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O pensamento Neomalthusiano

O pensamento Neomalthusiano. Malthus (1803): taxa de crescimento populacional (geométrica) superior a taxa de crescimento da produção de alimentos (aritmética). Revolução industrial e agrícola: crescimento da produção de alimentos refuta previsão de Malthus.

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O pensamento Neomalthusiano

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Presentation Transcript


  1. O pensamento Neomalthusiano • Malthus (1803): taxa de crescimento populacional (geométrica) superior a taxa de crescimento da produção de alimentos (aritmética). • Revolução industrial e agrícola: crescimento da produção de alimentos refuta previsão de Malthus. • Pós-guerra a 1970: teses malthusianas dominantes no debate ambiental. • Crise alimentar no pós-guerra resulta no resgate das teses malthusianas, ampliadas para incluir questão ambiental. • Degradação ambiental atribuída ao crescimento demográfico dos paises em desenvolvimento (bens comuns em condições de elevada densidade populacional). • Propostas: propriedade privada, taxas de poluição, controle de natalidade no terceiro mundo, fim da ajuda ao terceiro mundo. Fátima Portilho

  2. Contestação intelectual aos Neomalthusianos • Debate sobre as causas da crise ambiental • Barry Commoner: crise gerada por tecnologias utilizadas na produção • Formula IPAT: Impacto = população, afluência, tecnologia (ii) Debate sobre impacto ambiental do crescimento econômico exponencial. • Relatório do clube de Roma (1972): necessidade de limitar crescimento econômico para evitar que os limites do planeta sejam atingidos (iii) Crítica à sociedade de consumo como causa da degradação ambiental (Marcuse, Gorz, Mandel...) • Ecologia deve defender sociedade em que bem-estar não se defina pelo consumo alienado. Fátima Portilho

  3. Contestação política aos Neomalthusianos • Preparação para conferencia de Estocolmo: • Paises em desenvolvimento asseguram duas perspectivas principais: (i) zerar o crescimento econômico seria injusto e aumentaria desigualdade (ii) A crise ambiental é causada pelos paises ricos. • Desde conferencia biosfera Paris (1968): • Afirmação de que a deterioração do meio ambiente é causada pela urbanização e pela industrialização. • Influência dos países pobres nos documentos • A degradação nas ex-colônias é produto da pilhagens imperialista • A Superpopulação é um falso problema que deve ser enfrentado por desenvolvimento. • Conferencia de Estocolmo: Polarização entre paises ricos e pobres • Deslocamento da questão ambiental da questão demográfica para a questão da produção. • Garantia de que a proteção ambiental não entre em choque com desenvolvimento dos paises pobres • Limites: papel do consumo não explicitado, paises pobres identificam progresso com poluição. Fátima Portilho

  4. A mudança do padrão de produção • início da década de 1970: Deslocamento do discurso • Do crescimento populacional dos paises do sul para os padrões de produção dos paises do norte • Foco: mudanças técnicas e tecnologias no processo de produção • Mudanças nos processos produtivos deixaram de ser vistas como problema, dos pontos de vista econômico e político • Não inclui crítica sobre estilo de vida consumista e desigualdade no acesso ao consumo • Proposições e medidas pragmáticas buscando conciliar desenvolvimento econômico e proteção ambiental. • Criação de legislação, agências e instituições ambientais, • investimentos em tecnologias limpas, eco-eficiência e produtos verde • Criação de instrumentos de auto-regulação: ISO 14000, protocolo verde... Fátima Portilho

  5. Do Relatório de 1987 à Rio-92 • Relatório da ONU “Nosso futuro comum” de 1987: enfatiza “poluição da pobreza”. • Miséria dos paises pobres resulta na necessidade de exaurir recursos naturais  Termo desenvolvimento sustentável: desenvolvimento que satisfaz necessidades presentes sem comprometer satisfação das necessidades das gerações futuras • Não relaciona estilo de vida consumista com crise ambiental • Crise causada por pobreza: necessidade de crescimento • Crise causada por tecnologia: necessidade de internalizar externalidades para mudar tecnologia • Omite restrição ao consumo dos paises ricos: poluição da riqueza. • Preparação para a Rio 92 • Paises pobres e ONGs: atribuem crise ambiental ao estilo de vida intensivo em recurso dos paises ricos (padrão de consumo) • Paises ricos: atribuem crise ao crescimento populacional e tecnologias. • Documentos da Rio 92: Agenda 21, Declaração do Rio, Tratado das ONGs • Crise ambiental causada por estilos de vida e consumo dos paises ricos. Fátima Portilho

  6. O padrão de consumo • Década de 90: deslocamento do discurso do padrão de produção para o padrão de consumo dos paises ricos • Coloca o problema da escassez e dos limites ecológicos (escala de uso dos recursos naturais) • Implica na mudança no foco das políticas ambientais para políticas de consumo: ponto verde, eco-taxa, eco-rotulagem... • Países do norte: afirmam que o problema é o desejo dos paises em desenvolvimento para atingir o mesmo padrão de consumo. • Problemas populacional e produtivo: foram debatidos e enfrentados • Problema do Consumo: • Ações individuais conscientes como nova estratégias de mudança para sociedade sustentável.  difícil de enfrentar em virtude do desejo de consumo da população. • Deslocamento para consumo não elimina debate sobre produção. Fátima Portilho

  7. Justificativa para o deslocamento da produção para o consumo • Preocupação com padrão de consumo dos países do norte: resposta às críticas dos países do sul e do movimento ambientalista • Justificativas para deslocamento da questão ambiental 1) Produção e consumo são duas esferas separadas • Problemas de cada esfera devem resolvidos na própria esfera 2) Regular a produção não é suficiente 3) A regulação da produção já foi implementada com sucesso, resta agora regular consumo. 4) O problema não está na produção: é a demanda do consumidor que modifica a esfera produtiva. Fátima Portilho

  8. Justificativa para o deslocamento da produção para o consumo • Justificativas: analisam os processo de produção e consumo de forma separada. • Problemas na produção: exaustão de recursos, poluição. • Problemas no consumo: resíduos domésticos, gases poluentes gerados por transporte individual. • OSCD: melhoria na eficiência produtiva difícil de atingir • Consumidores devem aceitar mudança na qualidade e tipo de produtos • Melhorias podem estimular aumento da escala cancelando benefícios  Necessidade ação social priorizando o consumo. • Críticas ao pensamento neoclássico: enfatizam importância da ética nas escolhas individuais. • Críticas ao pensamento marxista: consumidor livre para fazer escolhas. Fátima Portilho

  9. Justificativa para o deslocamento da produção para o consumo • Tendência de mudança da analise da sociedade: do foco da produção para o foco do consumo  Deslocamento discursivo. • Novo movimento anti-consumo: atualização do movimento contracultura surgindo no seio do movimento anti-globalização • Resgate das utopias e criação de novas utopias • Propostas pós-materialistas: problema ético da sociedade de consumo e fraca relação entre consumo e felicidade. • Críticas ao foco no consumo • ações na esfera da produção ainda não atingiram o limite • ações de consumo desconsideram o consumo das corporações. Fátima Portilho

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