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MANUAL DE PATOLOGIAS E ORIENTAÇÕES ALIMENTARES

MANUAL DE PATOLOGIAS E ORIENTAÇÕES ALIMENTARES. Salvador 2012. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria da Educação Osvaldo Barreto Filho Subsecretário Aderbal de Castro Meira Filho Chefe de Gabinete Paulo Pontes Superintendência de Organização e Atendimento da Rede Escolar

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MANUAL DE PATOLOGIAS E ORIENTAÇÕES ALIMENTARES

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Presentation Transcript


  1. MANUAL DE PATOLOGIAS E ORIENTAÇÕES ALIMENTARES Salvador 2012

  2. Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretaria da Educação Osvaldo Barreto Filho Subsecretário Aderbal de Castro Meira Filho Chefe de Gabinete Paulo Pontes Superintendência de Organização e Atendimento da Rede Escolar José Maria de Abreu Dutra Diretoria de Manutenção e Suprimento da Rede Escolar Ednelson Marcolino Mendonça Coordenação de Alimentação Escolar Elma Ribeiro dos Santos Jambeiro Nutricionistas Rosana dos Santos Lima Maria Isabel Nogueira Cartaxo Fernanda Paulon – Graduanda em Nutrição - Universidade Estadual da Bahia - UNEB

  3. DIABETES TIPOS DE DIABETES O Diabetes, que pode ser tipo I ou II, é uma doença causada pela disfunção do pâncreas, glândula responsável por produzir e secretar insulina, hormônio que equilibra o açúcar no sangue. Dessa forma, oDiabetes caracteriza-se por excesso de açúcar no sangue (hiperglicemia crônica), com alterações significantes no metabolismo dos lipídeos, proteínas e, principalmente, carboidratos (glicose). Os principais sintomas da diabetes são polidipsia (muita sede), poliúria (muita vontade de urinar), perda de peso, fadiga (cansaço), etc. Uma pessoa pode ser considerada diabética quando apresenta glicemia de jejum maior que 126 mg, ou glicemia (02 horas após se alimentar), maior que 140 mg. Aumento discreto, a partir de 111 mg, já exige atenção! Existem outros tipos de diabetes, como a diabetes gestacional. E, ainda, outros tipos menos comuns. ! SAIBA MAIS CUIDADO COM OS ALIMENTOS DIETÉTICOS O que é glicose? É um tipo de açúcar que faz parte de muitos alimentos. É uma das formas simples dos chamados carboidratos. Ela serve para dar energia aos órgãos do corpo como se fosse a gasolina de um carro. Onde a glicose atua no corpo? Dentro das células, especialmente nos músculos e no cérebro. Como a glicose chega às células? Primeiro a glicose chega no sangue através da digestão dos alimentos. O sangue leva a glicose até as células dos órgãos, onde ela entra com o auxílio da insulina, que também já está no sangue. A insulina age como uma “chave” que abre uma “fechadura” (o receptor) na parede da célula. Onde encontramos glicose? Em todos os alimentos que contém carboidratos, simples ou complexos. Todos os alimentos de origem vegetal (exceto óleos) contêm algum carboidrato. O leite e seus derivados também contêm glicose, que é parte da lactose (açúcar do leite). O que acontece na célula sem glicose? Sem glicose na célula, o indivíduo sente-se cansado, sem energia, com muita fome. Sem glicose no cérebro, a pessoa sente desânimo, irritabilidade, podendo chegar a ter confusão mental e até entrar em coma. Não se pode abusar! Os alimentos “diet” para diabéticos são apenas sem açúcar, mas podem conter outros carboidratos e, normalmente, levam mais gordura na sua composição. Leve em conta seu valor calórico total e não os ingira livremente. Esses produtos devem ser consumidos sob orientação do nutricionista ou do médico! O diabético deverá usar adoçante artificial em substituição ao açúcar de mesa. Os açúcares tipo “light” e a frutose interferem na glicemia e devem ser usados apenas sob orientação do médico e/ou nutricionista, normalmente em preparações culinárias. Existem vários adoçantes no mercado, sendo todos considerados seguros quando utilizados de maneira correta. Na hora de realizar uma receita com adoçante , é bom lembrar qual pode ou não ir ao fogo:Grupo I - Adoçantes que podem ir ao fogo: Sacarina e Ciclamato, Steviosídeo, Acessulfame K, Sucralose, New Sugar.Grupo II – Adoçante calórico que pode ir ao fogo: Frutose.OBS. Seu uso deve ser limitado em pessoas com diabetes, já que possui um baixo poder adoçante e seu valor calórico se aproxima ao da sacarose. Só utilize com orientação do nutricionista. Pacientes com hipertrigliceridemia devem ter cautela com este adoçante.Grupo III - Adoçante que não pode ir ao fogo: Aspartame.

  4. DICAS SAUDÁVEIS! DIABETES - RECEITAS • Evite o uso de qualquer tipo de açúcar: refinado, cristal ou mascavo, pois aumentam rapidamente a glicemia. Doces e bebidas feitos com açúcar, como balas, bolos, bolachas, sorvetes, refrigerantes, bebidas alcoólicas, chocolates, assim como o mel de abelhas, também devem ser evitados. • Ingira em pequena quantidade alimentos fonte de gordura, dando preferência a alimentos de origem vegetal, como: óleos (canola, milho, soja), azeite, castanhas, nozes e abacate. Evite ingerir em excesso as gorduras vegetais sólidas como margarinas e gordura hidrogenada. Modere, também, em gorduras de origem animal, que são ricas em colesterol e gordura saturada. • Nenhuma fruta faz mal ao diabético. O importante é o controle na quantidade. Comer com moderação frutas com maior quantidade de açúcar, tais como: caqui, manga e uva. Consuma hortaliças em grandes quantidades. • Coma cereais integrais, ricos em fibras, que retardam a absorção dos açúcares. • Procure não amassar ou bater no liquidificador os alimentos, pois isto acelera a absorção e favorece a entrada rápida de glicose no sangue no período pós- alimentar, dificultando o controle da glicemia. • Fracione a alimentação em pelo menos 05 refeições por dia. Esteja atento ao horário das refeições! • Mantenha seu peso adequado, realize atividade física, pelo menos 03 vezes por semana • Evite ferimentos, principalmente nos pés! BOLO DE BRIGADEIRO Ingredientes Pão de Ló 04 ovos 03 colheres (sopa) rasas de adoçante que pode ir ao fogo (frutose) 01 xícara (chá) de farinha de trigo 02 colheres (sopa) de manteiga derretida 02 colheres (sopa) rasas de cacau em pó Calda rala 01 xícara (chá) de água 02 colheres (sopa) rasas de adoçante do grupo II Recheio 01 xícara (chá) de leite em pó desnatado 01 xícara (chá) de água 40 g chocolate de cobertura dietético 01 colher (sopa) rasa de adoçante do grupo II 01 colher (sopa) rasa de cacau Modo de Preparo Pão de Ló Bater as claras em neve, acrescentar as gemas uma a uma e continuar batendo. Adicionar o adoçante e o cacau em pó. Juntar a farinha de trigo aos poucos e misturar delicadamente com a colher de pau. Acrescentar a manteiga e misturar novamente. Despejar numa forma de fundo removível. Assar a 180⁰C por uns 20 min. Desenformar ainda quente e deixar esfriar por cima de uma grelha Recheio Bater o leite com a água e levar ao fogo com o adoçante, o chocolate e o cacau. Cozinhar em fogo moderado, mexendo por uns 20 min até engrossar. Deixe esfriar. Montagem Montar o bolo alternando as fatias de pão de ló pinceladas com a calda. Rechear e cobrir com o mesmo creme. • Beba bastante água • Tenha uma alimentação balanceada • Evite sal, doces e frituras • Evite o uso de álcool e cigarro • Mantenha a pressão controlada CUIDE-SE!

  5. DIABETES -RECEITAS DIABETES - RECEITAS CREPE SAUDÁVEL PUDIM DE CLARAS Ingredientes Massa 250 ml leite desnatado 02 ovos de galinha inteiros 02 colheres (sopa) de farinha de trigo 01 colher (sopa)de farelo de trigo 01 colher (chá) de manteiga para untar Recheio 01 ½ xícara de proteína de soja texturizada 500 g de castanha de caju 02 colheres (chá) de salsinha picada 01 colher (sopa) de cebola ralada 01 colher (sopa) de azeite 02 colheres (sopa) de queijo ralado Sal a gosto Molho 30 g purê de tomate 01 kg tomate 10 g margarina light 20 g cebola picada 30 g manjericão 02 colheres (sopa) de queijo ralado Ingredientes 08 claras em temperatura ambiente 01 colher (café) de bicarbonato 01 colher (sopa) de margarina light para untar a forma Para a calda 01 xícara (chá) de ameixa preta sem caroço 02 xícaras (chá) de água 01 pedaço de casca de laranja 01 colher (sopa) de baunilha Modo de Preparo Massa Coloque todos os ingredientes líquidos no liquidificador e bata. Em seguida, acrescente os secos e bata novamente. Deixe descansar por 15 min. na geladeira. Em uma frigideira, coloque a manteiga, deixe derreter em fogo baixo e, em seguida, acrescente a massa. Espere cozinhar e solte com o auxílio de uma colher. Recheio Em uma frigideira, coloque a cebola e o azeite para dourar. Em seguida, acrescente as castanhas para refogar, a salsa e, por fim, a proteína texturizada. Recheie os crepes, coloque o molho . Molho Lave bem os tomates e corte em quatro. Coloque em uma panela a margarina e a cebola e deixe dourar. Acrescente o purê de tomate e os tomates. Deixe cozinhando por aproximadamente 20 min. Desligue o fogo e acrescente o manjericão. Coloque por cima dos crepes, polvilhe queijo ralado e leve ao forno para gratinar por 15 min. Sirva em seguida. Modo de Preparo Bata as claras e o bicarbonato na batedeira por cerca de 5 min. até atingir o ponto de pico. Unte a forma do pudim com a margarina light e despeje as claras batidas. Reserve. Em uma forma retangular, coloque água quente em toda sua extensão e, no centro da forma, disponha o pudim. Leve ao forno para assar por cerca de 15 min. ou até dourar a parte de cima do pudim. Calda Ferva a água por 10 min. Acrescente as ameixas e a casca de laranja. Deixe ferver por mais 10 min. e acrescente a baunilha. Bata no liquidificador até obter uma calda homogênea. Passe pela peneira e desenforme o pudim morno. Regue com a calda de ameixa em volta.

  6. HIPERTENSÃO FATORES DE RISCO O QUE É? A hipertensão arterial ou pressão alta é quando a pressão que o sangue exerce nas paredes das artérias para se movimentar é muito forte, ficando acima dos valores considerados normais. QUEM É? A pessoa é considerada hipertensa quando a sua pressão arterial estiver maior ou igual a 140/90 mmHg(ou 14 por 9). Para essa consideração, os dados devem ser medidos várias vezes, de forma correta, com aparelhos calibrados e por profissional capacitado. SINTOMAS • A maioria das pessoas com pressão alta não apresenta nenhum sintomano início da doença, por isso ela é chamada de “inimiga silenciosa”. • Os sintomas atribuídos ao aumento da pressão são: • dor de cabeça • cansaço • tonturas • sangramento pelo nariz CONSEQUÊNCIAS HIPERTENSÃO DO AVENTAL BRANCO:quando a pressão arterial é maior que 140/90 mmHG somente no consultório médico, mas com pressão normal fora dele. HIPERTENSÃO MASCARADA: quando a pressão arterial é menor que 140/90 mmHG somente no consultório médico, mas com pressão alta fora dele. • Se não tratada, a pressão alta pode ocasionar: • Derrames cerebrais (AVC) • Doenças do coração (infarto, insuficiência cardíaca e angina - dor no peito) • Insuficiência renal ou paralisação dos rins • Alterações na visão que podem levar à cegueira (retinopatia) CUIDADO! Salvador, Bahia – Abril/2011

  7. DICAS SAUDÁVEIS! HIPERTENSÃO - RECEITAS • Meça sua pressão regularmente. • Diminua a quantidade de sal na comida. Use no máximo 1 colher de chá para toda a alimentação diária. Não utilize saleiro à mesa e não acrescente sal no alimento depois de pronto • Tenha uma alimentação saudável: • Evite: açúcares e doces, frituras, derivados de leite na forma integral, com gorduras, carnes vermelhas com gordura aparente e vísceras, temperos prontos, alimentos industrializados que vêm em latas ou vidros, alimentos processados e industrializados como embutidos, conservas, enlatados, defumados, charque. • Prefira: alimentos cozidos, assados, grelhados ou refogados, temperos naturais como limão, ervas, alho, cebola, salsa e cebolinha, frutas, verduras e legumes, produtos lácteos desnatados. • Diminua ou abandone o consumo de bebidas alcoólicas. • Mantenha um peso saudável. Também é importante avaliar a medida • da circunferência abdominal (cintura), que, no homem ,não deve ultrapassar 94 cm e, na mulher, 80 cm • Pratique atividade física pelo menos 5 dias por semana. Faça caminhadas, suba escadas em vez de usar o elevador, ande de bicicleta, nade, dance. • Não fume! Depois da hipertensão, o fumo é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares • Controle o estresse (nervosismo). Tente administrar seus problemas de uma maneira mais tranquila. A “arte de viver bem” é enfrentar os problemas do dia a dia com sabedoria e tranquilidade • Se utilizar medicamentos: • • Tome as medicações conforme a orientação médica • • Se tiver qualquer dúvida sobre o medicamento, • converse com seu médico • • Compareça às consultas regularmente • • Não abandone o tratamento SOBRECOXAS COM IOGURTE E HORTELÃ Ingredientes 01 colher (sopa) de margarina vegetal sem sal 04 sobrecoxas sem pele 40 g de gengibre 100 ml azeite de oliva 200 ml de iogurte natural desnatado 50 g de hortelã picada 04 folhas de louro 04 dentes de alho amassados Modo de Preparo Um dia antes: Em uma travessa, disponha metade das sobrecoxas e, sobre elas, uma folha de louro, um dente de alho amassado, gengibre ralado, folhas de hortelã picadas e o iogurte desnatado. Depois, cubra com as sobrecoxas restantes, seguindo o mesmo procedimento, e reserve. No dia (preparação): retire o excesso de temperos e reserve o líquido. Aqueça uma panela com um fio de azeite, doure as sobrecoxas e leve ao forno por cerca de 40 min. a 180°C. Enquanto isso, bata o molho de iogurte com os temperos e aqueça, não deixando ferver e reserve. Retire as sobrecoxas da assadeira, disponha em uma travessa e regue com o molho de iogurte. Decore com hortelã CUIDE-SE! Salvador, Bahia – Abril/2011

  8. HIPERTENSÃO -RECEITAS HIPERTENSÃO - RECEITAS SOPA FUNCIONAL SOPA VITAMINADA Ingredientes 01 cebola pequena picada 01 fio de óleo para refogar 02 tomates sem pele picados 02 talos de alho poró em rodelas 02 folhas de couve-manteiga 01 punhado de salsinha picada 03 talos de cebolinha picada 08 buquês pequenos de couve flor 01 beterraba em cubos 01 cenoura em rodelas ½ xícara (chá) de ervilha fresca 01 punhado de folhas frescas Especiarias a gosto (coentro, manjericão, alecrim, açafrão) Água suficiente para cobrir os ingredientes Modo de Preparo Em uma panela, refogue a cebola e o alho com o óleo. Acrescente todos os outros ingredientes e refogue rapidamente. Junte os temperos e a água, assim que começar a ferver, abaixe o fogo e deixe cozinhar por 30 min. Espere esfriar um pouco e bata no liquidificador Sugestão Servir com 2 colheres (sopa) de farelo de aveia ou 2 colheres (sopa) de arroz integral para acompanhar. Ingredientes 01 cebola média ralada 02 colheres (sopa) de óleo 02 dentes de alho picadinhos 500 g de cenoura descascada 500 g de abóbora descascada 01 colher (sopa) de raspas de laranja 01 ½ l caldo de legumes caseiro (abaixo) Iogurte natural batido (para servir) Modo de Preparo Aqueça o óleo e junte a cebola e o alho. Junte o caldo, a cenoura, a abóbora e as raspas de laranja, cozinhe lentamente por cerca de 30 min. ou até ficar bem macio. Bata tudo no liquidificador e, se necessário, acrescente mais caldo, deixando cremoso. Sirva com uma colherada de iogurte por cima. CALDO DE LEGUMES LASANHA DE ABOBRINHA Ingredientes 300 g de cebola em cubos 500 g de cenoura em cubos 06 folhas de alho-poró 200 g de salsão picado 06 folhas de couve ou outra folha disponível 01 ramo de tomilho 01 ramo de alecrim 02 dentes de alho 03 talos de salsa 7 l de água Modo de Preparo Em uma panela, junte as hortaliças, a água e as ervas. Refogue até que fique dourado. Deixe ferver lentamente por cerca de 1 hora. Coe e armazene em garrafas plásticas. Pode ser congelado Ingredientes 300 ml molho de tomate caseiro 01 cebola ralada 50 g de manjericão fresco 50 g de tomilho (ou outra erva ) 10 ml óleo de soja 150 g de ricota 150 g de muçarela 03 abobrinhas Modo de Preparo Refogue a cebola em óleo, junte o molho de tomate e as ervas, e reserve. Rale os queijos e reserve. Fatie as abobrinhas de comprido e escalde-as em água fervente, deixando-as pré-cozidas. Em uma assadeira, repita camadas de molho, abobrinhas, ricota e muçarela. Na última camada, coloque o molho sobre as abobrinhas e os queijos sobre o molho. Leve ao forno para gratinar.

  9. DOENÇA CELÍACA (INTOLERÂNCIA AO GLÚTEN) QUAIS OS SINTOMAS? O QUE É? Cerca de 50% dos celíacos têm pouco ou nenhum sintoma! Os principais sintomas incluem: diarreia crônica ou prisão de ventre, inchaço, flatulência (gases), vômito, perda de peso, fome intensa, fraqueza, fadiga, ausência de menstruação, irritabilidade, depressão. Algumas consequências devido à má absorção de nutrientes: deficiência no crescimento de crianças e adolescentes, anemia, osteopenia ou osteoporose, exames anormais de fígado e uma erupção na pele que faz coçar chamada dermatite herpetiforme. A doença celíaca é uma desordem do sistema imune, ou seja, é uma doença autoimune, na qual o organismo ataca a si mesmo, provocando danos na mucosa do intestino delgado. É uma intolerância  permanente ao glúten. O intestino do celíaco que ingere glúten apresenta uma diminuição das vilosidades, acarretando na dificuldade de absorção de nutrientes, principalmente gordura, cálcio, ferro e ácido fólico. O QUE É O GLÚTEN? LISTA DE ALIMENTOS É o nome dado à proteína presente no trigo, no centeio, na aveia, na cevada e no subproduto da cevada que é o malte. A parte tóxica do glúten para o celíaco é chamada de prolamina, que corresponde a 50% da proteína do glúten que não se dissolve na água e que é solúvel no etanol. Ela recebe diferentes nomes: FATORES DE RISCO Essa patologia se manifesta em pessoas com predisposição genética. Pode ser associada também a Diabetes Mellitusinsulino dependente, doença autoimune da tireóide, síndrome de Turner, síndrome de Williams. É indispensável que a dieta seja isenta de glúten e que haja controle de carboidratos.

  10. DICAS SAUDÁVEIS! DICAS SAUDÁVEIS! • Escolha alimentos preparados de maneira simples ou frescos • e evite todos os alimentos com preparações muito elaboradas. • Tempere a salada você mesmo com limão, pouco sal e azeite. • Evite alimentos fritos, pois o óleo pode ter sido utilizado para a fritura de alimentos que contêm glúten. • Evite caldo de carne e molhos que, normalmente, são engrossados com farinha de trigo. • LEIA O RÓTULO dos alimentos antes de consumi-los. • COMPRANDO ALIMENTOS • Leia com atenção os rótulos dos alimentos. Os produtos industrializados devem obedecer à Lei nº 10.674/2003 que determina a utilização das expressões “Contém” ou “Não contém Glúten”, impressas nas embalagens. CASA A pessoa responsável pela alimentação da família deve preparar os alimentos que contêm glúten em locais e horários diferentes do preparo de alimentos isentos de glúten. Sem a limpeza adequada dos utensílios utilizados para o manuseio e preparação de produtos com glúten, pode gerar a contaminação de alimentos sem glúten. Recomenda-se que alimentos consumidos com pães, como geleias, margarinas, requeijão, entre outros, e alguns equipamentos de difícil limpeza sejam de uso exclusivo do celíaco. • ESCOLA • A família deve comunicar à escola por meio de laudo • médico, o cuidado no ambiente escolar, a saber: • Medicamentos: alguns medicamentos podem conter glúten; dessa forma, não autorize dar medicamento sem a prescrição médica. • Atividade física: as crianças celíacas devem e podem fazer os mesmos exercícios de seus colegas. • Aula de artes: Observe se a massinha escolar (massa de modelar), em especial as massinhas caseiras, e a tinta para pintura a dedo, utilizadas na escola, contêm glúten na sua composição. • Aula de culinária: as crianças celíacas não podem participar das aulas com receitas que utilizam trigo, aveia, cevada ou centeio, fazendo biscoitos ou bolos. • Dieta: fale com a nutricionista sobre a restrição alimentar do seu filho ou filha e, se possível, com a merendeira. • Festa na escola: é importante a criança permanecer entre os amigos sem estar faminta. Algumas guloseimas podem ser servidas, como: mariola, paçoca, cajuzinho, brigadeiro (com receita original), gelatina, picolé e geladinho de frutas, pipoca etc. • Festa de amigos: informar que não deve ser servido à criança “somente a carne” do hambúrger, “somente o queijo” da pizza, por haver perigo de contaminação por glúten. Caso não tenha acesso antecipado ao cardápio servido, a criança deverá levar seu lanche. VIAGEM Ao viajar, faça uma pesquisa relativa de hotéis ou pousadas que oferecem alimentação sem glúten. Se possível, fale com o chefe de cozinha ou nutricionista, observando os cuidados já citados. Outra estratégia é buscar indicações na ACELBRA (Associação dos Celíacos do Brasil) local. Salvador, Bahia – Abril/2011

  11. DOENÇA CELÍACA - RECEITAS DOENÇA CELÍACA - RECEITAS NHOQUE PÃO DE BATATA Ingredientes 1 kg de batata cozida 01 xícara (chá) de creme de arroz ¾ xícara (chá) de fécula de batata ¼ xícara (chá) de amido de milho 01 colher (sopa) de manteiga 02 ovos pitadinha de sal Modo de Preparo Cozinhe a batata e passe no espremedor. Coloque todos os ingredientes em um recipiente e amasse com as mãos até que a massa fique lisa. Corte a massa para formar o nhoque e cozinhe. Cubra com o molho de sua preferência. Modo de Preparo Cozinhe as batatas e amasse-as, em seguida, para formar um purê. Misture todos os ingredientes até obter uma massa homogênea. Faça bolinhas com o auxílio de uma colher de sopa. Pré-aqueça o forno. Coloque as bolinhas em uma assadeira e leve ao forno alto (250⁰C), por 45 min. Ingredientes 03 batatas médias 05 xícaras (chá) de polvilho azedo 05 xícaras (chá) de polvilho doce 01 xícara (chá) de óleo 1 ½ xícara (chá) de água 01 colher (café) de sal QUICHE DE RICOTA E RÚCULA BOLO DE CENOURA Modo de Preparo Misture todos os ingredientes da massa, até formar uma “bola” compacta. Forre o fundo de uma assadeira e reserve. Misture todos os ingredientes do recheio e ponha sobre a mesa. Leve ao forno pré-aquecido a 180⁰C por, aproximadamente, 35 min. ou até que a superfície fique dourada. Ingredientes Massa 02 xícaras (chá) de creme ou farinha de arroz 01 xícara (chá) de fécula de batata ½ xícara (chá) de polvilho doce 01 colher (sopa) de água Manteiga ou margarina até dar o ponto 01 pitada de sal Recheio 200 g de ricota amassada 02 limões sicilianos (raspas) ½ maço de rúcula picada 150 ml de creme de leite fresco ou de leite de soja 01 pitada de sal Ingredientes 03 cenouras médias 02 xícaras (chá) de açúcar OU 01 xícara (chá) de frutose 02 xícaras (chá) de farinha de arroz ¾ xícara (chá) óleo de canola ou milho 01 colher (sopa) de fermento em pó 04 ovos Modo de Preparo Bata no liquidificador as cenouras, o açúcar (ou frutose), o óleo e os ovos. Despeje a mistura em um recipiente e adicione o creme de arroz junto com o fermento. Coloque em assadeira untada e polvilhada com creme de arroz e leve ao forno pré-aquecido. Salvador, Bahia – Abril/2011

  12. COMO SABER SE TENHO? INTOLERÂNCIA À LACTOSE (IL) O QUE É? Existem níveis diferentes de intolerância, já que a quantidade de enzima lactase produzida pelo corpo varia de pessoa para pessoa. Algumas pessoas possuem uma deficiência mínima na produção da enzima, enquanto outras não a produzem. Isto irá afetar o seu nível de intolerância. Os exames existentes para diagnosticar a IL são: Teste de Tolerância à Lactose, Hidrogênio Exalado, Deposição de Ácidos e exame genético. Caso suspeite, procure um médico ou nutricionista. Termo utilizado para pessoas que não conseguem digerir produtos lácteos (leite e seus derivados). Esta impossibilidade de digestão geralmente ocorre em pessoas que não produzem a enzima lactase ou produzem-na em quantidade insuficiente para realizar a digestão da lactose. Ao longo da vida, é comum que haja uma perda progressiva da capacidade de absorção da lactose. CÁLCIO E VITAMINA D • Alguns fatores podem impedir a absorção de cálcio pelo organismo: • Dietas ricas em proteína, cafeína e sal aumentam a excreção de cálcio na urina • Falta de vitamina D O QUE É LACTOSE E LACTASE? A Lactose é o açúcar do leite (dissacarídeo), que, com a ação da enzima Lactase, transforma-se em dois monossacarídeos: glicose e galactose. Estes carboidratos simples, após formados, são facilmente absorvidos pelo corpo. No entanto, a falta ou deficiência na produção da lactase faz com que a lactose chegue até o intestino grosso sem ser absorvida pelo organismo. Ela é fermentada por bactérias causando sintomas típicos de indigestão. *Pessoas com osteoporose / osteopenia podem necessitar de mais cálcio e vitamina D. QUAIS OS SINTOMAS? Os sintomas mais comuns são a diarreia (ou, às vezes, constipação, mais conhecida como prisão de ventre), distensão abdominal, gases, náuseas e sintomas de má digestão. A severidade dos sintomas dependerá da quantidade de lactose ingerida, assim como da quantidade de lactose que seu organismo tolera. É importante lembrar que a vitamina D também deve ser mantida em quantidades normais no organismo, pois o seu consumo excessivo pode ser tóxico e resultar em uma perda acentuada de cálcio dos ossos.

  13. FONTES ALIMENTARES CÁLCIO * E VITAMINA D INTOLERÂNCIA À LACTOSE- RECEITAS ESTROGONOFE DE CARNE Ingredientes 01 colher (sopa) de óleo 01 cebola grande, picada em cubos 01 dente de alho 600 g de alcatra ou coxão mole, picada em cubinhos 05 colheres (sopa) de polpa de tomate 02 colheres (sopa) de amido de milho 03 copos de bebida à base de soja sem sabor 01 colher (café) de pimenta-do-reino 01 pitada de sal Modo de Preparo Aqueça o óleo em uma panela. Coloque a cebola e o alho e deixe dourar. Em seguida, acrescente a carne e deixe cozinhar por inteiro. Adicione o sal, a pimenta e misture bem. Acrescente a polpa de tomate. Adicione o amido e misture bem, até que ela forme um creme. Acrescente a bebida à base de soja e misture bem. Continue mexendo até engrossar o caldo. Sirva quente, de preferência, com arroz. PÃO DE QUEIJO Ingredientes 02 ovos ½ xícara (chá) de óleo 02 xícaras (chá) de polvilho doce 01 xícara (chá) de pasta de soja 01 pitada de sal 01 pitada de orégano Modo de Preparo Bata os ovos e o óleo com o auxílio de uma batedeira. Acrescente a pasta de soja e bata mais um pouco até ficar homogêneo. Adicione polvilho doce peneirado e mexa delicadamente com uma colher. Finalize com orégano e ajuste o sal se necessário. Asse em forno pré-aquecido a 170⁰C por 17 min. aproximadamente, ou até ficarem ligeiramente dourados. * O conteúdo de Cálcio nos alimentos pode variar. Verifique o rótulo dos alimentos. ** O Cálcio adicionado, às vezes, fica no fundo da embalagem. Agite bem antes de com.sumir.

  14. INTOLERÂNCIA À LACTOSE- RECEITAS INTOLERÂNCIA A LACTOSE - RECEITAS BRIGADEIRO DE AIPIM SUFLÊ DE CHUCHU Ingredientes 1 unidade média de aipim ½ xícara de chá de açúcar refinado 04 colheres de sopa de chocolate em pó sem leite 02 colheres de sopa de óleo 03 xícaras de chá de água ½ xícara de chá de chocolate granulado sem leite e sem soja Modo de Preparo Cozinhe o aipim na panela de pressão por 30 min. Amasse bem até formar uma massa lisa sem grumos. Em seguida, leve ao congelador para esfriar por 20 min. Em uma panela, misture bem o aipim, o açúcar, o chocolate em pó sem leite e o óleo, acrescentando água aos poucos e mexendo sempre. Quando a mistura soltar do fundo da panela, desligue o fogo e deixe esfriar. Em seguida, modele as bolinhas e enfeite-as com chocolate granulado Modo de Preparo Misture bem o leite, o creme de arroz, as gemas, o creme vegetal e os chuchus. Continue mexendo para obter um creme homogêneo. Bata as claras em neve e acrescente à massa, mexendo levemente. Unte um refratário e leve ao forno por 10 min. até dourar a parte de cima. Ingredientes 04 chuchus cozidos e amassados ½ xícara de leite vegetal ½ colher (sopa) de creme vegetal ½ colher (sopa) de creme de arroz 02 ovos Sal a gosto Cheiro verde pra decorar BOLO DE MILHO CREMOSO IOGURTE DE SOJA Ingredientes 02 copos de milho verde (lata ou espiga) 02 copos de açúcar 02 garrafas de leite de coco 04 ovos 01 colher cheia (sopa) de maisena 01 colher cheia (sobremesa) de fermento ¼ de copo de óleo 01 pitada de sal 01 pacote de coco ralado Modo de Preparo Bata no liquidificador o milho , o açúcar e o leite de coco (+/- 2 minutos, não precisa peneirar), acrescente os demais ingredientes, bata mais um pouco e, por último, acrescente o fermento. Coloque em assadeira untada e leve para assar (cerca de 45 min, um pouco mais que um bolo tradicional). Ingredientes: 1 litro de bebida à base de soja sem sabor ½ limão 05 colheres (sopa) de açúcar 01 caixa de gelatina sabor morango Modo de Preparo Esprema o limão no leite e deixe talhar por 3 min. Acrescente o pacote de gelatina e o açúcar. Bata tudo no liquidificador. Salvador, Bahia – Abril/2011

  15. ANEMIA FALCIFORME O QUE É? PREVALÊNCIA Anemia falciforme é uma doença que passa dos pais para os filhos, alterandoos glóbulos vermelhos (hemácias) que se tornam parecidos com uma foice. Essas células têm sua membrana alterada e rompem-se mais facilmente, causando anemia hemolítica - a pessoa apresenta-se pálida e com icterícia (“olho amarelado”). Estes glóbulos falcizados dificultam a circulação sanguínea provocando vaso-oclusão, podendo resultar em infecção, febre, isquemia, dor, necrose e danos permanentes aos tecidos e órgãos. A Bahia é o estado que apresenta maior número de indivíduos com a presença dessa patologia (1 em cada 650 nascidos vivos em Salvador), devido às grandes imigrações de populações do continente africano. PRINCIPAIS SINTOMAS • Febre: secundária a episódios de crise dolorosa ou sinal de processo infeccioso. Aumenta a perda de líquido. Os episódios de febre devem, portanto, ser encarados como situações de risco. • Quadros infecciosos: principal causa de morte nos pacientes com doença falciforme. Estar sempre atento aos rins e pulmões! • Crises dolorosas: uma das manifestações mais comuns dessa patologia. Comuns nas extremidades (pés/mãos), região lombar, abdome ou tórax. • Escurecimento da urina ou coloração avermelhada da mesma • Redução significativa no consumo de alimentos: podendo levar à anorexia. Deve-se fracionar devidamente as refeições diárias (pelo menos 06), oferecendo menores volumes, para que se tenha uma melhor aceitação. • Úlceras: deve-se oferecer alimentação balanceada rica em vitaminas e minerais, como: zinco, selênio, vitaminas A, E e C para auxiliar na cicatrização, desenvolvimento e manutenção da pele. • Crises renais: dar preferência a alimentos com baixo teor de sal (sódio). Fique atento aos rótulos dos alimentos! Evite alimentos processados, como: enlatados, embutidos, conservas, molhos e temperos prontos, caldos em tablete, defumados. • Acidente vascular cerebral • Colelitíase (pedras nas vias biliares): pode causar sintomas crônicos, como: sensação de saciedade (empachamento), náuseas, vômitos, dores abdominais. ANEMIA X DOENÇA FALCIFORME FALCIFORME A hemoglobina normal é chamada de A e os indivíduos normais são considerados AA. Na anemia falciforme, a hemoglobina produzida é anormal e é chamada de S. São doentes falciformes, além do indivíduo SS, os indivíduos que possuam hemoglobina S associada à hemoglobina C (SC), ou hemoglobina S associada à talassemia. Quando a pessoa recebe de um dos pais a hemoglobina A e de outro a hemoglobina S, diz-se que é portador do “traço falcêmico”, sendo representado por AS. O portador de traço falcêmiconão é doente, não apresenta sintomas. Porém, filhos de duas pessoas com traço falciforme podem nascer com anemia falciforme, daí a importância de fazer exame (eletroforese de hemoglobina).

  16. SUGESTÕES NUTRICIONAIS SUGESTÕES NUTRICIONAIS • O cardápio da criança com essa patologia NÃO deve sofrer restrições. • Os alimentos fontes de ferro NÃO devem ser restringidos do cardápio da criança, visto que estes são também fontes de proteína de alto valor biológico importantes para funções de crescimento e formação de células, e as crianças com anemia falciforme costumam ter uma deficiência de ferro consequente da própria patologia. • O aleitamento materno deve ser exclusivo até os 6 meses. Caso a criança não possa ser amamentada, a introdução dos alimentos complementares deve ser antecipada para quatro meses, devido à necessidade energética e o risco de desenvolvimento de déficits nutricionais e anemia ferropriva (deficiência de ferro). • Enfatizar a seleção de alimentos com alto teor de micronutrientes e macronutrientes: • Leite e derivados para atendimento das necessidades protéicas e de cálcio. • Carnes em geral para suprir as necessidades de ferro e proteínas. • egetais folhosos, amarelos e vísceras para atendimento às necessidades de vitamina A, ácido fólico. • Frutas, em especial as cítricas, para suprir as necessidades de vitaminas, em especial a C. • Deve-se prevenir a deficiência de ácido fólico, visto que altera o crescimento e a multiplicação celular. A deficiência ocorre quando a dieta é pobre em alimentos crus, pois a fervura destrói o folato. • Desencorajar o uso frequente de “calorias vazias”, como doces, refrigerantes e bebidas alcoólicas. • Reduzir o consumo regular de fastfoode lanches rápidos em substituição, principalmente, às grandes refeições. Eventualmente, o consumo de lanches rápidos pode ser instituído no planejamento alimentar, desde que contemple os grupos básicos de alimentos. • Incluir boas fontes de vitamina C em refeições contendo quantidades mais expressivas de ferro de origem vegetal (almoço e jantar). • Observar as restrições alimentares excessivas devido a uma tendência para desenvolvimento de transtorno alimentares nessa faixa etária. • Pessoas com anemia falciforme apresentam um aumento da necessidade de ingestão de líquidos! Um maior aporte de líquidos (água, sucos, água de coco, chás) pode evitar quadros de desidratação, boca seca, aumento do trabalho renal, desencadeamento de crises dolorosas.

  17. TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO TRANSTORNO AUTISTA O QUE É? Os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento caracterizam-se por prejuízo severo e invasivo em diversas áreas do desenvolvimento: habilidades de interação social recíproca, habilidades de comunicação, ou presença de comportamento, interesses e atividades estereotipados. Os prejuízos qualitativos que definem essas condições representam um desvio acentuado em relação ao nível de desenvolvimento ou idade mental do indivíduo. Estes trantornos subdividem-se em: Transtorno Autista Transtorno de Rett Transtorno Desintegrativo da Infância (síndrome de Heller, demência infantil ou psicose desintegrativa) Transtorno de Asperger transtorno Invasivo do Desenvolvimento sem outra Especificação Autismo “pode ser considerado distúrbio do desenvolvimento caracterizado por quadro comportamental peculiar e que envolve sempre as áreas da interação social, da comunicação e do comportamento em graus variáveis de severidade; estes quadros são, possivelmente, inespecíficos e representariam formas particulares de reação do sistema nervoso central frente a uma grande variedade de insultos que poderiam afetar, de forma similar, determinadas estruturas do sistema nervoso central em períodos precoces do seu desenvolvimento”. CAUSAS • Não há consenso quanto às causas. Os indivíduos diferem muito entre si, o que sugerem múltiplas causas, cada uma relacionada a uma característica apresentada., podendo ser desencadeado por: • Metais pesados • Problemas no sistema digestório (eliminação ) e alergias • Causas genéticas • Os cérebros são maiores. O sistema límbico possui muitas, mas pequenas células

  18. PSICOTERAPIA TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO Técnicas psicoterapêuticas têm sido muito úteis para as crianças que apresentam problemas emocionais diversos. Esta abordagem visa induzir uma normalização de seu desenvolvimento e uma reeducação, lhes ensinando noções básicas de funcionamento, tais como: vestir, comer, higienizar-se etc., sec., facilitando o contato interpessoal e ajudando-as a aceitar melhor a problemática que têm. Estas técnicas só funcionam quando o profissional tem treinamento específico e se sente motivado a ajudar. Além disso, o funcionamento intelectual cognitivo específico destas crianças tem que ser levado em consideração para se dimensionar adequadamente a terapia. TRANSTORNO AUTISTA PREVALÊNCIA As estimativas atuais de prevalência sugerem que cerca de 3-5 crianças em cada 1.000 são afetadas por um distúrbio do espectro do autismo. Destes, 2/3 do sexo masculino e 1/3 do sexo feminino. Pode ocorrer em toda e qualquer família, independentemente de seu grupo racial, étnico, socioeconômico ou cultural. NUTRIÇÃO ESCOLA Alternativas de tratamento como as dietas de restrição em glúten (trigo, centeio, aveia, cevada - ver doença celíaca)e caseína (leite e derivados) têm sido relatadas com bons resultados por pais e cuidadores, amenizando os sintomas gastrointestinais (diminuída produção de enzimas digestivas, inflamações da parede intestinal, permeabilidade alterada do intestino)e refletindo em melhoras comportamentais. Além disso, o glúten e a caseína causam hiperatividade, falta de concentração, irritabilidade, dificuldade na interação da comunicação e sociabilidade. Em alguns casos, é aconselhado o suplemento da dieta com vitamina B6 e magnésio. Dietas hipoglicêmicas (com baixo teor de carboidratos simples)têm sido propostas para crianças com desvios neuropsicológicos, sendo o açúcar apontado como o causador destas dificuldades. Em relação ao Déficit de Atenção, o uso do ômega 3 associado à restrição de carboidratos refinados pode levar a ótimos resultados. O enfoque atual é fazer com que estas crianças aprendam conceitos básicos para que funcionem o melhor possível dentro da sociedade. As escolas especializadas, atualmente, individualizam o tratamento para cada criança, tornando assim o aprendizado bem mais específico e eficiente. Por meio de técnicas especiais de educação, ocorreram mudanças dramáticas na capacidade de aprendizado de crianças em geral. Observação: olhar lista de alimentos proibidos e permitidos no tópico Doença Celíaca.

  19. EVOLUÇÃO CLÍNICA TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO Estágio 1 (06 a 18 meses de idade): Ocorre desaceleração do perímetro cefálico (reflexo do prejuízo no desenvolvimento do sistema nervoso central). Alteração do tônus muscular (às vezes, parece molinha”). A criança interage pouco ( muitas são descritas como crianças “calmas”) e perde o interesse por brinquedos. Estágio 2 (02 a 04 anos de idade): Ocorre regressão do desenvolvimento. Inicia-se a perda da fala e do uso intencional das mãos, que é substituído pelas esteretipias manuais. Ocorrem também distúrbios respiratórios, distúrbios do sono (acordam à noite com ataques de risos ou gritos). Manifestações de comportamento autístico. Estágio 3 (04 a 10 anos de idade): A regressão é severa neste estágio e os problemas motores, crises convulsivas e escoliose são sintomas marcantes. Há melhora no que diz respeito à interação social e comunicação (o contato visual melhora), elas tornam-se mais tranquilas e as características autísticas diminuem. Estágio 4 (a partir dos 10 anos de idade): Caracterizado pela redução da mobilidade, neste estágio, muitas pacientes perdem completamente a capacidade de andar, embora algumas nunca tenham adquirido esta habilidade. Escoliose, rigidez muscular e distúrbios vasomotores periféricos são sintomas marcantes. Os movimentos manuais involuntários diminuem em frequência e intensidade. A puberdade ocorre na época esperada na maioria das meninas. Nas formas atípicas, nem todos os sintomas estão presentes e os estágios clínicos podem surgir em idade bem diferente da esperada. TRANSTORNO DE RETT O QUE É? Clinicamente, é caracterizada pela perda progressiva das funções neurológicas e motoras após um período de desenvolvimento aparentemente normal, que vai de 6 a 18 meses de idade. Após esta idade, as habilidades adquiridas (como fala, capacidade de andar e uso intencional das mãos) são perdidas gradativamente e surgem as estereotipias manuais (movimentos repetitivos e involuntários das mãos), que é característica marcante da doença. É uma desordem neurológica de causa genética decorrente de mutações do gene MecP2, localizado no cromossomo X. Como os meninos têm apenas uma cópia de X (que forma par com Y), desenvolvem uma doença grave que evolui com dificuldade respiratória. Poucos sobrevivem um ano ou dois. PREVALÊNCIA Aparentemente, o Transtorno de Rett é muito menos comum do que o Transtorno Autista. A condição é relatada apenas no sexo feminino.

  20. TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO TRANSTORNO DE ASPERGER TRANSTORNO DESINTEGRATIVO DA INFÂNCIA O QUE É? O QUE É? Caracteriza-se por um prejuízo severo e persistente na interação social e por um desenvolvimento de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades. Porém, diferente do Transtorno Autista, não existem atrasos clinicamente significativos na linguagem (isto é, palavras isoladas são usadas aos 2 anos, frases comunicativas são usadas aos 3 anos). Além disso, não existem atrasos clinicamente significativos no desenvolvimento cognitivo ou no desenvolvimento de habilidades de autoajuda apropriadas à idade, comportamento adaptativo (outro que não na interação social) e curiosidade acerca do ambiente na infância. Esta condição também é conhecida como síndrome de Heller, demência infantil ou psicose desintegrativa. Caracteriza-se por uma regressão pronunciada em múltiplas áreas do funcionamento, após um período de, pelo menos, 2 anos de desenvolvimento aparentemente normal, refletido por comunicação verbal e não verbal, relacionamentos sociais, jogos e comportamento adaptativo apropriados à idade. Após os primeiros 2 anos de vida (mas antes dos 10 anos), a criança sofre uma perda clinicamente significativa de habilidades já adquiridas em, pelo menos, duas das seguintes áreas: linguagem expressiva ou receptiva, habilidades sociais ou comportamento adaptativo, controle intestinal ou vesical, jogos ou habilidades motoras. Os indivíduos com este transtorno exibem os déficits sociais e comunicativos e aspectos comportamentais geralmente observados no Transtorno Autista. Existe um prejuízo qualitativo na interação social e na comunicação e padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento, interesses e atividades. Grande incidência de epilepsia como comorbidade. PREVALÊNCIA PREVALÊNCIA As informações sobre a prevalência do Transtorno de Asperger são limitadas, mas ele parece ser mais comum no sexo masculino (em uma proporção de cerca de oito garotos para uma menina). Os dados epidemiológicos são limitados, mas o Transtorno Desintegrativo da Infância parece ser muito raro. A prevalência da estimativa total em estudos foi de 1,7 por 100.000 indivíduos.

  21. TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO - RECEITAS BOMBOM DE ABÓBORA Ingredientes: 01 kg de abóbora ½ kg de açúcar 50 g de coco ralado Modo de Preparo Cozinhe a abóbora cortadinha. Quando cozida, bata no liquidificador/processador. Volte para a panela até ficar consistente. Ao começar soltar da panela, acrescente o coco ralado. Deixe secar e coloque nas forminhas. Sugestão: as bolinhas podem ser passadas em chocolate sem lactose ou cacau em pó. PÃO DE ABÓBORA Ingredientes: 01 caixa de fécula de batata 01 caixa de creme de arroz 03 ovos (temperatura ambiente) 1/3 de xícara de óleo de canola ou milho 02 colheres (chá) de fermento biológico seco (para pão) 01 xícara de abóbora cozida 01 colher de linhaça 01 colher de gergelim 01 copo americano da água da abóbora cozida (morna) 01 colher (sobremesa) sal 01 colher (chá) de açúcar Sugestão: A abóbora pode ser substituída por batata, cenoura, mandioquinha. Modo de Preparo Misture as farinhas, o fermento, a água, a abóbora amassada, depois acrescente os outros ingredientes. Unte uma assadeira de pão, coloque a massa e deixe crescer por 30 minutos em local abafado e aquecido e depois asse. Quando pronto e frio, corte em fatias e congele. Quando for comer, tire a quantidade de fatias que for usar, aqueça no microondas por 1 minuto.

  22. TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO - RECEITAS TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO - RECEITAS PÃO DE QUEIJO SEM QUEIJO TORTA DE LEGUMES COM FARINHA DE MANDIOCA Ingredientes 04 xícaras de polvilho doce 01 xícara de polvilho azedo 03 xícaras de purê de mandioquinha cozida e amassada (+/- 5 mandioquinhas médias) ½ xícara de purê de cenoura cozida e amassada 2/3 de xícara de gelo ¾ xícara de água 01 colher (sopa) de sal Modo de Preparo Misture em um recipiente grande os polvilhos e o sal. Acrescente os purês e misture (ainda não vai ficar homogêneo). Acrescente a água e o óleo, e misture tudo com a ajuda de uma colher até que possa utilizar as mãos. Misture até obter uma massa lisa e homogênea. Molde bolinhas com as mãos e coloque em uma assadeira (não é necessário untar). Asse em forno baixo por cerca de 30 min (a depender do forno) até ficarem “dourados”. Ingredientes: 01 xícara de farinha de mandioca 01 xícara de polvilho azedo ½ xícara de óleo 01 colher (sopa) de fermento químico em pó 03 ovos 01 xícara de água morna ½ xícara de ervilhas frescas 02 cenoura cozidas, 03 buquês de brócolis , cebola ralada a gosto, azeitonas em pedacinho, espinafre a gosto (ou rúcula), pimenta calabresa (opcional), sal Modo de Preparo Em um recipiente fundo, misture a farinha de mandioca e o polvilho azedo. Faça um buraco no meio e adicione óleo, os ovos inteiros (gema sem pele), o sal, a pimenta calabresa e a água morna aos poucos (pode ser a mesma água que ferveu o brócolis, a cenoura e a cebola). Misture com uma colher até a massa ficar homogênea. Acrescente as cenouras ralada, os brócolis, a ervilha, o espinafre, as azeitonas picadas e a cebola ralada. Misture bem. Unte uma forma ou um prato refratária com óleo, arrume a massa na forma e leve ao forno 180⁰C até dourar (+/- 35 min.) Retire, desenforme e está pronta para servir. BOLACHA CHAMPAGNE Ingredientes 02 ovos 2 ½ xícaras de fubá 2 ½ xícaras de polvilho doce 2 xícaras de açúcar ½ colher (sopa) de fermento em pó 1 xícara de creme vegetal Modo de Preparo Amasse tudo até formar uma massa homogênea. Pode colocar mais polvilho doce para a massa desgrudar das mãos e ficar bem macia. Faça bolinhas ou quadradinhos. Leve para assar em forno médio, pré-aquecido, de 20 a 25 min. (a depender do forno).

  23. DICAS IMPORTANTES AO MANIPULADOR DE ALIMENTOS DICAS IMPORTANTES AO MANIPULADOR DE ALIMENTOS Salvador, Bahia – Abril/2011

  24. DICAS IMPORTANTES AO MANIPULADOR DE ALIMENTOS REFERÊNCIAS • Associação Brasileira de Síndrome de Rett de São Paulo. Disponível em: <http://www.abrete.com.br/versao2/rett.asp>. Acesso em: jun/jul 2012. • BAHIA. Secretaria da Administração do Estado da Bahia. Diabetes: aprenda a viver bem com ela (folder). Programa Mais Saúde – Planserv. • BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Municipal de Saúde – Prefeitura de Salvador. Manual de Nutrição na Doença Falciforme, 2009. • BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Ministério da Saúde. Guia sobre Doenças Falciformes – Manual do Paciente. • CARVALHO, J. A.; SANTOS, C.S.S. ; CARVALHO, M. P. de; SOUZA, L. S. de. Nutrição e Autismo: considerações sobre a alimentação do autista. Revista Científica do Itpac, Araguaína, v. 5, n. 1, jan. 2012. • Doença Celíaca. Disponível em: < http//www.doencaceliaca.com.br/doencaceliaca.htmht>.. Acesso em: jun/jul2012. • GAUDERER, E. christian. Autismo e outros atrasos do desenvolvimento: guia prático para pais e profissionais. Rio de Janeiro: Revinter; 1997. • Hospital AC Camargo. Disponível em: < http://www.accamargo.org.br/oficina-de-culinaria/>. Acesso em: jun/jul 2012. • Intolerância à lactose. Disponível em: < http://www.semlactose.com/index.php/sobre-intolerancia-lactose/>. Acesso em: jun/jul2012. • MERCADANTE, M.T ; VAN DER GAAG, R. J.; SCHWARTZMAN, J. S. Transtornos invasivos do desenvolvimento não-autísticos: síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância e transtornos invasivos do desenvolvimento sem outra especificação.Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2006, v.28, supl.1, pp. s12-s20. • Síndrome de Willians. Disponível em: < http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/sindrome-willians.htm >Acesso em: jun/jul 2012 • Trantorno Autista. Disponível em: < http://www.autismo.com.br/principal.php> .Acesso em: jun/jul2012. • Transtorno de Asperger. Disponível em: < http://www.mundoasperger.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=27&Itemid=30>. Acesso em: jun/jul 2012. • Transtornos Globais do Desenvolvimento. < Disponível em: http://www.psicologia.pt/instrumentos/dsm_cid/dsm.php.> Acesso em: jun/jul de 2012. • Receitas: • Oficina de Culinária do Hospital AC Camargo • Malu Contra a alergia alimentar – Coletânea Vivi Correa – Receitas sem glúten e sem leite • Cozinhando sem Glúten II – Gilda Moreira, 2011 Salvador, Bahia – Abril/2011

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