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GLP História, Características e Aplicações

GLP História, Características e Aplicações. Engº Carlos Eduardo Appezatto Gerente Mercado Industrial - Agip do Brasil S.A. São Paulo Junho - 2004. A história do GLP no Brasil. 1.

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GLP História, Características e Aplicações

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Presentation Transcript


  1. GLP História, Características e Aplicações Engº Carlos Eduardo Appezatto Gerente Mercado Industrial - Agip do Brasil S.A. São Paulo Junho - 2004

  2. A história do GLP no Brasil 1 Em 1910 , o Sr. A.N. Kerr diretor da refinaria da Riverside Oil CO produz os primeiros 200 galões de GLP , através do condensamento dos gases que se perdem no processo de refino da gasolina . Dois anos depois , em 1912 é realizada a primeira instalação doméstica de GLP na Pensilvânia . Entre 1927 e 1930 entram no mercado grandes empresas : Phillips Petroleum , Standart Oil e Shell , entre outras . Até então o desenvolvimento do GLP se deu principalmente no mercado americano , já que na Europa , o processo foi mais lento em virtude do suporte que a produção de carvão dá a todo o processo industrial e de calefação doméstica .

  3. A história do GLP no Brasil 2 Em 1936 , quando o GLP chega ao Brasil o país possui uma população de 36 milhões de habitantes . Somente duas cidades , Rio de Janeiro e São Paulo , possuem mais de 1 milhão de habitantes . Nesta época utiliza-se principalmente a lenha e o carvão como energéticos ; o querosene e o álcool consumidos em menor escala . A rede de gás encanado ( gás de carvão ) é limitada somente aos grandes centros e a população utiliza basicamente a lenha para cozinhar .

  4. A história do GLP no Brasil 3 • 2/3 da população vivia na zona rural, cozinhando em fogões á lenha . Fonte: Agip

  5. A história do GLP no Brasil 4 • Em 1937 , devido ao pioneirismo e visão de negócio de Ernesto Igel , austríaco naturalizado brasileiro , tem-se o início histórico do GLP no Brasil . Fonte: Agip

  6. A história do GLP no Brasil 5 Quando o acontece o acidente com o dirigível Hindenburg , nos Estados Unidos , são suspensas as viagens do Graff Zeppelin , dirigível que fazia a rota para o Brasil e América do Sul. Fonte: Agip

  7. A história do GLP no Brasil 6 Após conhecer o uso do gás engarrafado em viagens à Europa , Igel compra os 6 mil cilindros de gás butano que estavam encalhados e que eram utilizados como propulsor dos motores do dirigível e inicia-se a comercialização do GLP . Começava a era do gás engarrafado no Brasil , o GLP ! Até o início da Segunda Grande Guerra , já se tem vendidas 7 mil instalações domésticas no Brasil .

  8. A história do GLP no Brasil 7 O GLP até então era totalmente importado dos EUA e o mercado abastecido através de grandes navios tanques . Fonte: Agip

  9. A história do GLP no Brasil 8 Para atender a demanda, botijões chegaram a ser feitos a partir de carcaças de bombas incendiárias, eram as chamadas “carrapetas” com capacidade para 90 quilos de gás . Fonte: Agip

  10. A história do GLP no Brasil 9 Em 1949 , o consumo nacional nessa altura ultrapassa a casa de 100 mil toneladas anuais. Neste meio tempo o mercado brasileiro de fogões cresce dia a dia , comercializando o gás a partir da venda inicial conjunta de fogão e botijões . Fonte: Agip

  11. A história do GLP no Brasil 10 No dia 3 de outubro de 1953, do Palácio do Catete, o presidente Getúlio Vargas constitui novo marco da nossa independência econômica". Nascia a Petróleo Brasileiro S.A - Petrobrás. Fonte: Agip

  12. A história do GLP no Brasil 11 Na década de 50 , a Mangels desenvolve o projeto dos botijões de 13 quilos em duas partes , que se torna o padrão brasileiro no setor doméstico até os dias de hoje . Fonte: Agip

  13. A história do GLP no Brasil 12 Nesta década , o mercado explode . Com o início de operação das primeiras refinarias brasileiras , novas empresas distribuidoras são credenciadas e o GLP entra na vida de grande parte da população do país. Fonte: Agip

  14. A história do GLP no Brasil 13 No início dos anos 70, o consumo de derivados de petróleo duplicou, Como responsável pelo abastecimento nacional de óleo e derivados, a Petrobrás iniciou a construção da Refinaria de Paulínia (REPLAN), em São Paulo, a modernização da Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) e o início de construção da unidade de lubrificantes da Refinaria Duque de Caxias (REDUC). Fonte: Agip

  15. A história do GLP no Brasil 14 Além de abastecer os fogões , o GLP começa a ser utilizado como combustível para aquecedores de água e também em escolas, hospitais e clubes; chegando ao abastecimento do setor industrial na produção de plásticos, na indústria têxtil e vidreira. Inicia-se a era industrial do GLP. Em 1962, a ABNT(Associação Brasileira de Normas Técnicas) com 22 anos de existência edita a primeira norma técnica o “conjunto técnico de gás”, a P-NB-107/62: “Instalações para utilização de Gases Liquefeitos de Petróleo”, que deu origem ás atuais normas técnicas da ABNT:NBR 13523, NBR 13932, NBR 14024 e NBR 14570. Fonte: Agip

  16. O Mercado GLP no Brasil 15 100% dos municípios são servidos com GLP , atendendo 95% da população (mais de 42 milhões de domicílios) e mais de 150 mil empresas . Serviço de utilidade pública essencial , com maior penetração do que energia elétrica , água encanada e coleta de esgoto . 15 distribuidoras de GLP no país , mais de 15 mil revendedores e 100 mil pontos de venda , totalizando um faturamento anual de R$ 12 bilhões/ano . Mais de 350 mil empregos diretos/indiretos. O Brasil é o 5º maior consumidor mundial de GLP no mundo. 430 Milhões de botijões entregues por ano pelas distribuidoras .

  17. Destilação Atmosférica GLP Destilação a Vacuo CraqueamentoCatalítico GLP Esquema de refino do Petróleo 16 No Brasil, de cada tonelada de petróleo bruto que é refinado, se obtém 90 kg de GLP. Cerca de 27,65% do GLP consumido é importado. Óleo cru GLP - Propano - Butano Fonte: Agip

  18. O GLP - Gás Liquefeito de Petróleo 17 O GLPé um combustível derivado do petróleo, obtido por destilação ou por separação do GN. Seu estado natural é o gasoso. Se liquefaz quando submetido à pressão. Conhecido, popularmente, como gás de cozinha. Não tem cheiro. É odorizado como item de segurança. Combustível nobre, de queima limpa, de alto poder calorífico e grande rendimento. Composto, basicamente, da mistura de hidrocarbonetos : Butanoe Propano. C3H8 C4H10 Fonte: Agip

  19. Composição 19 Fonte: Agip

  20. O GLP 20 O Propano e o Butano são também comercializados separadamente, em graus de pureza diversos: • Propano especial – mistura com até 99% de propano em volume – utilizado como combustível em aplicações específicas, como corte e tratamento térmico de metais; • Butano especial - é utilizado como propelente em aerosóis, em substituição ao Cloro Flúor Carbono (C.F.C.); • Propano e Butano (GLP) – misturas contendo em torno de 50% de propano e butano, utilizados em processos industriais, residencial e comercial

  21. Características do GLP 21 Para fins de SEGURANÇA, o GLP é odorizado nas refinarias com compostos de enxofre (mercaptanas). Assim, qualquer vazamento pode ser facilmente percebido. 13 Kg na fase LÍQUIDA Pressão ~ 4 kgf/cm2 13 Kg na fase GÁS a pressão atmosférica (6 metros cúbicos - Seria necessário um P 4000) Fonte: Agip

  22. Características do GLP 22 Gás O GLP não é tóxico. O GLP é transportado e armazenado na formalíquida, que se obtém com a compressão na refinaria É uma forma eficiente de manuseá-lo, pois permite dispor de grandes quantidades de energia em pequenos espaços. Daí a popularização do uso doméstico do GLP em botijões. Ao encher um cilindro deve-se deixar um espaço livre, para retirar o gás e para acomodar dilatação do líquido - enchimento máximo de 85% 85% Líquido Fonte: Agip

  23. Ar 1,00 Kg/m3 Água 1,0 Kg/litro Densidade 23 GLP líquido 0,52 Kg/litro 2,20 1,00 = 2,2 0,52 = 0,52 1,00 GLP gás 2,2 Kg/m3 15,5 oC 15,5 oC Fonte: Agip

  24. Temperatura de Ignição 24 Tabela – Temperatura de ignição do GLP e Limites de inflamabilidade Fonte: Agip

  25. Vaporização 25 Ar Ambiente gás líquido Fonte: Agip

  26. Vaporização 26 Vaporização Natural Fonte: Agip

  27. Produtos entregues envasados: - P-13 - P-20 - P-45 - P-90 Abastecidos à granel: - P-20 I - Especial para empilhadeiras em sistemas tipo PIT STOP. - P-190 - P-500 * - P-1.000 * - P-2.000 * - P-4.000 * - P-20.000 * - P-60.000 * Tipos de Reservatórios 27 * Aéreo / Aterrado / Enterrado / Vertical

  28. Poder Calorífico 28 Um combustível queimando produz energia que se mede em unidades de calor. Uma unidade de calor é a quantidade de energia necessária pra elevar 1 kg de água, desde 14,5 ºC até 15,5 ºC, e se indica com o símbolo kcal. Normalmente é representado por dois valores, Poder Calorífico Superior (Pcs) e Poder Calorífico Inferior (Pci). Nos cálculos teóricos utilizamos o Poder Calorífico Inferior – Pci.

  29. Poder Calorífico - Tabela 29

  30. Rendimento de Combustão 30

  31. Utilização 31 A combustão do GLP se dá a pressões próximas à ambiente e na fase gasosa. Portanto, é necessário: - Transformar o líquido em gás para ser queimado. - Reduzir a pressão até o valor necessário.

  32. Redução de Pressão 32 1,5 kgf / cm² 0,02795 kgf / cm² 4,0 kgf / cm²

  33. Linha de Consumo - Indústria 33 0,02795 kgf / cm² 0,0349 kgf / cm² 1,5 kgf / cm² 0,04493 kgf / cm² 4,0 kgf / cm²

  34. GLP e o Meio-Ambiente 34 • Combustível limpo , não poluente , seguro e de elevado rendimento e de fácil manuseio . • Proporciona uma grande contribuição ao meio ambiente logo com menor impacto ambiental, evitando maiores desmatamentos ( queima de lenha ), assim como a queima de outros combustíveis altamente poluentes. • Calcula-se que um botijão de GLP de 13 kg - consumo mensal médio familiar no país - equivale a queima de 10 árvores de porte médio.

  35. Vantagens do GLP x Outros Combustíveis 35 GLP Óleos Combustíveis - Gases de combustão limpos - não afetam o produto (cerâmica / alimentos) e não são poluentes; - Maior rendimento de queima; - Facilidade de manuseio e transporte; - Menores custos de manutenção do equipamento de queima; instalação "limpa"; - Disponibilidade em praticamente todo o território nacional. -Gases de combustão corrosivos; -Desgaste maior da caldeira e das instalações, instalação "suja"; -Gases poluentes (Enxofre); -Menor rendimento de queima. Lenha/Bagaço de cana -Disponibilidade varia conforme safra, bem como o preço. A madeira legalizada é mais cara; -Ocupa grande área para estocagem; -Baixo rendimento - depende muito da umidade; -Gases poluentes (Particulados); -Custo de manutenção e operação altos.

  36. Vantagens do GLP x Outros Combustíveis 36 Gás Natural Eletricidade -Maior custo; -Disponibilidade varia conforme a região, bem como o preço; -A energia residencial é a mais cara; -A tendência é de aumento dos preços e a demanda tende a superar a oferta; -Instalação de alta tensão tem custos mais altos. -Depende de interligação ao gasoduto alto investimento; -Em geral possui uma tarifa fixa ou seja mesmo que o consumo seja nulo o cliente paga um valor mensal; -Maior custo (baixos e médios consumos).

  37. Participação GLP 37 PARTICIPAÇÃO DO GLP NO CONSUMO ENERGÉTICO NACIONAL - 2002 Fonte: Balanço Energético Nacional 2003 Fonte: BEN 2003

  38. Consumo GLP por setor 38 Fonte: BEN 2003

  39. Previsão de Consumo 39 Previsão do consumo de GLP, por região – (2002 - 2007) - (em kt) Fonte: BEN 2003

  40. Previsão de Consumo 40 Fonte: BEN 2003

  41. Aplicação GLP 41 SEGMENTO RESIDENCIAL - 82,5% -Residências -Condomínios Verticais -Condomínios Horizontais • Aplicações: • -chuveiros elétricos -boilers elétricos -torneiras elétricas -calefação elétrica Fonte: AGIP

  42. Aplicação GLP 42 SEGMENTO COMERCIAL - 3,6% -Panificadoras -Lavanderias -Hiper / Supermercados -Cozinhas Industriais / Restaurantes -Hotéis / Motéis / Shopping Centers / Clubes / Hospitais • Aplicações: • -Fornos e estufas - Secadoras -Buffets, fritadeiras e assadores - Chuveiros e boilers Fonte: AGIP

  43. Aplicação GLP 43 SEGMENTO INDUSTRIAL - 8,0% -Alimentício - 11,3% -Automobilístico / Metalúrgico - 28,3% -Químico / Têxtil - 5,4% -Cerâmico / Vidros - 25,6% -Papel e Celulose / Gráfico - 5,2% -Outros - 24,2% • Aplicações: • -Fornos e estufas -Processos termo-químicos -Processos de termo-fusão -Sistemas de secagem Fonte: AGIP

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