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Diálogo das rosas. José Gilberto Gaspar (Juquinha). Entrando em uma sala de uma bonita mansão, deparei-me, de repente, com uma discussão. Duas rosas discutiam em tons de voz diferentes : Uma, de voz meiga e dócil; outra, em tom estridente.
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Diálogo das rosas José Gilberto Gaspar (Juquinha)
Entrando em uma sala de uma bonita mansão, deparei-me, de repente, com uma discussão. Duas rosas discutiam em tons de voz diferentes : Uma, de voz meiga e dócil; outra, em tom estridente.
A de voz meiga, era branca, vinda de um lindo jardim. A outra ? Artificial ? Tinha a cor do carmim.
A vermelha dizia : eu sou viva eternamente, enquanto tu minha amiga, podes morrer de repente. Tenho até pena de ti ...
Já estás envelhecida. Pela tua palidez, tens poucas horas de vida. E eu, ohhh ! Eu continuarei aqui, formosa como estás vendo, enfeitando este salão.
Tu não vês que estás morrendo ?. A natural respondeu com voz trêmula e triste : “ Tu és uma cópia minha. É por mim que tu existes ... Estou morrendo ... É verdade, nisto a vida se resume, morro e deixo a saudade, no olor do meu perfume.
Quantas vezes, no jardim, no recanto onde nasci, fui beijada com amor pelo colibri ... Por abelhas visitada, minha seiva eu cedi para o saboroso mel, ao homem também servi ...
E tu ? Já foste beijada ? Estás na jarra esquecida ... Estou morrendo é verdade. Tu nunca tiveste vida. Não tenho inveja, portanto, dos longos dias teus, foste feita pelo Homem e eu, pelas mãos de DEUS !”
Produzido por : Crystal Soélis Sanches Autoria : José Gilberto Gaspar (Juquinha) Formatado por : Vanessa de Lima