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Batismo no Espírito Santo (parte II).
E N D
Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente veio do céu um ruído, como que de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados.E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma. E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Habitavam então em Jerusalém judeus, homens piedosos, de todas as nações que há debaixo do céu.Ouvindo-se, pois, aquele ruído, ajuntou-se a multidão; e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.E todos pasmavam e se admiravam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses que estão falando? Como é, pois, que os ouvimos falar cada um na própria língua em que nascemos? Nós, partos, medos, e elamitas; e os que habitamos a Mesopotâmia, a Judéia e a Capadócia, o Ponto e a Ásia, a Frígia e a Panfília, o Egito e as partes da Líbia próximas a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos, cretenses e árabes-ouvímo-los em nossas línguas, falar das grandezas de Deus. E todos pasmavam e estavam perplexos, dizendo uns aos outros: Que quer dizer isto? E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto. Atos 2: 1 a 13
Atos 2:1 “Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar.” • A primeira pergunta a ser respondida é:O que era o dia de Pentecoste?
Continuação ... • Pentecoste era uma festa judaica anual, também chamado de festa das Semanas, ou dia dos primeiros frutos, ou festa das Primícias, era uma celebração dos primeiros rebentos da colheita. Exigia-se (por lei) que os homens judeus fossem a Jerusalém, três vezes ao ano, para celebrar as principais festas (Dt 16:16), a saber: a Páscoa (ou festa dos pães ázimos) na primavera, o Pentecostes (do grego “cinquenta”) sete semanas e um dia depois (Lv 23:15e16) e a festa dos Tabernáculos, ao fim da colheita do outono. Extraído da Bíblia de estudo Plenitude página1110.
Assim sendo, cabe esclarecer que o Espírito Santo foi derramado sobre a Igreja num dia de Pentecoste. Ou seja, pentecoste não é um termo originalmente feito para celebrar o Espírito Santo, ele só ganha essa característica após a consolidação da Igreja Cristã. A partir dos últimos anos do século XIX, ou primeiros anos do século XX, se torna sinônimo de movimento protestante.
Atos 2:1 “Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar.” • A segunda pergunta a ser respondida é:Todos, quem? • Entende-se que é uma alusão direta a Atos 1: 15 “Naqueles dias levantou-se Pedro no meio dos irmãos, sendo o número de pessoas ali reunidas cerca de cento e vinte, e disse:”
Atos 2:2 “De repente veio do céu um ruído, como que de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados.” • A terceira pergunta a ser respondida é:Houve vento? • Não! No dia de Pentecoste, não houve vento algum. O Espírito Santo não veio como vento. Não houve o chamado “vento do Espírito” e este não encheu a casa. O que houve foi um som como que de um vento, e foi este som que encheu a casa. Simbolizando o poder impetuoso, mas invisível do Espírito Santo.
Atos 2:3 “ E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma.” • A quarta pergunta a ser respondida é:As línguas eram de fogo? • Não! No dia de Pentecoste, não houve fogo algum. As línguas não eram de fogo e sim, como que de fogo. Alguns teólogos alegam que estavam sobre a cabeça deles algo em forma de língua de fogo, mas é temerário fazer este tipo de afirmação. O fato é que eles perceberam (perceber não é sinônimo de ver) algo e narraram comparando ao fogo. Um dos símbolos do poder Divino.
Atos 2:4 “E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem.” • A quinta pergunta a ser respondida é:Houve línguas estranhas? • Não! O termo grego é “heterais glõssais” que significa línguas diversas, porém conhecidas, ou seja, idiomas humanos. Eles falaram e todos os presentes entenderam. Logo não há manifestação de línguas estranhas inteligíveis, como hoje praticado por muitos grupos evangélicos. Todos que ouviam e entendiam. É possível que até os que estavam falando também entendessem, pois a intervenção de Pedro no verso 14 é de alguém que sabe exatamente o que está acontecendo.
Naquele dia levantou-se grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e da Samaria... No entanto os que foram dispersos iam por toda parte, anunciando a palavra. Descendo Filipe à cidade de Samaria, pregava-lhes a Cristo. As multidões escutavam, unânimes, as coisas que Filipe dizia, ouvindo-o e vendo os sinais que operava...Mas, quando creram em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus e do nome de Jesus, batizavam-se homens e mulheres... Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, tendo ouvido que os da Samária haviam recebido a palavra de Deus, enviaram-lhes Pedro e João; os quais, tendo descido, oraram por eles, para que recebessem o Espírito Santo. Porque sobre nenhum deles havia descido ainda; mas somente tinham sido batizados em o nome de Jesus. Então lhes impuseram as mãos, e eles receberam o Espírito Santo. Atos 8: 1, 4a6, 12, 14a17
Questões importantes do texto: • Até o capítulo 7 de Atos não há registro da pregação do evangelho fora dos limites de Israel. No capítulo 8 isto muda. Por que não há o registro e o que levou a mudança de postura? • Apesar de Jesus ter mandado pregar o evangelho por todo mundo, no início os primeiros cristãos se limitaram a Israel, (não se pode esquecer que estes nasceram judeus, cresceram judeus, se converteram, mas, ainda eram judeus (At. 10:14), pois não se esquecem costumes de uma vida em poucos dias. Uma das características dos judeus era o exclusivismo (a salvação é dos judeus), assim sendo é perfeitamente compreensível a resistência para pregar o evangelho a outros povos. Deus teve que permitir uma grande perseguição para que eles saíssem de Jerusalém.
Questões importantes do texto: • Quem pregou o evangelho a outros povos? • “No entanto os que foram dispersos iam por toda parte, anunciando a palavra...” Exatamente aqueles que fugiram da perseguição. • O que tinha de especial em Samaria? • Uma rixa história entre esses povos. Um ódoio entre samaritanos e judeus. A história de Neemias conta isto; a parábola do bom samaritano também; O episódio narrado em Lucas 9:51a56 mostra o alcance disto até nos próprios apóstolos. Esses são alguns exemplos, mas existem outros espalhados pela Bíblia. • Quem eram os samaritanos? • Estudos indicam que eram descendentes de judeus do extinto Israel do Norte, com povos gentios que foram levados para lá, quando do exílio assírico.
Questões importantes do texto: • O caso de Samaria, cumpri o propósito de Atos 1:8. A Igreja precisava entender, aceitar e cumprir o “ser testemunha”, sem fazer acepção. Por isso, aprouve a Deus (de maneira soberana) dar aos samaritanos a capacitação da Nova Aliança (dispensação da Graça), diretamente pelas mãos dos apóstolos, de modo que ficasse evidente aos principais líderes da comunidade de Jerusalém, que os samaritanos não eram cidadãos de nível inferior, mas membros plenos da Igreja. Por causa disto alguns teólogos chamam o episódio de Atos 8 de “Pentecoste Samaritano”. Pois tarata-se de um caso de exceção e não a regra.
Um homem em Cesaréia, por nome Cornélio, centurião da coorte chamado italiana, piedoso e temente a Deus com toda a sua casa, e que fazia muitas esmolas ao povo e de contínuo orava a Deus... Mas Pedro respondeu: De modo nenhum ,Senhor, porque nunca comi coisa alguma comum e imunda. Pela segunda vez falou a voz: Não chames tu comum ao que Deus purificou.Então Pedro, tomando a palavra, disse: Na verdade reconheço que Deus não faz acepção de pessoas...Enquanto Pedro ainda dizia estas coisas, desceu o espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. Os crentes que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que também sobre os gentios se derramasse o dom do Espírito Santo; porque os ouviam falar línguas e magnificar a Deus. Atos 10: 1e2, 14e15, 34 e 44a46 O caso de Cornélio
Questões importantes do texto: • Cornélio era convertido a Cristo Jesus? • No caso em questão, não fica evidente em momento algum que Cornélio era convertido antes da chegada e pregação de Pedro, o que fica evidente são fortes indícios de que ele era um prosélito (ou seja, um gentio que simpatizava e abraçava o judaísmo). Sendo assim, sua salvação se deu enquanto Pedro pregava. A questão das línguas está intimamente ligada a discriminação “judeu x gentio”. Por isso, alguns chamam este episódio de o “Pentecoste Gentílico”, mas a exceção seria apenas a questão das línguas.
O caso dos discípulos em Éfeso, como vimos no estudo anterior, é simples. Eles sequer sabiam quem era o Espírito Santo, só conheciam o batismo de João, que pregava que Cristo viria. Não conheciam o evangelho, logo, não aceitaram e não estavam aptos a fazer parte da Nova Aliança. Não podem ser padrão para nós hoje, pois, não temos fé em um messias que esperamos vir (esperamos voltar), para depois descobrir que ele já veio, viveu, morreu e ressuscitou. Além disso, a pergunta de Paulo no verso 2 de Atos 19, coloca em contradição a doutrina pentecostal do batismo no Espírito Santo, que alega que precisamos buscar o mesmo. O caso dos discípulos em Éfeso
Conclusão • A doutrina pentecostal alega que o batismo no Espírito Santo é uma segunda experiência do salvo com a terceira Pessoa da Trindade. Alega também que devemos buscar batismo no Espírito Santo, usa para defender sua posição os textos que hoje vimos. • Na realidade os textos não mostram ninguém buscando o referido batismo, nem os apóstolos, nem os samaritanos, nem Cornélio e muito menos os de Éfeso (que nem sabiam que o Espírito Santo existia). Se as expressões “foi derramado o dom do Espírito”, “recebiam o Espírito Santo” e “veio sobre eles o Espírito Santo” significam ser batizados no Espírito. Há uma incoerência na doutrina pentecostal. Pois, claramente se recebe o Espírito Santo, ou o dom do Espírito Santo, quando se converte. Concluímos que não há textos que incentivem a busca do batismo no Espírito Santo, o que os textos sagrados incentivam é uma busca por intimidade com o Consolador, ou seja a busca pela plenitude do Espírito Santo.