Análise emergética da carcinicultura marinha no Equador

1. Por Howard T. Odum Jan E. Arding Análise emergética da carcinicultura marinha no Equador Janaina M. Kimpara 1991

2. Introdução Construção de viveiros de carcinicultura marinha em países tropicais em desenvolvimento Venda do camarão no mercado internacional – demanda crescente

3. Introdução Equador: carcinicultura marinha baseada na obtenção de pós-larvas da natureza, que também sustenta a pesca do camarão.

4. Introdução O exemplo da carcinicultura ressalta problemas recorrentes com desenvolvimento ambiental, auxílio internacional e investimentos: - Esse novo desenvolvimento é sustentável? - Este tipo de desenvolvimento está sendo feito às custas de outros valores? - Ele ajuda o país de origem? - Ajuda o país consumidor? - É provável que seja economicamente viável a longo prazo? - É um modelo bom para os países em desenvolvimento competirem?

5. Este estudo: A metodologia emergética para avaliar contribuições ambientais foi usada para avaliar os sistemas de produção de camarão no Equador e sua relação com a economia nacional e internacional.

6. eMergia Mede a riqueza com base científica, coloca matéria-prima, commodities, bens e serviços em uma base comum, a energia de um tipo requerida para gerar aquele item. Mede a base real para a vitalidade econômica a longo prazo.

7. Teoria dos designs de máxima EMERGIA O padrão que maximiza a EMERGIA contribui com maior riqueza.

8. Plano de avaliação Comparação da EMERGIA de um projeto novo com a EMERGIA antes do desenvolvimento, com EMERGIA de investimentos alternativos, e com a EMERGIA potencial máxima destes recursos (Fig. 3). A seleção de planos de projetos para a máxima EMERGIA pode gerar riqueza de acordo com o potencial de uma área.

10. Sistemas de produçãode camarão e venda • Entender o sistema de viveiros, sua base estuarina e suas relações com a economia ambiental requer reflexão e avaliação em vários níveis: • Sistema de viveiros; • Economia regional; • Intercâmbio internacional; • Economia mundial.

11. Introdução Um novo desenvolvimento deve contribuir para a riqueza de todos esses níveis, sem que um seja às custas de outro. Maximizar a riqueza e a performance em um nível não os maximiza no sistema todo – e nem são sustentáveis (esses tipos de desenvolvimento).

12. Diagramação dos sistemas e sua organização hierárquica

17. Diagramação de sistemas e sua organização hierárquica • Círculos fora da área delimitada são fontes de recursos externos, bens e serviços; • Reservatórios são estoques e depósito; • Blocos pontiagudos são interações de mais de uma commodity ou fator em um processo produtivo.

18. Diagramação de sistemas e sua organização hierárquica O meio ambiente e a economia são hierárquicos. A hierarquia dentro de cada diagrama é representada com pequenos a grandes em posições da esquerda para a direita.

19. Procedimentos da análise emergética • Diagramas • Economia nacional e seu comércio internacional • Sistemas ambientais (dos quais dependem a pesca e a produção de camarões em viveiros) • Sistema de produção em viveiro

20. Procedimentos da análise emergética • Vias principais avaliadas por unidades EMERGÉTICAS • Emjoule solar • Energia solar previamente requerida direta ou indiretamente para gerar um produto Contribuições emergéticas são determinadas para o trabalho da natureza, para recursos comprados e serviços humanos.

21. Procedimentos da análise emergética Comparação sistema novo vs. sistema antigo: qual contribui com maior valor real para as economias públicas; Avaliação de diferentes alternativas de investimento e graus de desenvolvimento – encontrar o padrão ótimo para produção e uso máximo de EMERGIA

22. EMERGIA: Benefício de alternativas

23. Combinação ótima de inputs ambientais e econômicos F Para qualquer região existe uma combinação ótima de inputs comprados (F) com inputs ambientais disponíveis (I). Se: ↓↓↓ F – output < competidores e outros adquirem do mercado Se: ↑↑↑ F - $ ↑↑↑ para ser competitivo e oportunidades para usar os investimentos para obter maior combinação ambiental em outras áreas é perdido. I

24. Combinação ótima de inputs ambientais e econômicos Em qualquer economia regional: taxa de investimento EMERGÉTICO média (R) Um investimento econômico excessivamente intensivo tem uma taxa de investimento maior que a média da região e perde posição econômica. Entretanto, pode ser competitivo como parte de economias estrangeiras mais intensivamente desenvolvidas que apresentem taxas maiores.

25. Soluções EMERGÉTICAS para outras questões • Índices auxiliam em outras questões, ex.: • Existe uma contribuição líquida de EMERGIA para a economia? • Que intensidade de uso ambiental maximiza a economia onde aquele ambiente já está provendo contribuições para a economia subdesenvolvida? • Se os valores de mercado não representam o valor de um produto para a economia pública como um todo, que tipo de incentivos microeconômicos poderiam assegurar o reforço para manter os recursos e as economias locais? • Qual é o uso mais apropriado do investimento? • Quais são os benefícios das vendas no mercado internacional? • O que beneficia mais a partir das vendas do camarão: vendedores ou compradores? • Qual é uma taxa de interesse apropriada para os investimentos?

26. Organização do trabalho • Métodos • EMERGIA do Equador como todo • EMERGIA do comércio exterior • Sistema costeiro sem carcinicultura marinha • Desenvolvimento da carcinicultura marinha • Intensidade de desenvolvimento que maximiza os valores

27. Simulação em microcomputador • Dimensão temporal – modelos de simulação • MAXSHRIMP

28. Métodos • Diagrama detalhado dos sistemas de energia • Diagrama agregado • Tabela de análise EMERGÉTICA • Índices EMERGÉTICOS • Programa de simulação • Modelos, avaliações e simulações

29. Modelos, avaliações e simulações • Quais alternativas geram mais contribuições reais para a economia unificada de humanidade e natureza. • Quais as relativas contribuições da carcinicultura marinha e seu desenvolvimento ótimo obtido pela avaliação da Figura 3.

31. (A) Diagrama detalhado dos sistemas de energia • Entendendimento, avaliação e simulação • Definir dos limites • Listar as fontes principais • causas externas • fatores externos • funções de força • Listar componentes principais • Listar os processos • fluxos • relações • interações • processos de produção e consumo • transação monetária

32. (A) Diagrama detalhado dos sistemas de energia • Símbolos • Moldura do sistema • Arranjo das fontes • Linha das vias • Fluxos de saída • Adição de fluxos • Intersecção • Feedbacks de sentido anti-horário • Balanços de materiais

33. Símbolos • Significados energéticos e matemáticos (Odum, 1983) • Ex. (economia humana e natureza) Figs. 5 e 6

35. Arranjo das fontes • Qualquer input que cruza o limite (borda) é uma fonte de energia • Exs.: • fluxo de energia pura • informação • genes dos organismos vivos • serviços • inputs destrutivos • Símbolo circular • Externo • Da esquerda para a direita (em ordem de qualidade de energia), iniciando do sol na esquerda e informação e serviços humanos na direita

36. Linhas de vias • Linha: energia pura, materias, informação • Dinheiro: linha tracejada • Linhas sem setas fluem na proporção da diferença entre 2 forças; podem fluir em ambas as direções

37. Intersecção • Dois ou mais fluxos que são diferentes, mas que sejam ambos requeridos para um processo • São conectados da esquerda para a direita em ordem de transformidade (o de menor qualidade conectando na margem esquerda)

38. Feedbacks anti-horário • Outputs de elevada qualidade (ex.: informação, controles, materiais escassos) são retroalimentados da direita para a esquerda no diagrama • Feedbacks da direita para a esquerda representam perda de concentração por causa de divergência, o serviço sendo usualmente “espalhado” em uma área maior.

39. (B) Diagramas agregados • Simplificados • Inputs: • Fluxos de entrada ambientais (sol, vento, chuva, rios, processos geológicos) • Recursos comprados (combustível, minerais, eletricidade, alimentos, fibra, madeira) • Trabalho humano e serviços • Troca de dinheiro • Fluxos de informações • Exportações

40. (B) Diagramas agregados • Componentes: • Principais áreas de uso • Estoques de combustível, água ou solo • Principais interfaces econômicas com recursos ambientais • Consumidores finais

41. (C) Tabela de análise EMERGÉTICA Fluxos – fluxos por unidade de tempo (usualmente por ano) Estoques de reserva – período de turnover superior a um ano 1- também número de rodapé – citação da fonte de dados brutos e cálculos 2- nome 3- dado bruto em J, g, $ 4- transformidade em emjoules solares por unidade (sej/J; sej/g; sej/US$)- estudos prévios 5- EMERGIA solar (produto das colunas 3 e 4) 6- valor macroeconômico em dólares macroeconômicos para um ano selecionado. Obtido dividindo-se a EMERGIA na coluna 5 pela razão EMERGIA/dólar para o ano selecionado. A razão EMERGIA/dólar é obtida dividindo-se o PIB pelo uso total de EMERGIA contribuinte pela economia combinada de homem e natureza naquele país naquele ano.

42. (D) Índices EMERGÉTICOS • Transformidade solar (de um objeto ou recurso) é a energia solar equivalente que seria necessária para gerar (criar) uma unidade daquele objeto ou recurso eficientemente e rapidamente.

43. Transformidade solar (Tr)

44. Índice de Rendimento de EMERGIA (EYR) É a EMERGIA de um output dividido pela EMERGIA dos inputs que são retroalimentados pela economia.

45. Índice de Rendimento de EMERGIA (EYR) Este índice indica se o processo pode competir no suprimento de uma fonte de energia primária para uma economia. Recentemente o índice para fontes tipicamente competitivas de combustível tem sido em torno de 6 para 1. Processos rendendo menos que isso não são econômicos como fontes primárias de EMERGIA.

46. Razão de investimento EMERGÉTICO Razão da EMERGIA retroalimentada pela economia pelos inputs de EMERGIA gratuitos do ambiente.

47. Razão de investimento EMERGÉTICO • Este índice indica se o processo é econômico como utilizador de investimentos da economia em comparação com alternativas. • Para ser econômico, o processo deve ter um índice similar ao dos seus competidores. Se ele recebe menos da economia, a razão é menor e o preço é menor, então ele tende a competir no mercado. • Seus preços são menores quando está recebendo uma alta percentagem de seu trabalho útil gratuitamente do ambiente em comparação com seus competidores.

48. Razão de investimento EMERGÉTICO (EIR) • No entanto, operações em baixas EIR: investimentos abaixo do que é possível. Em outras palavras, há um potencial disponível não utilizado nos recursos naturais que pode ser aplicado quando são combinados com mais inputs econômicos. A tendência será aumentar os inputs comprados para processar mais output e mais dinheiro. A tendência é alcançar uma combinação ótima. • Portanto,operações acima ou abaixo da razão de investimento regional tenderá a mudar em direção da razão de investimento. A razão para uma área é direcionada pelo estado de desenvolvimento da economia usando recursos não-renováveis.

49. Razão de intercâmbio EMERGÉTICO (EER) • Razão da EMERGIA recebida pela EMERGIA entregue na venda ou comércio.

50. Razão de intercâmbio EMERGÉTICO (EER) • A área recebendo a maior EMERGIA recebe o maior valor e tem sua economia mais estimulada. • Produtos brutos como minerais, produtos rurais da agricultura, pesca, e florestais tendem a ter altas EER quando vendidos a preço de mercado. Este é um resultado de dinheiro sendo pago pelos serviços humanos e não pelo extensivo trabalho da natureza de onde vieram estes produtos.