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TÍTULO DA PALESTRA

TÍTULO DA PALESTRA. Dialética. (Org. por Sérgio Biagi Gregório). Dialética Introdução. O objetivo deste estudo é refletir sobre a arte de discutir no sentido de melhorar a nossa compreensão do mundo e de nós mesmos. Dialética Conceito.

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Presentation Transcript


  1. TÍTULO DA PALESTRA Dialética (Org. por Sérgio Biagi Gregório) Dialética

  2. DialéticaIntrodução O objetivo deste estudo é refletir sobre a arte de discutir no sentido de melhorar a nossa compreensão do mundo e de nós mesmos. Dialética

  3. DialéticaConceito A dialética é, propriamente falando, a arte de discutir. A arte do diálogo. Com o passar do tempo o termo evolui para um sentido mais preciso, designando uma discussão de algum modo institucionalizada, organizando-se habitualmente em presença de um público que acompanha o debate – como uma espécie de concurso entre dois interlocutores que defendem duas teses contraditórias. A dialética eleva-se, então, ao nível de uma arte, arte de triunfar sobre o adversário, de refutar as suas afirmações ou de o convencer (Blanché, 1985). Dialética

  4. DialéticaHistórico O primeiro sentido da dialética pode ser encontrado em Zeno de Eléia, com os argumentos dialogados, para afirmar a doutrina parmediciana da mobilidade do Ser e das idéias, contra a doutrina do movimento e das experiências sensíveis, assinalada desde os jônios. Sócrates inaugura uma nova dialética, que compreende duas partes: a ironia e a maiêutica. Na ironia ou refutação da pseudociência, Sócrates procurava confundir o interlocutor acerca do conhecimento que este tinha das coisas. Posteriormente (maiêutica), fazia-o penetrar em novas idéias. Dizia que seu método consistia em parir idéias, à semelhança de sua mãe, que paria crianças. Para Platão, a dialética é o movimento do espírito que marcha para a verdade, movimento cujo símbolo ele deu na célebre alegoria da caverna. Dialética

  5. DialéticaHistórico Na classificação de Aristóteles, "a dialética pertence às ciências poéticas e não à lógica". Para os estóicos, faz parte da lógica: "ciência do verdadeiro e do falso ou nem de um nem de outro". Na Idade Média, a dialética constitui com a gramática e a retórica, o Trivium. O Renascimento depreciou a dialética. O sentido depreciativo permanece em Kant: lógica das aparências, reguladora das idéias que não podem ser explanadas por via científica. Foi primeiro com Hegel, depois com Marx e Engels, que a dialética apareceu com função essencial na teoria do conhecimento. Para o marxismo, a filosofia consiste em reconstruir, com a dialética da razão, a dialética da realidade. (Soares, 1952) Dialética

  6. DialéticaDialética Platônica Platão, discípulo de Sócrates, desenvolve as suas idéias através do mito. Nesta alegoria, Platão coloca alguns homens voltados para o fundo da caverna, de modo que só vêem suas próprias sombras. Depois, aponta para um deles (chamando-o de filósofo), que se vira e vai ao encontro da luz, que é o símbolo do conhecimento, da idéia. Esta simbologia mostra que o indivíduo deve resistir à sugestão do sensível, para buscar as puras relações inteligíveis (leis ou idéias) que se mantêm invariáveis através da variabilidade do sensível. O mito da caverna ou da reminiscência das ideias dá embasamento à sua dialética. É essa a dialética ascendente. A dialética descendente consiste em descer dos princípios, ou idéias, encontradas pela dialética ascendente, para a intelecção dos fenômenos particulares. (Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira) Dialética

  7. DialéticaDialética Hegeliana O ponto central da filosofia de Hegel (1770-1831) encontra-se na dialética da idéia. Herda, para a construção de sua teoria, os pensamentos de Heráclito, Aristóteles, Descartes, Kant, Espinosa, Fichte e Schelling. Parte da Tese - Ser, pura potencialidade, o qual deve se manifestar na realidade através da Antítese - Não-Ser. Na contradição entre tese e antítese surge a Síntese - Vir-a-Ser. Esse raciocínio é aplicado tanto à aquisição de conhecimento quanto à explicação dos processos históricos e políticos. Para ele, a verdadeira ciência do pensamento coincide com a ciência do ser. Dialética

  8. DialéticaPlatão versus Hegel Enquanto Platão nos fazia desviar os olhos do mundo das sombras para concentrá-los na contemplação do invisível, Hegel nos ensinava a suportar a morte, a separação. Dizia: "o espírito só conquista a sua verdade encontrando a si próprio e na dilaceração absoluta". "Para Platão, quando o homem compreende que o mundo das sombras não é ou é falso, procura desviar-se deste mundo e colocar-se na via certa, orientar seus olhos para a visão da idéia; ao passo que em Hegel não se trata simplesmente de substituir um desvio pela via certa, e sim de suportar o desvio, porque só então se alcança aquele ‘certo’ em toda a sua plenitude". (Bornheim, 1977) Dialética

  9. DialéticaAs Perguntas do Filósofo O filósofo, para se dizer filósofo, tem que se valer da pergunta. Toda pergunta exige uma resposta. E a própria resposta dá origem a uma nova pergunta. Mas a pergunta do filósofo não é qualquer pergunta. É uma pergunta que visa à descoberta da verdade. Por isso, não se contenta com os pré-conceitos. Ele busca o conceito, retirando o verniz que esconde a realidade das coisas. Se perder este ímpeto, esta condição ou esta postura deixará de ser filósofo, para se apassivar aos acontecimentos. Nesse sentido, ele não deve querer saber muito, estar a par de tudo o que acontece, mas adquirir o poder de se concentrar num dado problema e tirar dele todo o conhecimento que for possível. Dialética

  10. DialéticaExplicar é Desdobrar Plica em latim significa dobra. Ex-plicare significa desdobrar, ou seja, abrir as dobras. Toda explicação nada mais é do que o desdobramento de alguma coisa; é o encadeamento das idéias no discurso falado ou escrito. A árvore veio da semente; muitos animais vieram do ovo. Disto resulta que na semente ou no ovo está contido todo o desenvolver daquela espécie de árvore ou de animal. Dar uma explicação das coisas é reconstituir todo esse processo de desdobramento. Nesse mister, uma explicação mais profunda, denominada filosófica, exige uma explicação desde o começo: explicatio ab ovo (explicação desde o primeiro ovo). (Cirne-Lima, 1997) Dialética

  11. DialéticaPostura Científica O cientista, acostumado a elaborar o seu pensamento através de hipóteses, provas e conclusões, está sempre fortalecendo o argumento fraco, a fim de descobrir e formular uma nova teoria em sua ciência particular. Utiliza-se da contra-indução, que é o processo de rejeitar aquilo que já foi provado. Nesse sentido, destaca aqueles pontos em que não houve adequação exata entre a realidade e a teoria. Estuda-os com o devido cuidado, a fim de chegar ao verdadeiro conhecimento que os fatos revelam. A defesa das causas perdidas é outra postura que auxilia o poder de argumentação do cientista. Empenhando-se denodadamente na perquirição dos fatos adversos, ele consegue penetrar no âmago da pureza científica. Dialética

  12. DialéticaDiálogo: Crítica e Oposição O verdadeiro diálogo inclui crítica e oposição. Note-se o diálogo numa reunião, em que as pessoas pensam de forma diferente.  São os  elementos diversos e contraditórios que deverão convergir para uma síntese. A função do coordenador é ouvir atentamente cada  uma delas, para depois tomar a sua decisão. Esta decisão engloba  uma síntese  do  discutido e do não discutido, ou seja,  daquilo  que ficou dito nas entrelinhas dos discursos. Dialética

  13. DialéticaDiálogo: Incluindo a Tolerância A dialética tem um pressuposto fundamental: a tolerância. É por ela que nos exercitamos a ouvir a fala do nosso próximo. Somos tão limitados, que sempre julgamos ter razão. Esforçando-nos em ouvir o outro, vamos educando os nossos ouvidos para a contradição, pois sempre que há uma dicção, há, em contrapartida, a contradição. Lembremo-nos da famosa frase de Voltaire: "Não concordo com nada do que você diz, mas defenderei o seu direito de dizê-lo até o fim". Dialética

  14. DialéticaDiálogo: Uns Complementam os Outros Ninguém é uma ilha. A civilização obriga-nos a nos relacionarmos uns com os outros. Por isso, a Lei de Sociedade prescreve que cada indivíduo deve complementar o seu próximo: ao forte cabe o amparo do fraco; ao inteligente, a instrução do ignorante; ao rico, o auxílio do pobre. Todos viemos a este mundo para desempenhar uma missão, grande ou pequena, mas que pesa na soma geral. O desprezo que os grandes sentem para com os pequenos é muito mais um reflexo do orgulho e da ignorância, pois estão sempre os utilizando para os serviços grosseiros, no sentido de manter a ordem da vida social. Dialética

  15. DialéticaConclusão Estejamos abertos ao debate, seja de que tipo for. Se soubermos tirar proveito das discussões, não haverá um único momento em que não possamos acrescentar valores morais ao nosso patrimônio espiritual, enriquecendo-o ainda mais. Dialética

  16. DialéticaBibliografia Consultada BLANCHÉ, R. História da Lógica de Aristóteles a Bertrand Russel. Lisboa: Edições 70, 1985) CIRNE-LIMA, C. Dialética para Principiantes. 2.ed., Porto Alegre: Edipucrs, 1979 GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA. Lisboa/Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, [s.d. p.] SOARES, Órris. Dicionário de Filosofia. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Saúde, INL, 1952. Texto em HTML http://www.sergiobiagigregorio.com.br/filosofia/dialetica.htm Dialética

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