1 – A cidade e o futebol

1. 1 – A cidade e o futebol Fortaleza História & Memórias brejodaluz.wordpress.com História, atualidades e cotidiano Panorama didático (Quadros sinópticos, resumos, curiosidades, infográficos e informações básicas e essenciais sobre história e memória da cidade) Baseado na “REVISTA FORTALEZA” publicada pelo jornal O POVO em 28/05/2006 (No. 8 – “A nossa bola”)

2. SUMÁRIO A primeira partida (1904) A Fortaleza de 1904 Bola no Passeio e nas Praças Prado, o primeiro estádio Influência britânica Os primeiros torneios e ligas As novas “praças desportivas” Clubes do passado Tradição e rivalidade Estrelas das arquibancadas Os “estádios” do povo É o novo! Os guardiões da memória Futebol e política Sugestão de temas para debate Fontes/Referências / Pesquisas SLIDE 3 4 5 6 7 8 9 10-11 12 13 14 15 Fortaleza História & Memórias 1 – A cidade e o futebol

3. A primeira partida (1904) • Há relatos de jogos entre marinheiros estrangeiros de passagem pela capital a partir do início do século XX. • A primeira partida com regras oficiais foi realizada no dia 24 de dezembro de 1904, no Passeio Público. • Foi organizada pelo estudante cearense José Silveira, recém chegado de temporada na Europa (dono de uma única bola de couro e um livro de regras trazido da Inglaterra) Campo do Passeio Público, local da primeira partida oficial (1904) • A partida foi entre jovens da alta sociedade (equipe “Football Club”) e um combinado de funcionários britânicos da Companhia de Gás e tripulantes de um navio inglês ancorado na capital (denominado de “Ingleses”). Atraiu uma “multidão” de curiosos pela novidade. Resultado da peleja: 2X0 para os “Ingleses” Entre 1905 (um ano após o histórica partida) até 1912, houve uma certa estagnação do jogo. O motivo? A bola do Silveira havia furado e, por incrível que pareça, não existia mais nenhuma na cidade. Em pouco tempo o futebol foi se popularizando. Em 1906 o novo esporte já era jogado dentro das escolas e, em 1910, já estava nos colégios Liceu e no Castelo. Fora dos colégios era muito praticado pelos moradores nas ruas 24 de Maio e Barão do Rio Branco, na maioria das vezes era utilizada uma bola feita de meia.

4. A Fortaleza de 1904 • Fortaleza não possuía, em 1904, abastecimento de água e esgoto, nem transporte público, que só viriam na década seguinte • À época da primeira partida a população da cidade era de cerca de 54 mil habitantes (público de um clássico no Castelão atualmente) • O perímetro urbano resumia-se ao quadrilátero entre as avenidas do Imperador, Duque de Caxias e Dom Manuel e a praia. Além dessa área, havia poucas casas e chácaras. • O Theatro José de Alencar foi inaugurado em 1910 • O presidente do Estado (como era chamado o governador) em 1904 era Nogueira Accioly, que iniciava o segundo de seus três mandatos. • Não havia cinema (o Art-Noveau, o primeiro, só surgiria em 1908), rádio (a primeira, a Ceará Rádio Clube é de 1934) ou TV (a TV Ceará – Canal 2 surge em 1960) • Automóveis só surgem em 1909 (o primeiro foi um Rambler de Meton de Alencar e Júlio Pinto, sócios de uma empresa de transporte). Accioly governou por 12 anos (mais quatro, contando com o governo de Pedro Borges, seu afilhado político), configurando uma tradição de domínios de OLIGARQUIAS que se repetiria ao longo da história do Estado. • O prefeito era o interventor Guilherme Rocha, aliado de Accioly, que governou de 1892 e 1912).

5. Bola no Passeio e nas Praças • Principais centros de socialização nas grandes capitais brasileiras nas primeiras décadas do século passado, as PRAÇAS PÚBLICAS, tiveram papel importante na popularização do futebol em Fortaleza. • Além do Passeio Público, as praças de Pelotas (atual Clóvis Beviláqua), Estação e Lagoinha foram nossos primeiros “estádios” • O impulso que fez das praças espaço para a prática do futebol foi dado pelo retorno de vários estudantes cearenses de temporadas na Inglaterra, Suíça e Alemanha, a partir de 1912 O Passeio Público era dividido, à época da primeira partida (1904) (a chamada “Belle Époque”), em três planos: O primeiro plano, mais alto, era destinado ao lazer das pessoas da alta sociedade. Os jogos ocorriam num plano médio, logo abaixo de onde está a atual praça. O terceiro plano servia à população mais humilde. Atualmente só existe o plano mais alto. O resto é ocupado pela 10ª Região Militar Passeio Público hoje, palco de encontro para boa feijoada e boa música, aos sábados, no Centro da cidade • A partir de 1912 foi fundada pelo menos uma dúzia de times na cidade, a maioria equipes informais que não duraram muito tempo: Stela (que se extinguiria e seus dirigentes criariam o Fortaleza), Rio Branco (que mudou de nome para Ceará), Rio Negro, Humaitá, Hespéria, English Team, Tabajara, Riachuelo, Guarany, Fortaleza, Flamengo, São Cristóvão, Fluminense e Bangu. Praças da Lagoinha e Clóvis Bevilaqua ontem e hoje (O distinto jurista parece lamentar o estado dos logradouros...)

6. Prado, o primeiro estádio • O nome PRADO vem das corridas de cavalo que se realizavam ao redor do campo Espectadores atentos durante partida de futebol no campo do Prado • O campo do antigo Prado está atualmente dentro do IFCE (ex-Cefet, ex-Escola Técnica) • O primeiro estádio, o Prado, inaugurado em 1913, foi o principal palco dos jogos de futebol em Fortaleza durante 28 anos. • O Prado não possuía gramado. O campo era de terra batida e precisava ser molhado antes dos grandes jogos. • Adquirido pelo empresário Alcides Santos, um dos fundadores do Stela e do Fortaleza, nele foram realizados os jogos da Liga Metropolitana Cearense, de 1915 a 1919, e do Estadual, entre 1920 e 1941. • Além do Prado, só houve um outro estádio que recebia jogos do Estadual entre as décadas de 20 e 30: o do Alagadiço, inaugurado em 1923. Ficava ao lado de onde hoje está a igreja do São Gerado, na avenida Bezerra de Menezes.

7. Influência britânica Diário do Estado, de 08 de maio de 1915 - Ano I, n° 122, sobre o primeiro jogo do ano de 1915: • Offside, dribling, corner, certer forward, foul, e tantos outros termos em inglês foram, com o tempo, sendo aportuguesados: impedimento, drible, escanteio, centro-avante, falta, etc... • Os setores mais humildes da população, pouco afeitos ao idioma inglês, foram improvisando adaptações: “centrefó”, “córne”, etc. • A própria palavra ‘football’ também foi tema de polêmica. Sugestões como “balípodo”, “ludopédio”, “bolapé” e “pebol”, surgiram mas não caíram no gosto popular. "Realiza-se amanhã no ground do Jockey Club, o primeiro match do presente anno.O match será disputado pelas eleven do Rio Negro e do Rio Branco, sendo seus teams assim organizados: Casemiro (keeper), Brazil e Bruno (backs). Ademar, Zazá e Brígido (half-backs). Bauer, Hiro, Mamede (fowards), sendo esse último, captain (do Rio Negro) e Aldo (keeper) Gaveia, Speedy (backs). Célio, Carlito, Gotardo (half-back) e Abreu, Pinto, Meton, Olsen, Ninito (fowards). Sendo o segundo captain (do Rio Branco). Servirão de lads-men: José Elias e Cid Cabral; de juizes de goal Cicinato Machado e Tibúrcio Brazil. Attenta para a grande qualidade de convites que foram distribuidos, é de se esperar grande assistência por parte das exma. famílias fortalezenses".

8. Os primeiros torneios e ligas Diário do Estado", de 15 de maio de 1915 sobre fundação da primeira Liga: "Hontem pelas 13 horas, reuni-se a primeira sessão preparatória para a fundação da Liga Metropolitana Cearense de Foot-ball, tendo comparecido a mesma os representantes das diretorias de todos os clubs do Ceará, combinando-se várias medidas no sentido de ampliar o foot-ball no Estado do Ceará. (...) entre outras medidas, ficou resolvido que fossem uma commissão ao ilustre senhor coronel Casemiro Montenegro, digno prefeito municipal, afim de que o mesmo auxilie os directores da "Liga" na instalação de um campo próprio para o jogo em uma das praças desta capital". • A formação da primeira liga de futebol no estado foi encabeçada por Alcides Santos, presidente do então formado Stela • Em 1915 é organizado pela Liga Metropolitana, o primeiro campeonato cearense. Dele participam as equipes Rio Branco, Maranguape, Rio Negro e o Stela • A tendência é, nos primeiros anos, de exclusão: participam apenas equipes da elite de Fortaleza. A exceção fica por conta do Maranguape, da cidade de mesmo nome, que é um clube da elite local. Os clubes excluídos (dos pobres, trabalhadores e negros) acabaram por formar seus próprios campeonatos e ligas. Polêmicas à parte, os campeonatos da Liga foram reconhecidos historicamente, acabando por ser o primeiro campeão do futebol cearense (1915) o Rio Branco (que teria denominação mudada posteriormente para Ceará Sporting Club) • Em 1920 é fundada a ADC (Associação Desportiva Cearense), que mudaria de nome para FCD (Federação Cearense de Desportos) em 1941.

9. As novas “praças desportivas” Clubes do passado Dificuldades financeiras ou falta de apoio das empresas que os patrocinavam extinguiram grandes e tradicionais clubes • O MAGUARY (arqui-rival do Ceará na primeira metade do século passado) foi nas décadas de 20 e 30 o clube mais aristocrático da cidade. • Fechou seu departamento de futebol em 1945, retomou em 1972, fechando definitiva-mente em 1975 • Em 1941 é inaugurado o estádio Municipal Presidente Getúlio Vargas, no bairro do Prado, atual Benfica • GENTILÂNDIA: clube de estudantes do bairro, fechou em 1968 Fecharam com o fim do apoio das empresas que os patrocinavam: TRAMWAYS (1933-1941) da Ceará Light, fornecedora de energia e bondes NACIONAL (1942-1966) dos Correios USINA CEARÁ (1949-1965) da Fábrica Siqueira Gurgel, com a perseguição da ditadura militar ao empresário Moysés Pimentel Castelão em construção nos anos 1970 • Outros clubes: GUARANY DE FORTALEZA (1930), ORION (1932), ESTRELA DO MAR (1939), LUSO (1949) e PEÑAROL (1950) • Em 1973 é inaugurado o estádio Castelão, na então distante região da Boa Vista (ou Mata-Galinha) Clubes tradicionais que hoje se encontram em divisões inferiores do futebol profissional: AMÉRICA, CALOUROS DO AR, TIRADENTES...

10. Tradição e rivalidade • A história do futebol na Cidade está intimamente vinculada às três equipes mais antigas, as maiores, mais populares e mais vitoriosas ao longo da existência do esporte no estado. “As simbologias do jogo têm muito a ver com a molecagem e a irreverência, características bastante intrínsecas ao povo cearense – e mais propriamente ao povo de Fortaleza. Talvez esteja aí a explicação para esta absorção do futebol na cidade.” “Embora a indústria cultural tenha emprestado ao futebol alguns refrões, os nossos gritos são mais ‘nossos’. É o ‘buchada’, ‘arre égua’... É algo acanalhado, típico do cearense...” Tadeu Feitosa (Doutor em Sociologia – UFC) Bode Ioiô Ilustre personagem da cultura popular de Fortaleza • Passados pouco mais de cem anos da chegada do futebol a Fortaleza, as torcidas dos três grandes clubes da cidade compõem um quadro de rivalidade impressionante e estão entre as mais apaixonadas do país. Essa identidade se espalha pelas cidades do interior.

11. Tradição e rivalidade • Ferroviário Atlético Clube, criado em 9 de maio de 1933. • Fundado por funcionários da Rede de Viação Cearense (RVC) fruto da junção das equipes "Matapasto" e "Jurubeba", o Ferrão (ou Ferrim) é uma das maiores expressões esportivas de raízes operárias do Brasil, símbolo da democratização do futebol nacional • Ceará Sporting Club, o mais velho, fundado em 2 de junho de 1914 (antigo Rio Branco). • Conforme depoimento de Aníbal Câmara Bonfim, um dos fundadores do América Futebol Club, em 1920, o real motivo do apelido “VOVÔ” é que os meninos do América, empolgados, costumavam treinar no campo do Ceará. O presidente do Ceará na época, Meton de Alencar Pinto, simpático à rapaziada do outro clube que surgia na cidade, começou a tratá-los de “meus netinhos”. Quando se deparava com os garotos do América, se exercitando no campo alvinegro, Meton brincava: “Vamos, meus netinhos, vamos aprender bem para açoitar o Fortaleza. Mas respeitem o Vovô aqui”. E foi assim, que desde então, o Ceará começou a ser chamado de “Vovô”, título que lhe deu o seu próprio presidente, Meton de Alencar Pinto e que o América se encarregou de divulgar através do tempo. • Fortaleza Esporte Clube, fundado em 18 de outubro de 1918 • A equipe era dirigida pelo mesmo grupo que comandara o Stella FootballClub, extinto poucos meses antes. A explicação para a extinção do time para a posterior criação de outro com as mesmas cores estava no fato de que Alcides não sabia precisar a data de fundação do Stela, o que tirava seu caráter “oficial”. Tenho a maior torcida do Nordeste!! Nunca fui de terceira! Sou Penta! Duas vezes Tetra!! Lembra do gol do Zezinho em 2004??? Blá-blá-blá... Tenho a maior torcida do Estado!! Fui duas vezes prá primeira divisão! Sou o time da garotada! E o gol do Frasson no final do estadual de 2000, hein? Blá-blá-blá...

12. Estrelas das arquibancadas A parteira Dona Chaguinha, de tão identificada com o Ceará, atraiu centenas de pessoas ao seu enterro, em 1964 Carloto Barbosa, tem o símbolo do Ceará espalhado por toda a residência e só veste camisas do clube Inês Cabral, nasceu em frente a sede do Ceará Sporting Club. Cumpre a função de incentivar a presença feminina nos estádios, nas comemorações festivas do Ceará e nas promoções. O irreverente e nada discreto Valdeci Cordeiro ... • Torcedores que viraram personagens ilustres dos seus clubes e da cidade, atuando nas arquibancadas, nos bastidores da sede ou nos programas do rádio esportivo, tiveram um papel fundamental na popularização dos grandes clubes • (alguns entre milhares de exemplos): Teve torcedor que, de tão famoso, virou até nome de rua. Entre as décadas de 40 e 50, o Ferroviário realizava suas concentrações antes de jogos na pensão da Dona Filó, no Centro. Após morrer, a dona da pensão cedeu seu nome à rua da sede social comprada pelo clube na Barra do Ceará. Zé Limeira, engraxate torcedor do Ferrão que convocava as torcidas aos jogos nos programas de rádio. Dona Ivone, pensionista de 60 anos ... Antonio Gumercindo, dono de uma charanga que animava arquibancadas do PV, nas décadas de 60 e 70. Bodinho, dono da banca de revistas mais conhecida de cidade Zé da Modinha, vigia do Euzébio, canaliza toda sua paixão para os programas esportivos de rádio O advogado Walber Nogueira, 32, morador da Itaoca. No auge da devoção, ele registrou o filho com o nome de Leon, em alusão ao leão, mascote do time Fernando Coração de Leão ... Veja + em :http://multimidia.opovo.com.br/verminosos.pdf

13. É o novo! Os “estádios” do povo Coisas que muita gente da geração “Winning eleven”, “Fifa Soccer”, de Shoping Centers e lan-houses certamente não conhece: • Os campos de futebol de Fortaleza estão em processo de extinção, Vítimas da especulação imobiliária, do crescimento desordenado da cidade e da falta de apoio do poder público • Jogo de botão no “Estrelão” • Gol a gol com bola de meia • “Racha” no calçamento ou pista quente, com trave de chinelo ou tijolo próximo do “fi de pedra” • Sobrevivem a duras penas na periferia, para onde vão “se afastando” com o passar do tempo, sendo substituídos pelos campos “soçaite” particulares que cobram taxas para a prática do esporte • Bola de “capotão”, dente-de-leite e canarinho • Na base da resistência e carente de apoio, os campos de várzea ainda são palco de disputas uniformizadas nos finais de semana e berço (certamente pouco aproveitado) de futuros craques

14. Os guardiões da memória Um dos primeiros filmes produzidos em Fortaleza foi sobre a temática futebol. A obra, batizada de Temporada Maranhense de Football no Ceará, retrata os quatro amistosos realizados por um combinado de São Luis, em 1924, contra o Ceará, o Fortaleza, o América e o Guarany de Fortaleza, ocorridos no estádio do Alagadiço. O filme faz parte de uma série de registros produzidos a partir da década de 1920 pelo cearense Adhemar Bezerra de Albuquerque, que ficaria também conhecido pela empresa de fotografia criada por ele em 1934, a Aba Film(com as iniciais de seu nome) • A história do futebol em nossas terras pode ser contada graças ao trabalho de pesquisadores e colecionadores: • Frederico Maia (“A verdadeira História do futebol cearense”, 1956) • Alfredo Sampaio • Alberto Damasceno (“Futebol cearense – Um Século de História”, “Os personagens que fizeram a História” e “Presepadas da Bola”) • Airton fontenele, um dos maiores especialistas em seleção brasileira no país. • Alfredo Sampaio, colecionador e pesquisador que recebeu o apelido de “a enciclopédia di futebol cearense” • Lúcio Chaves de Farias (Ceará Sporting Clube - Um Retrato em Branco e Preto) • Nirez de Azevedo • Airton de Farias (Ceará: Uma História de Paixão e Glória”, “Fortaleza: História, Tradição e Glória”, “Ferroviário: Nos trilhos da Vitória”) • ... Futebol e política • Como em outros lugares do país, Fortaleza teve o futebol, aqui e ali, como plataforma ou trampolim político • Radialistas, dirigentes de clube, chefes de torcidas organizadas, ex-jogadores e outras figuras angariam votos muitas vezes sob a bandeira da defesa dos interesses esportivos ou do time ao qual pertencem, ou, no mínimo, respaldados na projeção dada aos seus nomes pelo futebol. Exemplos: Gomes Farias, Carlos Mesquita, André Figueiredo, Moésio Loiola, Gony Arruda, Eugênio Rabelo, etc.

15. Sugestão de temas para debate em sala de aula Fontes/Referências / Pesquisas Por uma Copa de 2014 que não seja uma ilha de alegria num oceano de infortúnio e caos (V1. Jan/2010) Imagine se todas as pessoas do mundo pudessem ter livre acesso a todo conhecimento humano." — Jimmy Wales, Fundador da Wikipedia • 1. O futebol e outros eventos esportivos enquanto: • a. “Ópio do povo”, “instrumento de dominação dos pobres”, componente do “pão e circo”, “meio de enriquecimento de empresas e corporações nacionais e internacionais”, etc. • b. Meio de afirmação e integração social, válvula de escape positiva ante as dificuldades do dia-a-dia, etc. • c, Canalizador e da violência das massas (positivo e negativo) • 2. As praças públicas da cidade ontem e hoje • a. Atualização/adaptação aos novos tempos e preservação da • memória • b. Planejamento para usufruto de toda a coletividade • 3. A influência britânica nos termos futebolísticos (center-foward,corner, etc.) e a influência em geral de outros países na arte, na cultura, etc. • 4. Futebol, Torcidas Organizadas e o ato de torcer por uma agremiação • a. A educação para o esporte pelo esporte • b. CULTURA DE PAZ: Combate e conscientização contra o fanatismo, • bairrismo, grupismos, formação de gangues, etc., • 5. Preservação, valorização, urbanização dos campos de várzea como locais • de integração da infância e juventude através do esporte • 6. A importância das iniciativas particulares na preservação da memória • histórica (slide “Os guardiões da memória”) • 7. Futebol e política • a. Os exemplos e os maus exemplos dessa relação • b. Debate: até que ponto se misturam e se confundem torcedor e • eleitor. • 8. ... Este é um trabalho de compilação, feito fundamentalmente sobre a “REVISTA FORTALEZA” publicada pelo jornal O POVO em 28/05/2006 (No. 8 – “A nossa bola”). Em grande medida os textos foram transcritos ipsiliteris, sem aspas ou referência de páginas/autoria, para preservar o caráter didático da apresentação. Alguns textos foram adaptados, atualizados ou modificados. O objetivo fundamental é apresentar uma visão panorâmica DIDÁTICA a respeito do tema, possibilitando o acesso às informações através do apelo visual, mais dinâmico, a um público que, de outro modo, não teria acesso às mesmas ou que, pela pressa do dia-a-dia ou outro motivo, não é privilegiado com o hábito da leitura de textos mais longos. Torcemos que o material sirva como um sobrevôo introdutório, um passo inicial e ponto de partida para futuras e mais aprofundadas incursões. Esperamos que o fruto almejado (a disseminação do conhecimento), notadamente entre os alunos do Ensino Público, tão carentes de recursos (e tempo), possa agraciar a gentileza da compreensão dos autores consultados. Agradecemos críticas, correções e sugestões. Alguns sites visitados: www.zonamix.com.br/cultucando; www.campeoesdofutebol.com.br; http://gtfutebolcearense.blogspot.com/ ; fortalezaemfotos.blogspot.com/ www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1015629; www.ceara.pro.br/fortaleza/index.htm evaldolima.blogspot.com/; http://multimidia.opovo.com.br/verminosos.pdf ...