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Engenharia Econômica Prof. Dr. Roberto Cayetano Lotero E-mail : roberto.lotero@gmail.com Telefone: 35767147 Centro de Engenharias e Ciências Exatas Foz do Iguaçu. Noções sobre a Organização da Atividade Econômica. Mercado
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Engenharia Econômica Prof. Dr. Roberto CayetanoLotero E-mail: roberto.lotero@gmail.com Telefone: 35767147 Centro de Engenharias e Ciências Exatas Foz do Iguaçu
Mercado • Um mercado é um grupo de compradores e vendedores que interagem entre si, resultando na possibilidade de trocas. • O mercado está no centro da atividade econômica. • A organização do mercado é de vital importância para as economias contemporâneas. • facilita a comercialização de bens e serviços produzidos pelas diversas organizações e indústrias de um sistema econômico. • permite a interação entre os agentes econômicos e instituições. • ajuda na elaboração de políticas públicas e na implementação de leis. • permite visualizar a dinâmica e a complexidade dos negócios realizados nas diversas economias.
A coordenação das transações não fica a cargo de ninguém no mercado, os bens são simplesmente trocados. • O mercado tem uma amplitude maior que uma indústria. • indústria é um conjunto de empresas que vende o mesmo produto ou produtos correlatos. • mercado representa o mecanismo coordenador das atividades de transação entre a indústria, que oferece os bens e serviços, e os consumidores, que demandam os mesmos. • Adam Smith apresentou a ideia do mercado como um sistema, um mecanismo que se auto-regula e que coordena como “mão invisível” a atividade econômica desenvolvida por indivíduos auto-interessados.
A ideia de mercado originou vários modelos teóricos, entre os quais o modelo Walrasiano e o Mergeriano. • A abordagem Walrasiana considera a hipótese de concorrência perfeita ou de pequenez e grande número de agentes face ao todo do mercado. • A abordagem Mengeriana considera o conceito de racionalidade limitada ou capacidade limitada dos agentes de discernir em um ambiente caracterizado por complexidades e incertezas, onde a adaptação, antes que a maximização, é a conduta padrão. • A abordagem Walrasiana está sustentada na ideia de que é possível maximizar os resultados e enfatiza a análise do equilíbrio final na alocação de recursos, considerando as condições institucionais como dadas e sob conceito de racionalidade forte. • A abordagem de Menger caracteriza a atividade econômica como um processo sujeito a condições de incerteza e onde os agentes econômicos não buscam maximizar resultados (consequência das informações serem incompletas) comportando-se de forma adaptativa.
Apesar das vantagens do mercado outras alternativas surgiram como estruturas de coordenação, devido a mudanças nas instituições políticas e econômicas e nas organizações e às falhas do modelo de mercado clássico. • Externalidades • informação assimétrica ou imperfeita • uso do bem público • poder de monopólio. • A abordagem clássica da ciência econômica é caracterizada por • mercados perfeitamente competitivos • direitos de propriedade perfeitamente especificados e exigidos sem custo • governo neutro • gostos dados.
O quadro clássico é transformado com o surgimento das grandes organizações e com a maior intervenção do governo na atividade econômica, seja diretamente através da criação de empresas estatais ou indiretamente através da regulação econômica. • Estes fatores contribuíram para uma grande mudança no ambiente institucional a qual exigia novas abordagens teóricas que permitissem o tratamento analítico das novas estruturas econômicas.
Organizações • As organizações compõem-se de grupos de indivíduos dedicados a alguma atividade executada com determinado fim. • As limitações impostas pelo contexto institucional definem o conjunto de oportunidades e, portanto, o tipo de organizações que serão criadas. • Conforme a função objetivo da organização - maximização do lucro, vitória eleitoral, regulamentação de empresas, formação de alunos - organizações como firmas, partidos políticos, órgãos governamentais e escolas ou faculdades buscam adquirir conhecimentos e especialização que reforcem suas possibilidades de sobrevivência em um ambiente de onipresente competição.
Uma organização é a coordenação racional das atividades de algumas pessoas que procuram chegar a algum objetivo comum e explícito, através da divisão do trabalho e da função, bem como através de hierarquia de autoridade e responsabilidade. • As organizações representam o que há de mais importante na economia contemporânea, pois é através das organizações que os bens e serviços indispensáveis à sobrevivência humana são produzidos e onde os homens desenvolvem suas habilidades, fortalecem os laços entre seus pares, ampliam a rede de contatos entre as empresas, assim como, conduzem e ajustam suas próprias vidas.
as organizações podem ser vistas como um contrato existente entre uma multiplicidade de partes, havendo necessidade de uma estrutura política e de decisão (hierarquia de prioridades), de forma a viabilizar a produção e realizar as transações econômicas entre os agentes de uma indústria. • As organizações surgem para minimizar os custos de transação. Elas se estruturam de forma tal a introduzirem métodos e inovações que permitam a obtenção do menor custo possível.
Mercado • Foco da economia: otimização e equilíbrio • Microeconomia: • Comportamento de otimização de consumidor e produtor • Pergunta se os preços e quantidades de equilíbrio observados em cada mercado são economicamente eficientes
Elasticidade Elasticidade de preço da demanda • No curto prazo • No longo prazo Quanto tempo deve passar antes de efetuar a medição das variações nas quantidades demandadas ou ofertadas?
Custo Econômico x Custo contábil • Custo contábil: preço de insumos e produtos encontrados nos balanços, os quais listam os ativos, passivos e dividendos, dando a situação financeira da empresa. • Os economistas definem o custo de recursos escassos em relação aos usos alternativos: • Custo de oportunidade (normalmente invisível)
A microeconomia focaliza em dois recursos básicos: trabalho e capital. • Qual é o custo de adquirir unidades de trabalho e capital? • A custo da unidade de trabalho é o salário. • A unidade de medida de capital em termos de: • Número de máquinas • Capacidade instalada • Dinheiro • Debt • Equity
Sunk Cost: um gasto que foi feito e que não pode ser diretamente recuperado (normalmente visível). • Não podem ser recuperados quando a produção cessa. • Gastos com ativos altamente específicos têm custo de oportunidade zero, pois não têm usos alternativos. • Stranded Cost: a diferença entre as receitas requeridas por uma firma sob regulação e o custo total em um ambiente desregulamentado. • Importante na compra de uma empresa. • Stranded Asset: a diferença entre o valor de livro dos ativos da uma firma sob regulação e seu valor de mercado em um ambiente desregulamentado. • Importante quando uma empresa é obrigada a vender parte de seus ativos.
CT custo total CV custo variável CF custo fixo L insumo trabalho K insumo capital w custo do insumo trabalho r custo do insumo capital Q quantidade Cmed custo médio CM custo marginal
Economia de escala • Quando CMed está diminuindo, o CM está abaixo do CMed. • Isto é porque se uma unidade de produção custa menos do que o custo médio de toda a produção prévia, então o CMed diminui. Existe economia de escala • Se uma unidade de produção custa mais do que o média, então CMed aumenta. • O CM > CMed • Se o CMed é constante, o custo de produzir a próxima unidade é igual ao CMed de produzir as unidades prévias. • Assim CM = CMed.
Em indústria com economias de escala, CMed diminui com um produto adicional. Assim, a firma com a maior produção pode produzir ao menor custo, deslocando os competidores para fora do mercado. Monopólio Natural
Monopólio Natural • Uma atividade econômica é caracterizada como monopólio natural quando uma única firma pode fornecer toda a produção de um determinado produto a um custo total menor do que poderia ser alcançado por mais de uma firma. • O monopólio natural surge quando as economias de escala implicam em maior eficiência quando apenas uma empresa abasteça todo o mercado. • Muitos autores identificam os serviços de utilidade pública com a própria existência dos monopólios naturais.
Essa ideia é sustentada, também, em outras peculiaridades inerentes aos serviços de utilidade pública, entre as quais podem ser mencionadas: a tendência a duplicações ineficientes em caso de competição; longas conexões entre produtores e consumidores restringindo alternativas de fornecimento; dificuldades técnicas para estocagem obrigando à equivalência instantânea entre oferta e demanda; e a presença de certa margem de capacidade ociosa indispensável para confrontar a imprevisibilidade da demanda nesses setores. • As situações de monopólio natural apresentam um dilema para a política pública: deseja-se firmas para produzir ao mínimo custo, mas em uma situação de monopólio natural isto implica uma única firma, o que, por sua vez, implica a incapacidade de conseguir preços competitivos. A ideia é que o mercado não regulado daria preços de monopólio ou produção ineficiente ou ambos.
Maximização do lucro PRj: lucro da firma j. Receita total – RT: é igual ao preço (P) do produto vezes a quantidade (Q) vendida. O preço é função da quantidade devido à reação do consumidor. • RM: receita marginal • Preço economicamente eficiente: CMj = P
Resultado eficiente • Nenhuma firma tem influência sobre o preço • Não existe barreira de entrada ou saída • Lucro econômico é igual a zero no longo prazo • Firmas ganham uma taxa de retorno normal • A curva de oferta de uma firma individual é a sua curva de custo marginal quando este está acima do custo médio • A curva de oferta do mercado é a soma das curvas individuais
Perda de excedente no monopólio • Se a tarifa é fixada onde CM = Demanda, o produtor não consegue recuperar os custos (CMed > CM). • Então tarifa é igual ao CMed.
Maximizando lucro sob monopólio • O monopolista pode influenciar no preço. • Se o monopolista produz menos do que a quantidade que maximiza o lucro, ele perde lucro por produzir tão pouco e cobrar um preço que é muito elevado. • Se o monopolista produz mais do que a quantidade que maximiza o lucro, ele perde lucro por produzir muito e cobrar um preço que é muito baixo. • Assim, o monopolista, ao igual que o competidor, escolhe a quantidade que maximiza o lucro: RM = CM • Ele escolhe o preço dado pela curva de demanda.