros eletrônicos viriam a possuir (como o tesauro e o dicionário). 22
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Secunda geração de dispositivos de livro eletrônico: Franklin Electronic Publishers • Em 1989 Franklin produziu a primeira versão da Bíblia em formato eletrônico, em um dispositivo que possuía um display com 4 linhas, media 5,6 polegadas de largura e de altura e pesava 350 gramas (excluindo as baterias). Apresentava ferramenta de busca de texto para o Velho e para o Novo Testamento. • A Franklin continua produzindo bíblias eletrônicas nos dias de hoje, além de outros dispositivos eletrônicos portáteis: http://www.youtube.com/watch?v=6a3ofKSKOeEhttp://www.franklin.com 23
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Secunda geração de dispositivos de livro eletrônico • Curiosamente, a loja Voz da Bíblia lançou recentemente no Brasil um aparelho portátil do tamanho de um celular, chamado Bíblia Portátil, que possui narração e texto bíblico sincronizados. A Bíblia Portátil possui uma tela de LCD de duas polegadas, a possibilidade de marcar o texto, ou selecionar um trecho em áudio e possui, ainda, programas diários de leitura e/ou audição, que permitem ouvir e ler o Novo Testamento em até 40 dias, e o Antigo Testamento em até 18 semanas. • Tamanho (10 cm x 6 cm x 1,5 cm)Funciona com 2 pilhas AAA (alcalinas ou recarregáveis)Tela de LCD de 2″polegadasAcompanha fone de ouvidoTradução João Ferreira de AlmeidaFabricado no Brasil1 ano de garantia • Preço: R$ 249,00 (http://www.vozdabiblia.com.br/) 24
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Segunda geração de dispositivos de livro eletrônico: Smart Book • O Smart Book foi concebido em 1984 por Tom Treseder e David Jamieson. Ele foi imaginado como um dispositivo para leitura de livros armazenados em cartuchos. Criou-se a empresa Megaword Internacional com financiamento das Indústrias James Hardie para desenvolver o Smart Book e torná-lo adequado para o mercado consumidor, a princípio profissionais incluindo médicos, advogados e engenheiros, mas não o consumidor doméstico. O primeiro protótipo foi introduzido em 1987 e tinha o tamanho de 6 x 4,7 polegadas. Possuia display LCD e seis botões de controle. O Smart Book era composto da unidade de leitura e dos pacotes de cartuchos de livros, que continham os textos e eram inseridos na unidade de leitura. O Smart Book não chegou a ser produzido em escala. 25
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Segunda geração de dispositivos de livro eletrônico: Microlytics / SelecTronics • A Microlytics se estabeleceu em 1985 e, assim como a Franklin, produziu corretores ortográficos em várias linguagens e tesauros. Em 1989, com a fusão com a SelecTronics, uma companhia de produtos eletrônicos, foi lançada a Microlytics/SelecTronics Electronic Bible. Essa bíblia fazia concorrência direta àquela de Franklin, tinha o mesmo custo porém a metade do peso. Além disso, apresentava a característica adicional de que cartões de memória poderiam ser inseridos para oferecer recursos adicionais. A SelecTronics também fez um acordo com a Berlitz para produzir guias de viagem e ajuda linguística, além da versão eletrônica da Enciclopédia Random House. A Microlytics decretou falência em 1996. 26
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Segunda geração de dispositivos de livro eletrônico: Sony Data Discman • Em 1990 a Sony lançou seu Sony Data Discman (DD-1), um dispositivo portátil de livro eletrônico. • Ele pesava 680 gramas, incluindo a bateria. Possuía uma tela pequena e um teclado QWERTY. Reproduzia mini-CDs de áudio e e mini-CD-ROMs (8 cm de diâmetro e capacidade de armazenar 180 MB) contendo textos. 27
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Segunda geração de dispositivos de livro eletrônico: Sony Data Discman • O Data Discman se tornou uma série de leitores de livros eletrônicos e em 1991 a Sony introduziu o DD1EX no mercado americano. Ele vinha como um pacote com acessórios e três títulos de livros eletrônicos: Compton’s Concise Encyclopaedia, Passport’s World Travel Translator e Wellness Encyclopaedia. Em 1992 foi lançado o DD-8. • http://www.youtube.com/watch?v=opDD0rS5ats 28
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Segunda geração de dispositivos de livro eletrônico: Sony Data Discman e Sony Bookman • A Sony estabeleceu um formato de dados padronizado simbolizado com um logotipo EBXA para tentar garantir que seus livros eletrônicos poderiam ser reproduzidos em qualquer dispositivo leitor de livros eletrônicos. Estabeleceu, ainda, um Comitê do Livro Eletrônico no Japão para facilitar o uso do formato por outras companhias e, ainda, desenvolveu um software (SEBAS - Sony Electronic Book Authoring System) que permitia a criação de Ebooks no formato compatível com seu leitor. • O Data Discman foi seguido pelo Sony Bookman em 1992. Ele reproduzia CDs de audio e CD-ROMs e era compatível com DOS (Disc Operating System). Ele não se tornou popular junto ao público em virtude de seu preço ($900) e da baixa resolução de sua tela. • Embora sua produção tenha cessado, esses dispositivos foram os primeiros leitores de livro eletrônico portáteis que foram efetivamente produzidos e comercializados. 29
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Terceira geração de dispositivos de livro eletrônico • O Rocketbook foi lançado em 1998, pela NuvoMedia, pelo preço inicial de $499. Media 5 x 7.5 polegadas e pesava 685 gramas. Vinha com 4 MB de memória, capazes de armazenar cerca de 10 livros impressos, e possuía um upgrade para 32 MB. Entre suas funcionalidades, o usuário podia escolher o tamanho do texto, marcar texto, fazer anotações, marcar página, e navegar usando uma caneta ou seu próprio dedo em uma tela sensitiva ao toque (touch screen) ou ainda usando os botões laterais. 30
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Terceira geração de dispositivos de livro eletrônico • O dispositivo era conectado a um computador através de um cabo com porta serial e um CD-ROM era usado para instalar seu software no computador (IBM ou MAC). • Vinha com dois títulos inclusos: um dicionário e As aventuras de Alice no País das Maravilhas, além do manual do usuário. • Os livros eram adquiridos através de download via computador em uma livraria virtual (com predominância da Barnes and Noble após um acordo com a NuvoMedia). • O Rocketbook possuía seu formato proprietário (.rb), e apenas textos escritos ou convertidos neste formato podiam ser lidos pelo dispositivo. 31
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Terceira geração de dispositivos de livro eletrônico 32
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Terceira geração de dispositivos de livro eletrônico • Ainda em 1998 a Softbook Press lançou o SoftBook para competir com o RocketBook no mercado. • Possuía tela de 9,5 polegadas (branca ou preta), 8 MB de memória (capacidade para 50 mil páginas de conteúdo). Pesava aproximadamente 1,3 kg. Sua bateria durava cerca de 4 horas e meia e possuía um modem de 33.6 KB. 33
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Terceira geração de dispositivos de livro eletrônico • Suas funcionalidades incluíam índice analítico, realce, marcação de página, capacidade de buscar a definição de palavras, iluminação de fundo, tela sensitiva ao toque (touch screen) e botões de navegação. • Uma ferramenta de autoria foi produzida para o SoftBook, permitindo que além de livros de ficção, pudessem ser produzidos e convertidos documentos de trabalho e manuais para o formato suportado pelo leitor. • Por possuir um modem interno, permitia que livros fossem baixados sem a necessidade de conectar a um PC. • O dispositivo podia ser comprado à vista por $600, ou então por $300 e um compromisso de compra de no mínimo $19.95 por mês em produtos da SoftBookStore por 24 meses. 34
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Terceira geração de dispositivos de livro eletrônico • Em janeiro de 2000, o Grupo Internacional Gemstar adquiriu tanto a NuvoMedia quanto a Softbook Press, bem como seus respectivos dispositivos. A Gemstar começou a descontinuar o SoftBook e continuou com o RocketReader. • No final de 2000 a Gemstar introduziu no mercado os modelos REB 1100 e REB 1200, fabricados pela Thompson Media sob a marca RCA. 35
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Terceira geração de dispositivos de livro eletrônico • O REB 110 custava $299 e se conectava ao catálogo de ebooks da Gemstar através de um modem interno. Um computador não era necessário, mas o dispositivo podia ser conectado a um computador através de um cabo USB, que era fornecido junto com o dispositivo. Ele media 7.1 x 5.0 polegadas e pesava 500h. Possuía tela preta e branca e sua bateria durava de 15 a 35 horas. • O REB 1200era uma versão superior ao REB 1100, e seu valor de $699 refletia isso. Media 9 x 7.5 polegadas, pesava quase 1 kg e possuía tela colorida. Sua bateria durava entre 6 e 12 horas. • Ambos os leitores utilizavam o formato proprietário .rb 36
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A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Terceira geração de dispositivos de livro eletrônico • Em 2001 a Gemstar anunciou sua intenção de diminuir os preços de seus dispositivos de leitura, considerados muito caros para o público. Produziu, então, o GEB 1150 e o GEB 2150, que pouco diferiam de seus antecessores. • Em novembro 2002 problemas dentro Gemstar alcançaram seu auge quando o diretor executivo (CEO - chief executive office Henry Lopes) foi demitido após alegações de fraude.Em 18 de junho de 2003, a Gemstar anunciou o fechamento de sua divisão de ebooks. • A companhia continuou vendendo conteúdo na web até 16 de julho de 2003. A partir daí, a Gemstar lançou o editor de e-book que permitiu que seus usuários criassem conteúdo não criptografado para seus dispositivos. Durante mais três anos, até 2006, os usuários poderiam utilizar conteúdo dessa maneira. Quaisquer dispositivos, independente de estarem ou não na garantiam, seriam substituídos até que os estoques de peças se esgotassem. 38
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Terceira geração de dispositivos de livro eletrônico • Em novembro 2004 Knowbetter.com anunciou que pretendia relançar o EB 1150 da Gemstar 1150s, em primeiro lugar com a venda de modelos ainda existentes e depois fabricando seus próprios dispositivos. • O eBookwise 1150 foi lançado e, ao contrário dos dispositivos da Gemstar que utilizavam apenas um formato proprietário, os novos dispositivos aceitavam texto simples (ASCII), rich text format (.rtf), Microsoft Word documents (.doc), HyperText Markup Language (.htm ou .html), e Rocket eBook Editions (.rb). 39
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Terceira geração de dispositivos de livro eletrônico • Outros dispositivos de ebooks também foram disponibilizados. O Franklin eBookMan, um dispositivo híbrido, começou a ser vendido em fevereiro de 2001. Ele não possuía apenas um software para leitura de ebooks, mas também um music player, uma calculadora, uma agenda de endereços e um tradutor. Usava um formato proprietário (SGML) que estava de acordo com os padrões IDPF, permitindo que o leitor utilizasse também arquivos no formato Lit da Microsoft. • Três modelos do eBookman foram comercializados: EBM-900, EBM-901 e EBM-911. Possuíam as mesmas funções básicas, se diferenciando pela quantidade de memória RAM que possuíam. 40
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Terceira geração de dispositivos de livro eletrônico • Franklin abaixou os preços de seus dispositivos numa tentativa de competir com o grande número de dispositivos portáteis e aumentou a quantidade de conteúdo disponível para seus clientes através de acordos com diversas empresas: Vivendi, Reciprocal, MobiPocket, St Martin Press, Dow Jones e Alexandria Digital Literature. • À medida que as vendas progrediam, o eBookMan passou a ser comercializado na França e na Alemanha. Franklin investiu então no Mobipocket, um software leitor de livro eletrônico lançado para o eBookMan como parte de um pacote de software em outubro de 2001. • Franklin vendeu sua parte no Mobipocket em março de 2005, mas garantiu que ele continuaria sendo produzido para publicar e distribuir material eletrônico. • Suas ações foram compradas pela amazon.com, tornando-a líder no desenvolvimento de ebooks. 41
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Terceira geração de dispositivos de livro eletrônico Kindle (Amazon) JetBookColor (Ectaco) Libre E-book Reader Pro (Aluratek) Nook (Barnes and Noble) Cybook (Bookeen) FnacBook (Fnac) WISEreader (Hanvon) Kobo (Kobo inc.) Boox (Onix Int.) Pocket Book (Pocket Book) Sony Reader (Sony) Skiff Reader (Hearst Corp) Alfa (Positivo) iRiverStory (Saraiva) Neo (Be-book) ... etc. 42
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) História ao longo dos anos • 1971: Michael Hart lidera o projeto Gutenberg, que procura digitalizar livros e oferecê-los gratuitamente. • 1993: Zahur Klemath Zapata registra o primeiro programa de livros digitais. Digital Book v.1, DBF. • 1993: Publica-se o primeiro livro digital: Do assassinato, de Thomas de Quincey. • 1995: Amazon começa a vender livros através da Internet. • 1996: O projeto Gutenberg alcança os 1.000 livros digitalizados. • 1998: São lançados os leitores de livros eletrônicos: Rocket Ebook e Softbook. • 1998-1999: Surgem sites na Internet que vendem livros eletrônicos, como eReader.com e eReads.com. • 2000: Stephen King lança seu romance Riding Bullet em formato digital. Só pode ser lido em computadores. • 2002: Os escritores Random House y HarperCollins começam a vender versões eletrônicas dos seus títulos na Internet. • 2006: Acordo entre Google e a Biblioteca Nacional do Brasil para digitalizar 2 milhões de títulos. • 2006: Sony lança o leitor Sony Reader que conta com a tecnologia e-ink • 2007: Amazon lança o Kindle. • 2008: Adobe e Sony tornam compatíveis suas tecnologias de livros eletrônicos • 2008: Sony lança seu PRS-505. • 2009: Barnes & Noble lança o Nook. • 2010: Apple lança o iPad. 43
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Electronic book reader software • Em dezembro de 1999 a Glassbook revelou uma nova aplicação de leitura de ebook, chamada de Glassbook Reader. Com um formato baseado em PDF (Portable Document Format ou Formato de Documentos Portável) que podia ser definido como o visualizador padrão de documentos PDF, ele foi disponibilizado tanto numa edição básica gratuita quanto em uma versão mais sofisticada paga. A Adobe demonstrou interesse e comprou o software em agosto de 2000. Rebatizou-o para AdobeAcrobat eBook Reader 2.0 em fevereiro de 2001 e fez inúmeras adaptações, culminando no Adobe Reader 6.0 em maio de 2003. 44
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Web-Based Ebook Providers • 1998 – Netlibrary: instituição paga uma assinatura por uma coleção de ebooks. Usuários podem acessar a qualquer momento sob a restrição de que apenas um usuário pode acessar um título por vez. Com o tempo, passa a oferecer registros MARC para integrar os catálogos. • 2000 – Ebrary aparece para competir com Netlibrary. Incorpora assinaturas de jornais e revistas, além dos ebooks. Oferece acesso simultâneo a múltiplos usuários e assinaturas perpétuas. Também incorpora registros MARC. • 2001 – É lançada a Safari Books Online, uma divisão da O´Reilly Network em parceria com o Grupo Pearson. Segue os modelos da NetLibrary e da Ebrary, incorporando o pré-lançamento de alguns títulos em versão eletrônica. • 2002 – Netlibrary é comprada pela OCLC (Online Computer Library Center). Continua o mesmo tipo de licença, mas incorpora os audiobooks. • Nov/2005 – Netlibrary alcança 100.000 ebooks incluindo audiobooks. 45
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Tinta eletrônica (E-ink) • A tinta eletrônica é um material processado numa película para ser integrado em telas eletrônicas. Em vez de usar os cristais líquidos do LCD, ou o gás ionizado do display de plasma, a tinta eletrônica na verdade usa milhões de microcápsulas, de poucos mícrons de largura. Cada microcápsula contém um líquido transparente e milhares de partículas brancas e e pretas. As partículas brancas têm carga magnética positiva, e as partículas pretas têm a carga negativa. Quando se aplica um campo elétrico negativo, as partículas brancas deslocam-se para a parte de cima da microcápsula e tornam-se visíveis para o usuário. Isso faz com que a superfície fique branca nesse ponto. Ao mesmo tempo, um campo elétrico contrário empurra as partículas pretas para a parte de baixo das microcápsulas, deixando-as escondidas. Revertendo este processo, as partículas pretas aparecerão no topo da cápsula, deixando esta parte da superfície preta. 46
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Tinta eletrônica (E-ink) • How E Ink Works (1:45 - inglês): • http://www.youtube.com/watch?v=Oqu1--AzM7U • Tinta eletrônica (P&B e Escala de Cinza) (5:45 – espanhol): http://www.youtube.com/watch?v=AMvjwZhuEo8 • E Ink’s new color screen and how it works (2:25 – inglês) • http://www.digitaltrends.com/ces-videos/video-e-inks-new-color-screen-and-how-it-works/ 47
A história dos livros eletrônicosEbooks: challenges and effects on the book chain by Gemma Towle (May 2007 – Cap. 4) Tinta eletrônica (E-ink) • The question is when will color E-Ink be able to show movies? At this time, the color E-Ink displays are not quite ready to refresh their screens fast enough to show video. • There are three main competitors trying to become the first with Color E-Ink that can show movies. • E Ink - the company which makes the current Kindle black and white display makes a Triton color display. • Qualcomm's Mirasol - technology all ready is in some eReaders, and • Samsung's Liquavista - technology is in some mobile devices. • These companies are working hard at overcoming the video problem along with a slew of lesser companies working on related technology. (http://www.geekgumbo.com/2012/02/16/will-color-e-ink-replace-lcd-displays/. Acesso em 18/out/2012) 48
A disciplina Datas das aulas • Agosto: 05 – 12 – 19 – 26 • Setembro: 02 – 09 • Outubro: 07 – 14 – 21 • Novembro: 04 – 11 – 18 – 25 • Dezembro: 02 – 09
A disciplina Seminário 1: e-Readers Um leitor de livro eletrônico (e-book reader ou e-reader) é um dispositivo eletrônico portátil cujo objetivo principal é propiciar a leitura de livros e periódicos digitais. E-book readers são similares em forma a um tablet. Os tablets normalmente possuem uma tela mais veloz, capaz de fazer refresh em taxas mais elevadas e são mais interativos. Uma coisa deve ficar clara desde o princípio: os tablets não são leitores de e-books. Essa categoria de equipamento compreende computadores que não dispõem de teclado físico e utilizam telas sensíveis ao toque como interface com o usuário. 50