960 likes | 1.13k Views
Ótica de mercado. Curso de Justiça de Michael Sandel.
E N D
“O curso ‘justice’, de Michael J. Sandel, é um dos mais populares e influentes de Harvard. Quase mil alunos aglomeram-se no anfiteatro do campus da universidade para ouvir Sandel relacionar grandes problemas da filosofia a prosaicos assuntos do cotidiano. São temas instigantes que, reunidos neste livro, oferecem ao leitor a mesma jornada empolgante que atrai os alunos de Harvard: casamento entre pessoas do mesmo sexo, suicídio assistido, aborto, imigração, impostos, o lugar da religião na política, os limites morais dos mercados. Sandel dramatiza o desafio de medida sobre esses conflitos e mostra como uma abordagem mais segura da filosofia pode nos ajudar a entender a política, a moralidade e também a rever nossas convicções”.
The moral side of murder. • http://www.justiceharvard.org/2011/03/episode-01/#watch
Verão de 1884. Quatro marinheiros. Navio Mignonette: naufrágio.
Thomas Dudley: capitão. Edwin Stephens: primeiro-oficial. Edmund Brooks: marinheiro. Richard Parker: taifeiro.
Outro dia: Stephen apunha-la um canivete na jugular de Parker.
Quando retornam à Inglaterra são presos e levados a julgamento. Dudley e Stephens são condenados. Foram réus confessos.
A pergunta mais difícil de responder não é se você fosse o juiz como julgaria, mas sim, se matar o taifeiro naquela ocasião seria moralmente justificável.
Resposta da defesa: diante das circunstâncias extremas, era melhor que um morresse para salvar três.
Salvar três para matar um tem muito a ver com a filosofia do utilitarismo.
Pesar custos e benefícios para tomar certa atitude em determinada situação.
Esse entendimento sobre o caso do bote salva-vidas ilustra uma abordagem utilitarista do que é justiça.
É que a moral depende das consequências que ela acarreta, ou seja, a coisa certa a fazer é a que trará melhores resultados;
Para solucionar o caso do bote salva-vidas, bem como outros dilemas menos extremos com os quais normalmente nos deparamos, precisamos explorar algumas grandes questões da moral e da filosofia política e tentar responder algumas questões:
A moral é uma questão de avaliar vidas quantitativamente e pesar custos e benefícios?
Ou certos deveres morais e direitos humanos são tão fundamentais que estão acima de cálculo dessa natureza?
Se certos direitos são assim fundamentais – sejam eles naturais, sagrados, inalienáveis ou categóricos -, como podemos identificá-los? E o que os torna fundamentais?
O Utilitarismo de Jeremy Bentham. 1748-1832.
Desrespeito as ideias do direito natural. Considerava um absurdo total.
Seus pressupostos filosóficos exercem até hoje uma poderosa influência sobre o pensamento de legisladores, economistas, executivos e cidadãos comuns.
O mais elevado objetivo da moral é maximizar a felicidade, assegurando a hegemonia do prazer sobre a dor.
O que é utilidade para Bentham? Tudo aquilo que produza prazer ou felicidade e que evite a dor ou sofrimento.
Como Bentham chega a este raciocínio? Todos somos governados pelos sentimentos de dor e prazer. Prazer e dor nos governam em tudo o que fazemos e determinam o que devemos fazer.
Todos gostamos do prazer e não gostamos da dor. A filosofia utilitarista reconhece este fato e faz dele a base da vida moral e política.
As leis para Bentham devem: fazer o possível para maximizar a felicidade da comunidade em geral.
Qual a grande pergunta que os legisladores e os cidadãos devem se fazer: Se somarmos todos os benefícios dessa diretriz e subtrairmos todos os custos, ela produzirá mais felicidade do que uma decisão alternativa?
Todo argumento moral, diz ele, deve implicitamente inspirar-se na ideia de maximizar a felicidade.
Bentham achava que seu princípio da utilidade era uma ciência da moral que poderia servir como base para a reforma política. Ele propôs uma série de projetos com vistas a tornar a lei penal mais eficiente e humana. * Mendigos e prisões modelo.
Exemplo 1. Você é o maquinista. Trem sem freios.