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1872. AUTOR: JOSÉ DE ALENCAR (1829-1877). ESTILO LITERÁRIO: ROMANTISMO REGIONALISTA (TRAÇO NACIONALISTA). CLASSIFICAÇÃO:. ROMANCE REGIONAL: TENTATIVA DE RETRATAR O ASPECTO PARTICULAR DE REGIÕES PITORESCAS DO BRASIL (COR LOCAL). ESPAÇO: . FAZENDA DAS PALMAS
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ESTILO LITERÁRIO:ROMANTISMO REGIONALISTA(TRAÇO NACIONALISTA)
CLASSIFICAÇÃO: ROMANCE REGIONAL: TENTATIVA DE RETRATAR O ASPECTO PARTICULAR DE REGIÕES PITORESCAS DO BRASIL (COR LOCAL)
ESPAÇO: FAZENDA DAS PALMAS REGIÃO PRÓXIMA DOS MUNICÍPIOS DE PIRACICABA, SANTA BÁRBARA E CAMPINAS
ASPECTO ECONÔMICO: TRANSIÇÃO ENTRE A CULTURA CANAVIEIRA COLONIAL PARA A CULTURA CAFEEIRA
TEMPO: 1846 (SEGUNDO IMPÉRIO) HÁ UMA ANALEPSE (FLASHBACK) PARA 1826 OBJETIVO: EXPLICAÇÃO DOS MISTÉRIOS DO PRESENTE
NARRADOR: ONISCIENTE (TERCEIRA PESSOA): • CONHECE TODOS OS FATOS PRESENTES E PASSADOS • CONHECE OS SEGREDOS E DESEJOS DAS PERSONAGENS
PERSONAGENS: TIL (BERTA)
CARACTERÍSTICAS: • FILHA BASTARDA DE LUÍS GALVÃO; • BONITA, GENTIL, MEIGA; • CARIDOSA; • CONCILIADORA; • PACIFICADORA; • GENEROSA; • ABNEGADA; • REPRESENTA O IDEAL CRISTÃO.
O CARÁTER PURIFICADOR: SUBLIMAÇÃO DO PECADO ORIGINAL: CENA DA SERPENTE ELEVAÇÃO DOS DESGRAÇADOS: BRÁS, ZANA, JÃO FERA, BURRINHO CEGO, GALINHA SURA
BERTA (A METÁFORA DA FLOR): MANHÃ: “ERAM DOIS, ELE E ELA, AMBOS NA FLOR DA BELEZA E MOCIDADE.” ENTARDECER: “ERA A FLOR DA CARIDADE, ALMA SÓROR.”
MIGUEL • JOVEM POBRE FILHO DE NHÁ TUDINHA; • COLAÇO (IRMÃO DE LEITE) DE BERTA; • RUSTICIDADE CAMPONESA; • CORAÇÃO DIVIDIDO ENTRE BERTA E LINDA.
LINDA • FILHA DE LUÍS GALVÃO E D. ERMELINDA; • DELICADA, GENTIL, BEM EDUCADA; • APAIXONADA POR MIGUEL.
AFONSO: • PRIMOGÊNITO DE LUÍS GALVÃO; • IMPETUOSO E PRESUNÇOSO; • ALEGRE E EXTROVERTIDO; • GOSTA DE BERTA (SEM SABER QUE É IRMÃO DELA)
LUÍS GALVÃO: • HERDEIRO DE AFONSO GALVÃO; • CONQUISTADOR E FÚTIL NA JUVENTUDE; • GUARDA UM SEGREDO; • HOMEM PACATO E FAMILIAR NA FASE ADULTA; • ALVO DA VINGANÇA DE RIBEIRO (BARROSO)
DONA ERMELINDA • MULHER DE LUÍS GALVÃO; • FORA EDUCADA NA CORTE; • ELEGANTE, AMOROSA; • COM PRECONCEITO, RENEGA O AMOR DA FILHA POR MIGUEL; • SOFRE AO SABER OS SEGREDOS DO MARIDO; • PERDOA E ACEITA BERTA COMO FILHA.
JÃO FERA (BUGRE): • MISTO DE HERÓI E VILÃO; • PROTETOR E VINGADOR; • SALVADOR IMPLACÁVEL; • ANJO GUARDIÃO DE BESITA E BERTA; • SER VINGATIVO E VIOLENTO; • CARÁTER ANIMALESCO; • ORIGEM DESCONHECIDA.
BRÁS (O “IDIOTA”) • DEFICIENTE MENTAL, SOBRINHO DE LUÍS GALVÃO; • PERALTA, ARRUACEIRO, ENDIABRADO; • INVENTA ARMADILHAS E SUSTOS; • NÃO GOSTA DE NINGUÉM ALÉM DE BERTA; • REPRESENTA OS SERES GROTESCOS DO ROMANTISMO GÓTICO.
ZANA • NEGRA QUE TRABALHAVA PARA BESITA; • PRESENCIOU A MORTE DA PATROA; • LOUCA: REPETE RITUALMENTE OS FATOS DO DIA DO ASSASSINATO DE BESITA; • É CUIDADA POR BERTA.
PAI QUICÉ • É UM DOS PREFERIDOS DE BERTA • GOSTA DE CONTAR HISTÓRIAS E CASOS OUVIDOS EM VENDAS • MOSTRA O PARADEIRO DE JÃO FERA A BERTA • AO LADO DE BERTA, É QUASE DEVORADO PELOS JAVALIS
RIBEIRO (BARROSO) • MARIDO DE BESITA; • MATERIALISTA INESCRUPULOSO; • ABANDONOU A ESPOSA E A MATOU INJUSTAMENTE; • OCUPA O ESPAÇO DO VILÃO, SENDO O PERIGO IMINENTE DO ROMANCE; • É TRUCIDADO POR JÃO FERA.
GONÇALO PINTA: FANFARRÃO INVEJOSO DE JÃO BUGRE; INGRATO; COMPARSA DO VILÃO; • FAUSTINO E MONJOLO: NEGROS DE LUÍS GALVÃO, ESPIÕES DE RIBEIRO • TODOS SÃO QUEIMADOS NO INCÊNDIO DO CANAVIAL POR JÃO BUGRE: O MAL É EXTERMINADO.
LINGUAGEM: • NARRADOR: LINGUAGEM CULTA; • PATRÕES: LINGUAGEM CULTA; • NEGROS, EMPREGADOS E CAPANGAS: LINGUAGEM COLOQUIAL, CAIPIRA.
COSTUMBRISMO: • RETRATO DAS DANÇAS DOS NEGROS NO PÁTIO DA SENZALA (FLORÊNCIA x ROSA); • CONGADA: REPRESENTAÇÃO DA LUTA ENTRE TRIBOS RIVAIS AFRICANAS, COM POSTERIOR COROAÇÃO DE REI E RAINHA.
ATENÇÃO: A EXISTÊNCIA DA ESCRAVIDÃO NÃO É DISCUTIDA EM NENHUM MOMENTO. TAL INSTITUIÇÃO IMPERIAL É TIDA COMO ALGO NATURAL PELO NARRADOR. FAUSTINO E MONJOLO SÃO VISTOS COMO REBELDES, VILÕES E TRAIÇOEIROS.
LUGARES ESPECIAIS: • AVE-MARIA: PÂNTANO GROTESCO USADO PARA EMBOSCADAS; • PALMAR: LUGAR PARADISÍACO QUE SERVIA DE CENÁRIO PARA OS IDÍLIOS DOS CASAIS; • FURNA DE JÃO FERA: GRUTA ESCONDIDA NA FLORESTA; • RUÍNAS DE ZANA: CASA ABANDONADA LIGADA AO MISTÉRIO DO LIVRO.
MODALIDADES ROMÂNTICAS: ROMANCE DE FOLHETIM: PERIPÉCIAS ROMÂNTICAS ROMANCE SINISTRO: CENAS DE SUSPENSE OU TERROR ROMANCE DE SALÃO: MELODRAMA DE SINHÁS E JANOTAS
Quando o sol escondeu-se além, na cúpula da floresta, Berta ergueu-se ao doce lume do crepúsculo, e com os olhos engolfados na primeira estrela, rezou a ave-maria, que repetiam, ajoelhados a seus pés, o idiota, a louca e o facínora remido. Como as flores que nascem nos despenhadeiros e algares, onde não penetram os esplendores da natureza, a alma de Berta fora criada para perfumar os abismos da miséria, que se cavam nas almas, subvertidas pela desgraça. Era a flor da caridade, alma sóror.