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IV Workshop das Unidades de Pesquisa do MCT e a Inovação Tecnológica Petrópolis, 15 e 16 de agosto de 2011. Modelos Institucionais de ICTs Públicas Estrangeiras. Fontes de informação e conhecimento Missões Técnicas ABDI Portal Inovação Publicações internacionais.
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IV Workshop das Unidades de Pesquisa do MCT e a Inovação Tecnológica Petrópolis, 15 e 16 de agosto de 2011
Fontes de informação e conhecimento Missões Técnicas ABDI Portal Inovação Publicações internacionais
Características dos Centros de Tecnologia e Inovação • Condução de P&D dentro da empresa; • Viabilização do acesso a equipamentos e técnicas que porventura não estejam ao alcance das empresas; • Ajuda na melhoria dos processos de produção e na elaboração de demonstrativos tecnológicos; • Ajuda no desenvolvimento de cadeias de valor e de fornecimento; • Informe às empresas sobre a potencialidade de novas tecnologias; • Ajuda a PMEs em seu estágio inicial. Não são centros de ensino de pesquisa básica e tampouco instrumentos de formulação de políticas.
Características dos Centros de Tecnologia e Inovação • O papel específico dos CTIs varia de acordo com o sistema de inovação e do panorama econômico e social dos países nos quais eles operam; • Geralmente apóiam atividades comerciais/empresariais com foco no desenvolvimento e comercialização de novas tecnologias que sejam originadas da pesquisa básica e para a qual exista demanda comercial; • Entretanto, é senso comum de que os CTIs servem como pontes entre a pesquisa acadêmica e a exploração comercial; • A maioria possuem foco em setores ou tecnologias que se capitalizam em forças locais e nacionais, ao invés de formarem uma rede aleatória de setores e tecnologias diversas. • E importante frisar que onde há foco em uma área específica, como é o caso do ITRI, em Taiwan, os graus de competência e excelência são elevados.
Características dos Centros de Tecnologia e Inovação • Fortes estruturas de governança são importantes para prover diretrizes estratégicas e assegurar a qualidades dos serviços prestados às empresas; • A grande maioria opera com alto grau de autonomia de gerenciamento; • Nota-se que uma marca forte funciona como fortalecedora de um CTI ou de redes de CTIs, tornando-os parceiros mais atrativos para o setor privado e para colaborações internacionais; • O papel e a lógica dos CTIs são circunstanciais, já que inclui a presença e natureza de outros centros acadêmicos ou centros de excelência empresariais, o balanço dos setores empresariais, e a importância dada pelos setores público e privados à inovação em um dado país.
Financiamento (funding) • Tanto o nível quanto o tipo de ‘funding’ variam significativamente entre os países. Porém, as fontes de ‘funding’ podem ser categorizadas como: • “Funding” principal/central: provenientes do governo nacional ou regional. Embora esse ‘funding’ não esteja sempre vinculado a atividades ou resultados específicos, existe uma estrutura de gerenciamento de execução presente nos CTIs que recebem tal investimento; • Contratos e subvenções de pesquisa: provenientes de órgãos públicos e geralmente recebidos após concurso/competição; • Contratos de pesquisa com o setor privado: geralmente licitações.
Composição de pesquisadores da AIST (Japão) por área em 2010. Campo de pesquisa
Receitas e despesas 2011, em Yen, do National Institute for Advanced Industrial Science and Technology (AIST), Japão
Panorama geral de governança Todos os departamentos, bem como unidades de investigação, são continuamente avaliados por comites formados por membros de universidades, setor privado e agências governamentais. A estrutura organizacional das unidades de investigação em AIST é flexível, e cada unidade de investigação é autónoma. As unidades de pesquisa da AIST são classificados em três tipos: 1.Centros de pesquisa (21) período limitado (normalmente 7 anos) organizações com objetivos claros. Recursos de pesquisa do AIST, como orçamento e de pessoal, são estrategicamente distribuídos, e centros de pesquisa têm prioridade para os recursos. 2.Institutos de pesquisa (20) são basicamente organizações de pesquisa aplicada. Institutos de pesquisa com objetivo de manter a continuidade da operação para implementar estratégias de médio e longo prazo do AIST. São esperados para manter o potencial técnico do AIST e desenvolver novos campos de tecnologia. 3.Laboratórios de pesquisa (2) são unidades muito pequenas de termos limitado. A proposta da pesquisa é promover projetos de investigação específicos, especialmente aqueles de cross-fields e também visam satisfazer necessidades imediatas do governo.
Panorama geral de governança Alemanha, Japão e Coréia do Sul Governança formal e coletiva é comum Os Institutos Fraunhofer, na Alemanha, possuem uma estrutura complexa, incluindo Membros, Assembléia Geral e um Senado. Essas estruturas formais trazem o benefício do estabelecimento de diretrizes estratégicas e avaliações de desempenho das atividades de pesquisas. Porém, dentro da estrutura federal, cada Instituto Fraunhofer possui um grau de autonomia: i) para estabelecer suas prioridades de pesquisa, ii) para buscar oportunidades comerciais, e iii) para competir entre elas com vistas a ganhar os ‘fundings’ das empresas ou do setor público;
Panorama geral de governança O sistema Carnot francês possui uma Associação de Membros, a qual atual de forma similar a uma associação comercial, promovendo a marca e disponibilizando alguns serviços compartilhados entre os membros, apesar de não existir uma estrutura de governança comum. No sistema GTS dinamarquês, empresas sem fins lucrativos dentro do setor privado, com grande expertise em tecnologia são autorizadas pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação a usar o título de CTIs. A autorização é dada para um período de três anos e, atualmente, nove organizações na Dinamarca estão autorizadas a fazer isso. Passados os três anos, essas organizações precisam ser re-certificadas.
O modelo Fraunhofer • Um aspecto diferenciador do modelo é seu foco em pesquisas de longo prazo, sendo necessário um considerável dispêndio de tempo e esforço para transferir conceitos tecnológicos para aplicação industrial. Tal modelo em sentido em países que possuem muitas empresas de engenharia e manufatura; • O ‘funding’ do modelo Fraunhofer é balanceado com 1/3 do orçamento proveniente do governo (nacional ou regional); 1/3 vinculados a projetos de pesquisa público-privada com foco em competitividade; e 1/3 provenientes de contratos com o setor privado; • Cada Instituto Fraunhofer tem um foco tecnológico específico, mas opera através de uma gama de setores industriais; • Cada Instituto está alinhado com uma universidade específica, que possui experiência na tecnologia-foco do Instituto. O chefe do Instituto Fraunhofer é um professor da universidade (apesar do que a maioria do seu tempo é dedicada ao Instituto);
O modelo Fraunhofer • Os contratos de pesquisa fornecem a maior parte do financiamento para os institutos, muitas vezes 70-80% do orçamento anual. O resto é financiamento público básico, 90% dos quais é federal e 10% vem do (Estado) em que o instituto está localizado; • Uma vez que um acordo geral foi feito pelo governo nacional e estadual para compartilhar o financiamento de base, tem sido relativamente fácil para a Sociedade criar novos institutos, quando se percebe uma demanda por contratos de investigação em novas áreas. • Tentativas de instalação de Institutos Fraunhofer ou centros fora da Alemanha (na França e dos EUA, por exemplo) foram feitas, porém não tiveram o sucesso dos institutos na Alemanha.
Prospecção O Fraunhofer analisou as macro tendências da atualidade e campos identificados de pesquisa que vão desempenhar um papel particularmente importante no futuro: • Saúde Assistida a pessoas• Superfícies Biofuncionais• Gestão da água descentralizada e integrada• Tecnologia de localização integrada• Energia auto-suficiente sensores e redes de sensores• Modernização com eficiência energética• Armazenamento de energia em redes de energia• Gestão da cadeia de alimentos• Tecnologias verdes• Estruturas de materiais híbridos (orgânico-inorgânicos)• Luz de estado sólido
Dinâmica de negócios • O Instituto recebe financiamento tanto do setor público (cerca de 40%) e por meio de ganhos de investigação por contrato (aproximadamente 60%). • Como consequência, opera em um equilíbrio dinâmico entre a aplicação orientada a investigação fundamental e desenvolvimento de projetos inovadores. • A Sociedade concorre e colabora com universidades e institutos politécnicos. Frequentemente diretores de institutos atuam nas universidades e centros politécnicos e são nomeados em consulta com a universidade.
Missão técnica ao Fraunhofer Realizada em fevereiro de 2011 (Colônia, Stuttgart, Nuremberg e Berlim) Objetivos: • Conhecer a experiência na elaboração de política públicas que aumentam a competitividade das empresas por meio da inovação. • Conhecer com detalhes a estratégia de atuação, entrando em contato com os procedimentos e a filosofia que fizeram da Fraunhofer uma referência global na integração entre pesquisa e mercado. • Foram visitados três laboratórios de tecnologia da Informação, nanotecnologia e microeletrônica para aplicações biológicas.
Missão técnica ao Fraunhofer Conclusões e observações: • A transferência direta do modelo para o Brasil não foi recomendada, devendo o uso do modelo levar em conta as diferenças do tecido social e a maior capacidade inovadora do Brasil em áreas específicas de sustentabilidade e diversidade. Sugestões para adaptabilidade: • Ter uma estratégia de debates com os diversos setores (acadêmico, governamental, empresarial, terceiro setor), visando motivar e gerar engajamento, garantindo a validade e capilaridade das ações interministeriais. • Atenção especial deve ser dada a capacitação em gerenciamento de cientistas atuando já em desenvolvimento tecnológico.
Missão técnica ao Fraunhofer • Desenvolvimento tecnológico deve evitar 2 premissas equivocadas na micro visão que gera a macro visão: cientista não faz desenvolvimento tecnológico, e cientista não tem capacitação para gestão de projetos. • Atenção especial deve ser dada a capacitação em gerenciamento de cientistas atuando já em desenvolvimento tecnológico. • Executam contratos de Propriedade Intelectual e Transferência Tecnológica centralizada. • O instituto decide como será o processo de licenciamento, pois cada projeto possui centro de custo próprio. • Escolhem as patentes considerando facilidades legais de monitorar e de licenciar.
Yissum é uma empresa privada responsável pela transferência de tecnologia da Universidade Hebraica de Jerusalém (HU). Responde pela comercialização das invenções e pelo know-how gerado por renomados pesquisadores da universidade e estudantes. A empresa é uma das mais antigas organizações de transferência de tecnologia do mundo, fundada em 1964, apontada também como uma das lideres mundiais em geração de receitas.
VINNOVA é uma agência do governo sueco no âmbito do Ministério da Empresa, Energia e Comunicações, a agência nacional participa da rede para o Programa da União Européia de P&D. Uma parte importante das atividades da VINNOVA consiste em aumentar a cooperação entre empresas, universidades, institutos de pesquisa e outras organizações do sistema de inovação sueco. Dispõe de editais com características de co-financiamento.
Muito Agradecido Osvaldo Spíndola Coordenação de Inovação Técnico Sênior – Projetos osvaldo.junior@abdi.com.br