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Introdução à Higiene Ocupacional. José Roberto Aragão monizdearagao@uol.com.br. Histórico. Hipócrates – Sec. IV a.C. –Toxicidade do chumbo na mineração Plínio- Sec. I d.C. – Perigos do manuseio do zinco, enxofre, chumbo e mercúrio
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Introdução à Higiene Ocupacional José Roberto Aragão monizdearagao@uol.com.br
Histórico • Hipócrates – Sec. IV a.C. –Toxicidade do chumbo na mineração • Plínio- Sec. I d.C. – Perigos do manuseio do zinco, enxofre, chumbo e mercúrio • 1556 – Georgius Agrícola –Fatores de risco associados á mineração • Sec. XVI – Paracelsus – Estudos sobre uma planta de fundição na região do Tirol
Histórico • 1700 – Bernadino Ramazzini – “ De Morbis Artificium Diatriba “ – Descreve mais de 50 ocupações • Pai da Medicina Ocupacional • Sec. XVIII – George Baker (chumbo na indústria do vinho) • 1788 - Percival Pot- “ Ato dos Limpadores de Chaminé” • Sec. XVIII – Revolução Industrial - Disparam os acidentes e doenças relacionados ao trabalho, e também as reividicações dos trabalhadores
Histórico • 1802 Inglaterra – Lei da Saúde e Moral dos Aprendizes • 1833 Inglaterra – Lei das Fábricas • 1919 – OIT • 1938 – ACGIH (Conferência Americana de Higienistas Industriais do Governo) • 1939- AIHA (Associação Americana de Higienistas Industriais) • 1948 – OMS • 1943 – OMS/OIT – Recomendação 97 sobre a “Proteção da Saúde dos Trabalhadores” • 1957 – Conferência da OIT – Marca o surgimento da Higiene Ocupacional • 1960 -70 Marca as reinvidicações do movimento sindical pela participação e decisão nas questões de segurança e saúde no trabalho • A partir de 1970 –Evolução da Saúde Ocupacional para a Saúde dos Trabalhadores
Histórico • Brasil • Início do Sec. XX – Oswaldo Cruz – Doenças infecciosas relacionadas ao trabalho ( construção de ferrovias e portos) • 1920 – Rio-São Paulo Importação das “fábricas sujas” • 1943 – CLT • 1960 – 70 – Campeão Mundial de Acidentes de Trabalho • 1977– Lei 6514 – 1978 Portaria 3214 (NRs)
Conceitos Básicos • Principais termos utilizados são: Higiene Ocupacional, Higiene Industrial e Higiene do Trabalho • Conferência Internacional de Luxemburgo (1986) – Higiene Ocupacional • A definição dos termos Higiene Industrial e Higiene do Trabalho estão contemplados na definição de Higiene Ocupacional • Higiene Ocupacional – Carácter Interdisciplinar
Higiene Ocupacional • Definições: • AIHA – “ Ciência que trata da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos originados nos locais de trabalho e que podem prejudicar a saúde e o bem estar dos trabalhadores, tendo em vista também o possível impacto nas comunidades vizinhas e no meio ambiente”
Higiene Ocupacional • ACGIH: “ Ciência e arte do reconhecimento, avaliação e controle de fatores ou tensões ambientais originados do, ou no, local de trabalho e que podem causar doenças, prejuízos para a saúde e bem-estar, desconforto e ineficiência significativos entre os trabalhadores ou entre os cidadãos comuns”
Higiene Ocupacional • Em senso amplo, a atuação da higiene ocupacional prevê uma intervenção deliberada no ambiente de trabalho como forma de prevenção da doença. Sua ação no ambiente é complementada pela atuação da medicina ocupacional, cujo foco está predominantemente no indivíduo;
Risco • O risco é a combinação da probabilidade de ocorrência e a magnitude de um evento indesejado • Risco = probabilidade de ocorrer o dano X gravidade do dano • Dano: Ocorre sobre seres vivos ou sobre materiais • Causas : Eventos ocorridos anteriormente ao dano dentro de uma relação de causa-efeito
Risco • Fatores de risco – Causas potenciais capazes de provocar danos • Causa predominante – Agente de risco ou fator de risco principal • Unicausalidade • Multicausalidade • Árvore de causas – Agente de risco + fatores de risco secundário
Risco Ocupacional • Risco ocupacional = Exposição x gravidade dos efeitos à saúde • Exposição: Depende da intensidade ou da concentração do agente no ambiente e da freqüência e do tempo que o trabalhador está em contato com ele. • Medidas de controle ou prevenção: medidas tomadas para controle de riscos
Classificação dos Riscos • Agentes físicos • Agentes Químicos • Agentes Biológicos • Gradação dos Riscos : é feita levando -se em conta a gravidade dos efeitos à saúde (morte, incapacidade, doenças graves, transtornos menores...etc) • Risco grave e iminente
Classificação dos Riscos • Agentes Físicos : Formas de energia perceptíveis ao sentido humano: Ruído, vibrações, iluminamento, pressões anormais, temperatura, radiações ionizantes e radiações não ionizantes.
Classificação dos Riscos • Agentes Químicos: Substâncias químicas que estão presentes no ambiente são classificados em gases, vapores e aerodispersóides (estes últimos são subdivididos ainda em poeiras, fumos, névoas, neblinas, fibras); podemos entender os agentes químicos como todas as substâncias puras, compostos ou produtos (misturas) que podem entrar em contato com o organismo por uma multiplicidade de vias, expondo o trabalhador
Classificação dos Riscos Agentes Biológicos : Organismos vivos presentes no ambiente, com exceção do receptor (microorganismos, vermes parasitas, animais peçonhentos, répteis venenos, animais marinhos venenosos)
Avaliação e Gerenciamento de Riscos • Obtenção de informações básicas: Deve ser realizada de forma a permitir a caracterização do processo produtivo, do ambiente físico e da força de trabalho • Identificação dos fatores ou situações de risco: Consiste na caracterização dos agentes de riscos, das fontes, das medidas preventivas existentes, das condições de exposição e dos possíveis danos a saúde ou integridade física • Estimativa qualitativa do risco: Consiste em estabelecer necessidades e priorização de ações de avaliação e de controle, com a finalidade de caracterizar melhor os agentes ambientais, as fontes de emissão e o comportamento desses agentes no ambiente de trabalho. • Estimativa quantitativa do risco: Objetiva obter valores representativos das exposições dos trabalhadores aos agentes e fatores ambientais, com o objetivo de estimar a dose
Avaliação e Gerenciamento de Riscos • Desenvolvimento de opções de controle: Consiste em recomendar ou encontrar soluções que reduzam os níveis de risco, considerando: • Medidas de controle na fonte • Medidas de controle administrativas • Medidas de proteção individual • Análise das opções: Considerar as medidas controle levando em conta a percepção de riscos dos trabalhadores e em situações mais complexas, incluir uma análise de custo benefício, para subsidiar o processo de tomada de decisões.
Avaliação e Gerenciamento de Riscos • Tomada de decisões: Primeira etapa do gerenciamento de riscos, consiste na definição de quais as medidas de controle serão efetivamente implementadas e estabelece-se um plano de ação. • Implementação : Consiste na execução do plano de ação proposto. • Monitorização e avaliação: Implica em acompanhar e validar periodicamente como as medidas estão sendo implantadas e analisar os seus resultados em relação ao que seria esperado.