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Chomsky. Linguística: história e teoria Prof (Me). Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com. Noções propostas por Chomsky. LAD – Language Acquisition Device. Corpus baseado em “intuições” do falante. Gramática gerativa (diferente de gramática descritiva ou normativa) ou transformacional.
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Chomsky Linguística: história e teoria Prof (Me). Sabine Mendes sabine.mendes@gmail.com
Noções propostas por Chomsky • LAD – Language Acquisition Device. • Corpus baseado em “intuições” do falante. • Gramática gerativa (diferente de gramática descritiva ou normativa) ou transformacional. • Competência linguística/Desempenho linguístico. • Inatismo. • G.U. – Gramática Universal.
Princípios e Parâmetros (GB) • GB = Government and Binding (1981)
Teoria X-barra • Uma sentença com 10 palavras teria 3.628.800 combinações possíveis – O que regula isso? • Sintagma Verbal, Nominal, Adjetival e Preposicional
Núcleos Funcionais • Sintagma Complementador (interrogativa ou afirmativa) • Sintagma Flexional • Sintagma Determinante
Aquisição de linguagem • Documentário sobre fala
Figueiredo (2011) • [...] eu pegava várias vezes a canequinha na mão e ficava com ela um tempão na boca, mas a água nunca que saía, eu abaixava ela sempre, esperando um pouco se uma água não vinha de repente, porque eu não sabia que a água e o pão eram trazidos para mim [...]. (linhas 23-6, grifo da autora)
Figueiredo (2011) • “eu não tinha a menor ideia que lá fora de mim poderia ter mais alguém” (linha 26, grifo da autora) • “Quando eu acordava, fazia cada vez mais claridade que antes; eu nunca tinha visto uma claridade do dia como aquela presente. Até que pela primeira vez o homem entrou na minha casa, ele colocou uma cadeira bem baixa na minha frente, um pedaço de papel e um lápis em cima, depois ele pegou minha mão, me deu o lápis na mão, me fechou os dedos e me mostrou como escrever alguma coisa. Ele fez isso várias vezes, até que eu pudesse imitar aquilo”. (linhas 35-40)
Figueiredo (2011) • “Quando ele me carregou para fora da prisão ele teve de se abaixar, e precisou subir uma colina [...], depois veio um pouco de caminhada, eu já sentia grandes dores e comecei a chorar [...] ele me carregou por mais um tanto, eu dormi. Eu mexi a cabeça, talvez o homem viu que estava acordado, me pegou, me colocou debaixo dos braços e começou a me ensinar a andar”. (linhas 111-19)
Figueiredo (2011) • “Depois que o homem começava a me falar durante o caminho, ele me colocou várias vezes no chão, porque eu ficava sempre cansado bem rápido. Daí ele começou a dizer: “Eu gostaria de me tornar um cavaleiro assim como foi meu pai”. Essas palavras ele me repetia muitas vezes, até que eu pudesse repetir a mesma coisa bem claramente” (linhas 133-38)
Figueiredo (2011) • “Ele me conduziu de novo mais um pedaço de caminho, eu já voltei a chorar e disse as minhas palavras [...] ele me deitou e eu dormi. Acordando eu disse “cavalo casa”, pelo que eu queria dizer: meus pés estão doendo demais, queria me levar para casa e pros meus cavalos, e pare de me fazer mal”. (linhas 174-79)
Figueiredo (2011) • “Quando o homem me deixou de pé e me deu a carta na mão, ele disse as mesmas palavras mais uma vez, e daí me abandonou. Eu fiquei de pé no mesmo lugar onde o homem me deixou, até que esse outro homem pegou minha carta e me levou até a casa do senhor capitão. [...] O empregado doméstico me sentou em uma cadeira e tentou me interrogar, mas eu não podia responder com outras palavras além daquelas que eu tinha aprendido e que eu empregava indiferentemente para mostrar cansaço e dor”. (linhas 284-94)
Figueiredo (2011) • “Eu queria olhar ao redor de mim para achar meus cavalos e brincar com eles, mas não tinha mais [..] foi aí que eu percebi o saco de palha, no qual estava sentado [...] eu percebi o mesmo barulho que aquele da palha que eu tinha no meu abrigo antigo [...] eu também vi várias outras coisas que me surpreenderam e que não dá para se descrever”. (linhas 326-34, grifo da autora)
Estudo de Caso 1 – Kaspar Hauser Kaspar Hauser (provável 30 de Abril de 1812 – 17 de Dezembro de 1833 em Ansbach, Mittelfranken) foi uma criança abandonada, envolta em mistério, encontrada na praça Unschlittplatz em Nuremberg, Alemanha do século XIX, com alegadas ligações com a família real de Baden. Hauser passou os primeiros anos de sua vida aprisionado numa cela, não tendo contacto verbal com nenhuma outra pessoa, facto esse que o impediu de adquirir uma língua. Porém, logo lhe foram ensinadas as primeiras palavras, e com o seu posterior contacto com a sociedade, ele pôde paulatinamente aprender a falar, da mesma maneira que uma criança o faz. Afinal, ele havia sido destituído somente de uma língua, que é um produto social da faculdade de linguagem, não da própria faculdade em si. A exclusão social de que foi vítima não o privou apenas da fala, mas de uma série de conceitos e raciocínios, o que fazia, por exemplo, que Hauser não conseguisse diferenciar sonhos de realidade durante o período em que passou aprisionado.Hauser, supostamente com quinze anos de idade, foi deixado em uma praça pública de Nuremberg, em 26 de maio de 1828, com apenas uma carta endereçada a um capitão da cidade, explicando parte de sua história, um pequeno livro de orações, entre outros itens que indicavam que ele provavelmente pertencia a uma família da nobreza. Entre as idiossincrasias originadas pelos seus anos de solidão, Hauser odiava comer carne e beber álcool, já que aparentemente havia sido alimentado basicamente por pão e água. Aprendeu a falar, a ler e a se comportar, e a sua fama correu a Europa, tendo ficado conhecido à época, como o "filho da Europa". Obteve um desenvolvimento do lado direito do cérebro notoriamente maior que o do esquerdo, o que teoricamente lhe proporcionou avanços consideráveis no campo da música (adaptado de texto extraído de http://pt.wikipedia.org/wiki/Kaspar_Hauser)
Estudo de Caso 1 – Kaspar Hauser Como podemos relacionar os conceitos de competência e desempenho lingüístico apresentados por Chomsky ao estudo de caso um?