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Políticas Sociais: Respostas Urgentes e Sustentadas. Manuel de Lemos 27 de Agosto de 2009. Políticas Sociais. Os Flagelos da Europa. Fome; Mortalidade; Doença; Guerra. Políticas Sociais. O Estado Social. Fome – subsídios de desemprego e reforma;
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Políticas Sociais:Respostas Urgentes e Sustentadas Manuel de Lemos 27 de Agosto de 2009
Políticas Sociais Os Flagelos da Europa • Fome; • Mortalidade; • Doença; • Guerra.
Políticas Sociais O Estado Social • Fome – subsídios de desemprego e reforma; • Mortalidade - pensões de sobrevivência e outros tipos de seguro; • Doença - os Serviços Nacionais de Saúde; • Guerra – A União Europeia;
Políticas Sociais Modelo Keynesiano de Desenvolvimento (triângulo dourado)Doutrina Social da Igreja(o desenvolvimento de todo o Homem e do Homem todo é o novo nome da Paz) «Cimento» do Estado Social Europeu
Políticas Sociais Estado ProvidênciaWelfare State Gera a ideia que supre as dificuldades dos cidadãos em matéria de Políticas Sociais
Políticas Sociais Realidade Os pobres não acabaram; O Estado não consegue satisfazer as necessidades crescentes da População.
Políticas Sociais Os «novos» problemas do Estado: Diminuição da competitividade: No que se refere ao índice de competitividade, Portugal desceu da 24ª posição, em 2004, para o 43º lugar, em 2008;
Políticas Sociais Os «novos» problemas do Estado: O Custo do Estado Social: Portugal não cresce 4% ano desde 1968; Entre 2005 e 2008, Portugal cresceu apenas 4,8% (a média na UE é de 9,8%);
Políticas Sociais E ainda… • O duplo envelhecimento da população; • A emergência de uma «mosaic society» • A ambição do Sucesso; • A incapacidade de articulação com as novas realidades sociais (a nova realidade urbana, do trabalho das mulheres, da desagregação das famílias e das famílias monoparentais, do declínio das zonas industriais, …)
Políticas Sociais Falência do Estado Providência Sociedade Providência(o Sector Social como expressão da nova realidade)
Políticas Sociais «O Século XX foi o Século dos Estados e das Empresas. No Século XXI, iremos assistir ao crescimento exponencial das instituições sem fins lucrativos.» Peter Drucker
Políticas Sociais O Estado Social: Princípio da Subsidiariedade • Famílias e Instituições da Sociedade ajudam na comparticipação; • Sector Social e Sector Privado ajudam na prestação;
Políticas Sociais As Misericórdias • Instituições de direito privado, oriundas da Sociedade Civil prestadoras e reguladoras de equilíbrios sociais; • Nasceram em Itália, em 1244; • São associações de pessoas, agregadas à sombra das 14 Obras de Misericórdia, para voluntariamente ajudar os outros;
Políticas Sociais As Misericórdias • Difundem-se pela Europa e chegam a Portugal, a Lisboa, em 1498, sob o mandato da Rainha D. Leonor, que cria a primeira «Casa de Misericórdia» • Difundem-se, por todo o País (actualmente há cerca de 400 Santas Casas de Misericórdia)
Políticas Sociais As Misericórdias Portuguesas • Assumem a responsabilidade de gerir equipamentos; • São autónomas em relação a todos os poderes, quer públicos, quer eclesiásticos; • Mantêm, desde o início, uma estreita relação com a Comunidade, constituindo-se como a primeira Rede Social no Mundo; • Perduram desde o Século XV até aos nossos dias.
Políticas Sociais Três áreas fundamentais das Políticas Sociais em Portugal: • Pobreza; • Envelhecimento; • Saúde.
Políticas Sociais APOBREZA
Políticas Sociais A Pobreza • 1990: 20% da população portuguesa era pobre; • 2008: 18% da população portuguesa é pobre.
Políticas Sociais A base das Políticas Sociais em Portugal • Olhar miserabilista que tende a dignificar a pobreza; • Conceito mais pós-moderno e ideológico, assente na igualdade e solidariedade como técnica; • Concepção economicista e privatística que confunde «seguro» com «assistência».
Políticas Sociais O fracasso das Políticas Sociais em Portugal • Crescente desresponsabilização do Estado e das Famílias; • Crescente cultura da dependência; • Desprotecção dos jovens à procura do 1º emprego, das mulheres, dos desempregados de longa duração, das crianças em risco, dos doentes e dos idosos (o maior de todos os problemas).
Políticas Sociais E ainda… Elevadíssima dificuldade no Acesso às Respostas Sociais Portugal é o País da Europa onde o acesso às Respostas Sociais disponibilizadas pelo Estado é o mais difícil
Políticas Sociais Como combater a Pobreza? Teoricamente, pelo desenvolvimento económico e a criação de riqueza Anos seguidos de desenvolvimento económico e de criação de riqueza não se traduziram na diminuição da incidência da Pobreza. Pelo contrário, alargou-se o fosso entre ricos e pobres.
Políticas Sociais Estatísticas Europeias Portugal é o País onde a repartição da riqueza é mais desigual Em 2008, os 20% da população mais ricos recebiam 6,1 vezes mais do que os 20% da população mais pobres. A média Europeia é de 4,8. 10% da população portuguesa vive com menos de dez euros por dia
Políticas Sociais Estatísticas: 2008 (pré-crise) A Taxa de Risco de Pobreza dos indivíduos com menos de 18 anos aumentou face aos anos anteriores para os 23% (em 2007 era de 21%) O endividamento das Famílias portuguesas aumentou, no peso do PIB, de 78%, em 2004, para 96%, em 2008; O endividamento das empresas portuguesas aumentou, no PIB, de 116% para 140%.
Políticas Sociais Estatísticas: Desde 2007 que o número de desempregados, em Portugal se situa acima dos 400.000. Taxa de Desemprego Prolongado: 3,8% (o terceiro valor mais elevado da UE) Pobreza persistente em Portugal: 24% Pobreza persistente na Europa: 15%
Políticas Sociais Estatísticas: O Desemprego nos indivíduos com menos de 24 anos é superior a 20%. Em Maio de 2009, havia 358.045 beneficiários do Rendimento Social de Inserção (o aumento entre 2007 e 2009 do número de beneficiários situa-se nos 38,6%)
Políticas Sociais Algumas estratégias de combate à Pobreza Um Modelo de Desenvolvimento Sustentado: Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Economia Social, geradoras de empregos sustentados e proporcionam uma repartição mais justa A função reguladora do Sector Social Correcção das assimetrias salariais Combate à política de dependência
Políticas Sociais Algumas estratégias de combate à Pobreza Coerência, persistência e tempo Não reduzir a pobreza a um mero indicador Não reduzir o combate à pobreza às transferências de recursos financeiros
Políticas Sociais OENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO
Políticas Sociais A Nível Mundial: de 1960 à Actualidade Proporção de Jovens (0-14) diminuiu de 37% para 30%. Em 2050 será de 21% População de idosos aumentou de 5,3% para 6,9%. Em 2050 será de 15,6% O Crescimento da População Idosa é 4 vezes superior ao da População Jovem
Políticas Sociais A Nível Mundial: 2008: 1,5% da população Mundial tinha 80 ou mais anos 2050: 5% da população Mundial poderá ter 80 ou mais anos 2050: 10% da população dos Países Desenvolvidos poderá ter 80 ou mais anos
Políticas Sociais A Nível Europeu Taxa de Dependência FRANÇA ITÁLIA Aumento do ratio da dependência de 28% (em 2005) para 52% em 2050 Aumento do ratio da dependência de 32% (em 2005) para 67% em 2050 2050: 700.000 PESSOAS COM MAIS DE 100 ANOS DE IDADE
Políticas Sociais Portugal: 1960-2001 Proporção de Jovens (0-14) diminuiu 36% População de idosos aumentou 140%
Políticas Sociais Índice de Envelhecimento (2008) Envelhecimento da População Idosa (1991-2007) 75 e mais anos: 2,7% 8% 85 e mais anos: 0,4% 1,7%
Políticas Sociais Taxa de Risco de Pobreza dos Idosos em Portugal, 2008 23% (em 2006 era de 26%) 37% Idosos que vivem sós
Políticas Sociais Algumas números preocupantes em Portugal • 1,87 milhões é o número estimado de idosos em Portugal; • Actualmente, em Lisboa, há 33.770 idosos isolados, 82% dos quais são mulheres; • Um em cada 5 idosos, vive sozinho; • Um em cada 4 idosos com 75 e mais anos vive sozinho;
Políticas Sociais Algumas números preocupantes em Portugal • 90% da população portuguesa vai necessitar de Cuidados Continuados; • Há vários milhares de idosos em Listas de Espera para entrar nos Lares das Instituições do Sector Social; • Entre 2000 e 2007, o número de queixas de violência contra idosos aumentou 20,4%. 80% são mulheres;
Políticas Sociais Questões para reflexão: • Idade da Reforma; • Meios de Subsistência; • Qualidade de Vida dos Idosos; • Estatuto dos Idosos na Sociedade; • Solidariedade Intergeracional; • Sustentabilidade do sistemas de Segurança Social; • Modelo Social vigente.
Políticas Sociais Grandes vertentes geradoras de desigualdades nos Idosos: • Rendimentos (a sua falta); • Insegurança; • Solidão
Políticas Sociais Promoção da Igualdade de Oportunidades «Promover a Cidadania durante o maior período de tempo possível e assegurar um fim de vida e morte dignas, com uma prestação de cuidados adequada e de qualidade.»
Políticas Sociais Rendimentos A esmagadora maioria das verbas destinadas aos idosos não revertem em seu favor, mas são gastas pelas respectivas famílias Substituição do Dinheiro por Serviços
Políticas Sociais Insegurança e Solidão Aposta num Apoio Domiciliário em Rede, com profissionais, voluntários e tecnologias de apoio, integrado por organizações da Comunidade. Garantir acolhimento, prestação de cuidados, companhia, segurança e carinho
Políticas Sociais A SAÚDE
Políticas Sociais Contextualização • Vontade do Homem em dominar a morte; • Avanços fantásticos da medicina; • Organização dos Sistemas Nacionais de Saúde; Entrega, ao Estado da dupla responsabilidade: Pagador / Prestador
Políticas Sociais Portugal, anos 70: Ancorou o Sistema Nacional de Saúde no Serviço Nacional de Saúde Estado: único prestador; Poder corporativo dos grupos profissionais (médicos, enfermeiros e administradores); Interesses financeiros ligados ao sistema (nomeadamente ao medicamento);
Políticas Sociais Resultados: Permanente desconforto da Sociedade Portuguesa e dos Cidadãos; Peso excessivo dos encargos da Saúde no OGE; Deficiente funcionamento da Rede de Cuidados Primários; Incapacidade de Articulação da Rede de Hospitais de Agudos com a Rede Primária.
Políticas Sociais Envelhecimento Necessidade de criação de um Terceiro Pilar: Cuidados Continuados Necessidade de Articulação entre os três pilares: Cuidados Primários, Cuidados Agudos e Cuidados Continuados.
Políticas Sociais Alguns números: • 2003: dos 76.000 reinternamentos hospitalares, quase metade dizia respeito a pessoas com 65 e mais anos; • Apenas 14 dos 309 Centros de Saúde têm alguma resposta estruturada para a continuidade de cuidados; • Apenas cerca de 1200 utentes beneficia de Apoio Domiciliário Integrado;
Políticas Sociais Alguns números: • 2008: o custo médio diário de um internamento hospitalar ronda os 1.000 euros; • 2008: o custo médio diário para uma Unidade de Convalescença da RNCCI ronda os 105 euros; O custo das 22.000 cirurgias e consultas associadas contratadas, em 2006, ao GMS, custaram sensivelmente o mesmo que o funcionamento de um pequeno Hospital Distrital que, no mesmo período, realizou cerca de 1900 cirurgias.
Políticas Sociais Princípios fundamentais: • O Sistema Nacional de Saúde é composto por três pilares; • Os números apresentados põem em causa o princípio do Estado pagador/prestador.