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Parágrafo Dissertativo A importância do parágrafo dissertativo explica-se pela necessidade de que as partes que compõem a dissertação – tese, desenvolvimento/argumentação e conclusão- sejam delimitadas. Em princípio, são necessários, pelo menos três parágrafos, um para cada parte da dissertação. Porém, um único parágrafo pode apresentar uma organização dissertativa, contendo tese,argumentação/exposição e conclusão, funcionando como um microtexto.Quando isso ocorre, temos o parágrafo dissertativo. A História demonstra que o convívio social foi (e continua a ser) decisivo para o desenvolvimento da humanidade. As descobertas de um membro do grupo, comunicadas aos outros, tornam-se estímulo e ponto de partida para novos aperfeiçoamentos e novas descobertas. Transmitidas de geração em geração, não se perdem com a morte de seus descobridores. Recomeçando de onde outros pararam, as novas gerações podem avançar sempre mais. Graças à sociabilidade, que colocou em comum os esforços de muitas inteligências, a humanidade das cavernas já avança rapidamente na conquista do universo extraterreno. ( Gleuso Damasceno Duarte)
CARTA A carta é uma modalidade redacional livre. Nela podem aparecer a narração, a descrição, a reflexão ou o parecer dissertativo. O que determina a abordagem, a linguagem e os aspectos formais de uma carta é o fim a que ela se destina: um amigo, um negócio, um interesse pessoal, um ente amado, um familiar, uma seção de jornal etc. Estética A estética da carta varia de acordo com a finalidade. Se o destinatário é um órgão do governo, a carta deve observar procedimentos formais como a disposição da data, do vocativo (nome, cargo ou título do destinatário), do remetente e assinatura. No caso das correspondências comercial e oficial – textos jurídicos, comunicados, ofícios, memorandos emitidos por órgãos públicos - , a linguagem é muitas vezes feita de jargões e expressões de uso comum ao contexto que lhes é próprio. Quando um exame vestibular sugere uma carta como proposta, o aspecto formal, bem como a abertura e o fechamento do texto segundo o jargão, é irrelevante, pois o que prevalece é conteúdo e a linguagem.
A Carta no vestibular Muitas provas de redação oferecem ao candidato a possibilidade de optar por uma carta. Sua abordagem é dissertativa e, portanto, deverá ser fundamentada por meio de evidências, juízos, exemplos – que poderão ser narrativos ou descritivos - , admitindo a expressão em 1ª pessoa. Assim, qualquer que seja o assunto ou tema proposto, encaminhará o candidato à defesa de um ponto de vista que deve ser exposto de forma dissertativa, apresentando tese, argumentação e conclusão. Observe que o vestibular avalia o corpo da carta, cujo conteúdo e linguagem atestarão a capacidade discursiva do aluno, sua opinião, seus argumentos, sua destreza linguística. Caso o tema dado apresente como destinatário uma autoridade ou instituição, o vestibulando deverá empregar o pronome de tratamento adequado. Se for dirigida a um amigo, a linguagem poderá ser simples, em razão da intimidade do autor com o destinatário. O candidato não deve assinar a correspondência, pois a redação no vestibular é sigilosa. Lembramos que o destinatário e o vocativo são opcionais.
Exemplo: À Sua Excelência, o Senhor Doutor Fernando Henrique Cardoso, Presidente da República Federativa do Brasil. Repito a frase aprendida de Vossa Excelência: “A política não é a arte do possível. É a arte de tornar o possível necessário”. Estou tranqüilo porque minha contribuição com lealdade e no limite de minha capacidade, sem trair os ideais dos que lutam no setor saúde pela eqüidade e pela garantia de acesso às camadas mais sofridas da população. Outros complementarão o trabalho sob a liderança de Vossa Excelência, para que seja possível atender ao necessário que detectamos. Aproveito para manifestar-lhe o meu melhor apreço. Cordialmente. Adib Jatene Ministro da Saúde
Meu Caro Jatene, Exatamente porque acredito que é preciso tornar possível o necessário, apoiei CPMF e fiz, junto consigo, os esforços para aumentar a dotação do Ministério da Saúde. Só assim foi possível quase dobrar, em dois anos, os recursos do SUS. Ainda assim, eles são insuficientes. O que fazer? Continuar lutando, como continuarei: pena que sem você, embora com sua inspiração. Resta agradecer, muito sinceramente, sua colaboração, sua coragem para diagnosticar os problemas do ministério e enfrentar as soluções, e o ânimo que você infundiu em todos nós. Tenha a certeza de que suas declarações mostrando a disposição de continuar a luta pela saúde não ficarão nas palavras. O Brasil precisa de gente como você. Com afetuoso abraço. Fernando Henrique Cardoso
No modelo que se segue, temos uma proposta da UNICAMP e a carta que a desenvolve. Suponha que você encontre, no arquivo municipal de uma cidade mineira , uma caixa contendo documentos inéditos relacionados com a atividade de uma empresa clandestina, que teria funcionado entre 1780 e 1789, em oposição política à metrópole portuguesa no Brasil. Suponha, também, que você se interesse por esses documentos e queira desenvolver uma pesquisa sobre o assunto. Escreva uma carta ao Diretor de uma entidade incentivadora de pesquisa, contando sua descoberta, expondo o interesse que ela tem enquanto objeto de estudo, comentando as principais questões a que você procurará responder na sua investigação, se possível, antecipando alguns dos eventuais resultados.
São Paulo, 30 de novembro de 2008. Ilmº. Sr., Diretoria do Conselho Nacional de Ensino e Pesquisa – CNPq Prezado Senhor, Solicito doConselho Nacional de Ensino e Pesquisa – CNPq - informações referentes à concessão de subsídios para desenvolver um projeto de pesquisa sobre o valor histórico de publicações clandestinas do século XVIII, encontradas em Minas Gerais. Trata-se de uma coletânea de periódicos inéditos que obtive consultando o arquivo municipal de Congonhas do Campo, os quais atestam a existência de uma imprensa marginal cujos panfletos teriam circulado nas cidades de Vila Rica, Mariana, Sabará e são João Del Rei, entre 1780 e 1789.
O estudo desse material permitirá reconstituir fatos da Conjuração Mineira não revelados nos autos da devassa, nem registrados pela história oficial, além de avaliar o caráter emancipacionista que norteou os ideais político-libertários dos inconfidentes. Caberia também a essa investigação apurar a importância desses documentos usados pelos conjurados para indispor a população das cidades mineiras contra os abusos da metrópole portuguesa no Brasil. Assim, gostaria de inteirar-me sobre o interesse do CNPq em subvencionar esse trabalho, pois tenho intenção de atuar como pesquisador. Desde já, aguardo oportuna resposta.
A RESPEITO DA REPORTAGEM SOBRE CÉLULAS- TRONCO VEICULADA NA REVISTA ÉPOCA, ALGUNS LEITORES SE POSICIONARAM DA SEGUINTE MANEIRA: “Admirou-me que Época, um excelente veículo de informação, publicasse uma reportagem com enfoque apenas em um lado da medalha. Deve ficar claro que o embrião não é apenas ‘um amontoado de células longe de ser uma vida’, mas um amontoado de células com vida desde a fecundação. T.G. , Barueri, S. Paulo.
“ Ótimo texto, além de muito oportuno. Ainda bem que o avanço científico é inexorável e caminha junto com a própria evolução humana. A Igreja Católica retarda o processo e interrompe a expectativa de milhares de pessoas. As autoridades religiosas precisam rever seus conceitos e se fazer presente de maneira mais consciente.” L. O . B. , Belo Horizonte, MG.
A partir da leitura das duas cartas de leitor acima, escolha um dos leitores e envie uma carta em que você deixe claro seu posicionamento favorável ou contrário em relação à opinião da carta escolhida por você. • 2. Envie uma carta para o jornal se posicionando à respeito da pesquisa feita com células- tronco.
Comentando pesquisas e reportagens sobre valores e comportamento da juventude, o Sr. E.B.M. enviou ao jornal Folha de São Paulo a seguinte carta: É irritante ler reportagens sobre “ o que pensa a juventude”. Excluindo juízos de valor sobre temas específicos, o que se deve ter como verdade é que é forçoso admitir que a nossa juventude não revela qualquer capacidade de percepção da realidade. É notório a cretinice da juventude brasileira. O “zeitgeist”, o espírito da época, submerge a atual geração num mar de hedonismo e irresponsabilidade. É lindo ser alienado com tênis Reebok e jeans Forum. O que eu gostaria de ver, mesmo, é essa juventude vagabunda, indolente e indisciplinada como é a brasileira encarar de frente os desafios históricos de nossa sociedade.
A leitura atenta da carta do Sr. E.B.M. permite identificar algumas de suas opiniões sobre os jovens, expressas mais ou menos diretamente. Para escrever sua redação, siga as seguintes instruções. • Instruções gerais • Identifique 2 (duas) das opiniões emitidas pelo Sr. E.B.M. • Transcreva-as na sua folha de redação. • Após ter feito isso, escreva uma carta, dirigida ao Sr. E.B.M., apresentando argumentos para convencê-lo de que está equivocado. Neste exercício de argumentação, você deverá discordar, portanto, das opiniões que identificou na carta. • Assine a carta com as iniciais de seu nome.
RELATO • Relato é um texto em que se explana aquilo que se observa em relação a alguma coisa ou a alguém. Tem como característica a descrição pessoal, que deve ser a mais fiel possível aos fatos e onde devem ser evitadas interpretações pessoais tendenciosas ou não compatíveis com os fatos.
EXEMPLO DE RELATO A PRIMEIRA VEZ A GENTE NUNCA ESQUECE. Por Mauro Rezende
... Lembro que tinha cerca de cinco anos. Hoje tenho 46 anos, morava na avenida Sena Madureira, 320 (a casa foi derrubada e existe no local um sobrado-escritório), no bairro de Vila Mariana. Estava no quarto com minha mãe, era dia, quando um objeto (sonda) metálico, do tamanho de uma laranja, entrou no mesmo pela janela, circulou pelo quarto e parou suspenso no ar... Então eu peguei um tapete do chão e joguei sobre o mesmo e tentei segurá-lo.
... Mas uma criança de cinco anos não tem muita força. Não consegui segurar o objeto, que "forçou" e escapou pela janela. Só muitos anos mais tarde, conhecendo a Ufologia é que identifiquei o tal "brinquedo voador" que deixou uma criança triste, por não conseguir pegar o mesmo. Minha mãe era uma pessoa simples e não saberia explicar o acontecido. Eu não tenho muitas lembranças de minha infância, mas essa ficou registrada.