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O FILME COMO RECURSO METODOLÓGICO PARA A AÇÃO DOCENTE

O FILME COMO RECURSO METODOLÓGICO PARA A AÇÃO DOCENTE. Elaborado por: Profª. Drª. Elma Júlia Gonçalves de Carvalho. Cartaz da primeira exibição pública do Cinematógrafo 28 de dezembro de 1895. Programa da primeira exibição.

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O FILME COMO RECURSO METODOLÓGICO PARA A AÇÃO DOCENTE

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Presentation Transcript


  1. O FILME COMO RECURSO METODOLÓGICO PARA A AÇÃO DOCENTE

  2. Elaborado por: Profª. Drª. Elma Júlia Gonçalves de Carvalho

  3. Cartaz da primeira exibição pública do Cinematógrafo • 28 de dezembro de 1895

  4. Programa da primeira exibição

  5. Neste dia, no Salão Grand Café, em Paris, os Irmãos Limière fizeram uma apresentação pública dos produtos de seu invento ao qual chamaram Cinematógrafo.

  6. Os criadores do cinema os irmãos Auguste e Louis Lumère

  7. Filmes Contam História

  8. “O cinema se converteu, por méritos próprios, em arquivo vivo das formas do passado ou, por sua função social, em um agudo testemunho de seu tempo e, como tal, em um material imprescindível para o historiador que assim o queira olhá-lo e utilizá-lo”. (J. E. Monterde)

  9. As relações do cinema com a história remontam ao próprio nascimento do cinema. Apenas um ano após a famosa projeção dos irmãos Lumière, historiadores se manifestavam a respeito do "valor histórico da fascinante nova máquina que podia projetar imagens em movimento".

  10. No entanto, apesar da evidência de que, por vivermos num mundo submergido em imagens de todo tipo, as novas geraçõesestão conhecendo a história muito mais através do cinema e da televisão do que através dos livros, os estudos sobre o assunto ainda não adquiriram a importância devida nos meios acadêmicos.

  11. Enquanto arte de expressar, projetar e registrar a história com imagens em movimento, o cinema tem documentado grande parte da história do século XX.

  12. Considera-se que suas imagens são prenhes de historicidade, na medida em que elas são produto do seu tempo, revelando algo que está para além da particularidade do fenômeno e representando uma nova perspectiva para conhecermos o homem em seu momento histórico, a sua relação com outros homens e como esta se manifesta na educação.

  13. Objetivos • O presente trabalho tem por objetivo discutir a utilização da linguagem cinematográfica como instrumento auxiliar no processo de ensino/aprendizagem e como fonte documental para a ciência histórica.

  14. Objetivos • Abrir novas perspectivas para o educador construir uma prática educativa mais profícua e agradável.

  15. Objetivos • Fornecer elementos para a utilização do cinema como fonte de conhecimento.

  16. Apresentação • O filme como documento histórico • O filme como recurso didático • Roteiro para a utilização de filmes como recurso didático

  17. O filme como documento histórico

  18. O filme é testemunho da sociedade que o produziu. • Nenhuma produção cinematográfica embora retrate a particularidade da vida, os sentimentos e comportamentos dos sujeitos, a sua interioridade subjetiva, não deixa de expressar sociedade de uma época.

  19. Suas imagens são prenhes de historicidade, convertendo-se, por sua função social, em testemunhos visuais de uma dada época e lugar.

  20. O filme não é um documento só porque é testemunho da época que o produziu. • Isso não seria suficiente para que a película se tornasse uma fonte sólida para o conhecimento da história e da educação. O filme possui uma função documental limitada.

  21. É preciso dissecar os significados “ocultos” porém presentes na película. • Para além da representação dos elementos audiovisuais, a película revela a realidade de uma sociedade em um dado momento histórico e como no interior desta os homens vivem, pensam, sentem e se relacionam.

  22. Os filmes só têm significado quando relacionados a uma prática social de uma dada época. • Um filme diz tanto quanto for analisado e questionado e isso exige competência teórica, não só em uma área de conhecimento.

  23. A leitura de um filme é um processo onde intervêm mediações que estão presentes tanto na esfera do olhar que produz a imagem, quanto na do olhar que a recebe.

  24. O filme na esfera do olhar de quem o produz

  25. Para interpretarmos o filme na esfera do olhar de quem o produz é necessário fazermos algumas perguntas, tais como: • Por que o diretor e o produtor envolveram-se com o tema?

  26. Para que questão eles buscam chamar a atenção? • Qual o enfoque dado à questão?

  27. Também é necessário captar a estruturação do filme e a perspectiva de abordagem de quem o produziu.

  28. Qual a intenção na produção do filme? • Isto diz respeito aos elementos conscientes e inconscientes no filme, ou seja, de forma implícita ou em suas entrelinhas.

  29. O filme na esfera do olhar de quem recebe a imagem

  30. Para os filmes que retratam o passado, é preciso fazer uma leitura à luz do período em que ele foi produzido, como também das questões contemporâneas que estão presentes na sua representação. Ele pode, assim, transformar-se num instrumento de leitura de nossa própria época.

  31. É preciso tomar o cuidado de não separar as obras das condições históricas em que foram produzidas. • As representações elaboradas pelos filmes só têm significado quando ligadas a uma prática social.

  32. As imagens são suscetíveis de diferentes leituras em distintas temporalidades e ângulos de percepção.

  33. Ao utilizarmos o cinema como fonte para o conhecimento não significa que devemos desprezar outras fontes, especialmente as elaborações de caráter científico (história, filosofia, economia política).

  34. O cinema constitui-se numa fonte alternativa para compreendermos a realidade histórica/social , porque, assim como a literatura, ele preenche a lacuna deixada pelos textos de natureza científica.

  35. Ao apresentar as particularidades da vida real, permite visualizarmos as ações dos homens no seu acontecer, oferecendo uma apreensão concreta, palpável dos comportamentos humanos.

  36. A relevância da utilização do filme como fonte complementar para o conhecimento da história está no fato dele expressar a essência do homem e a realidade subjacente a ela.

  37. As produções cinematográficas não deixam de sofrer as influências do que se denominou de “indústria cultural” . A mídia manipula a consciência das pessoas e acaba por interferir na capacidade de imaginação e reflexão crítica da realidade.

  38. “Creio que o cinema exerce um poder hipnótico sobre os espectadores.... hipnose cinematográfica, leve e inconsciente, deve-se, sem dúvida, à obscuridade da sala, mas também às mudanças de planos, de luzes e movimentos da câmara, que enfraquecem a inteligência crítica do espectador e exercem sobre ele uma espécie de fascinação e violação”. Luis Buñuel, em seu livro O Último Suspiro, de 1983.

  39. Cinema – veículo de ideologias formadoras das grandes massas da população e que pode ser utilizado, com plena consciência de causa, como meio de propaganda e de dominação ideológica.

  40. O filme como recurso didático

  41. A introdução do cinema como elemento de apoio no processo ensino/aprendizagem possibilita lançarmos mão de uma linguagem dinâmica e atual para a transmissão do saber.

  42. Qualquer gênero de filme pode se transformar num poderoso recurso pedagógico, visto que a experiência audiovisual exerce uma função informativa alternativa, tornando a realidade mais próxima à medida que permite exemplificar conceitos abstratos, ampliar concepções e pontos de vistas, simplificar a compreensão da realidade, estimular a reflexão sobre fatos e acontecimentos a partir do contato com imagens, e estimular a capacidade de análise dos estudantes.

  43. É preciso, por exemplo, aprender a ler as imagens, a “decifrar os sinais históricos que os filmes-fontes captaram de seu tempo e deixaram impressos nas imagens” (NOMA, 1998), a compreender o que está por detrás das informações veiculadas.

  44. A educação audiovisual pressupõe o conhecimento crítico das mensagens emitidas, tanto do ponto de vista estético, quanto de sua relação com a prática social.

  45. Significa perceber na constituição estética da linguagem fílmica (movimento, fotografia, intensidade de cor, sonoridade, enquadramento) a sua relação com os conteúdos históricos.

  46. A adoção do cinema como fonte não dispensa outras fontes. • Este tipo de trabalho pressupõe uma abordagem interdisciplinar onde encontram-se indissociados a história, literatura, economia, filosofia, educação, etc e cinema.

  47. Assim, a dimensão estética ao mesmo tempo oculta e sustenta as contradições sociais, nos trazendo a sensação de que, no dizer de ADORNO, “o mundo está emordem”, também contém elementos que nos permite desvelá-las.

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