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Senso demogru00e1fico de 2010 para gerar perspectivas de como nossa sociedade seru00e1 no futuro
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011 DEMOGRAFIA : CENSO 2010 - A GOTA DE ESPERANÇA. Com a maior parte da população em idade ativa, o Brasil ganha oportunidade rara de acelerar o desenvolvimento. Marcelo Sakate - REVISTA VEJA. Os primeiros dados do Censo de 2010, divulgados pelo IBGE, confirmaram que o Brasil possui diante de si uma chance rara, daquelas que batem à porta uma única vez na vida, para acelerar o crescimento desenvolvimento social. Os números revelaram que há no país 191 milhões de habitantes — ou, exatamente, 190.732.694. O dado mais relevante é que somos, pela primeira vez na história recente, uma nação cuja maior parcela de seus habitantes possui entre 20 e 29 anos de idade. Um em cada cinco brasileiros está nessa faixa etária. Em 2000, o predomínio era de quem tinha entre 10 e 19 anos. Essa mudança demográfica significa que o país contará, ao menos por duas décadas, com as condições propícias para elevar a produtividade. Disporá de uma população predominantemente adulta e em idade ativa, enquanto as crianças e os idosos (ou seja, as pessoas que dependem daqueles que trabalham) representarão um porcentual população. É o chamado “bônus demográfico”, econômico e o menor na do qual já desfrutaram no passado nações que se tornaram ricas e desenvolvidas. A estrutura etária da população, que era uma pirâmide, passou a assumir a forma de uma gota. Os números do Censo mostraram que, nos últimos dez anos, nasceram menos brasileiros do que as projeções recentes indicavam. Na última década, a população cresceu a um ritmo anual de 1,17% (a taxa havia sido de 1,64% nos dez anos anteriores e de 2,89% nos anos 60). Ao mesmo tempo, a expectativa de vida subiu para 73 anos e 2 meses. No início da década, eram 70 anos e 5 meses. A leitura que se faz desses dois fenômenos é que, daqui a duas décadas, haverá menos brasileiros entrando no mercado para ajudar a bancar a aposentadoria de um número crescente de idosos. Será um desafio que, hoje, já é uma realidade do mundo rico. Afirma o economista Fabio Giambiagi, do BNDES, coautor do livro Demografia: A Ameaça Invisível: “Os sinais são claríssimos. Significa que sustentar a população idosa será um peso cada vez maior para os adultos que estiverem no mercado de trabalho a partir de 2030”. Giambiagi ressalta que as contas
do governo não sofrerão abalo imediato se nada for feito nos próximos quatro anos, mas lembra que o enfrentamento do déficit previdenciário tem sido adiado sucessivamente diferentes governos. Em outras palavras, o aproveitar o demográfico para acelerar o crescimento e se preparar para o futuro, quando haverá tantos velhos quantos população. Ou, como diria o economista Antonio Netto, o Brasil corre o risco de ficar velho antes de ficar rico. por país atual deverá bônus jovens na Delfim O Censo evidenciou também a tendência de cidades médias, especialmente no interior do país. Segundo Marco Antonio coordenador técnico do Censo, as metrópoles beiram o limite do crescimento populacional. Em contrapartida, municípios entre 100 000 e 2 milhões de habitantes aumentaram sua relevância. Diz “Fatores como o esgotamento das megacidades surgimento de novas chances de trabalho em municípios menores ajudam a entender o poder de atratividade do interior”. O concentrou nas regiões Norte e Centro-Oeste, as novas fronteiras do econômico e populacional do país. Sem relegar o progresso, esses novos polos de riqueza terão a oportunidade de não repetir os erros da tragédia urbana legada pela bolha avanço das Alexandre, Alexandre: e o avanço se crescimento populacional dos anos 60. (Com reportagem de Larissa Tsuboi) Fonte: Revista Veja