500 likes | 627 Views
Judy Botler Orientação: Prof. Luiz Antonio Bastos Camacho Profª . Marly Marques da Cruz 2010. Introdução.
E N D
Judy Botler Orientação: Prof. Luiz Antonio Bastos Camacho Profª. Marly Marques da Cruz 2010
Introdução • “Triagem neonatal” – termo que se refere a testes realizados nos primeiros dias de vida do recém-nato que permitem detectar diversas doenças no período neonatal. Se feitos no momento e da forma adequados evitam conseqüências catastróficas ao desenvolvimento...” (Therrell, 2001) • O caráter assintomático e a inexistência de um grupo de alto risco implicam na necessidade da cobertura universal. • A coleta do teste de TN deve ser feita entre o 3º. e o 5º. diade vida, jamais ultrapassando o 7º. dia. • O Hipotireoidismo Congênito e a Fenilcetonúria tratados até 2 semanas de vidapermitem uma evolução sem seqüelas.
Programas de Triagem Neonatal Maternidade Hospital Geral Posto de Saúde PSF Serviço de Referência em Triagem Neonatal Serviços de apoio diagnóstico e terapêutico Laboratório especializado Ambulatórioespecializado
Tratamento e acompanhamento: • Tratamento • Dispensação de leite/medicamentos • Acompanhamento a longo prazo • Triagem: • Coleta da amostra • Transporte das amostras • Recepção da amostra • Exames laboratoriais • Diagnósticoclínico: • Avaliação porespecialista • Informação dos resultadosà família • Aconselhamento genéticose necessário (Traço Falcêmico e FC) • Resultados: • Emissão de resultados • Postagem/distribuição de resultados • Repetição de testes (se necessário) • Confirmação laboratorial doscasos suspeitos Estrutura e processo dos programas de triagem neonatal • Metas: • 100% de cobertura • Coletas entre o 3º e o 7º dia de vida • Tratamento iniciado até 2 semanas Capacitação
Histórico da Triagem Neonatal no Estado do Rio de Janeiro • Década de 80 – Modelo A - SES-RJ - Parceria instituto de endocrinologia + instituto de referência em hematologia - HC + PKU + hemoglobinopatias Modelo B – Entidade filantrópica – HC + PKU + hemoglobinopatias – • 2001 – PNTN – Estado do RJ credenciado Fase II– 3 SRTNs – modelo A + modelo B + modelo C (hospital municipal) • 2005 – modelo C desativado e demanda dividida entre o modelo A e modelo B (2/3 para o modelo A e 1/3 para modelo B) • 2007 – modelo A recebia 81% dos testes do estado
Avaliação do desempenho do PTN do estado do Rio de Janeiro - Objetivos Geral: • Avaliar o desempenho do programa de triagem neonatal do estado do Rio de Janeiro. Específicos: • Analisar os resultados operacionais, de cobertura e freqüência das doenças obtidos pelo PTN no Estado do Rio de Janeiro a partir de fontes de dados da rotina programa . • Avaliar o desempenho das Unidades de Coleta do PTN do estado do RJ e os fatores que afetam o acesso ao teste e a cobertura efetiva do programa. • Avaliar o desempenho dos modelos de PTN do estado do RJ com ênfase nos aspectos administrativos, laboratoriais, de busca ativa e de coordenação de todas as atividades relacionadas ao programa.
Material e Métodos • Análise retrospectiva do desempenho do PTN do Rio de Janeiro - 2005 e 2007 • Avaliação do desempenho do PTN do estado do Rio de Janeiro – Unidades de Coleta e modelos de PTN - 2009
Material e Métodos Análise retrospectiva do desempenho do PTN do estado do Rio de Janeiro entre 2005 e 2007 Levantamento a partir de fontes de dados secundárias nos 2 modelos de PTN do estado do RJ – 1. Sistema de Nascidos Vivos (SINASC);2. Relatórios mensais enviados ao Ministério da Saúde;3. Mapas e documentos de trabalho;4. Bases de dados; 5. Instrumentos utilizados na busca ativa por amostras inválidas/confirmação de casos suspeitos;6. Planilhas de controle de comparecimento para 2ª. coleta/confirmação diagnóstica.
Materiais e Métodos INDICADORES DE DESEMPENHO EM TN (Webster, 2003; Santos, 2006) – • TRIAGEM NEONATAL – cobertura; % amostras válidas; nº de locais de coleta; • BUSCA ATIVA - % de reconvocações por resultados alterados/amostras inválidas; % de crianças que compareceram às reconvocações por resultados suspeitos/amostras inválidas; • DIAGNÓSTICO - nº e % de casos confirmados para cada doença. INDICADORES DE TEMPO: Confirmação/2ª amostra Coleta Cadastro Reconvocação Nascimento Idade no diagnóstico
Cobertura do Programa de Triagem Neonatal do Estado do Rio de Janeiro – 2002 a 2007 %
Distribuição dos testes por faixa etária de coleta (dias) Em 2007, 61,7% das coletas ≥ 8 dias
Proporção de coletas por faixa etária entre os RN reconvocados por resultados alterados em ambos os SRTNs - 2005 e 2007 Modelos
Proporção de reconvocações (%) por resultados alterados/amostras inválidas (2005-2007)
Busca ativa por amostras inválidas (Intervalo de tempo) Proporção de comparecimentosà reconvocação na busca ativa A B Modelos * Foram excluídos 3 registros de crianças com intervalos de tempo entre reconvocação e coleta de 2ª. amostra > 300 dias do SRTN A.
Intervalos de tempo observados (casos suspeitos) entre o nascimento e o diagnóstico – 2005 a 2007 * As linhas vermelhas representam o nº de dias máximo recomendado ** Foram excluídos 16 casos do MODELO A com idade de diagnóstico > 200 dias.
Avaliação de desempenho do PTN do estado do Rio de Janeiro – Material e Métodos Desenho do estudo: Estudo de caso com múltiplos níveis de análise imbricados (Yin, 2003). • Construção do instrumento para avaliação do PTN • Avaliação de desempenho de uma amostra de Unidades de Coleta (n=66) • Avaliação de desempenho dos dois modelos Programa de Triagem Neonatal (A e B)
Elaboração do instrumento para avaliação de programas de triagem neonatal • Tradução e adaptação de blocos de perguntas extraídas do “Performance Evaluation and Assessment Scheme” (PEAS) • Inclusão de perguntas extraídas do Roteiro para credenciamento de SRTN e UC para o PNTN • Inclusão de perguntas adaptadas do Manual de Normas Técnicas e Operacionais do Ministério do PNTN (MS) e de Diretrizes Nacionais e Internacionais
Avaliação de desempenho do PTN do estado do RJ Técnicas de coleta de dados Informantes-chave Níveis da avaliação Coordenador/ analista de sistemas, etc. Administração (A e B) • Questionário semi-estruturado • Observação direta • Análise documental • Análise de registros de ocorrência Coleta, busca ativa e transporte de amostras (Unidades de Coleta) Profissional coleta/busca ativa Chefe do laboratório/responsável pela capacitação/ técnicos, etc. SRTN (A e B) SH Assistente social Busca Ativa (A e B)
Avaliação do desempenho das Unidades de Coleta (UC) - Seleção da amostra • Tipos de Unidades: • UC tipo B • Hospitais Gerais • Maternidades • PSF • Postos de Saúde do Estado • Postos de Saúde do Município do Rio de Janeiro • Localização: • Regiões Administrativas – 8 • APs do Município do Rio de Janeiro - 5 Total = 66 Unidades de Coleta
Fluxo do Modelo B Envio de amostras Entidade Filantrópica (Phe, TSH, Hb) Unidades de Coleta Reconvocação para 2ª coleta p/ amostra inválida Confirmação diagnóstica e tratamento para PKU/HC Resultados normais e traços falcêmicos Reconvocação resultados de TSH/Phe alterados Confirmação diagnóstica e tratamento para doença falciforme Resultados normais e traços falcêmicos Reconvocação Hb alterada SH (Hb) Famílias
Fluxo do Modelo A Envio de amostras Resultados normais e traços falcêmicos Resultadosnormais e traços falcêmicos Inst. Endocrinologia (Phe, TSH) Unidades de Coleta Amostras Reconvocação para 2ª coleta p/amostra inválida Reconvocação por resultados de TSH/Phe alterados Confirmação diagnóstica/tratamento de PKU/HC Reconvocação por resultados de TSH/Phe alterados Resultados normais e traços falcêmicos Reconvocação por resultado alterado de Hb Reconvocação por resultado alterado de Hb Confirmação diagnóstica/tratamento para doença falciforme SH (Hb) Famílias
Avaliação do desempenho UC Cálculo de score: Total de pontos observados Pontuação máxima possível X 100 Mediana global = 63,9 (variação = 46,9 – 77,4) Média global = 63,4 (desvio-padrão = 8,2) Coeficiente de correlação linear de Pearson = 0,44 Coeficiente de correlação linear de Spearman = 0,42 Correlação linear de scores de estrutura e processo
Desempenho em estrutura Desempenho em processo Desempenho individual das UC agrupadas por tipo (score) - 2009
Desempenho das UC em estrutura – perfil dos recursos humanos (%)
Desempenho dos modelos de PTN do estado do RJ – avaliação da estrutura
Desempenho dos modelos de PTN do estado do RJ – avaliação de estrutura
Desempenho dos modelos de PTN do estado do RJ – avaliação de estrutura
Desempenho dos modelos de PTN do estado do RJ – avaliação do processo
Desempenho dos modelos de PTN do estado do RJ – avaliação do processo
Desempenho dos modelos de PTN do estado do RJ – avaliação do processo
Desempenho dos modelos de PTN do estado do RJ – avaliação do processo
Desempenho dos modelos de PTN do estado do RJ – Monitoramento do processo
Conclusões • A cobertura efetiva e a coleta oportuna ainda são um grande desafio para o estado do RJ. • No estado do RJ, a cobertura apresentou uma tendência ascendente, embora não tenha alcançado a meta em 2007. • A elevada proporção de coletas tardias é semelhante ao observado na maioria dos estados brasileiros e pode estar relacionada com limitações reconhecidas em outros programas de saúde veiculados pela rede pública de serviços de saúde. • A alta proporção de casos com início tardio do tratamento é resultado de atrasos acumulados em todas as etapas do processo. • A elevada incidência do hipotireoidismo congênito remete à discussão sobre os valores de corte praticados para o TSH neonatal. • A discrepância na incidência da PKU nos dois modelos supera o explicável pelas diferenças entre métodos, valores de corte e sub-grupos cobertos pelos modelos.
Conclusões • As questões apontadas anteriormente sugerem a necessidade de revisão do processo de controle de qualidade. • A freqüência da doença falciforme é coerente com a composição étnica da população. • Existem restrições de acesso ao teste geradas pela organização do trabalho nas Unidades de Saúde. • O componente recursos humanos sobressai na avaliação como aquele que apresentou maiores deficiências. • A maior deficiência encontrada nos RH foi na capacitação em que pese a existência de planejamento educativo em ambos os modelos. • Fluxos mais complexos tendem a diminuir a efetividade e a eficiência do programa. Como esta é uma característica do modelo dominante no estado, ela tende a ter grande impacto no PTN como um todo. • Deficiências de recursos materiais e humanos foram apontadas como causas para os atrasos na liberação de resultados.
Considerações Finais • Há necessidade de se buscar estratégias de acesso aos dados da rede privada. • É necessário que o programa solucione as questões apontadas nesta avaliação antes de se pensar na inclusão de novas doenças. A seleção das doenças deverá se basear em evidências científicas. • Há necessidade de avaliação dos desfechos negativos decorrentes das falhas na cobertura (casos perdidos) e dos diagnósticos tardios. • Há necessidade de avaliação da adesão ao tratamento no médio e longo prazo. • É necessário preparo para lidar com questões como aconselhamento pré-concepcionale planejamento familiar para pacientes dosexo feminino fenilcetonúricas, além de estrutura de apoio a gestantes fenilcetonúricas. • Há necessidade de discussão sobre os objetivos, as condições e o tempo de armazenamento de amostras residuais. • O modelo desenvolvido nesta pesquisa poderá ser aplicado na avaliação de desempenho de outros PTN.
Agradecimentos: • Luiz Antonio Bastos Camacho • Marly Marques da Cruz • Daniel Elias Télio Duarte • Karla Kovac Frasco Costa • Constância Jacintho Cavalcanti de Melo • Pâmela Silva George