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Em traços largos Em versos livres. Desenho teu rosto Com meus dedos ternos, Nos contornos certos, Num ângulo recto. Fito-te em olhar sereno, Na procura da descoberta Que em teus olhos penetra, E faz de ti pleno!.
E N D
Em traços largos Em versos livres
Desenho teu rostoCom meus dedos ternos,Nos contornos certos,Num ângulo recto.
Fito-te em olhar sereno,Na procura da descobertaQue em teus olhos penetra,E faz de ti pleno!
Desço devagarinho,Chego à boca que me leva,Ao imenso carinho,Que me perde e desconcerta.
Encontro então o teu corpo,Num dançar harmoniosoQue vem a mim cioso,Em plena rendição de Isopo.
Cheiro-te, saboreio-te, sinto-te;Toco-te, abraço-te, embaraço-te!Pego-me, colo-me, enlaço-me,Dou-me, entrego-me, rendo-me!
Falo, falas, falamos,Ficas forte formoso!Faço, desfaço, refaço,Felizes, em frágil flor!
Descubro em ti o melhor:Pérola, Rubi, diamante.Oiro do maior esplendorTeu coração radiante.
De alma pura, imensa,Que o teu corpo profano encerra,Sai de ti toda a essência,Da paz que ambicionamos na terra.
Leve e em traços largos,Louvem os versos livres,Derrama uma gota os lagosDiante dos teus sentidos
Poema: Lurdes Costa Formatação: Vitor Sá Som: “Amour”