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DA VIDA ESPÍRITA. Espíritos Errantes Percepções, sensações, e sofrimentos dos Espíritos Ensaio teórico das sensações dos Espíritos As relações no além-túmulo e relações de simpatia e antipatia Ocupações e Missões dos Espíritos.
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DA VIDA ESPÍRITA Espíritos Errantes Percepções, sensações, e sofrimentos dos Espíritos Ensaio teórico das sensações dos Espíritos As relações no além-túmulo e relações de simpatia e antipatia Ocupações e Missões dos Espíritos
Na Erraticidade, os Espíritos estudam e procuram meios de elevar-se. Vêem, observam o que ocorre nos lugares aonde vão; ouvem os discursos dos homens doutos e os conselhos dos Espíritos mais elevados e tudo isso lhes incute idéias que antes não tinham. A erraticidade não é, por si só, sinal de inferioridade dos Espíritos. Há Espíritos errantes em todos os graus evolutivos. Não é possível precisar o tempo exato de permanência de um Espírito no estado errante. Uns ávidos de progresso solicitam retorno rápido ao mundo físico; outros, evitam, dificultam e tentam fugir ao retorno. Esse intervalo de tempo pode prolongar-se muito, mas, nunca será para sempre.
As percepções as quais estão sempre relacionadas ao sofrimento do Espírito, pois este pode queixar-se de frio, de fome e de outras angústias físicas, podem ser moral, sentimental, remorso, etc, só não podem ser materiais. É mais uma reminiscência do que uma realidade, reminiscência, porém, igualmente dolorosa. As sensações é um processo análogo às percepções. Se as do corpo, são nossos órgãos os condutores e, portanto, limitados também. Mas, se as externas do corpo, elas se tornam gerais, e, neste caso, é o perispírito que passa a ser o fio condutor do processo. Se desmaterializado, evolui, e experimenta novas sensações mais íntimas, superiores e indefiníveis quando comparadas às materiais Os sofrimentos pelo qual passa é sempre a conseqüência da maneira como viveu na Terra e dos laços que o prenderam à matéria.
Quando o corpo físico começa a desagregar-se por desleixo da alma que não cuidou de sua vestidura ou por processos vinculados ao passado, não é o corpo que sofre as impressões dolorosas, é o Espírito, por sua alta sensibilidade capaz de captar impressões através dos laços que o prendem ao corpo. O perispírito é o laço que à matéria prende o Espírito, que o tira do meio ambiente, do fluido universal. Participa ao mesmo tempo da eletricidade, do fluido magnético e, até certo ponto da matéria inerte. Poder-se-ia dizer que é quintessência da matéria. É o princípio da vida orgânica, porém não o da vida intelectual, que reside no Espírito. Uma vez de volta ao mundo dos Espíritos, cada um se apresenta como sempre viveu, ou seja, sem transformação súbita, sem milagres de renovação imediata. Raros despertam com a consciência livre, mas, muitos vinculados às lembranças em que se compraziam. A lei dos agrupamentos no Espaço é a das afinidades. A ela estão sujeitos todos os Espíritos.
Os Espíritos têm uns sobre os outros a autoridade correspondente ao grau de superioridade que exercem por um ascendente moral irresistível. Os Espíritos se evitam ou se aproximam, conforme à simpatia e antipatia que, reciprocamente, uns inspiram aos outros. Os bons vão a toda parte, auxiliam influenciando os maus para combater as más inclinações. Mas, as regiões que os bons habitam estão interditadas aos Espíritos imperfeitos. A simpatia que atrai um para o outro resulta da perfeita concordância de seus pendores e instintos, como também, da igualdade dos graus de evolução. Mas, se um tivesse que completar o outro, perderia sua individualidade. Assim como há simpatias entre os Espíritos, há também, as antipatias alimentadas pelo ódio, que geram inimizades e dissensões. Este sentimento, todavia, só existe entre os Espíritos impuros, que não venceram, ainda, em si mesmos, basicamente, o egoísmo e o orgulho.
Como exercem influência junto aos homens, acabam estimulando nestes, os desentendimentos e as discórdias, muito comuns na vida humana. As missões dos Espíritos têm sempre por objeto o bem. Os Espíritos encarnados têm ocupações inerentes às suas existências corpóreas. No estado de erraticidade, ou de desmaterialização, tais ocupações são adequadas ao grau de adiantamento deles. Uns percorrem os mundos, se instruem e preparam para nova encarnação. Outros, mais adiantados, se ocupam com o progresso. Outros tomam sob sua tutela os indivíduos, as famílias, as reuniões, as cidades e os povos, dos quais se constituem os anjos guardiães, os gênios protetores e os Espíritos familiares. Outros, finalmente, presidem aos fenômenos da Natureza. São incessantes as ocupações dos Espíritos, Os Espíritos inferiores e imperfeitos também desempenham função útil no Universo, embora muitas vezes não se apercebam disso, visto que todos têm deveres a cumprir.
Entre aqueles que muito se afinizam, buscam esquecer as próprias possibilidades de maior ascensão, solicitando posições apagadas e humildes ao pé daqueles a quem se devotam, a fim de ajudá-los na execução das tarefas que lhes foram assinaladas ou no pagamento das dívidas com que ainda se oneram perante a Lei. Existem Espíritos que não se ocupam de coisa alguma, conservando-se totalmente ociosos. Todavia este estado é temporário e cedo ou tarde o desejo de progredir os impulsiona para uma atividade, tornando-se felizes por se sentirem úteis. Os médiuns prestam grandes serviços, auxiliando a conversão dos incrédulos, prodigalizando consolação aos aflitos.