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Jesus. Morte, Ressurreição e Páscoa. Jesus : Morte, Ressurreição e Páscoa. No tempo de Jesus havia o partido dos saduceus, que não acreditavam na ressurreição. Essa gente propôs o Jesus uma questão curiosa em Lc 20,27-38. Ao ler o texto acima citado, o
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Jesus Morte, Ressurreição e Páscoa 10º encontro
Jesus: Morte, Ressurreição e Páscoa No tempo de Jesus havia o partido dos saduceus, que não acreditavam na ressurreição. Essa gente propôs o Jesus uma questão curiosa em Lc 20,27-38. Ao ler o texto acima citado, o que entendeu você da resposta de Jesus? Em que são diferentes a ressurreição de Lázaro (Jo11) e a de Jesus? Com qual das duas vai ser mais parecida a nossa ressurreição? 10º encontro
Jesus: Morte, Ressurreição e Páscoa A respeito de morte e ressurreição você vai ouvir pela vida afora as mais variadas interpretações. Algumas serão divulgadas por pessoas de boa fé que acreditam mesmo estar com a verdade. Outros usarão idéias fantásticas para levar vantagem e enganar os que não sabem direito em que acreditam. Veja o que a Bíblia aconselha nesses casos: (2 Tm 3,14-15) • Quem tem autoridade para nos ensinar os mistérios de Deus e a vida? Por quê? • Por que é importante conhecer as Sagradas Escrituras? 10º encontro
Jesus: Morte, Ressurreição e Páscoa Ressurreição é a transformação de vida numa coisa melhor. Vai acontecer depois da morte; mas não precisamos esperar tanto. Toda vez que transformamos a vida estamos dando início à ressurreição. Veja este exemplo de ressurreição: Almir foi um mendigo durante 20 anos. Era chamado Maluquinho. Bebia muito e andava sem rumo pelas ruas de Copacabana, no Rio de Janeiro. Num dia de Ano Novo, olhando as pessoas que voltavam para casa, sentiu que gostaria de ter uma vida diferente. Resolveu que não ia mais beber. O pessoal do bairro, em sinal de apoio, lhe ofereceu um almoço num restaurante. Almir reconheceu que foi o almoço mais importante da sua vida. Sentiu-se valorizado. Hoje ele trabalha num Centro de Saúde, tem família e declara para quem quiser ouvir: “A gente pode mudar o destino”. 10º encontro
Jesus: Morte, Ressurreição e Páscoa No episódio da paixão e morte de Jesus destaca-se os seguintes fatos significativos: • Os membros do Sinédrio prenderam Jesus, interrogaram-no e entregaram seu caso a Pilatos. (Mc 14,43-15,1) • Os discípulos abandonaram Jesus, e Pedro, o primeiro dos apóstolos, negou seu mestre. (Mc 14,50; 14, 66-77) • Pilatos condenou Jesus à morte como “rei dos judeus”. (Mc 15,2-15) • Jesus é açoitado depois de condenado à morte. (Mc 15,15) • Jesus morreu na cruz (Mc 15,37). A cruz como suplício tem origem na Pérsia. É usada pelos romanos na punição de grandes faltas, como no caso de rebelião. Por sua crueldade, os judeus a consideravam um “escândalo” e sinal de “maldição de Deus”. 10º encontro
Jesus: Morte, Ressurreição e Páscoa Jesus não morre ingenuamente. A morte veio como conseqüência de sua vida. Toda sua vida foi doação, serviço, solidariedade, testemunho do Reino. A morte também foi doação total. Morreu como viveu. Doando a vida como serviço, ao reino e aos irmãos. A morte de Jesus foi pelos mesmos motivos que todo profeta morre em todos os tempos: colocou os valores por ele pregados acima da própria conservação da vida, preferiu morrer livremente a renunciar à verdade, à justiça, ao ideal da fraternidade universal, à verdade da filiação divina e da bondade irrestrita de Deus Pai. 10º encontro
Jesus: Morte, Ressurreição e Páscoa A morte de Jesus é redentora porque foi conseqüência de extrema doação, fruto de imensa liberdade, aceitação interior. Ele assumiu morrer livremente: “ninguém tira a minha vida, eu a dou livremente” (Jo 10,18). A resposta desse sentido redentor da morte de Jesus se torna visível pela ressurreição. Não podemos entender a morte de Jesus isolada de sua vida, como também não podemos entender a sua morte isolada da ressurreição. 10º encontro
Jesus: Morte, Ressurreição e Páscoa Ressurreição de Jesus: a inauguração do Reino Precisamos entender a ressurreição no contexto de toda a vida de Jesus. Jesus, durante toda a sua vida pregou o Reino de Deus. Reino é a superação total de tudo aquilo que impede a realização da vida humana em todo o seu esplendo: a dor, o ódio, a injustiça, a corrupção, o individualismo, ou seja, o pecado, e a própria morte. Reino é uma situação onde Deus tenha soberania e a vida possa desabrochar com todo o seu esplendor: a vivência do amor, da partilha, solidariedade, paz, acolhimento e valorização total da vida, numa comunhão com o próprio Deus. 10º encontro
Jesus: Morte, Ressurreição e Páscoa Ressurreição de Jesus: a inauguração do Reino A morte de Jesus, no entanto, parece ter sido um fracasso. Humanamente morreu como um derrotado. Frustraram-se as esperanças de libertação (Lc 24,21). Os apóstolos fugiram (Mc 15,50). O medo tomou conta dos discípulos (Jo 20,19). A cruz foi interpretada como maldição e sinal do abandono de Deus. Seria a morte a última palavra que Deus pronunciou em Jesus de Nazaré? A morte teria sido mais forte do que um amor tão generoso? 10º encontro
Jesus: Morte, Ressurreição e Páscoa Ressurreição de Jesus: a inauguração do Reino Mas eis que algo inaudito e único aconteceu na história da humani- dade. Deus o ressuscitou. Agora tudo se esclareceu: Deus não abandonara Jesus de Nazaré. Ele estava ao seu lado. Ele não era um amaldiçoado. Jesus não era um falso profeta, mas o verdadeiro Messias 10º encontro
Jesus: Morte, Ressurreição e Páscoa Ressurreição de Jesus: a inauguração do Reino Agora se mostrou quanto a pregação de Jesus era verdadeira. A ressurreição é a realização de tudo o que Jesus anunciou: a libertação total da humanidade, especialmente do medo e do domínio da morte. É a vitória de tudo aquilo que Jesus realizou: o amor, a partilha, a fraternidade no relacionamento humano, a justiça do Reino, a solidariedade com os pobres e os pequenos. A ressurreição confirma que tudo o que Jesus fez estava certo; a evangelização dos pobres, o perdão aos pecadores, a valorização das mulheres e das crianças, a crítica aos opressores, a reintegração dos excluídos, a reabilitação da vida. 10º encontro
Jesus: Morte, Ressurreição e Páscoa Ressurreição de Jesus: a inauguração do Reino Agora sabemos: A ressurreição significa a concretização total a absoluta do Reino de Deus na vida e na pessoa de Jesus. Se a rejeição de Jesus pela humanidade não permitiu que o Reino se concretizasse historicamente, Deus, porém, que vence o fracasso e faz viver na morte, fez com que ele acontecesse em Jesus de Nazaré. 10º encontro
Jesus: Morte, Ressurreição e Páscoa Ressurreição de Jesus: a inauguração do Reino Agora podemos clamar: “Ó morte, onde está a tua vitória? A morte foi tragada pela vida.” (1 Cor 15,55). Não foi a morte que venceu Jesus, foi Jesus que venceu a morte. Pela ressurreição, Deus reabilitou seu Filho diante da humanidade. No sepulcro de Jesus começou uma nova etapa da história, o novo céu e a nova terra. O velho mundo foi superado. O novo mundo foi inaugurado. A Páscoa é o primeiro dia da Nova Criação. 10º encontro
Oração Final Em Vós está a fonte da vida Considera, ó homem redimido, quem é aquele que por tua causa está pregado na cruz, qual a Sua dignidade e grandeza. A Sua morte dá a vida aos mortos; por Sua morte choram o céu e a terra e fendem-se até as pedras mais duras. Para que do lado de Cristo morto na cruz, se formasse a Igreja e se cumprisse a Escritura que diz: olharão para aquele que transpassaram (Jo 19, 37), a divina Providência permitiu que um dos soldados lhe abrisse com a lança o sagrado lado, de onde jorraram sangue e água. Este é o preço da nossa salvação. Saído daquela fonte divina, isto é, no íntimo do seu Coração, iria dar aos sacramentos da Igreja o poder de conferir a vida da graça, tornando-se para os que já vivem em Cristo bebida da fonte viva que jorra para a vida eterna. Levanta-te, pois, tu que amas a Cristo, sê como a pomba que faz o seu ninho na borda do rochedo (Jr 48,28), e aí, como pássaro que encontrou sua morada (Sl 83,4), não cesses de estar vigilante; aí esconde como a andorinha os filhos nascidos do casto amor; aí aproxima teus lábios para beber a água das fontes do Salvador (Is 12,3). Pois esta é a fonte que brota no meio do paraíso e, dividida em quatro rios (Gn 2,10), se derrama nos corações dos fiéis para irrigar e fecundar a terra inteira. Ó eterno e inacessível, brilhante e suave manancial daquela fonte oculta aos olhos de todos os mortais! Sois profundidade infinita, altura sem limite, amplidão sem medida, pureza sem mancha. Das obras de São Boaventura, bispo séc XIII 10º encontro