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DOR NEUROPÁTICA FACIAL. JOSE G SPECIALI Prof. Senior de Neurologia Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP). DOR NEUROPÁTICA PERIFÉRICA. Neuralgia trigeminal N. Glossofaríngea. Herpes zoster. Na +. SNC. . Sensação Dolorosa. Ausência do Estímulo. Neuroma de amputação
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DOR NEUROPÁTICA FACIAL JOSE G SPECIALI Prof. Senior de Neurologia Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP)
DOR NEUROPÁTICA PERIFÉRICA Neuralgia trigeminal N. Glossofaríngea Herpes zoster Na+ SNC SensaçãoDolorosa Ausência do Estímulo Neuroma de amputação Encarceramento Neuropatias diabéticas Neuralgia posherpética Dor causada por encarceramento, desmielinização, irritação ou distorção de nervos e por lesões estruturais
Características da Dor Neuropática • Perda sensitiva • Dor evocada pelo tato • Dor evocada por pressão • Dor evocada por picada • Hiperalgesia • Paroxismos dolorosos • Pontos de gatilho • Sensações posteriores aos estímulos • Sintomas do “windup”
Trauma : cirurgia, amputação, trauma medular • Infecção : Herpes zoster, Lues , HIV, MH • Toxinas : metais, drogas, quimioterápicos • Deficiências nutricionais : B1, B6, niacina • Imunomediadas : EM • Compressivas : canal do carpo, radiculopatias • Relacionadas ao câncer : compressiva, infiltrativa, paraneoplásica, iatrogênica, metastática • Metabólicas : diabete, uremia, porfiria, • Isquêmicas : LED, artrite reumatoide, AVC • Hereditárias : neuropatias hereditárias • Outras : Guillain-Barré, siringomielia, epilepsia, ELA, polineuropatias
Lesão de Raiz Nervosa • Compressões • Radioterapia • Invasões • Inflamatórias
Síndromes corticais Síndromes talâmicas Dor Talâmica Síndromes sensitivas do tronco cerebral S. de Wallemberg DOR CENTRAL
Dor e tronco cerebral • síndrome de Wallemberg: • dor na hemiface e hemicrânioipsolateral à lesão • hemicorpocontralateral devido à lesão do trato e do núcleo espinhal do trigêmeo e do feixe espino-talâmico ipsolaterais
Neuralgia do Trigêmeo • A IHS reconhece dois tipos de Neuralgia trigeminal: Clássica e Sintomática* • N.Clássica (características evolutivas e período refratário) Critérios diagnósticos: A. Crises paroxísticas de dor que duram de fração de segundo a menos de dois minutos, afetando uma ou mais divisões do nervo trigêmeo e preenchem os critérios B e C. B. A dor tem pelo menos uma das seguintes características: 1. intensa, aguda, superficial ou em facadas. 2. precipitada por fatores ou áreas de gatilho. C. Crises estereotipadas para cada paciente D. Sem evidência clínica de déficit neurológico E. Exclusão de lesão estrutural * O termo N. idiopáticafoi substituído pelo de N. Clássica do Trigêmeo pois na maioria desses casos há uma alça vascular tortuosa ou aberrante, comprimindo a região retro-ganglionar
Neuralgia do TrigêmeoPainfultrigeminalneuropathy • N.sintomática(exame neurológico anormal e ausência de período refratário) Dor indistinguível da neuralgia trigeminal clássica, mas causada por lesão estrutural demonstrável, que não seja a compressão vascular
Neuralgia do Trigêmeo • A neuralgia trigeminal clássica é a dor nevrálgica mais comum da face • Envolve um dos lados e um dos ramos terminais do trigêmeo. O ramo oftálmico é o menos acometido, 2,8% • É uma das dores mais excruciantes, levando os pacientes a pensar em suicídio • Freqüência: após os 40 anos em 90% dos pacientes, um pouco mais nas mulheres. Incidência é, aproximadamente 4-5 por 100.000 pessoas.
Neuralgia do Trigêmeo Fisiopatologia • A patogênese da N. Clássica é conseqüência, em 85% dos casos, à compressão arterial associada em 68% à compressão venosa (artéria cerebelar superior). Compressão venosa isolada ocorre em 13% • A compressão vascular e conseqüentedesmielinização gerariam potenciais ectópicos e dor • NT secundária: presença de massa ou aracnoidite • Agentes virais podem ser implicados (Herpes simples latente?)
Neuralgia do Trigêmeo Diagnósticos diferenciais • Neuralgia herpética e posherpética • Neoplasias • Inflamação granulomatosa (ex. tuberculose, sarcoidose, sindrome de Behçet, doenças vasculares do colágeno e outras vasculites • Dor odontogênica, neuralgia do glossofaríngeo • Esclerose Múltipla onde pode ser bilateral. 2% dos pacientes com NT tem EM; e NT ocorre em 4% dos pacientes com EM
TRATAMENTOS Medicamentoso Bloqueios Cirúrgicos Não medicamentosos
Medicamentosos • Fenitoina • Carbamazepina e oxcarbazepina • Baclofeno • Lamotrigina • Gabapentina • Clonazepam NB- Sabe-se quando e como iniciar mas, nenhum dado se conhece quanto tempo deve-se manter a dose eficaz e o tratamento
Neuralgia do Trigêmeo:complicações do tratamento invasivo • Morbidade associada com a descompressão: hemorragia, infecção e possível lesão do tronco cerebral • As complicações mais freqüentes em centros especializados são: disestesia facial (0.3%), formigamento (0.15%), lesão cerebelar, perda auditiva (<1%) e fístula liquórica (<2%) • Com a termocoagulação a disestesia ocorre em 5-25% dos pacientes, desconforto corneano em até 15% e fraqueza do masseter em 4%. As vezes são reversíveis • Microcompressão com balão está associada a elevada porcentagem de perda auditiva (11%) e disfunção motora
Sintomas da Nevralgia Auriculotemporal • Mais comum em mulheres de meia idade • Dor projetando-se no ouvido e têmpora • Pode se estender para a articulação temporomandibular e região de parótidas. • Distúrbios sensitivos dessa região • Dor local aguda em facada, na área ao redor do côndilo que se difunde para o alto da cabeça e arco zigomático • A dor pode ser contínua com exacerbações em facada • Acompanhada de queimação na metade anterior do pavilhão auditivo • Alterações da salivação • Raramente a dor pode se irradiar para o queixo Pareja JA, et al. Headache Pain 2003;4:125-131
Sintomas da Nevralgia Auriculotemporal • Analisando nossos 7 casos verificamos: • A dor pode ser crônica com anos de duração • Nesses casos a dor pode se hemicranica, pulsátil e contínua, com ou sem exacerbações tipo pontada • Podem surgir náuseas, foto e fonofobia • Surgir dor à dígito-pressão nos nervos occipitais • A prevalência em nosso ambulatório é de 0,5% • Todos os casos diagnosticados foram em mulheres adultas com mais de 30 anos Special JG e Godoi-Gonçalves DA. Current Pain and Headache Reports 2005, 9:277–280
SUNCTcefaleia neuralgiforme de curta duração com congestão conjuntival e lacrimejamento • Síndrome rara que se caracteriza por dor intensa, orbitária e temporal, unilateral, normalmente referida como “em facada”; com presença de sintomas autonômicos • Deve ter pelo menos 20 ataques ao dia, cada um durando de 5 a 240s • Presença de gatilhos • Diferenças com a Neuralgia Trigeminal
SUNCT -Tratamento Profilático 1 – Prevenção de Curto Prazo Lidocaína EV 2 – Prevenção de Longo Prazo Lamotrigina: Dose até 600mg/dia
Dor facial e cefálica atribuída ao herpes zoster Herpes zoster agudo • Descrição:Dor facial e cefálica causada por herpes zoster • Critérios diagnósticos: A. Dor facial ou cefálica na distribuição do nervo ou divisão do nervo afetado e preencher os critérios C e D B. Erupção herpética em território do nervo correspondente C. A dor precede a erupção herpética por menos de 7 dias D. A dor se resolve em 3 meses • Notas: - Herpes zoster afeta o gânglio trigeminal em 10-15 % dos pacientes - A divisão oftálmica é a menos afetada (cerca de 8%) - Ocorre em cerca de 10 % dos pacientes com linfoma e em 25% dos pacientes com doença de Hodgkin.
Neuralgia pós herpética • Descrição: Dor facial que se desenvolve durante a fase aguda do herpes zoster persiste ou recorre passados 3 meses ou mais • Critérios diagnósticos: A . Dor facial ou cefálica na distribuição do nervo ou divisão do nervo afetado B. Erupção herpética em território do nervo correspondente C. A dor precede a erupção herpética por menos de 7 dias D. A dor persiste por mais de 3 meses • Comentários: • A Neuralgia pós herpética é uma sequela de herpes zoster mais frequente nos idosos, acometendo 50% dos pacientes que contraem herpes zoster após os 60 anos. • Geralmente, hipoestesia, hiperalgesia e/ou alodinia estão presentes no território envolvido.
Dor facial atribuída à esclerose múltipla • Descrição: Dor facial unilateral ou bilateral, com ou sem disestesia, atribuída a uma lesão desmielinizante de vias centrais do nervo trigêmeo, sendo as remissões e recaídas comuns • Critérios diagnósticos: A. Dor, com ou sem disestesia, em um ou ambos os lados da face. B. Evidência que o paciente tenha esclerose múltipla. C. Desenvolvimento de dor e disestesia em um período próximo à, e com a demonstração por RNM, de uma lesão desmielinizante em ponte ou trajeto quintotalâmico (trigeminotalâmico). D. Exclusão de outras causas. • Comentários • A dor pode ser como um tique, como na 13.1 Neuralgia trigeminal, ou contínua. • A neuralgia trigeminal que ocorre em pacientes jovens afetando um e depois o outro lado da face, levanta a suspeita de esclerose múltipla.
Síndrome da boca urente (ardência bucal) • Descrição: Uma sensação de queimação intraoral sem causa médica ou dentária. • Critérios diagnósticos: A. Dor na boca presente diariamente e persistindo maior parte do dia. B. Mucosa oral de aparência normal. C. Doenças locais e sistêmicas devem ser excluídas. • Comentários • A dor pode ser limitada a língua (glossodínea). • Secura na boca subjetiva, parestesias e alteração do paladar podem ser sintomas associados.
Características Clínicas • Intensidade de moderada à forte • Bilateral • Localização preferencial a língua, terço dorsal anterior, seguida dos lábios • Palato, gengiva e a orofaringe menos envolvidas • Alterações gustativas • Pode estar associada com insônia, mudanças de humor ansiedade irritabilidade depressão
Características Clínicas • Sensação de boce seca e sede • Mudanças do paladar, p.ex. apimentado, metálico • Perda do paladar • Padrões: • Pouco desconforto pela manhã, mas pior no decorrer do dia • Ocorre ao acordar e persiste o dia todo • Pode aumentar e diminuir no decorrer do dia • É doença crônica durando meses ou anos mas pode desaparecer espontaneamente • Não causa alterações visíveis nos locais acometidos
SAB primária ou idiopática • Não há causa clínica demonstrável • Hipóteses discutidas são de dor neuropática • periférica acometendo as terminações sensitivas ou gustativas ou • central • BMS é frequente na doença de Parkinson • fRMN- depleção de dopamina endógena no putamen, indica hipótese da hipofunçãodopaminergicanigroestriatal