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Análise retrospectiva do comportamento das meningites bacterianas na faixa etária de 6 meses a 13 anos do Hospital Regional da Asa Sul – HRAS – SES/DF do período de Janeiro de 2008 a Janeiro de 2010. Residente: Julliana Barbosa Macêdo Orientador: Filipe Lacerda de Vasconcelos.
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Análise retrospectiva do comportamento das meningites bacterianas na faixa etária de 6 meses a 13 anos do Hospital Regional da Asa Sul – HRAS – SES/DF do período de Janeiro de 2008 a Janeiro de 2010 Residente: Julliana Barbosa Macêdo Orientador: Filipe Lacerda de Vasconcelos Monografia apresentada ao Programa de Residência Médica em Pediatria Hospital Regional da Asa Sul (HRAS)/SES/DF www.paulomargotto.com.br Brasília, 4 de novembro de 2010
Introdução • Definição • Agentes etiológicos Farhat Calil, Bacterial meningitis in childhood, 2008.
Epidemiologia • É de caráter sazonal (ocorre principalmente nos meses frios). • Tem distribuição universal. • Apresenta alta morbiletalidade. • A meningite meningocócica ocupa o primeiro lugar com 50% dos casos. Farhat Calil, Bacterial meningitis in childhood, 2008.
Epidemiologia • O pico de incidência da meningite por Haemophylus influenzae é entre 6 meses e 18 meses de vida. • A meningite pneumocócica tende a produzir mais sequelas e possui uma letalidade de 25%. • O período de incubação é de 2 a 10 dias dependendo do agente etiológico. Farhat Calil. Bacterial meningitis in childhood, 2008.
Quadro Clínico Farhat Calil, Bacterial meningitis in childhood, 2008.
Diagnóstico Laboratorial Alteração dos pares de nervos cranianos Efusão subdural Abscesso cerebral Ventriculite Obstrução liquórica crônica Convulsão e Óbito • Punção liquórica • Diagnóstico etiológico • Diagnóstico diferencial • Complicações e seqüelas Meningite tuberculosa Meningite do tipo linfomononuclear Meningismo Outros Prova do Látex CIE Cultura do Líquor PCR Farhat Calil, Bacterial meningitis in childhood, 2008.
Tratamento • Medidas de suporte • Antibioticoterapia: • - Recém-nascidos:ampicilina + aminoglicosídeo ou cefalosporina de 3ª geração. • - 1 mês a 3 meses:ampicilina + aminoglicosídeo ou cefalosporina de 3ª geração. • - 3 meses a cinco anos: ampicilina + cloranfenicol ou cefalosporina de 3ª geração. • - Maiores que cinco anos:ampicilina ou cefalosporina de 3ª geração • Corticoterapia
Tratamento • Duração do tratamento Farhat Calil, Bacterial meningitis in childhood, 2008.
Profilaxia • Profilaxia antibiótica para contactantes • Vacinação • Isolamento Farhat Calil, Bacterial meningitis in childhood, 2008.
Objetivos • Estudar o perfil clínico-epidemiológico, terapêutico e laboratorial dos casos confirmados por cultura liquórica de meningite bacteriana em crianças de 6 meses a 13 anos de idade que estiveram internadas no Hospital Regional da Asa Sul - SES/DF do período de Janeiro de 2008 a Janeiro de 2010.
Metodologia Local de Estudo: HRAS Estudo Descritivo e Retrospectivo População: Pacientes confirmados com meningite bacteriana por cultura liquórica totalizando 42. Faixa etária: 6 meses a 13 anos de idade Período: Janeiro de 2008 a Janeiro de 2010 Material utilizado: Fichas do SINAN + Prontuários
Metodologia • Critérios de Inclusão • - Pacientes com diagnóstico confirmado de meningite bacteriana através de cultura de líquor que foram acompanhados pela equipe da Emergência e Infectologia Pediátrica do HRAS; • - Pacientes com idade entre 6 meses e 13 anos; • Critério de Exclusão • - Crianças com meningite na vigência de derivação liquórica ou de defeito congênito do tubo neural e meningite pós trauma cranioencefálico. • - Pacientes que não preencherem os critérios de inclusão.
Metodologia Estágios de gravidade: - Estágio I – Constituído dos pacientes, que em todo o curso da doença se mantiveram conscientes e orientados, sem alterações neurológicas focais. - Estágio II – Constituído dos pacientes, que no curso clínico da meningite apresentaram alterações de consciência, como sonolência, irritabilidade, obnubilação, alucinação e confusão mental, ou déficits neurológicos focais. - Estágio III – Constituído dos pacientes que em algum momento no decorrer da doença, apresentaram torpor ou coma.
Resultados Gráfico 1: Prevalência por sexo nos 42 pacientes analisados com meningite bacteriana confirmados. Fonte: Trabalho.
Resultados Gráfico 2: Prevalência dos tipos de meningite dos 42 pacientes analisados. Fonte: Trabalho.
Resultados Gráfico 3: Prevalência por região geográfica dos 42 pacientes analisados com meningite bacteriana confirmados. Fonte: Trabalho.
Resultados Tabela 1: Dados Estatísticos sobre a Faixa Etária dos Pacientes com Meningite Bacteriana segundo Agente Etiológico Específico. Fonte: Trabalho.
Resultados Gráfico 4: Distribuição por condições habitacionais dos 42 pacientes analisados. Fonte: Trabalho.
Resultados Gráfico 5: Prevalência dos pacientes vacinados que evoluíram com diagnóstico de meningite. Fonte: Trabalho.
Resultados • Duração de internação hospitalar • Internação prolongada Complicações • + Óbito Mediana de 14 dias Fonte: Trabalho.
Resultados Tabela 2: Principais alterações de pares cranianos verificados nos 42 pacientes analisados. Fonte: Trabalho.
Resultados Tabela 3: Manifestações clínicas encontradas nos pacientes internados com diagnóstico de Meningite. Fonte: Trabalho.
Resultados Gráfico 6: Prevalência por estágios de gravidade dos 42 pacientes analisados. Fonte: Trabalho.
Resultados • Características liquóricas • - O número de células variou de 170 a 5000 células com predominância de polimorfonucleares. • - A glicorraquia tem se mostrado baixa. • - As proteínas se mostraram elevadas ou levemente aumentadas em todos os casos.
Resultados • Necessidade de Troca de Antibiótico • Necessidade de Tratamento em UTI • 19% dos pacientes analisados
Conclusão A meningite é um problema de saúde pública no país. O sexo masculino foi o mais acometido. O sintoma mais comum foi a febre. O agente etiológico mais comum foi o meningococo. O pneumococo tem sido o maior responsável pelas seqüelas e gravidade.
Conclusão A vacinação completa parece ter reduzido o número de complicações. Apenas 2% dos casos evoluíram para óbito (menor que a média nacional). Houve dificuldade na seleção de antibiótico, principalmente o ceftriaxone devido a sua falta na rede pública, obrigando-se a utilizar antibióticos mais potentes. O HRAS tem mostrado resolutividade nos casos.