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BRASIL ANDA PARA FRENTE, SEGUNDO JIM O’NEIL, PAI DOS BRICs, APESAR DE HISTÓRICO RUIM. REPENSANDO O TEMA DO CRESCIMENTO NO BRASIL E NO MUNDO: ATÉ ONDE PODEREMOS IR SEM ENFRENTAR OS VERDADEIROS BONS COMBATES? REVISÃO DO IBGE NOS OBRIGA A REAVALIAR BRASIL.
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BRASIL ANDA PARA FRENTE, SEGUNDO JIM O’NEIL, PAI DOS BRICs, APESAR DE HISTÓRICO RUIM. REPENSANDO O TEMA DO CRESCIMENTO NO BRASIL E NO MUNDO: ATÉ ONDE PODEREMOS IR SEM ENFRENTAR OS VERDADEIROS BONS COMBATES? REVISÃO DO IBGE NOS OBRIGA A REAVALIAR BRASIL. APRESENTAÇÃO PARA CLIENTES DO BRADESCO DE RIBEIRÃO PRETO E REGIÃO RIBEIRÃO PRETO, 21 DE MARÇO DE 2007 OCTAVIO DE BARROS DIRETOR DE PESQUISA MACROECONÔMICA BRADESCO
A QUALIDADE DO DEBATE SOBRE O CRESCIMENTO MELHOROU NO BRASIL, MAS AINDA TEM MUITA GENTE FOCADA APENAS A TEMAS “HOJE IRRELEVANTES” COMO JUROS E CÂMBIO.
NHEM-NHEM-NHEM DE JUROS E CÂMBIO REVELA UM ESPÉCIE DE PREGUIÇA INTELECTUAL DOS FORMADORES DE OPINIÃO DE SE AVANÇAR NOS VERDADEIROS TEMAS DO CRESCIMENTO.
CÂMBIO E JUROS SÃO MUITO IMPORTANTES, MAS ESSES TEMAS NOS PARECEM BEM ENCAMINHADOS PELO BACEN
JUROS: FIRME RUMO A 1 DÍGITO NOMINAL ATÉ O FINAL DE 2008 (OU TALVEZ ANTES). CÂMBIO: MOVIMENTO SUAVIZADO PELO BACEN, O QUE REDUZ VOLATILIDADE E AUMENTA PREVISIBILIDADE.
O QUE OS CALÇADISTAS DE FRANCA ME DISSERAM: “CÂMBIO NÃO NOS INCOMODA MAIS. O QUE NOS INCOMODA É O COURO DA BERTIN E DA FRIBOI (OLIGOPÓLIO)”.
A BAIXA VOLATILIDADE DO CÂMBIO É UM ATIVO INESTIMÁVEL PARA AS EMPRESAS. TEM MUITO VALOR. SUAVIZAÇÃO É O QUE HÁ DE MAIS RESPONSÁVEL QUE O BACEN PODE FAZER NESTE MOMENTO
A SUAVIZAÇÃO DO BACEN, COMPRANDO RESERVAS, GARANTE TEMPO DE ADAPTAÇÃO ÀS EMPRESAS À NOVA REALIDADE CAMBIAL ALÉM DISSO, HÁ UM CONSTRUTIVO OPORTUNISMO DO BACEN REDUZINDO RISCOS FUTUROS
SERÁ QUE NINGUÉM FALA DO CUSTO DE SE MUDAR A POLÍTICA DE SUAVIZAÇÃO DO BACEN EM CURSO? CUSTO ALTO SERIA LEVAR INCERTEZA E IMPREVISIBILIDADE AOS AGENTES ECONÔMICOS
AS FORÇAS DOMINANTES DA APRECIAÇÃO DO REAL NÃO ESTÃO DO LADO DA ARBITRAGEM DE TAXA DE JUROS, MAS SIM NAS TRANSFORMAÇÕES ESTRUTURAIS DO BALANÇO DE PAGAMENTOS, NA EVOLUÇÃO DA DINÂNICA DA DÍVIDA E NA LEITURA GENEROSA QUE O MUNDO FAZ DAS OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTOS EM NEGÓCIOS NO BRASIL.
EVOLUÇÃO DA MÉDIA MÓVEL 12 MESES DO CÂMBIO CONTRA A EVOLUÇÃO DA MÉDIA MÓVEL 3 MESES DA TAXA SELIC 2005 - 2007 R$/US$ FONTE: BCBELABORAÇÃO E PROJEÇÃO: BRADESCO
SUSPEITO QUE A TAXA DE CÂMBIO REAL DE LONGO PRAZO NO BRASIL ESTARÁ UM POUCO ABAIXO DO PATAMAR ATUAL. INVESTIMENTOS DIRETOS, ETANOL E ESTABILIDADE INSTITUCIONAL, MELHOR DINÂMICA DA DÍVIDA E GRAU DE INVESTIMENTO APRECIAM CÂMBIO
EVOLUÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO 2003 - 2007 R$/ US$ FONTE: BLOOMBERG ELABORAÇÃO: BRADESCO D:\Area Economica\BBV\BLOOMBERG- TAXA DE CÂMBIO.xls
TAXA DE CÂMBIO REAL EFETIVA 1988 - 2007 FONTE: BACEN ELABORAÇÃO: BRADESCO
CENÁRIO DE CÂMBIO PARA 2007 FONTE: BCB ELABORAÇÃO: BRADESCO
PAPEL DAS INTERVENÇÕES É O DE SUAVIZAR OS MOVIMENTOS DA TAXA DE CÂMBIO PARA EVITAR PASSAR FALSOS SINAIS AOS EXPORTADORES, IMPORTADORES, EMPRESAS E INDIVÍDUOS.
O FATO DE O BACEN (COMPRANDO RESERVAS) SUAVIZAR BASTANTE O MOVIMENTO DO CÂMBIO NÃO ANULA EM NADA A FUNÇÃO PRECÍPUA DO CÂMBIO FLUTUANTE QUE É A DE ABSORVER CHOQUES EXÓGENOS, LIBERANDO A ATIVIDADE DE IMPACTOS DIRETOS.
CÂMBIO IDEAL É AQUELE NEM APRECIADO NEM DEPRECIADO PORQUE TRADUZ UM EQUILÍBRIO DE BALANÇO DE PAGAMENTOS.
COMPETITIVIDADE NÃO PODE SER “ESPÚRIA” (VIA PREÇOS) COMO DIZIA O ECONOMISTA FERNADO FAJNZYLBER. INOVAÇÃO E PRODUTIVIDADE DEVEM SER A BASE DA COMPETITIVIDADE E NÃO O CÂMBIO
CÂMBIO É PREÇO-CHAVE PARA “INVESTIMENTO AGREGADO” SOBRETUDO QUANDO APRECIA. SUBSÍDIO À IMPORTAÇÃO DE BENS DE CAPITAL E REDUÇÃO DO CUSTO DO CAPITAL.
DECOMPOSIÇÃO DO CRESCIMENTO DO PIB BRASILEIRO ENTRE DEMANDA EXTERNA E INTERNA PARA PERÍODOS SELECIONADOS 1992 - 2006 FONTE: IBGE , BCB ELABORAÇÃO: BRADESCO
VARIAÇÕES ANUAIS - TRIMESTRE / TRIMESTRE (-4) - DA FBKF E DO CÂMBIO REAL - 1992 - 2006 (60 OBSERVAÇÕES) Variação da FBKF Variação do câmbio real FONTE: IBGE , BCB ELABORAÇÃO: BRADESCO
RELAÇÕES ENTRE PARES DE VARIÁVEIS (Obs): Dados trimestrais de 1992 a 2006 exceto para os juros, que começam em 1998. Variação interanual dos dados trimestrais e, no caso dos juros, nível médio trimestral. FONTE: IBGE , BCB ELABORAÇÃO: BRADESCO
CÂMBIO JUROS. VARIAÇÕES ANUAIS - TRIMESTRE / TRIMESTRE (-4) - DO CÂMBIO REAL E TAXA DE JUROS ANUAL (SWAP PRÉ-360 MÉDIA NO TRIMESTRE) 1998 - 2006 (36 OBSERVAÇÕES) Variação anual do câmbio Variação anual dos juros FONTE: IBGE , BCB ELABORAÇÃO: BRADESCO
CONSUMO E JUROS. VARIAÇÕES ANUAIS - TRIMESTRE / TRIMESTRE (-4) - DO CONSUMO E TAXA DE JUROS ANUAL (SWAP PRÉ-360 MÉDIA NO TRIMESTRE). 1998 - 2006 (36 OBSERVAÇÕES) Variação consumo Nível de taxa de juros FONTE: IBGE , BCB ELABORAÇÃO: BRADESCO
RELAÇÃO ENTRE IMPORTAÇÕES E INVESTIMENTO. VARIAÇÕES ANUAIS - TRIMESTRE / TRIMESTRE (-4) - DA FBKF E DAS IMPORTAÇÕES - 1992 - 2006 (60 OBSERVAÇÕES) FBKF IMPORTAÇÕES FONTE: IBGE , BCB ELABORAÇÃO: BRADESCO
RELAÇÃO ENTRE CONSUMO E INVESTIMENTO. VARIAÇÕES ANUAIS - TRIMESTRE / TRIMESTRE (-4) - DA FBKF E DO CONSUMO - 1992 - 2006 (60 OBSERVAÇÕES) FBKF CONSUMO FONTE: IBGE , BCB ELABORAÇÃO: BRADESCO
CÂMBIO IDEAL É O DE EQUILÍBRIO. CÂMBIO DEPRECIADO É SUBSÍDIO A GRUPO RESTRITO DE EMPRESAS EXPORTADORAS.
DAÍ A SUPERIORIDADE DO REGIME DE CÂMBIO FLUTUANTE QUE, SUJO OU LIMPO, PERMITE A CONVERGÊNCIA MAIS RÁPIDA PARA O EQUILÍBRIO DO QUE O CÂMBIO FIXO QUE “CONGELA PROJETOS”.
SUJO OU NÃO, COM OU SEM APOIO DO LADO FISCAL, O REGIME DE CÂMBIO FLUTUANTE É SUPERIOR AO FIXO EM TODOS OS PLANOS.
REVISITANDO OS VERDADEIROS BONS COMBATES QUAIS SÃO OS VERDADEIROS TEMAS RELEVANTES PARA O DEBATE DO CRESCIMENTO BRASILEIRO?
NECESSIDADE DE EDUCAÇÃO DE QUALIDADE COM INVESTIMENTOS PÚBLICOS FOCADOS DA PRÉ-ESCOLA AO FUNDAMENTAL
NECESSIDADE DE INCENTIVO À INOVAÇÃO E À PESQUISA TECNOLÓGICA
MELHORA DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA QUE HOJE DESINCENTIVA A CONTRATAÇÃO E ONERA AS EMPRESAS
NECESSIDADE DE SE AUMENTAR OS INVESTIMENTOS PRIVADOS E PÚBLICOS COM UM BOM AMBIENTE DE NEGÓCIOS
REDUZIR UM CERTO VIÉS ANTI-CAPITALISTA QUE EXISTE NO BRASIL ONDE O SETOR PRIVADO É SEMPRE VISTO COM SUSPEIÇÃO
MAS INFELIZMENTE A CONTROVÉRSIA SOBRE CÂMBIO E JUROS CONTINUARÁ
O BRASIL NÃO SÓ “ESTÁ NO PÁREO” COMO VAI LONGE. SERÁ? O CETICISMO É LEGÍTIMO
POR QUE O “B” DO BRICs NECESSITA POUCA JUSTIFICATIVA?Jim O’NeillManaging Director & Head of Global Economic Research Goldman SachsMarço 2007
BRICs: POTENCIAIS E CONSEQÜÊNCIAS • Até 2035 – 30 anos – o PIB dos BRICs poderá se equiparar ao do G6 • Até 2010, o crescimento anual da demanda dos BRICs poderá se equivaler ao do G6 • China e Índia poderão rivalizar com os EUA • O bem-estar nos BRICs (PIB per capita) provavelmente ainda será menor do que dos G6 (exceto Rússia) • Implicações: • Mudança nos padrões de produção, comércio e consumo mundiais • Mudança na ordem monetária mundial e talvez na ordem social • As instituições mundiais precisarão mudar
RECOMENDAÇÕES PARA O BRASIL • O Brasil precisa evitar as crises recorrentes • O bom desempenho do regime de metas de inflação será fundamental • Só se o cumprimento das metas de inflação for bem-sucedido, as taxas de juros reais cairão • Brasil tirará proveito das relações de troca graças à China e à Índia além do aquecimento global.