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Sentado no deserto. Trabalho elaborado por: Ana Cristina Ana Isabel Andreia Silva Fábio Teixeira Gerson Cardoso Paula Silva. Introdução. A acção realiza-se numa sala de jantar no dia de natal onde está presente uma família e um amigo do filho.
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Sentado no deserto Trabalho elaborado por: Ana Cristina Ana Isabel Andreia Silva Fábio Teixeira Gerson Cardoso Paula Silva
Introdução • A acção realiza-se numa sala de jantar no dia de natal onde está presente uma família e um amigo do filho. • As seis pessoas intervenientes são o Miguel, o Pereira, a mãe Marciana, que são as principais personagens e as secundárias são, o tio Adelino, o Zé, o tio Aureliano, a outra tia e o Deodato.
Resumo “Sentado no deserto” é uma história narrada por Luísa Costa Gomes onde retrata a história de uma noite de natal numa família da classe média alta. Numa certa noite de natal, enquanto Marciana preparava o jantar, Miguel aparece em casa com um desconhecido de nome Pereira. Enquanto entravar no lar a mãe avaliava o vagabundo de forma chocada, que entanto o senhor foi tomar banho, a mãe limpava a casa para agradar ao resto da família. A educação e as ideias firmes do filho eram tantas que a mãe receara que Miguel não viesse jantar a casa no dia de natal. Breves momentos depois chegaram os irmãos e os cunhados, e como foram habituados a uma tradição familiar muito controlada estenderam a mão e apresentaram-se. Marciana recebeu elogios pelo seu filho e de repente, quando estava a ir para a sala, a mãe viu a imagem de um menino negro sentado no deserto. Imagens destas horríveis, que enchiam o noticiário na hora de jantar, onde a preocupação das pessoas daquela família era enorme. O tema de conversa por breves instantes, foi a ajuda por eles prestada aos mais desamparados. A chegada do marido, Zé, a casa foi de graça e nem deu grande importância ao olhar da mulher sobre Pereira.
A cada momento que passava as imagens horríveis na televisão passava cada vez mais e a falta de paciência da família esgotava-se. Para tentar aliviar a tensão do jantar, o indigente tentou contar anedotas. No mesmo instante, na cozinha, a mãe e o filho abarcaram-se pelo nobre gesto de Miguel em ter feito o natal de mais uma pessoa feliz. No final do jantar o rapaz ofereceu um walkman ao Pereira que se despediu com grande alegria. Quem diria que, no inicio, com a desconfiança da mãe o jantar fosse correr tão bem.
Questionário • Explica o que simboliza a imagem que vem recorrentemente à cabeça de Marciana. A imagem que vem recorrentemente á cabeça de Marciana é de um menino negro, muito pequeno cheio de fome, que passa as mãos na cara uma só vez sentado no deserto. Ela simboliza o facto de a mãe Marciana estar numa situação parecida com o Pereira. O amigo do filho estava sozinho, como o menino do deserto e precisava de se alimentar tal como o rapaz pequeno.
2. Identifica as personagens, estabelecendo os respectivos laços de parentesco. As personagens que fazem parte da história são a Marciana, Miguel, a tia Adelina, o tio Aureliano, o Zé e o tio Refulgêncio. Os laços de parentesco relacionados com Miguel são a mãe Marciana, o pai Zé os tios Refulgêncio e Aureliano e a tia Adelina e as outras duas. 3. Explica a origem dos estranhos nomes dos irmãos “de Vasconcelos”. A origem dos estranhos nomes dos irmãos “de Vasconcelos” teve início no pai de Marciana. Até agora a intrigava o facto de seu pai de aspecto tão sensato, tivesse marcado os seus filhos para a vida com um nome tão confuso e outros tios cujos nomes não são mencionados.
4.Faz o levantamento dos indícios que situam esta família na classe média-alta. As partes que situam esta família na classe média-alta são: “Pensou que por mais que o limassem, mesmo esfregado e desinfectado, nunca passaria por um deles” , “…Marciana desodorizou o ar e escovou o sofá procurando a pulga ocasional, o piolho hediondo, outros insectos sem nome que se agarram à pobreza” , “É que o Miguel, educado no mais libertino dos ateísmos, atravessava aos quinze anos a fase de cristianismo primitivo…” , “ …habituados a uma tradição familiar de autocontrolo e pouco espalhafato” , “…qualquer coisa de Vasconcelos…” , “… o pai de costume tão sensato de perfil em outras matérias discretas…” , “… que impediam os particulares de …” e “ os irmãos mexeram nas gravatas”.
5.Identifica os gestos do pai de Miguel que provam que os receios da mãe, quanto à sua reacção à presença de Pereira, eram injustificados. Os gestos do Zé que provam que os receios da mãe, quanto à sua reacção à presença de Pereira, eram desnecessários, foram o facto de quando entrou em casa ter achado graça e não ter dado importância ao olhar de dramatismo de Marciana, de ter oferecido mais uma bebida ao convidado e de ter abraçado o filho. 6.Concentra-te nas personagens Miguel, Marciana e Pereira. 6.1 Identifica a tipologia do acto ilocutório presente na fala de Miguel: “-Trago aqui o Pereira para jantar connosco, mãe.”
Na fala “-Trago aqui o Pereira para jantar connosco, mãe” está presente um acto ilocutório dissertivo pois traduz a vontade de Miguel sem sequer a mãe poder responder. 6.2 Justifica a diferença nas formas de tratamento utilizadas pela mãe e pelo filho quando se referem ao desconhecido que Miguel trouxa para a ceia de Natal. As formas de tratamento de Miguel e de Marciana são diferentes perante Pereira, pelo simples facto de ambos pensarem de maneira diferente e o verem de maneira distinta. Marciana dizia que o vagabundo nunca iria ser um deles mesmo lavando-se, esfregando-se, enquanto que, o Miguel aceitou-o de maneira que ele é, e sendo ele um rapaz de ideias firmes e muito educado, não ia mandar Pereira embora, tendo por isso aberto a porta de sua casa.
6.3 Interpreta as posturas de Miguel e de Pereira quando se sentam na sala. A postura de Miguel, quando se sentam na sala, foi com os ténis em cima da mesinha de tampo de vidro e a de Pereira foi sentado na ponta do sofá, de punhos rígidos assentes nos joelhos. O desconhecido não estava habituado a viver assim, o filho de Marciana posse daquela maneira para Pereira não se sentir tão mal. 6.4 Assinala, entre as linhas 9 e 24, os dois nomes utilizados para referir o Pereira. Os dois nomes utilizados para se referirem a Pereira foram “vagabundo” e “indigente”. Escolheram esses nomes por Pereira ser um desconhecido naquela casa.
6.5 Indica a função da analepse que começa na linha 24. A analepse significa um recuo no tempo. Neste exemplo vemos a vida passada de Miguel, que foi educado no ateísmo, aos quinze anos viveu a fase do Cristianismo e em Novembro começara os ataques á época natalícia. 6.6 Explica o sentido da expressão “Afinal o pior tinha superlativo”. A expressão “Afinal o pior tinha superlativo” significa que a mãe já estava com medo, isto é, Marciana receara que o filho não viesse jantar com a família na véspera de Natal mas maior foi quando viu Miguel entrar em casa com um desconhecido que cheirava a vinho e a miséria. Perante isto, vemos que a situação agravou-se.
6.7 Faz o retrato do jovem. O jovem de nome Miguel era um rapaz educado no ateísmo, tinha ataques de hipocrisia ao Natal, era de ideias firmes, pouco duradouras pondo-as em prática de forma mais radical, era um santo, um Cristo e um arcanjo. 7 Relê as linhas 78 a 87. 7.1 Prova que os comentários feitos pelas personagens às imagens que passam na televisão se centram sobretudo nos próprios emissores. Os comentários que passam na televisão centram-se sobretudo nos próprios emissores, pois eles em antes lembraram-se da caridade que faziam com os mais necessitados, e vendo aquelas notícias e não poderem fazer nada era horrível. Para comprovar temos a passagem da tia Adelina dizendo “Ia às barracas levar latas de feijão e sacos de açúcar e coisas assim…” e naquele momento estar a acontecer desastres e não poder ajudar como fez com os outros era desagradável.
7.2 Justifica a intervenção de Pereira. A intervenção de Pereira naquele momento foi para as pessoas que estavam naquele jantar tentaram desanuviar, acalmar o ambiente da sala. O desconhecido disse aquilo naquele momento para as pessoas desligarem-se um pouco das imagens horrorosas que a televisão transmite. 8. Relê o final da história ( a partir da linha 97) 8.1 Explica o sentido da afirmação “Era preciso ver e não ver o menino, e continuar.” A mãe está a tentar fazer uma comparação entre o menino e o Pereira. Ela tentou imaginar que o Pereira não estava no jantar tal como tinha de imaginar que o menino não existia para não se preocupar como poderia ajudá-lo.
8.2 Comenta o gesto que Miguel tem em relação a Pereira, nesta passagem. O gesto que Miguel têm com o Pereira é de generosidade, de bondade. O rapaz ofereceu ao desconhecido um walkman que ficou muito feliz e não largou mais os auscultadores. 8.3 Clarifica o recurso ao verbo “desabar”, na linha 108. O verbo “desabar” dá-nos a entender o alívio da tia Adelina quando os dois rapazes saíram. A tia estava à espera que o jantar terminasse para o vagabundo sair. 8.4 Interpreta a simbologia das “pastilhas contra a indigestão” relativamente à época do ano em que se passa a acção.
A simbologia das “pastilhas contra a indigestão”, relativamente à época do ano em que se passa a acção, significa que no Natal as pessoas tem tendência a abusar nos doces e nas comidas. Por outro lado, pode significar o facto de Pereira estar presente no jantar e a sua presença não ser muito desejada. 8.5 De todos os doces de Natal , Deodato propõe-se “comer mais um sonho”. Adianta uma explicação para esta escolha. A explicação para a escolha de “comer mais um sonho” da personagem Deodato, significa que ele viu aquela noite como se tivesse sido um sonho. Ele não queria que tivesse acontecido e nem sequer imaginava que tivessem a presença de um desconhecido na noite de Natal.
9. Consulta, no Glossário de termos literários, as entradas relativas às categorias do texto narrativo narrador e personagem, bem como as que lhe estão associadas – autocaracterização, caracterização(directa e indirecta) e focalização. De seguida, relê o conto de Luísa Costa Gomes para responderes ás questões, seleccionando a alínea correcta e justificando a tua opção 9.1 Quanto à ciência, o narrador desta história adopta uma focalização : c. omnisciente O narrador desta história é omnisciente, porque conhece o objecto da narração (história), sabe tudo sobre as personagens e segue o desenrolar da história.
9.2 Quanto à forma como está presente na história que conta, o narrador é : b. heterodiegético O narrador desta história é heterodiegético pois não participa na história como personagem principal nem secundária. 9.3 “-o teu Miguel é um santo, - disse uma tia, abraçando Marciana na cozinha.”. No excerto acima, Miguel é retratado através de um processo de: a. caracterização directa O Miguel é retratado através de um processo de caracterização directa pois é descrito, objectivamente os atributos da personagem, feitas por uma tia.