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AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE COMPREENSÃO DE TEXTOS EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS. Adriana Benevides Soares (UNIVERSO e UERJ) Aline Lacerda (UERJ) Thamires de Abreu Emmerick (UERJ). Introdução. Não foram encontradas diferenças significativas nas comparações de gênero, tipo de instituição
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AVALIAÇÃODOS NÍVEIS DE COMPREENSÃO DE TEXTOS EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS Adriana Benevides Soares (UNIVERSO e UERJ) Aline Lacerda (UERJ) Thamires de Abreu Emmerick (UERJ) Introdução Não foram encontradas diferenças significativas nas comparações de gênero, tipo de instituição e período do curso. O objetivo deste estudo foi verificar a compreensão textual de estudantes universitários tendo como base o modelo de compreensão de textos de Kintsch (1998). Este modelo distingue três níveis hierárquicos de representação: o nível de superfície; o proposicional e o superestrutural. No nível de superfície são identificadas informações referentes aos detalhes; no nível proposicional, ou base do texto, é onde se constitui o conteúdo semântico coerente do texto, e no nível superestrutral, ou mais elaborado é onde se constrói o modelo da situação, integra-se o conteúdo semântico do texto em uma estrutura de conhecimentos ou esquema. Neste modelo a estrutura de um texto é interpretada como um conjunto de proposições e relações semânticas. Algumas destas relações são expressas explicitamente na superfície da estrutura do texto, outras são inferidas durante o processo de interpretação com a ajuda de vários tipos de contextos específicos, ou conhecimentos gerais do sujeito. Tabela 4: Comparação na Variável Gênero Tabela 5: Comparação na Variável Instituição Metodologia Participantes Participaram da amostra 312 estudantes universitários sendo 176 da área de ciências humanas, 102 da área de ciências exatas e 34 da área de ciências biomédicas, 104 homens e 208 mulheres, 277 estudantes de instituições públicas e 35 de instituições privadas, 14 estudantes de classe social A (mais alta), 237 B e 60 C (mais baixa), 69 estudantes dos dois primeiros períodos, 131 do segundo e terceiro períodos, 50 estudantes do quinto e sexto períodos e 62 do sétimo em diante. Instrumento Foi aplicado como instrumento de medida um texto e seu respectivo questionário. O texto foi composto por 723 palavras distribuídas em 6 parágrafos e tinha como tema a maturidade do jovem para escolher sua profissão. O questionário continha 17 perguntas sendo 5 de macroestrutura, 3 de argumentação, 5 de inferência e 4 de detalhes. As perguntas eram abertas e foi instruído aos participantes que não havia tempo para a conclusão do questionário e que eles poderiam consultar o texto quantas vezes quisessem. O instrumento foi validado obtendo Alpha de Crombach de 0.696. Tabela 6: Comparação na variável período do Curso Tabela 1: Consistência Interna do Instrumento Quanto a classe social foram encontradas diferenças significativas para o nível de detalhes e inferência sempre com a classe C obtendo menor percentual de acertos do que as demais e, quanto a área do curso, as diferenças significativas se encontram no nível da macroestrutura sendo que os estudantes de ciências humanas apresentam desempenho inferiores a área de exatas e biomédicas. Resultados Tabela 8: Nível de Macroestrutura e Cursos Tabela 7: Classes Sociais e Níveis Foram encontrados como principais resultados que: o maior número de acertos (em termos de média percentual) ocorrem nas perguntas referentes a “Macroestrutura” (62,18%), seguida de “Detalhes” (56,97%), “Argumentação” (46,58%) e “Inferência” (40,06%). Tabela 2: Estatísticas referentes ao percentual de Acerto nos níveis. Tabela 3: Análise de Variância de Friedman Conclusão Pode-se perceber que é no nível de base do texto que encontra-se o melhor desempenho dos alunos e que este desempenho é mais eficiente quando estes pertencem a classes sociais mais altas e freqüentam os cursos que exigem maior pontuação para o seu ingresso. Segundo Santos & Silva (2004) os estudantes de classe social mais alta oriundos, na grande maioria, de escolas particulares e que realizaram cursos pré-vestibulares preparatórios para sua aprovação em cursos altamente disputados são compreendedores mais proficientes do que aqueles de classe social mais baixa. Santos & Silva (2004) ainda destacam que alunos mais bem – preparados e melhor treinados em suas habilidades e no uso de estratégias para o ingresso na universidade tendem a obter um melhor desempenho acadêmico, o que sustenta a hipótese de que o acesso à leitura e a freqüência da leitura ao longo do desenvolvimento do aluno podem ter influído nestes resultados. Referências Bibliográficas KINTSCH, W. (1998). Comprehension; a paradigm for cognition. Cambridge: Cambridge University Press. SANTOS, A.A.A. & SILVA, M.J.M. (2004). A avaliação da compreensão em leitura e o desempenho acadêmico de universitários. In: Psicologia em Estudo. Vol: 9. n.3 Fonte de Financiamento Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq