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Usar a arte como instrumento de agitação política é um caminho natural contra a repressão.

Usar a arte como instrumento de agitação política é um caminho natural contra a repressão. Os festivais de música do final da década de 1960 revelam compositores e intérpretes das chamadas canções de protesto, como Geraldo Vandré, Chico Buarque de Holanda e Elis Regina.

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Usar a arte como instrumento de agitação política é um caminho natural contra a repressão.

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Presentation Transcript


  1. Usar a arte como instrumento de agitação política é um caminho natural contra a repressão. • Os festivais de música do final da década de 1960 revelam compositores e intérpretes das chamadas canções de protesto, como Geraldo Vandré, Chico Buarque de Holanda e Elis Regina. • O cinema traz para as telas a miséria de um povo sem direitos mínimos, como nos trabalhos de Cacá Diegues e Glauber Rocha. • No teatro, grupos como o Oficina e o Arena procuram dar ênfase aos autores nacionais e denunciar a situação do país. • Com o AI-5, as manifestações artísticas são reprimidas e seus protagonistas, na grande maioria, empurrados para o exílio. Na primeira metade dos anos 70 são poucas as manifestações culturais expressivas, inclusive na imprensa, submetida à censura prévia.

  2. Imprensa alternativa • Durante a ditadura aparecem no Brasil cerca de 150 periódicos regionais e nacionais de oposição ao Regime Militar. • Denunciam a tortura, as violações dos direitos humanos, a falta de liberdade, o arrocho salarial e a degradação das condições de vida dos trabalhadores. • O marco inicial da imprensa alternativa ocorre em 1969, com O Pasquim. Depois aparecem o Bondinho (1970), Polítika (1971), Opinião (1972), o Ex (1973), entre outros. • A partir de 1974, a imprensa alternativa adquire o caráter de porta-voz de movimentos ou grupos da esquerda. Destacam-se os jornais Movimento (1974), Versus (1975), Brasil Mulher (1975), Em Tempo (1977), e Resistência (1978).

  3. “Poesia Marginal revela-se como processo criador duplamente revolucionário na linguagem, posto que poético e político em seu nascedouro, trazendo como arma o resgate da oralidade perdida com o surgimento da escrita, agravada pela impressão. Dupla face, com tradição vanguardista.  • O poeta é um ser em relação com a palavra, com a fala. Tem todas as fomes do pão da palavra, e tem “essa fome” do “sonho faminto subnutrido de liberdade, engolindo o gosto da própria fome”, como já disse um desses marginais da poesia. Revela-se a outras fomes, de proteínas, de mulher e de justiça.”

  4. A libertação promovida pela estética marginal descreve uma trajetória que vai do mais engajado texto a uma maior experimentação performática, na pura busca do fazer inerente à contracultura, presente nas comunidades alternativas, onde se curtia o exoterismo e a poesia, como parte de um barato total, também como forma de protesto. “Maysa Miranda”

  5. Influenciada pela primeira fase do Modernismo brasileiro, pelo Tropicalismo e por movimentos de contracultura, tais como o rock, o movimento hippie, histórias em quadrinhos e o cinema, a poesia marginal é tendente à coloquialidade, à espontaneidade, à experimentação rítmica e musical, ao humor, à paródia e à representação do cotidiano urbano

  6. DITADURA MILITAR • Período: de 31 de março de 1964 (Golpe Militar que derrubou João Goulart) a 15 de janeiro de 1985 (eleição de Tancredo Neves). • Presidentes do período militar no Brasil: CASTELO BRANCO (1964-1967)COSTA E SILVA (1967-1969)JUNTA MILITAR (31/8/1969-30/10/1969)MEDICI (1969-1974)GEISEL (1974-1979)FIGUEIREDO (1979-1985) 

  7. Fatores que influenciaram (contexto histórico antes do Golpe) • Instabilidade política durante o governo de João Goulart; • Ocorrências de greves e manifestações políticas e sociais; • Alto custo de vida enfrentado pela população; • Promessa de João Goulart em fazer a Reforma de Base (mudanças radicais na agricultura, economia e educação); • Medo da classe média de que o socialismo fosse implantado no Brasil; • apoio da Igreja Católica, setores conservadores, classe média e até dos Estados Unidos aos militares brasileiros;

  8. Principais características do regime militar no Brasil • Cassação de direitos políticos de opositores; • Repressão aos movimentos sociais e manifestações de oposição; • Censura aos meios de comunicação;- Censura aos artistas (músicos, atores, artistas plásticos); • Aproximação dos Estados Unidos;- Controle dos sindicatos; • Implantação do bipartidarismo: ARENA (governo) e MDB (oposição controlada); • Enfrentamento militar dos movimentos de guerrilha contrários ao regime militar; • Uso de métodos violentos, inclusive tortura, contra os opositores ao regime; • “Milagre econômico”: forte crescimento da economia (entre 1969 a 1973) com altos investimentos em infraestrutura. Aumento da dívida externa.

  9. Abertura Política e transição para a democracia • Teve início no governo Ernesto Geisel e continuou no de Figueiredo; • Abertura lenda, gradual e segura, conforme prometido por Geisel; • Significativa vitória do MDB nas eleições parlamentares de 1974; • Fim do AI-5 e restauração do habeas-corpus em 1978; • Em 1979 volta o sistema pluripartidário; é criada a Lei de Anistia. • Em 1984 ocorreu o Movimento das “Diretas Já”. Porém, a eleição ocorre de forma indireta com a eleição de Tancredo Neves.

  10. Governo Militar (1964-1985) • O plano político é marcado pelo autoritarismo, supressão dos direitos constitucionais, perseguição política, prisão e tortura dos opositores, e pela imposição da censura prévia aos meios de comunicação; • Na economia há uma rápida diversificação e modernização da indústria e serviços, sustentada por mecanismos de concentração de renda, endividamento externo e abertura ao capital estrangeiro.

  11. POESIA MARGINAL

  12. Poesia Marginal é uma antologia poética que reuni 5 poetas da década de 70, mas que  continuam presentes nos dias de hoje. Ana Cristina Cesar, Cacaso, Chacal (Ricardo Carvalho Duarte), Francisco Alvim e Paulo Leminski ,formavam o grupo. Do grupo reunido nesta antologia, apenas Francisco Alvim e Chacal estão vivos e em atividade. Os outros companheiros de geração foram ficando, infelizmente, pelo caminho. O primeiro foi Ana Cristina, que cometeu a indelicadeza de se matar, aos 31 anos, em 1983; depois, Cacaso, que em l987, aos 43 anos, teve uma parada cardíaca e se foi; por último em 1989, partiu  Paulo Leminski, o genial "cachorro louco", que tinha vindo para bagunçar o coreto bem comportado da poesia. (adaptado do livro Poesia marginal/editora ática)

  13. Metáforas: consiste em retirar uma palavra de seu contexto convencional (denotativo) e transportá-la para um novo campo de significação (conotativa), por meio de uma comparação implícita, de uma similaridade existente entre  as duas.

  14. Antítese: é a figura de linguagem que consiste em construir um sentido através do confronto de ideias opostas.

  15. Aliteração: é  a figura de linguagem que consiste na repetição de determinados elementos fônicos, ou seja, sons consonantais idênticos ou semelhantes.

  16. Metalinguagem: é a linguagem que serve para descrever ou falar sobre outra linguagem ou sobre a própria linguagem.

  17. Seções do livro

  18. Sentir é muito lento • Os olhos da ingrata que nunca nos beija, a luz de um corpo que apaga os caminhos, os seios submersos da sereia. Todas as velocidades e vacilos do coração que, de tão lento, quase para; ou solta faísca e incendeia o horizonte. De quantas maneiras se diz o desejo?

  19. Fogo-Fátuo Ela é uma mina versátilo seu mal é ser muito volúvelapesar do seu jeito volátilnosso caso anda meio insolúvelse ela veste seu manto diáfanosai de noite e só volta de diaeu escuto os cantores de ébanoe espero ela chegar da orgiaela pensa que eu sou fogo-fátuoque me esquenta em banho-mariase estouro sou pior que o átomoainda afogo essa nega na pia. (Chacal)

  20. Os olhinhos do poeta Nada mais esquisito do que o trabalho do escritor, pelo que implica de violência e delicadeza. Delicadeza de quem, como criança, empina palavras no céu do papel, e violência dos que convertem o verso em “tiro no que encarquilha a linguagem”. Os poemas desta seção falam das ambiguidades e impasses diante da folha em branco. Convite para uma luta que pode deixar “um filete de sangue nas gengivas” ou acaba no zero a zero.

  21. Tenho uma folha branca e limpa à minha espera: mudo convite tenho uma cama branca e lima à minha espera: mudo convite tenho uma vida branca e limpa à minha espera: (Ana Cristina Cesar)

  22. O bicho alfabetotem vinte e três patasou quasepor onde ele passanascem palavrase frasescom frasesse fazem asaspalavraso vento leveo bicho alfabetopassafica o que não se escreve(Paulo Leminski)

  23. Se o mundo não vai Faz tempo que os escritores abandonaram suas torres de marfim e desceram até a rua. A opressão política, o medo, a desigualdade social, a solidão, a vontade de cair fora, tudo isso aparece nos versos a seguir, pela visão crítica e irônica desses poetas.

  24. Discordância Dizem que quem cala consente eu por mim quando calo dissinto quando falo minto (Francisco Alvim)

  25. Ele Inteligente ? Não sei. Depende do ponto de vista. Há, como se sabe, três tipos de inteligência: a humana, a animal e a militar (nessa ordem). A dele é do último tipo. Quando rubrica um papel põe dia e hora e os papéis caminham em ordem unida. (Francisco Alvim)

  26. AS APARÊNCIAS REVELAM Afirma uma Firma que o Brasil confirma: “Vamos substituir o Café pelo Aço”. Vai ser duríssimo descondicionar o paladar. Não há na violência que a linguagem imita algo da violência propriamente dita? (Cacaso)

  27. Reclame Se o mundo não vai bem a seus olhos, use lentes...ou transforme o mundoótica olho vivoagradece a preferência(Chacal)

  28. A vida que para Muitas vezes a poesia nasce do espanto, de uma espécie de interrupção no curso natural das coisas, e se constitui como uma forma de conhecimento. Basta um pequeno desvio na direção do olhar para que o mundo se apresente sob nova luz.

  29. UlissesO búzio junto ao ouvidoouço o marO mar: apenasquarteirão e meio de onde moroPrefiro ouvi-lo no búzio(calmo,calmo)No quarto(a vida que pára)ouço o mar. (Francisco Alvim)

  30. Abaixo, as principais atribuições do órgão. • - esclarecer os fatos e as circunstâncias dos casos de graves violações dos direitos humanos ocorridos entre 1946 e 1988; - promover o esclarecimento dos casos de torturas, mortes, desaparecimentos forçados, ocultação de cadáveres e sua autoria, ainda que ocorridos no exterior; • - identificar e tornar públicos as estruturas, os locais, as instituições e as circunstâncias relacionadas à prática de violações dos direitos humanos;

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