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A Sociedade da Cardiologia do RGS – SOCERGS tem 665 sócios sendo que 153 (23%) são mulheres. O Departamento de Cardiologia da Mulher, DCM-SOCERGS , foi criado recentemente e está comprometido em lutar contra a DCV na mulher. Considerações.
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A Sociedade da Cardiologia do RGS – SOCERGS tem 665 sócios sendo que 153 (23%) são mulheres. O Departamento de Cardiologia da Mulher, DCM-SOCERGS, foi criado recentemente e está comprometido em lutar contra a DCV na mulher.
Considerações • As mulheres não eram incluídas nos ensaios clínicos para proteger possíveis grávidas • Ao serem analisadas foi constatado que: - morrem mais que os homens por DCV - a fisiopatologia e a apresentação clínica da DCV são diferentes - o perfil de risco é diferente - a investigação diagnóstica tem particularidades - medicações agem de maneira diferente - efeitos adversos são diferentes - são subdiagnosticadas e subtratadas
Considerações • Em 2004 a AHAiniciounosEstadosUnidos a Campanha “Go Red For Women” quefoiencampadapelaWHF e divulgada no mundotodo • Em2005, nosEstadosUnidos, a AHAconstatouquesó 8% dos clínicosgerais, 13% dos ginecologistas e obstetras e 17% dos cardiologistassabiamque as mulheresmorremmais do queoshomensporDCV • Em 2010, em sessão interativa no congresso da SOCERGS, 43% de uma platéia diferenciada, respondeu que Ca de mama é a principal causa de morte entre as mulheres em nosso estado • Em 2011 a SOCERGS e o DCM-SOCERGS se engajaram na campanha mundial da WHF – A mulher no alerta vermelho
Considerações • No RGS entre 2006 e 2009 morreram mais mulheres que homens por DCV • A tendência da mortalidade tem se mantido inalterada ao longo dos anos • A DCV mata bem mais do que o câncer de mama e em qualquer faixa etária • As mulheres fazem a prevenção do câncer ginecológico e não sabem que devem fazer também da DCV • Apesar das informações sobre mortalidade serem divulgadas pelos sites da Secretaria Estadual de Saúde e do Ministério da Saúde, os Programas de Assistência Integral à Saúde da Mulher ainda não contemplam a DCV
Diretriz do Ministério da Saúde • Em 1984, o Ministério da Saúde elaborou o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) • O PAISM incorporou como princípios e diretrizes a perspectiva de resolução de problemas, priorizando a saúde reprodutiva e, em particular, as ações para redução da mortalidade materna (pré-natal, assistência ao parto e anticoncepção). Embora se tenha mantido como imagem-objetivo a atenção integral à saúde da mulher, essa definição de prioridades dificultou a atuação sobre outras áreas estratégicas do ponto de vista da agenda ampla de saúde da mulher. Fonte: Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher Princípios e Diretrizes – 1ª edição, Brasília, DF 2009
Diretriz do Ministério da Saúde • Nesse balanço são apontadas ainda várias lacunas como atenção ao climatério/menopausa; queixas ginecológicas; infertilidade e reprodução assistida; saúde da mulher na adolescência; doenças crônico- degenerativas; saúde ocupacional; saúde mental; doenças infecto- contagiosas e a inclusão da perspectiva de gênero e raça nas ações a serem desenvolvidas. • Em 2003, a Área Técnica de Saúde da Mulher identifica ainda a necessidade de articulação com outras áreas técnicas e da proposição de novas ações, quais sejam: atenção às mulheres rurais, com deficiência, negras, indígenas, presidiárias e lésbicas e a participação nas discussões e atividades sobre saúde da mulher e meio ambiente. Nenhuma citação é feita em relação às Doenças Cardiovasculares!
Relação das parcerias do PAISM • ANMTR – Articulação Nacional das Mulheres Trabalhadoras Rurais • ABEN – Associação Brasileira de Enfermagem • ABENFO – Associação Brasileira de Enfermagem Obstétrica • Articulação de Mulheres Brasileiras • Centro Brasileiro de Classificação de Doenças • Comissão Nacional de Mortalidade Materna • CONASS – Conselho Nacional de Secretários de Saúde • CONASEMS – Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde • Conselhos de Classe (CFM, COFEN, CFP e outros) • Conselho Nacional dos Direitos da Mulher • Conselhos de Saúde (Nacional, Estaduais, Municipais) • Conselho Nacional do Idoso • CONTAG – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura • CLAP – Centro Latino-Americano de Perinatologia/OMS/OPAS • CRT Estadual e Regional – Conselho Regional do Trabalho • DRT – Delegacia Regional do Trabalho • DFID – Department for International Development • FEBRASGO – Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia • UNFPA – Fundo de População das Nações Unidas • FUNASA – Fundação Nacional de Saúde • IBAMA – Inst. Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Relação das parcerias do PAISM • INCRA – Inst. Nacional de Colonização e Reforma Agrária • INSS – Inst. Nacional de Seguridade Social • Ministério da Justiça • Ministério do Trabalho • Ministério do Desenvolvimento Agrário • Ministério Público • Movimentos Sociais • Movimentos de Mulheres Negras • OMS – Organização Mundial da Saúde • OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde • Parlamentares • REHUNA – Rede Nacional pela Humanização do Parto e Nascimento • Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos • Secretaria Especial de Direitos Humanos • SPM – Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres • SEPPIR – Secretaria Especial de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial • Sociedades Científicas (Febrasgo, Aben, Abenfo, e outras) • UNAIDS – Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids • UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância • UNIFEM – Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher • Universidades, Veículos de comunicação
Críticas ao PAISM • É um programa parcial e não integral,porque não contempla a saúde cardiovascular da mulher, uma vez que a DCV é a principal causa de óbito em mulheres no Brasil e em todo o mundo • Não foram incluídas entre as parceiras do PAISM Sociedades como as de Cardiologia, Neurologia, Cirurgia vascular e Cardiovascular, as quais poderiam colaborar com o suporte técnico para um programa de prevenção adequado
Secretaria Estadual da Saúde Seção de Saúde da Mulher (resumo do programa) • Segundo o CENSO/IBGE, 51% dos habitantes do estado é composto por mulheres, de todas as idades, religiões, raças e etnias. Esta é a população alvo da Seção de Saúde da Mulher da Secretaria Estadual de Saúde, que tem como objetivo trabalhar suas ações a partir de um recorte de gênero. • Em mulheres em idade fértil (10 a 49 anos - 62,62%), são priorizadas as ações de planejamento familiar com enfoque para a mulher. Também é neste contexto que é trabalhada a assistência pré-natal e a erradicação da mortalidade materna. • Associando com as mulheres com mais de 49 anos (20,9%), teremos 83,5% da população das mulheres do Estado. Nesta população, até os 29 anos é considerada principalmente a violência, dos 30 aos 49 anos as neoplasias e a partir dos 49 anos são salientados os problemas cardiovasculares, assim como outros agravos crônico-degenerativos, além da atenção ao climatério. http://www.saude.rs.gov.br/wsa/portal/index.jsp?menu=organograma&cod=422
Secretaria Estadual da Saúde • Este é o desafio da atual gestão. Porém, temos de ter consciência de que fazer saúde pública é sim de responsabilidade do gestor (governo), mas não sozinho, isolado. Somente a partir da parceria com a sociedade, (controle social, sociedade civil organizada e sociedade científica) é que realmente conseguiremos mudanças reais nesta área • Então, esta é a oportunidade de todos nos unirmos em torno de uma só causa: a Atenção Integral à Saúde da Mulher (na prática, e não só no discurso) http://www.saude.rs.gov.br/wsa/portal/index.jsp?menu=organograma&cod=422
Conclusão: As sociedades científicas devem oferecer suporte técnico aos órgãos governamentais
Dados demográficos • População do Brasil em 2010 → 185.712.713 habitantes • População do RGS em 2010 → 10.576.758 habitantes - Homens: 5.205.705, expectativa de vida ao nascer de 69,42 anos - Mulheres: 5.489.827, expectativa de vida ao nascer de 77,01 anos • Distribuição racial na região sul do Brasil (RGS, Santa Catarina e Paraná de acordo com o censo do IBGE 2007) Brancos: 78,7% Negros: 4,3% Outros: 17% Fontes: IBGE Censos 2007 e 2010 http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1766
Principais causas de morte no RGS no ano de 2008: diferença entre os gêneros Causas externas: acidentes, violência, suicídios, etc. http://www.saude.rs.gov.br/wsa/portal/index.jsp?menu=organograma&cod
Mortalidade por DCV em homens e mulheres no estado do RGS de 2006 a 2009
Mortalidade em mulheres no RGS por tipo de DCV e Câncer de mama (2008) http://www.saude.rs.gov.br/wsa/portal/index.jsp?menu=organograma&cod=3512
Tendências na mortalidade em mulheres de acordo com o tipo de DCV DCeV: Doença cerebrovascular, DIC: Doença Isquêmica coração
Mortalidade em mulheres com < 50 anos DCV e Câncer de mama DCV:Doença cardiovascular
Mortalidade em mulheres com idade > 50 anos DCV e Câncer de mama
Estados Brasileiros com maior incidência (novos casos /100.000 mulheres) de câncer de mama – ano de 2010 Pernambuco: 46.35 Minas Gerais: 45.92 Rio de Janeiro: 88.3 São Paulo: 68.04 Paraná: 54.46 Santa Catarina: 49.58 Rio Grande do Sul: 81.57 Fonte: Estimativa/2010-incidência de câncer de mama no Brasil. http://www.inca.gov.br
Conclusões • O RGS é o segundo estado do Brasil com maior incidência de Câncer de mama • A DCV mata mais as mulheres do que o câncer de mama, mesmo em idade procriativa • Entre os tipos de DCV, a Doença cerebrovascular é a principal causa de óbito • Os programas governamentais não contemplam a prevenção da DCV • As sociedades científicas devem educar seus profissionais, divulgar as normas de prevenção e dar suporte técnico aos programas governamentais