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GESTÃO DO CONHECIMENTO. Material embasado no livro: “Gestão do Conhecimento – o grande desafio empresarial”, de José Cláudio Cyrineu Terra. Antecedentes. A busca pelo conhecimento acompanha a trajetória humana: Adão e Eva... Platão... Sócrates... Aristóteles.
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GESTÃO DO CONHECIMENTO Material embasado no livro: “Gestão do Conhecimento – o grande desafio empresarial”, de José Cláudio Cyrineu Terra.
Antecedentes... • A busca pelo conhecimento acompanha a trajetória humana: • Adão e Eva... • Platão... • Sócrates... • Aristóteles...
David Landes, em seu livro, “A riqueza e a pobreza das nações”, mostra que nos últimos 600 anos, é a existencia de uma sociedade aberta focalizada no trabalho e no conhecimento que explica por que alguns países ficaram muito mais ricos do que se poderia esperar.
Alemanha • Japão • China • Inglaterra • EUA • São exemplos da criação, disseminação e uso estratégico do conhecimento.
Percebe-se com clareza, hoje, que o conhecimento se constitui o eixo estruturante do desempenho das sociedades, regiões e organizações.
Algumas expressões incorporam esse termo, como: • Sociedade do Conhecimento • Redes de Conhecimento • Economia baseada em Conhecimento • Gestão do Conhecimento
... Refletem que a gestão competente do conhecimento é determinante da capacidade das sociedades, regiões, organizações lidarem com o ambiente em acelerada transformação e crescente complexidade que vivemos.
A Gestão do Conhecimento se ocupa dos processos gerenciais e infra-estrutura física e digital que facilitam, favorecem e estimulam os processos humanos de criação, compartilhamento e uso de conhecimentos individuais e coletivos.
Gestão do Conhecimentosignifica... • Organizar as principais políticas, processos e ferramentas gerenciais e tecnológicos à luz de uma melhor compreensão dos processos de GERAÇÃO, IDENTIFICAÇÃO, VALIDAÇÃO, DISSEMINAÇÃO, COMPARTILHAMENTO, PROTEÇÃO e USO dos conhecimentos estratégicos para gerar resultados (econômicos) para a empresa e benefícios para os colaboradores internos e externos (stakeholders).
Mudanças ocorridas na última década que levaram à Gestão do Conhecimento • A internet ; • A globalização; • O aumento da velocidade de desenvolvimento de produtos; • A explosão no volume de informações; • E-comerce.
A Competição e a evolução tecnológica tornaram o conhecimento um importante diferencial competitivo para as empresas; • O ciclo de vida dos produtos vem sendo reduzidos; • P & D são fatores determinantes do fracasso ou sucesso das empresas.
A internacionalização constitui-se num dos fatores que mais contribui para ampliar o conhecimento das pessoas e das organizações. • Ex.: WEG Eletric Corp. (empresa especializada na fabricação e comercialização de motores elétricos, transformadores, geradores e tintas).
Surgiu um novo componente ... • Os Ativos intangíveis de maneira ampla incluem: • marcas, • patentes, • direitos autorais, • competencias e habilidades de colaboradores, • redes de relacionamentos, • cultura organizacional • Capacidades inovadoras
Se conhecimento e ativos intangíveis são tão importantes para a competitividade das empresas, por que tão poucas empresas têm processos sistemáticos e estratégicos para gerenciá-los?
Por que... • GC envolve necessariamente transdisciplinaridade: é preciso pensar em estrategia, gente, cultura, processos e tecnologia ao mesmo tempo; • É preciso capacidade de abstração para enxergar processos “Invisíveis” de criação e uso do conhecimento, mas também praticidade para implementar processos visíveis e que se institucionalizem.
Por seus processos manifestarem-se em muitas áreas, o desenvolvimento da “cultura do conhecimento” é mais importante que a definição dos responsáveis; • GC é algo estratégico, mas é realizada por meio de ações que se enraízam nos processos organizacionais e nas pessoas;
Necessita de compartilhamento; • Aprender e gerar novos conhecimentos úteis e estratégicos demanda tempo, mas as organizações demandam resultados no curto prazo; • GC pode levar a pensar modelos organizacionais e de negocios.
Dificuldades específicas das Empresas Brasileiras • Tradicionalmente não investem em P & D e em atividades cujo retorno é incerto; • A GC atingiu um pico de notoriedade no Brasil nos últimos três anos, ao contrário do exterior, oito anos antes;
O nível de capacitação digital no Brasil é menor que em países avançados; • Baixa compreensão geral do que gera valor na Era da Informação, do Conhecimento e dos Intangíveis.
A Gestão do Conhecimento é algo sem um escopo bem definido. • Dependendo da situação, pode envolver iniciativas de grau estratégico bastante distintas:
Aquisições de empresas em conhecimentos específicos; • Mapeamento das competencias; • Investimentos em portais e comunidades virtuais; • Descentralização de estruturas organizacionais; • Investimento em P & D;
Melhoria dos processos de comunicação internos e com parceiros externos; • Uso intensivo de novas tecnologias de informação, comunicação e colaboração; • Melhoria de processos de recrutamento; • Investimento em e-lerning (ensino eletrônico) acoplado a iniciativas de colaboração virtual e comunidades de prática.
Aumento de oportunidades de treinamento para colaboradores, clientes e fornecedores; • Criação de memória, incentivando o compartilhamento de informações e conhecimentos; • Mensuração de resultados de forma inovadora e compartilhada; • Pedidos de patente e desenvolvimento de estrategias de segredo industrial.
Economia e Competividade baseada no Conhecimento • Vivemos um momento de importante transição do ambiente econômico, em que a gestão proativa do conhecimento adquire um papel central: • Setor de serviços (assistencia médica, de informática, eletroeletrônicos, vendas por comércio eletrônico); • Setor de manufatura (P & D, logística, marketing, gerenciamento de sistemas); • Setor industrial (farmacêutico, petrolífero, alimentício, automação, vestuário, eletroeletrônicos);
Um estudo de 1990 já apontava que a velocidade de introdução de novos produtos está diretamente relacionada à posição de mercado, lucro e custos. • Recentemente, um estudo feito com 100 empresas de tecnologia intensiva nos EUA mostrou uma forte correlação entre liderança de mercado e capacidade de inovação.
Era da Informação e da Comunicação • Em 1991, eram lançados 15 mil produtos/ano nos EUA. • Dez anos mais tarde,em 2001, 35 mil novos produtos/ano; • Em 1970 eram vendidos 4 tipos de alface nos EUA. • Atualmente são aproximadamente cerca de 50 tipos.
Em 1980, eram vendidos cerca de 40 modelos de carro no Brasil e os grandes supermercados contavam com cerca de 20 mil itens em suas prateleiras. • Vinte anos depois, no ano 2000, estimam-se estes números em 400 modelos de carro e cerca de 70 mil itens nas prateleiras dos grandes supermercados brasileiros.
No mundo existem mais de 200 milhões de computadores e mais de 15 bilhões de chips instalados em diversos tipos de máquina e equipamentos; • Em 1981 os investimentos em telecomunicações e informática nos EUA correspondiam a cerca da metade dos investimentos tradicionais em equipamentos industriais; • Dez anos mais tarde os investimentos nesses setores de ponta ultrapassaram, pela primeira vez, os investimentos nos setores tradicionais (US$ 112 bilhões x US$ 110 bilhões).
Em 1997, os investimentos nos setores de informática chegaram a US$ 225 bilhões, correspondendo ao dobro dos investimentos nos setores tradicionais. • A massificação da internet e da expansão das comunicações permite conexões entre empresas, fornecedores, clientes internos e externos... do qual depende o sucesso das empresas.
Consequencias dessas mudanças... • Para as organizações... • Acelera-se a taxa de criação e mortalidade de empresas, ao mesmo tempo em que a inovação e a renovação de habilidades e desenhos organizacionais tornam-se uma constante necessidade para a sua sobrevivencia;
Para as pessoas... • Tanto no setor fabril quanto nos escritórios, as consequencias seriam a valorização do inovativo, do original e do imaginativo e a desvalorização da repetição, das cópias e da automação.
Colaboração e geração de conhecimento • O crescimento no número de trabalhos científicos publicados por mais de um autor evidencia como o conhecimento exige novos níveis de colaboradores; • Ex.: Artigo de sequencia de DNA de cromossomos publicado por 133 autores de 85 instituições
Valor do recurso conhecimento e novos conceitos de produtividade • O valor econômico do recurso conhecimento não é tão facilmente medido, classificado e compreendido, ao contrário dos estoques financeiros e de recursos naturais. • É um recurso intangível, invisível e difícil de imitar. • Uma de suas características fundamentais é o fato desse recurso ser altamente reutilizável, ou seja, quanto mais utilizado e difundido, maior seu valor. • O efeito depreciação ocorre quando não é aplicado.
Os custos de produção de conhecimento são independentes dos seus custos de distribuição e uso. • Ex.: elevada rentabilidade de setores como o de softwares, essencialmente baseado em conhecimento. • Uma vez desenvolvido o programa, o custo marginal unitário de distribuição de cada cópia adicional é muito baixo.
Na nova Era da Comunicação, o importante não é como produzir mais e melhor, e sim o que de novo e útil deve ser feito. • Mudou radicalmente o valor da escassez e da abundancia. • Na economia baseada em rede, quanto mais abundante um produto, maior o seu valor.
Ativos Intangíveis – Patentes e Marcas • O valor de mercado das empresas tende a ser muito maior que seu valor patrimonial, devido o valor dos ativos intangíveis(patentes, marcas, competencias de seus colaboradores, relação com clientes, etc.)
O número de patentes no mundo teve um crescimento muito rápido: • Saltou de cerca de 1 milhão em 1985 para 12 milhões em 2001. • As receitas com licenças de patentes nos EUA saltou de cerca de US$ 3 bilhões em 1980n para cerca de US$ 100 bilhões em 2000. • A Texas Instruments faturou mais de US$ 2,5 bilhões nos últimos anos da década de 1990 apenas com licenciamento de tecnologia.
A IBM faturou cerca de US$ 2 bilhões em 2001 com royalties. • Estima-se que 34% do faturamento das dez maiores empresas farmacêuticas do mundo venham de produtos baseados em tecnologias que estas empresas adquirem por meio do licenciamento.
O valor elevado de algumas marcas leva a reflexão ... • Nike • Turma de Mônica • Sandálias Havaianas • Arisco • Natura • Coca-Cola • Microsoft • Pois têm gerado retornos elevadíssimos aos seus proprietários por sua associação a vários tipos distintos de produtos “físicos”.
Indicadores da Sociedade do Conhecimento (p. 37, TERRA) • A OCDE (Org. para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) vem desde 1990, aprimorando indicadores que medem o progresso de países rumo à “Sociedade do Conhecimento”, no que tangem à produção, distribuição e uso do recurso conhecimento X resultados econômicos.
Nos anos 90, estudos de Kuznet e Solow, mostram que a inovação tecnológica foi responsável por cerca de 70% do crescimento econômico; • Investimentos privados em P & D apontam retornos entre 20 e 30%;
Um estudo realizado por Serge Coulombe, Jean-François Tremblay e Sylvie Marchand do Dpto de Economia de Ottawa mostraram uma grande relação entre habilidade de leitura funcional, crescimento da produtividade do trabalho e PIB per capita.
No conjunto de países da OCDE, mais de 80% do PIB está baseado nos setores intensivos de conhecimento ou tecnologia (farmacêutico, equipamentos eletroeletrônicos e de informática); • No Brasil é o inverso – são os setores primários que tem conseguido superávits comerciais.
Pesquisas nos EUA indicam que cada ano de estudo implica um aumento de 2,8% nos salários; • Os setores com maior crescimento nos postos de trabalho nos EUA (1996 – 2008): • Serviços de Informática • Serviços de Saúde • Serviços Automotivos – exceto reparos • Serviços Financeiros • Consultoria e Relações Públicas
O Brasil apresenta as maiores diferenças salariais (474%) entre pessoas com ensino superior e aquelas que concluíram apenas o ensino fundamental.
Comparação entre Brasil e Coréia do Sul rumo a construção do conhecimento(p. 47 a 56, TERRA) • Nos últimos 50 anos, ambos os países apresentaram transições estruturais semelhantes em suas economias: • Da sociedade rural para a industrial; • Da substituição de importações para a integração na economia mundial; • Da total dependencia tecnológica para níveis crescentes de produção tecnológica propria e original.
Princípios da organização baseada no conhecimento(p. 60, TERRA)
PEREIRA (1995), desenvolveu um modelo de análise da evolução dos modelos de gestão que contempla três níveis conceituais:(Art. SANTOS, Antonio Raimundo et al) • 1) O conceito de "Ondas de Transformação" (TOFFLER, 1980, p. 24): • trata-se dos grandes momentos históricos de evolução da sociedade humana, cada qual com seus paradigmas próprios relacionados aos aspectos político, econômico, social, tecnológico e organizacional;
2) O conceito de "Eras Empresariais" (MARANALDO, 1989, p. 60): • trata-se dos estágios de evolução empresarial, a partir da Revolução Industrial (Segunda Onda de Transformação), cada um com seus paradigmas gerenciais próprios;