420 likes | 1.19k Views
Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar Outras amebas. Amebíase Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar. CLASSIFICAÇÃO CLASSE Lobosea ORDEM Amoebida FAMÍLIA Entamoebidae GÊNEROS Entamoeba, Iodamoeba, Endolimax e Dientamoeba
E N D
Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar • Outras amebas
AmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba dispar CLASSIFICAÇÃO CLASSE Lobosea ORDEM Amoebida FAMÍLIA Entamoebidae GÊNEROS Entamoeba, Iodamoeba, Endolimax e Dientamoeba ESPÉCIES E. histolytica / E. dispar, E. hartmanni, E. coli, E. gingivalis, Dientamoeba fragilis, I. butschlii e E. nana
EPIDEMIOLOGIA: • Distribuiçãogeográficamundial (maiorprevalêncianasregiõestropicaise subtropicais – baixascondiçõessociais e sanitárias) • Transmissão oral atravésdaingestão de cistosmadurosnosalimentose água • Apesar de poderatingirtodas as idades, é maisfrequentesnosadultos(entre 20 e 60 anos) • Algumasprofissõessãomaisatingides (trabalhadores de esgotos,etc) • Os cistospermanecemviáveis (aoabrigodaluz solar e emcondições de umidade) durantecerca de vintedias • Diferentescepas, emdiferenteslocais, influindonapatogenicidade.
Complexo: E. histolytica/E. dispar • Aproximadamentedurante um século E. histolyticafoiconsideradacomoúnicaespécie. • Estudosrecentesbaseadosem: Evidênciasbioquímicas: diferençasno perfilisoenzi- mático; Métodosimunológicos: através de anticorpos monoclonais (Proteínasdasuperfícieda ameba); Técnicasgenêticas: através de diferenças no DNA genômicoouribossomaldessas amebas; Diferençasnasformasclínicasdadoença.
Complexo: E. histolytica/E. dispar • A Entamoeba histolytica passou a ser considerada como parte de um complexo Entamoeba histolytica/Entyamoeba dispar.
* Entamoebahistolytica (Schaudinn, 1903) Apresentadiversosgraus de virulência, insavisa; Apresentadiversasformasclínicas; * Entamoebadispar (Brumpt, 1925) Podecausarerosõesna mucosa intestinal, sem invasão; Maior parte dos casosassintomáticos e colite nãodisentérica.
Disenteria Doençaaguda, infecciosa, específica, com lesõesinflamatorias e ulcerativa das porçõesinferiores do intestino. Manifesta-se com diarréiaintensa, cólicas, tenesmo, geralmente com eliminação de sangue e muco.
Complexo: E. histolytica/E. dispar • O complexo E. histolytica/E. disparfoi acatadapela OMS em 1997, numa reunião, no México, paratratar do assunto.
AmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba dispar MORFOLOGIA • Trofozoíto • Cisto • Metacisto • Pré-cisto
AmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba dispar BIOLOGIA • Locomoção • Ingestão de alimentos • Nutrição CICLO EVOLUTIVO • Monoxênico
AmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba dispar HÁBITAT • Os trofozoítos de Entamoeba histolytica/ dispar vivem como comensais na luz do intestino grosso • Em algumas circunstâncias: ulcerações intestinais, abscesso hepático, cutâneo, pulmonar e raramente cérebro
AmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba dispar TRANSMISSÃO Através da ingestão de cistos com alimentos: verduras e frutas contaminadas, água, veiculadas nas patas de baratas e moscas. Falta de higiene domiciliar e os portadores assintomáticos .
AmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba dispar PATOGENIA • Período de incubação : 7 dias até 4 meses Formas assintomáticas (E. dispar) • Formas sintomáticas (E. histolytica) .
AmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba dispar • MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA AMEBÍASE: • Colites não disentéricas: 2 a 4 evacuações por dia com fezes moles pastosas; desconforto abdominal e cólicas. • Forma disentérica: colites amebianas: 8 a 10 evacuações por dia acompanhadas de cólicas intestinais e diarréia com evacuações mucosanguinolentas, febre moderada e dor abdominal. • COMPLICAÇÕES: perfurações e peritonite, hemorragias, colites pós-disentéricas, apendicite e ameboma
AmebíaseE. histolytica/E. dispar • DISENTERIA: Doençaagudainfecciosa, específica, com lesõesinflamatórias e ulcerativas das porçõesinferiores do intestino. Manifesta-se com diarréiaintensa, cólicas, tenesmo, geralmente com eliminação de sangue e muco.
AmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba dispar AMEBÍASE EXTRA-INTESTINAL • Amebíase hepática - dor, febre e hepatomegalia (Anorexia, perda de peso e fraqueza geral acompanham o quadro). • Amebíase cutânea - região perianal • Amebíase em outros órgãos - pulmão, cérebro, baço, rim, etc.
AmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba dispar DIAGNÓSTICO • CLÍNICO • Amebíase intestinal - sintomatologia comum, retossigmoidoscopia • Abscesso hepático - tríade (dor, febre e hepatomegalia),raio X, ultra-sonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética
AmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba dispar LABORATORIAL: (Exame de fezes, soro e exsudatos) • PARASITOLÓGICO • Fezes líquidas – Schaudinn, SAF e exame direto ou em 30 minutos • Fezes formadas – Formol a 10%, MIF, SAF e técnicas de concentração (Faust, Rictchie e hematoxilina férrica) • IMUNOLÓGICO (amebíase intest. e extra-intestinal • Elisa, IFI, hemaglutinação indireta, contraimunoeletroforese e imunodifusão duplaem gel de ágar.
AMEBÍASE • PROFILAXIA: Está intimamente ligada a engenharia e educação sanitária. Principalmente água de boa qualidade nas casas e tratamento do esgoto; Educação sanitária e educação ambiental, com a participação ativa e efetiva da comunidade; Lavagem de frutas e verduras a serem ingeridas cruas; Exame de fezes periódicos de manipuladores de alimentos e tratamento dos positivos.
AMEBÍASE • VACINAS: Vacinas contra a Entamoeba histolytica têm sido desenvolvidas e testadas, porém até o momento nenhuma delas apresentou resultados eficientes, mas indicando que é um caminho importante e promissor.
AMEBÍASE • Segundo a Organização Mundial de Saúde: “Onde houver pequenos recursos financeiros para serem aplicados em saúde pública, todos eles devem ser dirigidos para o saneamento básico”.
AmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba dispar TRATAMENTO • Intestinal • Amebicida luminal (luz intestinal) • Amebicidas tissulares (tecidos) • Luminal e tissular • Extra-intestinal • Luminal e tissular e antibióticos.
Amebíase Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar • TRATAMENTO Amebicida intestinal Luminal Etofamida (Kitnos) Teclosan (Falmonox) Tissular Cloridrato de Emetina Cloroquina obs: Drogas muito tóxicas, só utilizadas quando os outros tratamentos não derem bons resultados * Luminal e Tissular Derivados Imidazólicos * Tinidazol (Fasigyn) * Metronidazol (Flagyl) * Secnidazol (Secnidal) * Nimorazol (Naxogin) * Ornidazol * Extra-intestinal * metronidazol (Droga de escolha sobretudo no abscesso hepatico)
AmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba dispar *Amebíase intestinal • Metronidazol500 a 800 mg, 3 vezes ao dia duarante 5 • dias Adultos • 30-50 mg/kg/dia, dividir 2 a 3 vezes ao • dia, por 5 a 10 dias crianças • * Efeitos colaterais Alterações gastrointestinais,vertigens • * Observações Condiciona aversão ao álcool, e urticaria • ao contato com este • * Principais apresentações Metronidazol, Flagyl,Metronix • Secnidazol Dose única de 30 mg/kg de peso para crianças Dose única de 2000mg para adulto (2 comprimidos 1000mg)
AMEBÍASE • OBSERVAÇÃO: Devido à inibição que provoca em diversas enzimas do metabolismo do álcool, a ingestão alcoólica durante ou depois do tratamento pode causar confusão mental, perturbações visuais, cefaléia, náuseas e vômitos, sonolência e hipotenão.
AmebíaseEntamoeba histolytica/Entamoeba dispar * Amebíse extra-intestinal principalmente abscesso hepático * Metronidazol 500 a 800 mg, 3 vezes ao dia durante 5 a 10 dias * Observação: Geralmente é utilizado sob a forma de comprimido; nos casos mais graves ou severos, pode ser utilizado por via injetavel
Amebíase * Amebíasehepática * Secnidazol (Secnidal) 1 comprimido de 500 mg, 3 vezesaodia, durante 5 a 7 dias. Suspensão 30 mg/Kg/dia (máximo de 2 g) durante 5 a 7 diasouseja 1ml/Kg de peso durante 5 a 7 dias.
AMEBÍASE • METRONIDAZOL MODO DE AÇÃO O metronidazol é metabolizado, formandoderivados, incluindoradicaissuperóxido, que interferem com o metabolismo do DNA dos parasitas, o quecausaextensasrupturasnascadeias de DNA e a interrupçãodaestruturahelicoidal. Portanto, a síntesede proteínas no parasitasofrealteração.
OUTRAS AMEBAS • Entamoeba hartmanni • Entamoeba coli • Iodamoeba butschlii • Endolimax nana • Entamoeba gingivalis • Dientamoeba fragilis
AMEBAS DE VIDA LIVRE Acanthamoeba spp. Naegleria fowleri
AMEBAS DE VIDA LIVRE Acanthamoeba spp. Ameba de vida livre Cosmopolita (habitando lagos e lagoas,piscinas, solos humíferos, esgotos e cursos de água que recebem efluentes industriais, em todos os continen- tes e todos os climas). úlcerações de córnea (em usuários de lentes de contato) Meningoencefalite amebiana granulomatosa (pacientes imunodeprimidos)
AMEBAS DE VIDA LIVRE Naegleria fowleri Ameba de vida livre Cosmopolita Meningoencefalite amebiana primária (inicia-se subtamente, com cefaléia, e ligeira febre, dor de garganta e renite. Três dias seguintes, aumentando a cefaléia, febre e aparecendo vômitos e rigidez da nuca, apresentando desorientação e coma. Cinco ou seis dias o paciente evolui para a morte).
CASO CLÍNICO • Paciente I.M.A., mestiça, 3 anos, apresentando um quadro clínico de dores abdominais e várias evacuações diarréicas diárias com muco e sangue e febre moderada. Mãe leva a criança para uma consulta com o pediatra em um Posto de Saúde do P.S.F. Relatou morar em casa de taipa com 2 cômodos, na periferia de Sobral, com 8 ocupantes, sem água encanada, sem banheiro,sem tratamento de lixo, sem tratamento de esgôto. Tomava água do pote que obtinha de um poço próximo de sua casa . Relatou ainda que a criança há algum tempo atrás tinha realizado exame de fezes, sendo positivo para amebas e tinha feito tratamento com Metronidazol. Condições sócio-econômicas: renda familiar menos de 1 salário mínico, alimentação bastante precária.
PERGUNTAS: 1) Queparasitapoderia ser incluídonasuspeita ? Qual ? 2) Quais as possíveiscausas de retornodasintomatologia dacriança ? 3) Se o resultado anterior apresentasseapenas amebas não patogênicasvocêindicariatratamento ? Dêexplicação. 4) Sob o ponto de vista epidemiológico, quemedidas poderiam ser tomadasnabusca de possíveissoluções desteproblema ? 5) Como a carêncianutricionalpoderáinfluinaprevalência das parasitoses ? 6) Descrever as formasclínicas, sinais e sintomasdaamebíase.
Trabalho: 1) O quevocêentendeporruralização e urbanização das doenças ? 2) O quevocêentendeporcinturão de pobreza nascidades de pequeno, médio e grandeporte? Quala relaçãoqueexiste com a transmissão das parasitoses ? 3) Qual o problemasurgidonessascidades com o êxodo rural ? 4) Descrevero triângulo: infecção, desnutrição e imunodeficiencia do hospedeiro, relacionando com as parasitoses.