1 / 37

UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO – UCDB

UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO – UCDB. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU GESTÃO PARTICIPATIVA EM EDUCAÇÃO Módulo: POLÍTICAS EDUCACIONAIS Ministrante: Prof. Me. Luciano Ferraz Servantes. GRUPO 06 – DE CRIANÇA A ESCOLAR. Daiane Nara Brum Rego Luciana Martini Luis Carlos Virginio de Araújo

ondrea
Download Presentation

UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO – UCDB

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO – UCDB CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU GESTÃO PARTICIPATIVA EM EDUCAÇÃO Módulo: POLÍTICAS EDUCACIONAIS Ministrante: Prof. Me. Luciano Ferraz Servantes

  2. GRUPO 06 – DE CRIANÇA A ESCOLAR Daiane Nara Brum Rego Luciana Martini Luis Carlos Virginio de Araújo Márcia da Silva Teixeira Neemia Souza Gomes Severina Evileide Quintino Alves do Carmo

  3. OBJETIVOS DO ESTUDO Este trabalho tem como objetivo o estudo da história da educação desde os primórdios do século XVI, quando os países ocidentais como Alemanha, Prússia e Áustria começaram a investir na implantação do modelo escolar , onde a escola popular começaria a emergir e ainda a difundir pelo resto mundo, até ao século XIX, com a culminância deste modelo em quase todos os países. Ressaltaremos ainda, as dificuldades que professores, alunos e até mesmo o império/governo, encontrava para que essas escolas de massa pudessem funcionar de forma apropriada.

  4. DE CRIANÇA A ESCOLAR Maria Luiza Marcilio, possui graduação em História pela Universidade de São Paulo (1960) e doutorado - Université de Paris-Sorbonne (1967). É Professora Titular da Universidade de São Paulo e Presidente da Comissão de Direitos Humanos da USP desde sua criação(1997). Tem 16 livros publicados e mais de 100 artigos em seis diferentes línguas, em História da População Brasileira, História da Criança e da Família, da Escola, dos Direitos Humanos e História da Igreja Católica. Criou e dirige a Biblioteca Virtual de Direitos Humanos da USP-www.direitoshumanos.usp.br. Foi eleita Presidente do Instituto Jacques Maritain do Brasil (out. 2008). Recebeu a Menção Honrosa do Premio Alceu Amoroso Lima para os Direitos Humanos, de 2009. Maria Luiza Marcilio

  5. IMPLANTAÇÃO E DIFUSÃO DO MODELO ESCOLAR • A educação popular, ou como querem alguns autores,, tornou-se hoje uma instituição universal. • Em 1985, a educação de massa era obrigatória em 80% dos países do mundo, conforme John Meyer. • A educação de massas expandiu-se nos países pioneiros da Europa e nos Estados Unidos, a partir da década 1870. John Meyer

  6. Até o século XVII, a “escola de massa não existia no mundo. • Emergiu na Alemanha, Prússia e na Aústria. • O exemplo prussiano protestante serviu de modelo universal: - difusão de escolas primárias e do caráter moral do ensino sem sectarismos; - valorização do professor em escolas normais; - criação de um inspetor para as escolas primárias; - criação das escolas primárias superiores. • Os franceses George Cuvier e Victor Cousin levarma este modelo para a França, onde foram normalizados e por obra da reforma do ensino de Guizot, de 1833, difundidos pelo mundo.

  7. No século XVI criou-se uma ordem pedagógica fundada mais sobre um controle administrativo e moral, e que trouxe um conceito novo de “disciplina” escolar, até então desconhecido. • A invenção da “classe” e do “currículo” foi consequência da generalização de uma relação pedagógica com a infância. • Pouco a pouco construiu-se a passagem das formas “individualizadas” de ensino para os “agrupamentos” em “classes” de alunos, graças a enquadramentos cada vez mais sofisticados.

  8. Diferença entre as escolas medievais e as escolas modernas: • Passagem de uma comunidade de mestres e alunos, a um sistema de autoridade de mestres sobre os alunos; • Introdução de um regime disciplinar baseado em uma “disciplina constante e organizada”; • O abandono de uma concepção medieval indiferente à idade, em benefício de uma organização centrada sobre classes de idades bem definidas e homogêneas; • A instauração de procedimentos hierárquicos de controle do tempo e da atividade dos alunos, da utilização do espaço; • Implantação de programas escolares e de um sistema de progressão dos estudos, onde o exame tende a ter um papel central. • Estudar tornou-se uma obrigação, tanto no plano social como no individual.

  9. O processo de desenvolvimento da escola, buscando atingir as camadas populares, ganhou intensidade no século XIX. • Um dos meios utilizados pelos estados europeus foi a aprovação de leis que obrigavam a escolaridade das crianças. • A obrigatoriedade, originou-se no ducado do alemão Gotha, em meados do século XVII, e depois implantada no reinado da Prússia em 1717. • Em 1870, já havia sido imposta em quase todos os países do Ocidente europeu.

  10. No Brasil, as primeiras discussões sobre o sistema escolar e obrigatoriedade escolar, feriram-se na segunda metade do século XIX e aceleraram-se nas primeiras décadas do XX.

  11. Na Inglaterra dos finais do século XVIII, foi criado o sistema monitorial, ou ensino mútuo de Lancaster e Bell, sistema de alfabetização rápida, com classes em numerosas e destinada aos segmentos mais destituídos da sociedade. • Esse método uniu o ensino da leitura ao da escrita e ocupação de todos os alunos ao mesmo tempo. • O método de ensino mútuo introduziu o uso de quadros gerais para a classe, em lugar de livros e quadros individuais. • Inovou com a necessidade de um só professor para centenas de alunos. • Permitiu com isso progressos na alfabetização, com custos baixos. Lancaster

  12. O modelo escolar da Europa Ocidental, assentou-se sobre quatro pilares: • Transformou crianças em escolares e generalizou uma relação pedagógica, inicialmente com a infância. • Criou estruturas curriculares e formas que foram adquirindo, no quadro do projeto histórico da escola de massa, novas formas de organização do tempo, do espaço, da ação didática, que estão no coração do modelo escolar. • Estabeleceu-se um processo de profissionalização dos professores, elemento central para a compreensão do modelo escolar. A profissionalização implicou uma política de normalização e de controle do Estado, notadamente através da consolidação das escolas normais. Estas assumiram a missão de disciplinar e de incorporar os agentes do projeto social e a política da modernidade; • Formou-se uma pedagogia moderna com discurso científico da educação; o papel da pedagogia visou à transformação das pessoas. A pedagogia “científica” buscou introduzir regras, atitudes e comportamentos pretensamente “racionais” ou “razoáveis”, o que esteve indissociável do desejo de formar um “cidadão responsável”.

  13. Colaborou para a grande expansão desse modelo escolar no mundo a grande vitrine de Exposições Universais, entre 1862 e 1915. • “Desenha-se aí, com clareza, uma nova concepção: de infância “escolarizada”; de currículo escolar; de status da profissão do professor; das políticas de construção escolar e da colocação de um saber especializado em educação”, resume Novoa. Novoa

  14. O progresso da escolarização no Ocidente foi rápido depois de 1850. A escola primária tornou-se escola de massa. As desigualdades de sexo, idade e regional foram resolvidas nos países dominantes. • Na França em 1896, 93,5% das crianças de 5 a 15 anos estavam na escola; antes dela a Alemanha já havia colocado todas as suas crianças na escola e era o país de menor número de analfabetos no mundo.

  15. Com as mudanças em relação à família, à crianças e a educação, depois de 1970, a identificação da escola como espaço de reflexão resulta de uma mudança de visão. • Dominique Julia considera essencial voltar os estudos para o funcionamento interno da escola, na busca do resgate da construção de uma cultura escolar. • Devem concentrar em torno de três elementos: • Na organização e um espaço escolar, com um edifício, um mobiliário e um material específico; • No estabelecimento do curso, em classes separadas, marcando cada uma, progressão de nível; • No nascimento dos corpos profissionais que se especializaram na educação.

  16. O processo histórico da construção do modelo escolar a partir do Ocidente e de sua universalização acabou por tornar-se uma referência obrigatória e imitada em todo o mundo • No Brasil, os primeiros passos de implantação do modelo escolar e da universalização da escola começaram fundamentalmente nas últimas décadas do século XIX. • Na visão de Maria Luiza Marcilio três fatores históricos colocaram freios estruturais para a expansão de ensino de massas no Brasil:

  17. Fatores históricos que impediram a expansão do ensino de massas no Brasil Primeiro Fator • O sistema escravista. Escravismo e educação popular são incompatíveis. • Poucos foram os presidentes de província que detectaram que esta era a causa maior, mais profunda do descaso pelo ensino, do atraso da educação no Brasil. • Somente com a remoção da escravidão a expansão do ensino começou.

  18. Segundo Fator • Padroado Régio, a união do Estado e da Igreja, do “Trono e Altar”, do controle do Rei sobre a “ideologia” dos homens da Igreja Oficial. • Salvo raras exceções, não se voltaram para a educação dos fiéis, nem mesmo pela sua instrução catequéticas, por orientação sutil da Coroa. • Após a expulsão dos jesuítas, a igreja do Brasil não agiu concretamente em favor da educação

  19. Terceiro Fator • O federalismo exagerado que impediu a criação de uma instituição central que coordenasse as atividades educacionais; • Essa descentralização tornou lento o processo de expansão da educação básica no país.

  20. A ESCOLINHA DE LER E ESCREVER DO IMPÉRIO MATERIALIDADE DA ESCOLA • No período do Império o professor não morava na mesma povoação onde deveria servir, após ser aprovado no concurso ou nomeado.

  21. Alugam uma casa, e compram ou pedem emprestados alguns trastes; é nessa casa e com esses trastes que a cadeira vai se instalar. O professor vence ordenados diminutos; Cabe ao professor dar ao local, móveis e utensílios e material escolar; A casa necessariamente é pequena e a sala destinada ao ensino imprópria por seu aspecto e dimensões. Coisas indispensáveis são dispensadas.

  22. MATERIAL E MOBILIÁRIO • SÃO PAULO DE 1877, O PRESIDENTE DECLARAVA: “ENCONTREI MUITAS ESCOLAS SEM MESTRES E TODAS SEM LIVROS, SEM CASA, SEM MÓVEIS E SEM UTENSÍLIOS” •  A EDUCAÇÃO ENSAIAVA O ENSINO COLETIVO • OUTROS RELATOS. • ATIBAIA (SP) - 1875: • “ESTA ESCOLA RECLAMA: • NECESSIDADES DE MESAS, CADEIRAS, LOUSAS, IMPRESSOS • PERCO UM BOM TEMPO A ESCREVER TRANSLADOS E CARTAS”. • MATO GROSSO: • “........ESCREVIAM OS ALUNOS SOBRE O PEITORIL DAS JANELAS E SOBRE PEQUENOS E TOSCOS BANCOS DE MADEIRA”

  23. CARTEIRA ESCOLAR LOUSA ORIGINAL / LOUSA VIRTUAL

  24. COMPÊNDIOS, LIVROS DIDÁTICOS E CARTILHAS O ENSINO ERA ESSENCIALMENTE ORAL E A APRENDIZAGEM FUNDAVA-SE NA REPETIÇÃO E NA MEMORIZAÇÃO; NÃO RARO  O PROFESSOR COPIAVA MANUALMENTE OS LIVROS OU LANÇAVA MÃO DE IMPRESSOS NÃO ESCOLARES (TIRAS DE JORNAIS, CORRESPONDÊNCIA PARTICULAR DOS FAMILIARES DOS ALUNOS OU LIVROS DE QUALQUER ESPÉCIE EXISTENTE NA LOCALIDADE.

  25. PROFESSOR • A falta de instituições para a formação do magistério levava a contratação de mestres com pouco conhecimento, no caso de professor de “primeiras letras” a ignorância era maior ainda. • A pessoa que procurava o exercício do magistério era visto como uma pessoa que não gostava de trabalhar, eram pessoas muito pobres, sem recursos e que na maioria das vezes não conseguiam outro emprego por não ter capacidade de fazer riqueza por outros meios como o comercio e a agricultura,

  26. Algumas causas principais das precárias condições do ensino na época devia-se: • à ignorância dos professores que na maioria conquistaram a cadeira por patronado, não tendo nenhuma formação para tal. • à falta de assiduidade e desleixo para com a educação (educadores, educandos e governantes) • pobreza de grande parte dos alunos acarretando a falta de recursos para ter o material escolar, utilitários, móveis, condições precárias das instalações, não ocorrendo nenhum atrativo para o alunado se interessar pela educação.

  27. CALENDÁRIO ESCOLAR • é arbitrária a hora da abertura e do encerramento das escolas; uns professores prolongam o ensino e outros encurtam.” (relator de 1857) •  Na época do império, a escola não tinha duração certa, cada um cumpria o horário de aula da maneira que julgava melhor. Afinal, como poderia haver pontualidade numa sociedade na qual o relógio era um privilégio dos mais abonados.

  28. Desde os tempos coloniais, as aulas aconteciam pela manhã e pela tarde durante três horas em cada período; de segunda a sábado, com exceção das quintas feiras (considerado feriado). A atividade escolar era um fluxo permanente devido à admissão ou saída de alunos que podia ocorrer a qualquer época do ano. A maioria das crianças era de origem muito humilde e para freqüentar a escola deviam andar a pé, no frio ou no calor, com lama ou com muita poeira pelos caminhos e muitas vezes percorrendo distâncias enormes. Tudo isso, contribuía para as baixas freqüências e até mesmo para a evasão. Além de que, o despreparo dos professores não atraíam, nem um pouco, as crianças para a aprendizagem.

  29. IMPLANTAÇÃO DO MODELO ESCOLAR • Iniciado em São Paulo após a proclamação da república, e gradualmente se propagou pelo país: • Estabelecia um modelo escolar de ensino fundamental; • Alargava a alfabetização popular; • Criada a escola normal e a escola complementar para formar os mestres;

  30. Baseava-se em grupos escolares com as seguintes características: • ensino seriado; • método analítico; • estabelecimento próprio; • materiais didáticos; • mobiliário apropriado; • calendário escolar; • matrícula pré-fixada; • boletins de frequência e aplicação.

  31. “A REVOLUÇÃO” • Criação de bibliotecas; • Utilização de luz elétrica nas escolas; • Criação de indústrias diversas: - indústrias de papéis; - editoras; • Ampliação da construção de escolas com o crescimento das áreas envolvidas; • Modernização constante das escolas;

  32. RESULTADOS • Os estabelecimentos foram rapidamente ocupados por alunos; • A criança passa a se tornar escolar; • O ensino “primário” foi valorizado visando combater o analfabetismo; • Os pais passaram a confiar seus filhos a esta nova metodologia.

  33. CONCLUSÃO A visão do modelo escolar, adotado pelos países ocidentais, foi o início de um modelo educacional que é aderido até hoje. É claro, que sofreram modificação ao longo destes séculos, pois a cada governo, se idealiza um novo modelo. A adaptação da criança à escola, foi muito prejudicada, por causa da precariedade destes modelos educacionais, bem como as modificações em suas estruturas. A criança necessita de um tempo para adaptações.

More Related