340 likes | 895 Views
PARNASIANISMO. 3º BIMESTRE 2º ANO PROFESSORA JULIENE. O QUE É O PARNASO?. PARNASO é o nome de um monte, na mitologia grega, consagrado a Apolo e às musas.
E N D
PARNASIANISMO 3º BIMESTRE 2º ANO PROFESSORA JULIENE
O QUE É O PARNASO? PARNASO é o nome de um monte, na mitologia grega, consagrado a Apolo e às musas. O monte Parnaso ou Parnassoé uma montanha de pedra caliça situada no centro da Grécia, cujo cume está a 2 457 metros de altitude, sobre a antiga cidade de Delfos, a norte do golfo de Corinto. É um dos parques nacionais da Grécia. Segundo a antiga mitologia grega, era uma das residências do deus Apolo e de suas nove musas.
O QUE FOI O PARNASIANISMO O Parnasianismo foi uma estética poética muito apreciada pelo público intelectual em sua época. Desenvolveu-se na França a partir de 1850. É um movimento essencialmente poético. É contemporâneo do Realismo Naturalismo. A linguagem parnasiana apresenta rigor formal. Os poemas parnasianos são formais não apenas na linguagem, como também na estrutura.
OLAVO BILAC A um poeta Longe do estéril turbilhão da rua, Beneditino, escreve! No aconchego Do claustro, na paciência e no sossego, Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua! Mas que na forma se disfarce o emprego Do esforço; e a trama viva se construa De tal modo, que a imagem fique nua, Rica mas sóbria, como um templo grego. Não se mostre na fábrica o suplício Do mestre. E, natural, o efeito agrade, Sem lembrar os andaimes do edifício: Porque a Beleza, gêmea da Verdade, Arte pura, inimiga do artifício, É a força e a graça na simplicidade. Olavo Bilac. Antologia de poesia brasileira - Realismo e Parnasianismo. São Paulo: Ática, 1998, p. 48.
UM POUCO SOBRE OLAVO BILAC Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac foi um carioca do final do século XIX. Nessa época, o Rio de Janeiro sofria grandes transformações culturais, e um número maior de revistas e jornais em circulação sinalizava o aumento de leitores. E eles admiravam o escritor que sempre estava presente nas mesas da Confeitaria Colombo e na Livraria Garnier, participando da vida pública da cidade.
AINDA SOBRE OLAVO BILAC... Bilac estudou Medicina e Direito, mas não terminou nenhum dos cursos. Jornalista polêmico, cronista de jornal, redator de anúncios, autor de versos satíricos, o escritor sempre comentou os temas de seu tempo. Além de seguir o ideal parnasiano de objetividade, Bilac compôs poemas sentimentais, em que o lirismo amoroso predominou. Foi considerado o maior poeta parnasiano brasileiro. É autor do Hino à Bandeira.
HINO À BANDEIRA NACIONALLETRA: OLAVO BILAC Letra: Olavo Bilac Música: Francisco Braga Salve, lindo pendão da esperança, Salve, símbolo augusto da paz! Tua nobre presença à lembrança A grandeza da Pátria nos traz. Recebe o afeto que se encerra Em nosso peito juvenil, Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil! Em teu seio formoso retratas Este céu de puríssimo azul, A verdura sem par destas matas, E o esplendor do Cruzeiro do Sul. Recebe o afeto que se encerra Em nosso peito juvenil, Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil! Contemplando o teu vulto sagrado, Compreendemos o nosso dever; E o Brasil, por seus filhos amado, Poderoso e feliz há de ser. Recebe o afeto que se encerra Em nosso peito juvenil, Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil! Sobre a imensa Nação Brasileira, Nos momentos de festa ou de dor, Paira sempre, sagrada bandeira, Pavilhão da Justiça e do Amor! Recebe o afeto que se encerra Em nosso peito juvenil, Querido símbolo da terra, Da amada terra do Brasil!
CARACTERÍSTICAS DO PARNASIANISMO Arte pela arte – a poesia vale por si mesma, ou seja, a arte é um exercício para a composição de novos versos, cada vez mais perfeitos formalmente. Culto à forma – busca-se a perfeição formal por meio de rimas e metrificação rigorosa, além da valorização dos sonetos. Preciosismo – o artista dá importância ao detalhe; cada objeto deve ser singular, único e perfeito. Descritivismo – a descrição é detalhada, pormenorizada. Objetividade e impessoalidade – os fatos, os personagens, o cenário, tudo deve ser apresentado com fidelidade ao mundo real.
PROFISSÃO DE FÉ – OLAVO BILAC [...] Invejo o ourives quando escrevo: Imito o amor Com que ele, em ouro, o alto relevo Faz de uma flor. Imito-o. E, pois, nem de Carrara A pedra firo: O alvo cristal, a pedra rara, O ônix prefiro. Por isso, corre, por servir-me, Sobre o papel A pena, como em prata firme Corre o cinzel. Corre; desenha, enfeita a imagem, A idéia veste: Cinge-lhe ao corpo a ampla roupagem Azul-celeste. Torce, aprimora, alteia, lima A frase; e, enfim, No verso de ouro engasta a rima, Como um rubim. Quero que a estrofe cristalina, Dobrada ao jeito Do ourives, saia da oficina Sem um defeito: [...]
CONTINUANDO PROFISSÃO DE FÉ E horas sem conto passo, mudo, O olhar atento, A trabalhar, longe de tudo O pensamento. Porque o escrever - tanta perícia, Tanta requer, Que oficio tal... nem há notícia De outro qualquer. Assim procedo. Minha pena Segue esta norma, Por te servir, Deusa serena, Serena Forma! [...] Ver esta língua, que cultivo, Sem ouropéis, Mirrada ao hálito nocivo Dos infiéis!... Não! Morra tudo que me é caro, Fique eu sozinho! Que não encontre um só amparo Em meu caminho! [...] Caia eu também, sem esperança, Porém tranquilo, Inda, ao cair, vibrando a lança, Em prol do Estilo!