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Terminalidade da Vida

Terminalidade da Vida. Dr. Manes R. Erlichman Comissão de Bioética Centro de Terapia Intensiva Hospital Israelita Albert Einstein. Terminalidade da Vida. Definições: Eutanásia, Distanásia Determinação de morte Avanços em medicina Incorporação de cuidados paliativos à UTI Futuro.

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Terminalidade da Vida

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Presentation Transcript


  1. Terminalidade da Vida Dr. Manes R. Erlichman Comissão de Bioética Centro de Terapia Intensiva Hospital Israelita Albert Einstein

  2. Terminalidade da Vida • Definições: Eutanásia, Distanásia • Determinação de morte • Avanços em medicina • Incorporação de cuidados paliativos à UTI • Futuro

  3. EUTANÁSIA • Definição: do grego eu = bom e tánatos = morte • Ação ou omissão que, por sua natureza e intenção, causa a morte, com a finalidade de evitar a dor; • Pode ser ativa quando se aplica um remédio ou instrumento para matar; • Pode ser passiva quando se deixa de tomar uma medida para salvar o paciente; • Exige-se o consentimento do paciente.

  4. DISTANÁSIA • Definição: do grego dis = duas vezese tánatos = morte ou morte dupla; • A morte com sofrimento maior, pelo fato de o paciente terminal ter a vida mantida por meios extraordinários ou desproporcionais.

  5. ORTOTANÁSIA • Definição: do grego órtos = certo e tánatos = morte ou morte correta; • Remédios paliativos, acompanhamento médico, presença amiga e conforto emocional e espiritual dão tranqüilidade ao paciente terminal.

  6. DEFINIÇÃO E DETERMINAÇÃO DE MORTE • Definição • Morte do organismo como um todo • Critérios • Século 18: incosciência, ausência de pulso e respiração. • Século 19: Incosciência, ausencia de pulso e respiração. • Século 20: Morte cerebral. • Século 21: Mudança de paradigma entre morte do organismo biológico ou morte do organismo psico-social. • Testes

  7. DEFINIÇÃO E DETERMINAÇÃO DE MORTE Cérebro Coração Pulmão Biológico Social Ser humano Consciente Autonomo

  8. A morte deve ser combatida (deve-se combater as doenças e não o doente). • Desenvolvimento técnico e farmacológico permite a cura de várias doenças e também o prolongamento da vida. • É possível escolher a forma de morrer ? Observa-se uma tendência de buscar dignidade no processo de morrer, sem apressamento (eutanásia) e sem prolongamento (distanásia).

  9. Conceitos a serem considerados em se tratando de bioética no fim da vida: 1 – Beneficência 2 – Dignidade 3 – Competência 4 – Autonomia • Lembrar que no adoecimento, os tratamentos devem visar a qualidade de vida e ao bem-estar da pessoa, mesmo quando a cura não é possível

  10. EUTANÁSIA • O medo em relação ao sofrimento de morrer é justificado por: • Sofrimento por sufocamento, dor e tubos. • Degeneração do corpo e que os familiares o vejam. • Abandono e solidão. • Não-respeito ao desejo de morrer. • Dependência para as atividades cotidianas. • Dor, sofrimento e depressão.

  11. EUTANÁSIA • Os que são contra a eutanásia alegam: • Irrenunciabilidade da vida humana. • Mudança de idéia por eventual descoberta de um novo tratamento. • Relatividade do que se entende como sofrimento intolerável. • Idoneidade moral e profissional do médico.

  12. EUTANÁSIA • A eutanásia, onde é feita, exige-se que: • O paciente deve reafirmar o pedido várias vezes, ser adulto, e estar mentalmente competente. • É necessário a presença de dois médicos para garantir a legitimidade do sofrimento e a irreversibilidade do quadro. • O paciente deve apresentar dor e sofrimento intolerável, fisica e psiquicamente. • O médico que está acompanhando o caso deve ouvir a opinião de outro profissional.

  13. Distanásia • A distanásia é sempre o resultado de uma determinada ação ou intervenção médica, que, ao negar a dimensão da mortalidade humana, acaba absolutizando a dimensão biológica do ser humano. • O maior risco de distanásia ocorre em instituições de saúde muito aparelhadas, trazendo a questão de até quando a vida deve ser prolongada e quem decide. • Nunhum tratamento é fútil em si. A dificuldade é considerar quais tratamento são necessários, obrigatórios para salvar a vida dos pacientes ou controlar seus sintomas e quais são considerados inúteis.

  14. Fatores institucionais • Fatores médicos • Fatores sociais • Fatores psicológicos

  15. Fatores institucionais • Localização geográfica • Regiões com mais médicos apresentam maior tempo de internação. • Recursos • Uso de UTI nos EUA é 2,5 vezes maior do que no Canadá (trauma, baixo risco). • Estrutura organizacional • Hospitais de ensino possuem internações de menor duração (9%), porém com maior uso de recursos. • Liderança • Médico diarista reduz a chance de internação prolongada e complicações relacionadas a grandes cirurgias.

  16. Fatores médicos • Tipo e severidade de comorbidades: • Fraqueza neuromuscular, pneumonia, choque séptico e trauma grave. • Apache - mortalidade: • Subestima em pacientes com escore baixo e superestima em pacientes com escore alto. • Tempo de internação hospitalar: • Pacientes internados há mais de 15 dias no hospital antes de vir à UTI apresentam maior mortalidade.

  17. Fatores médicos • Idade, Raça, Sexo, Hábitos: • Há aumento de mortalidade e tempo de internação em relação à idade, porém devido a comorbidades e não à idade. • Uso de álcool associado a internação prolongada com mais recursos consumidos (pneumonia, sepsis). • VM e infecção nas primeiras 24 hs: • Associados com internação prolongada em UTI. • Ordens de não ressuscitar: • Associados com menor tempo de internação em UTI, com menor sofrimento de pacientes e familiares.

  18. Fatores sociais • Qualidade da comunicação – confusão. • Expectativas não realisticas e internação prolongada. • Não compreeensão do diagnóstico, prognóstico ou tratamento (50% - França). • Conflitos entre equipe médica e familiares acerca da retirada ou não início de suporte vital.

  19. Fatores psicológicos • 70% dos familiares apresentam sintomas de depressão e ansiedade. • Compromete a participação em tomada de decisão (35%).

  20. Distanásia: • Transgressão à vontade divina ? • Ato condenável ? • Cuidados Paliativos: • Morte sem sofrimento, nem rápida, nem demorada. • Atenda aos desejos do paciente sobre local e com a presença de pessoas significativas .

  21. Consultas no Pub Med “end of life care”: • 1980 – 1990: 10 artigos • 1990 – 2000: 1706 artigos • 2000 – 2008: 3209 artigos

  22. Status de Admissão e Alta dos pacientes Internados na UTI-APeríodo: 01/01/2003 à 31/12/2003

  23. Status de Admissão e Alta dos pacientes Internados na UTI-APeríodo: 01/01/2003 à 31/12/2003

  24. Pacientes • Receber adequada administração da dor e sintomas; • Evitar inapropriado prolongamento da vida; • Receber informações; • Aproximação dos familiares; • Respeitada as necessidades espirituais. (Singer et al., 1999)

  25. Família • Estar com o paciente; • Ser assegurado do conforto do paciente; • Ser útil; • Ser informado sobre as condições do paciente; • Participar das decisões e processo de morte; • Poder expressar emoções; • Ser aceito e respeitados pela equipe. (Hampe, 1975; Meyer, 1998)

  26. Equipe • Atendimento multidisciplinar; • Suporte intra equipe; • Comunicação; • Espaço de discussão de caso para dividir a experiência (luto) e refletir sobre a qualidade da assistência. (Truog et al, 2001)

  27. Futuro • Diretrizes avançadas • Critério de morte cerebral (cortical) • Humanização das UTIs • Espiritualidade e religiosidade mais presentes e valorizadas.

  28. Muito obrigado ! manes@einstein.br

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