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Escravidão e Comércio no Mundo Moderno. Circuitos do tráfico de escravos (Novo Mundo, África e Europa). Definição de ecravidão.
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Escravidão e Comércio no Mundo Moderno Circuitos do tráfico de escravos (Novo Mundo, África e Europa)
Definição de ecravidão A escravidão é quando uma pessoa se torna propriedade de outra . Perde o direito de ter sua própria vida, é obrigado a trabalhar para o seu dono e não recebe nenhum pagamento em troca do trabalho. A escravidão já existia antes dos europeus buscarem negros na África.
O escravos negros, raptados de sua terra natal (principalmente da África Setentrional,onde hoje estão, por exemplo, Angola, Moçambique e a República Democrática do Congo) e levados a um lugar estranho, eram controlados com mão-de-ferro pelos senhores de engenho,que delegavam aos feitores a fiscalização dos cativos.
Os africanos capturados eram convertidos em força de trabalho no ambiente colonial brasileiro.
Vale lembrar que a escravidão veio para o Brasil através do mercantilismo: os negros africanos vinham substituir os nativos brasileiros na produção canavieira, pois esse tráfico dava lucro à Coroa Portuguesa, que recebia os impostos dos traficantes.
Por que escolher a escravidão negra no Brasil? Durante o estabelecimento da empresa colonial portuguesa, a opção pelo trabalho escravo envolveu diversas questões que iam desde o interesse econômico ao papel desempenhado pela Igreja na colônia. Sob o aspecto econômico, o tráfico de escravos foi um grande negócio para a Coroa Portuguesa e para comerciantes coloniais. Em relação à posição da Igreja, os portugueses foram impelidos a escravizarem os indígenas, pois estes integrariam ao projeto de expansão do catolicismo pelas Américas.
O tráfico de escravos para o Brasil ou tráfico negreiro, refere-se a um período da história em que houve uma migração forçada de Africanos para o Brasil e Américas. Portugueses, brasileiros e mais tarde holandeses dominaram um comércio que envolveu a movimentação de milhares de pessoas. O comércio de escravos estava solidamente implantado no continente Africano e existiu durante milhares de anos.
Nações Africanas como os Ashanti do Gana e os Yoruba da Nigéria tinham as suas economias voltadas ao comércio de escravos. O tráfico e comércio de escravos era intercontinental, registrando-se um grande comércio de escravos europeus nos mercados Africanos já durante o Império Romano.
Os portugueses já usavam o negro como escravo antes da colonização do Brasil, nas ilhas da Madeira, Açores e Cabo Verde. O tráfico para o Brasil, embora ilegal a partir de 1830, somente cessou em torno de 1850, após a aprovação de uma lei de autoria de Eusébio de Queirós, depois de intensa pressão do governo britânico, interessado no desenvolvimento do trabalho livre para a ampliação do mercado consumidor.
A escravidão no Brasil A escravidão no Brasil consolidou-se como uma experiência de longa duração a marcar diversos aspectos da cultura e da sociedade brasileira. Mais que uma simples relação de trabalho, a existência da mão-de-obra escrava africana fixou um conjunto de valores da sociedade brasileira em relação ao trabalho, os homens e às instituições. Nessa trajetória podemos ver a ocorrência do problema do preconceito racial e social no decorrer de nossa história.
A escravidão fez com que o trabalho tornasse uma atividade inferior dentro da sociedade da época. O trabalho braçal era visto como algo destinado ao negro. Mesmo grande parte da mão-de-obra sendo empregada em atividades que exigiam grande esforço físico, outras tarefas também eram desempenhadas pelos escravos. Os escravos domésticos trabalhavam nas casas enquanto os escravos de ganho administravam pequenos comércios, praticavam artesanato ou prestavam pequenos serviços para seus senhores.
A condição humilhante da grande maioria dos escravos motivava a realização de revoltas ou a adoção de outras estratégias de resistência. Muitos escravos organizavam fugas e procuravam formar comunidades independentes do poder do senhor de engenho. Essas comunidades eram mais conhecidas como quilombos e desafiavam o modelo de organização social imposto pela administração colonial. O mais famoso desses quilombos fixou-se na região de Alagoas com o nome de Palmares.
Os diferentes tipos de escravo no Brasil Escravos domésticos Escravos de ganho Escravos de aluguel
Até 1850, a economia brasileira era quase que exclusivamente movida pelo braço escravo. O cativo estava na base de toda a atividade, desde a produção do café, açúcar, algodão, tabaco, transporte de cargas, às mais diversas funções no meio urbano: carpinteiro, pintor, pedreiro, sapateiro, ferreiro, marceneiro, entre outras.
Quadro "Loja de Rapé", aquarela inacabada do pintor Jean-BaptisteDebret, mostra o cotidiano dos escravos no Brasil.
Os escravos estiveram presentes em diferentes funções e contextos sociais ao longo da história brasileira.
Os castigos físicos,como o açoitamento, estavam entre os métodos de intimidação que garantiam o trabalho, a obediência e a manutenção dos servos e se prolongaram pelos mais de 300 anos de escravidão no Brasil.
Resistências dos escravos • Durante a escravidão, os negros promoveram diversas formas de resistência aos maus tratos que sofriam e a própria escravidão, dentre elas: • Formação de quilombos • Fugas • Envenenamentos • Sincretismo religioso • Revoltas • Suicídio • Abortos e Assassinatos
Quilombo dos Palmares Um dos quilombos mais conhecidos da história brasileira foi Palmares, instalado na serra da Barriga, atual região de Alagoas. Seu crescimento ocorreu principalmente entre as décadas de 1630 e 1650, quando a invasão dos holandeses prejudicou o controle sobre a população escrava.
A prosperidade e a capacidade de organização desse imenso quilombo representaram uma séria ameaça para a ordem escravocrata vigente. Não por acaso, vários governos que controlaram a região organizaram expedições que tinham por objetivo estabelecer a destruição definitiva de Palmares. Contudo, os quilombolas resistiram de maneira eficaz e, ao longo de oitenta anos, conseguiram derrotar trinta expedições militares.