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CAPÍTULO I - ROTEIRO : III - CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS Antes de mencionarmos algumas classificações de Custos, é necessário um bom entendimento técnico e não empírico de Preço, Receita, Gasto, Desembolso, Investimento e Despesa :
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CAPÍTULO I - ROTEIRO: • III - CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS • Antes de mencionarmos algumas classificações de Custos, é necessário um bom entendimento técnico e não empírico de Preço, Receita, Gasto, Desembolso, Investimento e Despesa: • PREÇO – É o valor estabelecido pelo vendedor para efetuar a transferência da propriedade de um bem. É o valor do custo somado com o lucro ou o valor custo menos o prejuízo. O valor na transação de uma unidade de um bem é chamado preço unitário de venda ou simplesmente preço de venda para o vendedor e custo unitário para o comprador • RECEITA - É o valor do preço unitário multiplicado pela quantidade vendida.
GASTO - É o valor pago ou assumido para se obter a propriedade de um bem, incluindo ou não a elaboração e comercialização, considerando as diversas quantidades adquiridas, ou elaboradas ou comercializadas. • Desembolso à vista ou a prazo para obtenção de bens ou serviços, independentemente da sua destinação dentro da empresa. (OSNI MOURA RIBEIRO) • DESEMBOLSO - É o pagamento de parte ou do total adquirido, ou elaborado ou comercializado, ou seja, a parcela ou o todo do gasto que foi pago. • Entrega de numerários antes, no momento ou depois da ocorrência do gasto. (OSNI MOURA RIBEIRO) • INVESTIMENTO - É o gasto com bens ou serviços que alocados no ativo geram receitas próprias. • Compreendem, geralmente, os gastos com a obtenção de bens de uso da empresa. (OSNI MOURA RIBEIRO)
DESPESA - São valores consumidos direta ou indiretamente, visando à obtenção de receita. • Compreende os gastos decorrentes do consumo de bens e da utilização de serviços das áreas administrativa, comercial e financeira, que direta ou indiretamente visam a obtenção de receitas. (OSNI MOURA RIBEIRO) • DESPESA - É a parcela ou a totalidade do custo que integra a produção vendida. • CUSTOS - São valores aplicados na produção de bens ou serviços. • Compreende os gastos com a obtenção de bens e serviços aplicados na produção. (OSNI MOURA RIBEIRO).
É a parcela do gasto aplicado na produção (o restante do gasto será despesa) • É o valor aceito pelo comprador para adquirir um bem ( neste caso custo = gasto total) • É a soma de todos os valores agregados ao bem desde a sua aquisição até a sua comercialização. (a aquisição do bem também pode ser considerado como custo numa empresa comercial ).
DESPESAS Ativo (Gasto Ativado) Estoque – 10.000 Veículos – 10.000 Investimento BENS OBJETIVO: GASTO SERVIÇOS DESPESA -> CONSUMO RECEITA MAIOR OBJETIVO: BENS CUSTO -> CONSUMO NOVO BEM SERVIÇOS
A legislação fiscal por ter que ser mais abrangente define Custos como gastos ligados à produção e Despesas como gastos não ligados a produção. Custos (se ligados à produção) Donde conclui-se: GASTOS será despesa quando integrar produto vendido Despesas (se não ligados à produção)
. Os saldos das contas apresentados por uma determinada empresa, no mês de agosto de 2010, são: Itens Saldos Comissões sobre vendas R$ 6.000,00. Depreciação de máquinas de produção R$ 3.500,00. Energia elétrica consumida na produção R$ 30.000,00. Frete para entrega de produtos vendidos R$ 4.000,00. Salários e encargos dos operários R$ 90.000,00. Matéria-prima consumida na produção R$ 40.000,00. Propaganda R$ 25.000,00. Salários e encargos do pessoal administrativo R$ 110.000,00. Os valores dos custos e das despesas são, respectivamente, de: a) R$141.000,00 e R$167.500,00. b) R$145.000,00 e R$163.500,00. c) R$163.500,00 e R$145.000,00. d) R$167.500,00 e R$141.000,00.
. PERDAS, SUCATAS, SUBPRODUTOS E CO-PRODUTOS As Perdas Normais são inerentes ao próprio processo de produção; são previsíveis e já fazem parte da expectativa da empresa, constituindo-se num sacrifício que ela sabe que precisa suportar para obter o produto. Os Co-produtos são os próprios produtos principais, só que assim chamados porque nascidos de uma mesma matéria-prima. São os que substancialmente respondem pelo faturamento da empresa. (Produção Conjunta) (MARTINS, 2006) As Perdas Anormais ocorrem de forma involuntária e não representam sacrifício premeditado, como é o caso de danificações extraordinárias de materiais por obsoletismo, degeneração, incêndio, desabamento etc.(MARTINS, 2006) As Perdas Normais compõem os custos do produto elaborado. O custo do material perdido será agregado ao custo dos produtos fabricados ou dos serviços prestados. As Perdas Anormais são reconhecidas como Perdas do período, sendo lançadas diretamente para Resultado, sem fazer parte dos produtos; só deixam de ser assim tratadas se forem de um valor em reais imaterial, e, devido a essa sua irrelevância, em nada afetariam a avaliação dos estoques ou do rédito do exercício.
Subprodutos são aqueles itens que, nascendo de forma normal durante o processo de produção, possuem mercado de venda relativamente estável, tanto no que diz respeito à existência de compradores como quanto ao preço. São itens que têm comercialização tão normal quanto os produtos da empresa, mas que representam porção ínfima do faturamento total. (MARTINS, 2006) Nenhum custo é atribuído aos subprodutos. A receita auferida com a venda deles é considerada redução dos custos de produção do período em surgiram. Esse estoque fica avaliado, portanto, ao preço de venda e não pelo custo; esse método é aceito considerando a irrelevância do próprio valor Se existirem despesas para que esse material possa ser vendido, é preciso que a empresa reduza esse valor dos custos e apresente os estoques pelo valor líquido de realização desses subprodutos.
Sucatas são aqueles itens cuja venda é esporádica e realizada por valor não previsível na data em que surgem na produção. Por isso, não só não recebem custos como também não têm sua eventual receita considerada como diminuição dos custos de produção. Mesmo que existam em quantidades razoáveis na empresa, não aparecem como estoque na Contabilidade. Quando ocorrer sua venda, têm sua receita considerada como Outras Receitas Operacionais. (MARTINS, 2006)
3- Julgue as afirmações a seguir: • I na sua aquisição a matéria prima é um gasto que imediatamente se transforma em investimento, no momento de sua utilização transforma-se em custo integrante do bem fabricado; quando o produto é vendido, transforma-se em despesa. • II muitos gastos são automaticamente transformados em despesas; outros passam, primeiro, pela fase de custos, outros, ainda, passam pelas fases de investimento, custo, investimento, novamente, e, por fim, despesa • III cada componente que foi custo no processo de produção torna-se, na baixa, em despesa, no resultado existem receitas e despesas às vezes ganhos e perdas, mas não custos • Pode-se afirmar que:
a) apenas as afirmações I e II são verdadeiras • b) apenas a afirmação I é verdadeira • c) apenas a afirmação II é verdadeira • d) apenas a afirmação III é verdadeira • e) todas as afirmações são verdadeiras
4) Analise as afirmativas a seguir: I. Os co-produtos são todos os produtos secundários, isto é, deles se espera a geração esporádica de receita que é relevante para a entidade. II. Dos subprodutos se espera a geração de receita regular ou esporádica para a entidade, sendo seu valor irrelevante para a entidade, em relação ao valor de venda dos produtos principais. III. Os subprodutos são avaliados, contabilmente, pelo valor líquido de realização. IV. A receita auferida com a venda de sucatas é reconhecida como “Receita Não-Operacional”. Assinale: (A) se somente as afirmativas I e II forem corretas. (B) se somente as afirmativas I, II e IV forem corretas. (C) se somente as afirmativas II e III forem corretas. (D) se somente as afirmativas II e IV forem corretas. (E) se somente a afirmativa III for correta.
MATÉRIA-PRIMA • É o elemento que sofrerá transformação para o surgimento de um bem. Os materiais utilizados na fabricação podem ser classificados em: • a) MATÉRIAS PRIMAS: são os materiais principais e essenciais que entram em maior quantidade na fabricação do produto. A matéria prima para indústria de móveis de madeira é a madeira; para uma indústria de confecções é o tecido; para uma indústria de massas alimentícias é a farinha. • b) MATERIAIS SECUNDÁRIOS: são os materiais que entram em menor quantidade na fabricação do produto. Esses materiais são aplicados juntamente com a matéria prima, complementando-a ou até mesmo dando o acabamento necessário ao produto. Os materiais secundários para uma indústria de móveis de madeira são: pregos, cola, verniz, dobradiças, fechos etc; para uma indústria de massas alimentícias são: ovos, manteiga, fermento, açúcar etc.
c) MATERIAIS DE EMBALAGENS: são os materiais destinados a acondicionar ou embalar os produtos, antes que eles saiam da área de produção. Os materiais de embalagem, em uma indústria de móveis de madeira, podem ser caixas de papelão, que embalam os móveis desmontados; em uma indústria de confecções, caixas ou sacos plásticos; em uma indústria de massas alimentícias, caixas, sacos plásticos etc. • MÃO-DE-OBRA • É o elemento que atua sobre a matéria-prima para a obtenção de outro bem. Compreende os gastos com o pessoal envolvido na produção da empresa industrial, englobando salários, encargos sociais, refeições e estadias, seguros etc.
GASTOS GERAIS • São todos os elementos necessários direta ou indiretamente à na produção dos bens e não classificados em nenhuma das duas categorias. Compreendem os demais gastos necessários para a fabricação dos produtos, como: aluguéis, energia elétrica, serviços de terceiros, manutenção da fábrica, depreciação, seguros diversos, material de limpeza, óleos e lubrificantes para máquinas, pequenas peças para reposição, telefones e comunicações etc. • O valor da matéria-prima somado a todos os valores agregados a ela e necessários à obtenção de novos bens é definido como CUSTO.
Uma indústria de grande porte, que vende os produtos a granel ou em pequenas quantidades, fez as seguintes anotações relativas aos gastos de um de seus produtos ocorridos num período produtivo: • Matéria-prima consumida 100.000,00 • Mão de obra direta 60.000,00 • Embalagens 30.000,00 • Custos indiretos de produção 20.000,00 Considerando exclusivamente as informações recebidas e sabendo que a indústria adota o custeio por absorção, o custo desse produto acabado, ao final do período produtivo, em reais, é: (A) 110.000,00 (B) 160.000,00 (C) 180.000,00 (D) 190.000,00 (E) 210.000,00
1 - Quanto à APURAÇÃO – possibilidade ou não de alocação de cada custo diretamente a cada tipo diferente de produto • Custos DIRETOS – Compreendem os gastos com materiais, mão de obra e gastos gerais de fabricação aplicados diretamente no produto, isto é, aquele que pode ser diretamente apropriado a cada tipo de bem ou órgão, no momento da sua ocorrência. • Esses custos são assim denominados porque seus valores e quantidades em relação ao produto são de fácil identificação. Assim, todos os gastos que recaem diretamente na fabricação do produto são considerados Custos Diretos. • Tomemos, por exemplo, uma indústria de móveis de madeira que fabrica vários produtos. Para fabricar uma mesa, essa indústria tem como Custos Diretos:
Custos INDIRETOS: Compreendem os gastos com materiais, mão de obra e gastos gerais de fabricação aplicados indiretamente no produto. • Esses gastos são assim denominados por ser impossível uma segura identificação de seus valores e quantidades em relação ao produto. • A classificação dos gastos como Custos Indiretos é dada tanto àqueles que impossibilitam uma segura e objetiva identificação com o produto como também àqueles que, mesmo integrando o produto (como ocorre com certos materiais secundários), pelo pequeno valor que representam em relação ao custo total, não compensam a realização dos cálculos pra considerá-los como Custo Direto.
MATÉRIA-PRIMA • a) MATÉRIAS PRIMAS: (principal) custo direto • b) MATERIAIS SECUNDÁRIOS: normalmente indiretos • c) MATERIAIS DE EMBALAGENS: custo direto • MÃO-DE-OBRA • Operários- custo direto • Supervisores: custo indireto • Chefe da produção: custo indireto • Gerente da produção: custo indireto • Salário/hora do operários – 5,00/hora • 1 calça – 2 horas na máquina X 5,00 = R$ 10,00 • 2 calças – 4 horas na máquina X 5,00 = R$ 20,00 • 3 calças – 6 horas na máquina X 5,00 = R$ 30,00 • GASTOS GERAIS • Custo indireto
Considere os seguintes itens de custos de uma indústria de pequeno porte: em reais Aluguel da fábrica 3.000,00 Consumo de água da fábrica 500,00 Depreciação das máquinas (Método Linear) 2.000,00 Energia elétrica da fábrica 1.500,00 Imposto predial 700,00 Manutenção de máquinas e equipamentos 1.000,00 Materiais auxiliares (lixas, solventes, serras, etc.) 100,00 Materiais secundários de fácil identificação com cada produto 1.000,00 Materiais secundários de pequeno valor (difícil identificação com cada produto) 900,00 Material de limpeza usado na fábrica 300,00 Matéria-prima 20.000,00 Salários e encargos da chefia da fábrica 8.000,00 Salários e encargos da segurança da fábrica 2.000,00 Salários e encargos do pessoal da fábrica 9.000,00
O somatório dos Custos Diretos e o somatório dos Custos Indiretos são, respectivamente, (A) R$ 29.000,00 e R$ 21.000,00 (B) R$ 30.000,00 e R$ 20.000,00 (C) R$ 30.900,00 e R$ 19.100,00 (D) R$ 32.000,00 e R$ 18.000,00 (E) R$ 38.000,00 e R$ 12.000,00 Fórmula: CT = CD + CI
2 - Quanto à FORMAÇÃO • Com relação ao volume de produção do período, os custos podem ser Fixos ou Variáveis. • Custos Fixos são aqueles que independem do volume de produção do período, isto é, qualquer que seja a quantidade produzida, esses custos não se alteram. • Assim, tanto faz a empresa produzir uma ou dez unidades de um ou mais produtos em um mês, por exemplo, pois os Custos Fixos serão os mesmos nesse mês. Exemplo: aluguel da fábrica, depreciação das máquinas, salários e encargos da supervisão da fábrica etc. • Os custos fixos estão relacionados com os custos indiretos de fabricação. Por não guardarem proporção com as quantidades dos produtos fabricados.
Custos Variáveis: São aqueles que variam em função das quantidades produzidas, como ocorre, por exemplo, com a matéria prima. • Se na fabricação de uma mesa de madeira são gastos 5 metros de madeira, para se fabricarem 10 mesas serão precisos 50 metros de madeira, Quanto maior for a quantidade fabricada, maior será o consumo de matéria prima. • Os Custos Variáveis têm relação direta com os custos Diretos de Fabricação. • Custos Semi-fixos: são os Custos Fixos que possuem uma parcela variável. Exemplo: a energia elétrica. A parcela fixa da energia elétrica é aquela que independe da produção do período, a qual é definida geralmente em função do potencial do consumo instalado; a parte variável é aquela aplicada diretamente na produção, variando de acordo com o volume produzido. Isso, evidentemente, só ocorre quando é possível medir a parte variável.
Custos Semi-variáveis: são os Custos Variáveis que possuem uma parcela fixa. Como exemplo, a mão-de-obra aplicada diretamente na produção é variável em função das quantidades produzidas, ao passo que a mão-de-obra da supervisão da fábrica independe do volume produzido, por isso é fixa. • Ex.: Aluguel de máquina de fotocópias e uma caldeira numa usina de energia a vapor.
MATÉRIA-PRIMA • a) MATÉRIAS PRIMAS: (principal) custo direto e variável • b) MATERIAIS SECUNDÁRIOS: normalmente indiretos e variável • c) MATERIAIS DE EMBALAGENS: custo direto e variável • MÃO-DE-OBRA • Operários- custo direto e variável • Supervisores: custo indireto e fixo • Chefe da produção: custo indireto e fixo • Gerente da produção: custo indireto e fixo • Salário/hora do operários – 5,00/hora • 1 calça – 2 horas na máquina X 5,00 = R$ 10,00 • 2 calças – 4 horas na máquina X 5,00 = R$ 20,00 • 3 calças – 6 horas na máquina X 5,00 = R$ 30,00
GASTOS GERAIS • Custo indireto e fixo • Exceção: combustíveis consumidos pelas máquinas-custo indireto e variável
Dados extraídos da contabilidade de uma indústria: • Materiais diretos R$ 38.000,00 • Mão de obra direta R$ 26.000,00 • Manutenção da fábrica R$ 17.500,00 • Mão de obra indireta R$ 55.000,00 • Luz e força da fábrica R$ 11.500,00 • Materiais de consumo da fábrica R$ 3.650,00 • Seguro da fábrica R$ 1.840,00 • Salários de vendedores R$ 30.100,00 • Depreciação das máquinas da fábrica R$ 12.320,00 • Despesas de viagens R$ 10.000,00 • Publicidade e propaganda R$ 8.500,00 • Salários do escritório R$ 15.000,00 • Despesas diversas do escritório R$ 9.730,00 • Aluguel da fábrica R$ 3.210,00 • Salários de supervisão de fábrica R$ 10.600,00
Considerando-se exclusivamente as informações acima e aplicando-se a classificação dos custos em fixos e variáveis, o total dos custos fixos do período montou, em reais, a 119.270,00 115.620,00 111.970,00 105.020,00 98.120,00
Uma vez que no custo isto se falou em custo variável unitário, deve-se ressaltar que, apesar de ter-se tratado até agora dos custos totais, os custos mais importantes são os unitários, que são sempre o resultado da divisão dos custos totais pelo volume de atividade (quantidade). Assim, têm-se as fórmulas: • Cm = CT ÷ Q, Logo CT = Cm × Q • Cf= CF ÷ Q, Logo CF = Cf × Q • Cv= CV ÷ Q, Logo CV = Cv × Q • Cm = Cf + Cv
O custo fixo e o custo variável tem conceito antagônico em se tratando de custo total e de custos unitários. Numa situação é constante e na outra varia, e vice versa; pode ser visualizado da seguinte forma:
Como o custo fixo não varia em qualquer nível de produção o valor será de 1.000 O custo variável varia proporcionalmente, se para fabricar uma unidade o custo variável é de 300 logo a cada unidade produzida o custo aumentará em 300. O custo fixo unitário varia inversamente, entretanto para determinar o custo fixo unitário é necessário dividir o custo fixo total pela quantidade produzida. O custo variável unitário é o custo variável total dividido pela sua quantidade produzida, entretanto como o custo variável por unidade não varia o valor é o mesmo em qualquer quantidade produzida. Cvunit= custo variável/quantidade 300/1 =300, portanto é o mesmo valor em qualquer nível de produção.
Uma empresa, para fabricar 1.000 unidades mensais de um determinado produto, realiza os seguintes gastos: • Matéria prima R$ 400.000,00 • Mão de obra direta R$ 300.000,00 • Mão de obra indireta R$ 100.000,00 • Custos fixos R$ 200.000,00 • Se a empresa produzir 1.200 unidades desse produto, por mês, com as mesmas instalações e com a mesma mão de obra, o custo por unidade produzida corresponderá a: • a) R$ 900,00 • b) R$ 833,33 • c) R$ 1.000,00 • d) R$ 966,66 • e) R$ 950,00
3 - Quanto à OCORRÊNCIA – estágios de produção em que os custos podem ser determinados: • CUSTO BÁSICO = MATÉRIA-PRIMA DIRETA • CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO = MOD + CIF • CUSTO PRIMÁRIO = MD + MOD • CUSTO DIRETO = CUSTO PRIMÁRIO + OUTROS CUSTOS DIRETOS • CUSTO INDIRETO = TODOS OS DEMAIS CUSTOS DE PRODUÇÃO QUE NÃO SÃO DIRETOS • CUSTO FABRIL = CUSTO BÁSICO + CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO OU MAT DIR + MOD + CIF • CUSTO DOS PRODUTOS FABRICADOS = ESTOQUE INCIAL DE PRODUTOS EM ELABORAÇÃO + CUSTO FABRIL – ESTOQUE FINAL DE PRODUTOS EM ELABORAÇÃO • CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS = ESTOQUE INICIAL DE PRODUTOS ACABADOS + CUSTOS DOS PRODUTOS ACABADOS – ESTOQUE FINAL DE PRODUTOS ACABADOS
Você poderá encontrar, ainda, outras nomenclaturas de custos. Veja algumas delas com seus significados. (OSNI MOURA RIBEIRO) custo das matérias primas disponíveis = estoque inicial de matéria prima + compras de matérias-primas. CUSTO PRIMÁRIO = Compreende os gastos com Matéria Prima mais os gastos com Mão de Obra Direta. O custo primário não é mesmo que custo direto, pois no custo primário não são considerados os materiais secundários e os materiais de embalagem, ainda que diretamente aplicados no produto. custo de produção do período mesmo que custo fabril custo de produção = custo de produção do período + estoque inicial de produtos em elaboração custo dos produtos disponíveis para venda = custo da produção acabada no período + estoque inicial de produtos acabados
Dados extraídos da Contabilidade de Custos da Indústria Pacífico Ltda., em junho de 2009: • Inventário inicial de matéria-prima R$ 7.500,00 • Compra de matéria-prima a prazo R$ 43.200,00 • Mão de obra direta apontada R$ 25.500,00 • Mão de obra indireta R$ 35.000,00 • Luz e força da Fábrica R$ 10.500,00 • Materiais diversos da Fábrica R$ 2.550,00 • Seguro da Fábrica R$ 1.850,00 • Depreciação das máquinas R$ 12.650,00 • Inventário inicial de produtos em processo R$ 8.450,00 • Inventário inicial de produtos acabados R$ 7.200,00 • Inventário final de matéria-prima R$ 8.300,00
Sabendo-se que os demais inventários tiveram saldo nulo e considerando-se apenas as informações acima, o valor do custo da produção (custo fabril) do período foi, em reais, de (A) 146.100,00 (B) 138.900,00 (C) 138.750,00 (D) 137.650,00 (E) 130.450,00
II – CRITÉRIO DE RATEIO Os custos indiretos são apurados englobadamente, sem apropriação específica a cada produto ou função de diferente custo. Para apropriar-se a parcela de cada um deles a cada tipo de produto ou de função, é necessário proceder-se ao rateio (divisão proporcional) pelos valores de uma base conhecida (critério de rateio).
A seguir apresentamos alternativas mais adequadas para bases de rateio, em casos específicos: • Matéria-prima Indireta – Matéria-prima direta • Supervisão – Mão-de-obra direta • Combustíveis – Potência das máquinas a combustão • Energia Elétrica (Força) – Potência das máquinas elétricas • Depreciação – Valor do Imobilizado • Material de Limpeza – área ocupada • Material de Limpeza (higiene pessoal) – número de empregados diretos • Energia Elétrica (iluminação) – área ocupada • Publicidade e Propaganda – Valor da produção (vendas futuras) • Aluguel – área ocupada • Transporte de pessoal (direto e/ou indireto) Número de empregados diretos
EX.: Uma empresa fabrica os produtos X e Y em um único departamento. Durante o período de produção, apresentou os seguintes custos em reais.
Com base no critério da matéria-prima aplicada, o rateio dos custos indiretos para fabricação dos produtos X e Y será, em reais, respectivamente, de (A) 700,00 e 1.100,00 (B) 720,00 e 1.080,00 (C) 800,00 e 1.000,00 (D) 818,00 e 981,90 (E) 864,00 e 936,00
Rateio: 1.800 = 0,36 5.000 Produto X = 0,36 X 2.000 = 720 Produto y = 0,36 X 3.000 = 1.080 Ou 2.000 X 100 = 40% 5.000 3.000 X 100 = 60% 5.000 Logo: Produto X = 40% X 1.800 = 720 Produto Y = 60% X 1.800 = 1.080
CAPÍTULO II - CUSTEIO DIRETO OU VARIÁVEL E CUSTEIO POR ABSORÇÃO • A partir deste momento, como já ficou definido que o Custo de Fabricação possui duas partes: Custo Direto ou Variável e Custo Indireto ou Fixo, podemos destacar dois métodos para apuração do Custo de Fabricação: • Custeio Direto — consiste em considerar como Custo de Fabricação (ou de Produção) somente os Custos Diretos ou Variáveis, sendo os Custos Indiretos ou Fixos considerados juntamente com as Despesas Operacionais normais da empresa industrial. Adotando-se este método, o Custo de Fabricação (ou de Produção) do período será obtido no item 9 da Demonstração do Custo dos Produtos Vendidos, • Custeio por Absorção — consiste em considerar como Custo de Fabricação (ou de Produção) todos os custos incorridos no processo de Fabricação do período, sejam eles Diretos (Variáveis) ou Indiretos (Fixos). Adotando-se este método, o Custo de Fabricação (ou de Produção) do período será obtido no item 11 da Demonstração do Custo dos Produtos Vendidos,
Convém ressaltar que, no Brasil, somente pode ser utilizado o Custeio por Absorção para fins de apuração do Custo de Fabricação, conforme determina a legislação do Imposto sobre a Renda. EX.: A Cia Ômega produziu 30.000 unidades do produto X no ano calendário em que iniciou suas atividades. Durante o período, foram vendidas 24.000 unidades ao preço de R$ 45,00 cada uma. Os custos e despesas da companhia, no referido exercício, foram: