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O Espírito de Profecia:

O Espírito de Profecia:. Orientações para a Igreja Remanescente. Organizado por Renato Stencel , diretor do Centro White, 2013. Ellen White e “empréstimos literários”: A questão do plágio. Roger W. Coon Ex- servidor do White State e Ex-professor da Andrews University.

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Presentation Transcript


  1. O Espírito de Profecia: Orientações para a Igreja Remanescente Organizado por Renato Stencel, diretor do Centro White, 2013

  2. Ellen White e “empréstimos literários”: A questão do plágio Roger W. Coon Ex-servidor do White State e Ex-professor da Andrews University Renato Stencel (org.) 2013 Renato Stencel (org.) 2013

  3. Introdução De todos os assim chamados assuntos “problemas” talvez dois deles tenham tido maiores sucessos em destruir a confiança na credibilidade de Ellen White como uma profetisa autêntica do Senhor, do que em qualquer um dos outros. • Afirmações questionáveis de natureza científica que criaram risadas e dúvidas porque elas parecem ser tão contrárias à forma que a ciência vê esses assuntos hoje. • A alegação de “plágio”. Renato Stencel (org.) 2013

  4. Introdução Com relação ao plágio, um ex-pastor adventista, Walter Rea, foi o principal representante dessa crítica na década de 1980. No jornal Los Angeles, 23 de outubro de 1980, ele fez três alegações: • Ellen White é uma ladra: ela roubou as produções literárias de outros, e colocou o seu nome nelas; • Ela é uma mentirosa: ela nega ter feito essas coisas; • Ela e seu marido são sem vergonha e exploradores da igreja - um mercado cativo onde eles forçam os membros a comprarem os livros e, dessa forma, eles fizeram sua fortuna pessoal. Renato Stencel (org.) 2013

  5. Plágio Plagiar: O dicionário Michaelis Escolar on-line define “plagiar” como apresentar como sua uma ideia ou obra literária, científica ou artísitica de outra pessoa, imitar. É quando um escritor conscientemente e propositalmente toma material literário de outro escritor e intencionalmente o transforma para seu próprio uso, esforçando-se no processo de persuadir o leitor subsequente de que ele – o “conversor” – é na verdade o criador original destas palavras e ideias. Renato Stencel (org.) 2013

  6. Plágio Plágio, apesar de obviamente não ser ético não é, por lei, um crime. São consideradas atividades criminosas: a. invasão de direitos autorais, e b. roubo literário. Em suma, plagiarismo é uma literatura mascarada no que diz respeito à identificação do verdadeiro autor. Renato Stencel (org.) 2013

  7. Empréstimo literário • O “empréstimo literário” toma lugar quando um escritor utiliza e emprega as ideias - e até usa a fraseologia – de outro escritor, para um ponto em particular. • A prática do “empréstimo literário” não constitui plágio. As leis literárias reconhecem como “uso justo” por um escritor tomar ideias e até mesmo palavras de outro, e convertê-las para uma finalidade particular do segmento escritor sem se pretender ser o autor original. Renato Stencel (org.) 2013

  8. A importância da discussão Na discussão do assunto do plágio/empréstimo literário no geral, e alegações de tais no caso de Ellen White em particular, é imperativo que a discussão seja conduzida no grande contexto da: • perspectiva bíblica, e • perspectiva histórica Renato Stencel (org.) 2013

  9. Perspectiva bíblica O empréstimo literário era bastante comum entre os escritores da Bíblia, começando com o Pentateuco de Moisés e terminando com Apocalipse do apóstolo João. Exemplos – Velho Testamento: Moisés ao escrever suas leis, tomou emprestadas algumas das leis do grande legislador mesopotâmio Hammurabi (que viveu talvez 250 anos antes). O código de Hammurabi # 14 diz: “Se um cidadão roubou o filho de outro cidadão ele deverá ser morto” – Ver (Ex. 21:16). Renato Stencel (org.) 2013

  10. Perspectiva bíblica Exemplos – Novo Testamento: • Nosso Senhor Jesus usou ideias e linguagens que outros haviam usado previamente como por exemplo na regra de ouro (Mt. 7:12). • Até algumas das palavras na oração do Senhor podem ser encontradas nos primeiros rituais judeus de oração conhecidos como Ha-Kaddish (ver 58C 346) (Olson, op. Cit., p.2). Renato Stencel (org.) 2013

  11. Perspectiva bíblica O apóstolo Paulo pegou emprestado de Epimenídes, um filósofo do século seis antes de Cristo o texto “Eles criaram uma tumba para Ele, Aquele que é O Santo e Elevado – Cretenses, sempre mentirosos, feras terríveis, ventres preguiçosos! Mas vós não estais mortos: O Senhor vive e habita para sempre: pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos.” Citado em 68C 354 (cf. Tt. 1:12, At 17:28). Renato Stencel (org.) 2013

  12. Perspectiva bíblica Tanto em Judas como no Apocalipse de João nós encontramos materiais do pseudepigráfico “Livro de Enoque”, escrito talvez uns 150 anos atrás, por um escritor não conhecidoque usou o nome de Enoque (no lugar do dele mesmo) vários milênios após a transladação de Enoque ao Céu – Enoque certamente nunca foi o autor do chamado “Livro de Enoque” Todavia é interessante notar que dois diferentes escritores bíblicos empregaram materiais deste autor não inspirado para ilustrar a verdade em seus livros. Renato Stencel (org.) 2013

  13. Acusações a Ellen White Estas acusações não são novas. Elas tiveram início no começo do ministério dela, permaneceram ao longo de sua vida, e continuaram desde a sua morte quase que em ritmo cíclico. Ellen White e sua igreja tiveram que se confrontar – e responder - estas acusações; e eles fizeram isso para a satisfação da maioria dos membros que prontamente esqueceram sobre esta questão, e continuaram a gastar seu tempo com outros assuntos. Renato Stencel (org.) 2013

  14. Acusações a Ellen White Quando uma nova geração entra em cena, críticos levantam os velhos assuntos novamente – algumas vezes com novas vestimentas – e esta nova geração, inconsciente de que isso são “coisas antigas” e de que já foram completamente respondidas no passado, muitas vezes se assustam. E alguns vão mais longe, ao negar sua crença em Ellen White como uma profetisa genuína, e acabam por abandonar a igreja. Renato Stencel (org.) 2013

  15. Acusações e Defesas Alegações de plágio: 1867: RH, 8 de out. de 1867 – Isso foi somente quatro anos após Ellen White ter recebido sua primeira maior visão sobre a reforma de saúde e os membros da igreja já estavam indagando sobre similaridades entre alguns dos escritos dela sobre saúde e ideias encontradas em livros não adventistas de escritores contemporâneos. Renato Stencel (org.) 2013

  16. Acusações e Defesas 1889: Um ex-ministro adventista do sétimo dia chamado Dudley M. Canright, após entrar e sair da IASD repetidas vezes, por fim publica: Seventh-day AdvenstismRenounced [Adventismo do Sétimo Dia Renunciado] “após uma experiência de 28 anos”. Ele foi o primeiro a acusar publicamente Ellen White de plágio. Após isso, Canright escreveu uma sequencia [Vida da Sra. Ellen G. White, profetisa adventista – suas falsas declarações refutadas] onde a acusação de plágio é repetida. Renato Stencel (org.) 2013

  17. Acusações e Defesas 1907: O Dr. Charles E. Stewart em seu “livro azul” acusava Ellen de plágio. 1976: O professor de História da Medicina, adventista do sétimo dia, Dr. Ronald L. Numbers, publicou Ellen G. White: Profetisa da Saúde, por uma editora de bastante prestígio Harper & Row, onde deixa bastante claro desde o prefácio do trabalho que não acreditava que Ellen White fosse uma profetisa verdadeira. E divulga algumas velhas acusações de plágio. Renato Stencel (org.) 2013

  18. Acusações e Defesas A Igreja se ergue em sua defesa: 1867: Na RH, (8/out/1867) conduzindo uma investigação sobre semelhanças entre os escritos sobre saúde de Ellen White e daqueles reformadores de saúde não adventistas, o assunto é discutido abertamente, e dirigido pela própria Ellen White. Ela não somente se defende das implícitas denúncias, como continua declarando sem rodeios que usou material, e explica suas razões por ter feito isso. Renato Stencel (org.) 2013

  19. Acusações e Defesas 1888: Ellen White diz que ela realmente fez uso de escritos sobre saúde de outros autores; e agora, na “introdução” de O Grande Conflito ela afirma que também fez uso de escritos históricos e teológicos de outros autores. Renato Stencel (org.) 2013

  20. Acusações e Defesas 1933: William White e Dores Robinson preparam um documento: “Um Pequeno Relato Com Respeito aos Escritos de Ellen G. White” (agosto, 1933, p. 16). O assunto do plágio continua a ressurgir, e eles comentam sobre o assunto novamente com a cabeça erguida – de uma maneira franca, tendo dois pontos interessantes: • Nos dias anteriores ao seu ministério, Ellen White foi informada pelo seu anjo que certamente por seus limites de uma educação formal, o Senhor a guiaria a joias literárias – “preciosas pérolas da verdade expressa em linguagem aceitável” e que ela deveria sentir-se livre para utilizá-las em seus escritos. Renato Stencel (org.) 2013

  21. Acusações e Defesas O anjo assegurou, também, que o Espírito Santo a capacitaria a distinguir entre os verdadeiros e falsos relatos, e a ajudaria a separar do “lixo do erro” em que algumas dessas “pérolas” estariam imbuídas, para que ela não estivesse perpetuando erros. Este relato, em sua totalidade, foi republicado como uma inserção na Adventist Review, edição de 4 de julho de 1981. Renato Stencel (org.) 2013

  22. Aspectos legais das acusações de plágio Em 1981, o Sr. Warren L. Johns contratou os serviços de um especialista em leis de direitos autorais, Vincent Ramik, na tentativa de obter a opinião de um especialista em leis para saber se Ellen White era ou não culpada das acusações. Foram informadas a Ramik todas as acusações contra Ellen White, e todos os documentos em defesa preparados pela igreja, tanto quanto os relevantes livros envolvidos por Ellen White em várias acusações. Ao ler as acusações e a postura e defesa da igreja, Ramik estava inicialmente inclinado a favor da posição dos críticos. Renato Stencel (org.) 2013

  23. Aspectos legais das acusações de plágio • Ele gastou mais de 300 horas no estudo de mais de 1000 casos de lei literária norte-americana (1790-1915), no contexto de acusações críticas e respostas da igreja em sua defesa. • Após algumas semanas Ramik entregou um breve documento – com aproximadamente 50 páginas contendo sua opinião legal: “Ellen White não foi culpada”, “não procede”, Ellen está dentro dos padrões legais “do uso correto” concernente um escritor usando materiais de outros. Renato Stencel (org.) 2013

  24. Aspectos legais das acusações de plágio • Ele deu testemunho pessoal sem nem mesmo ter sido solicitado, concernente a sua leitura dos livros de Ellen White: “Sou um homem mudado. Nunca mais serei o mesmo Vince Ramik.” • Ramik foi posteriormente entrevistado por Roger W. Coon e outros líderes da igreja por duas horas(cada palavra foi eletronicamente gravada e depois transcrita literalmente). Renato Stencel (org.) 2013

  25. O “Projeto Surpresa” do patrimônio White Em 1981, Tim Poirier, arquivista do Patrimônio White, recebeu uma coleção completa de todos os escritos de Ellen White publicados em inglês. Foi dito a ele que tomasse nota nas margens de todas as referências do trabalho de outros escritores feita por Ellen White, trechos evidentes ou paráfrases. Foram dadas a ele todas as descobertas de Walter Rea, e ele usou pesquisas de outros para tentar descobrir outros paralelos literários entre os escritos de Ellen White e outros autores. O projeto levou 5 anos para ser concluído. Ele ficou conhecido como “Projeto Surpresa”. Renato Stencel (org.) 2013

  26. O “Projeto Surpresa” do patrimônio White Em 1986, Tim Poirier entregou um relatório da sua pesquisa: O livro O Desejado de Todas as Nações foi excluído desta pesquisa, porque ele estava sendo o assunto de um estudo bastante detalhado e intensivo conduzido pelo Dr. Fred Veltman, professor e acadêmico do Departamento de Religião do Pacific Union College. Renato Stencel (org.) 2013

  27. O “Projeto Surpresa” do patrimônio White A maior percentagem dos “empréstimos” foi encontrada no O Grande Conflito: 20.16%. No livro Sketches From the Life of Paul foram encontrados 12, 23% paralelos. O restante dos livros incluídos neste estudo tem 2% ou menos de seu total de materiais emprestados. A declaração pública de Walter Rea, de que nos escritos de Ellen White havia cerca de 80-90% (ou mais) de empréstimos literários, revelou-se ser extremamente exagerada. Renato Stencel (org.) 2013

  28. Por que Ellen White usou outros escritores • Para ajudá-la a expressar melhor as ideias/verdades reveladas a ela em visão: • Educação formal limitada • Limitada quantidade de tempo disponível para escrever a visão total de seu ministério. • Para suplantar detalhes não dados a ela em visão • Ela se obrigava a fazer pesquisas após as visões para melhorar o texto para a publicação. • Para embelezar os elementos literários com bonitas pérolas de pensamento. Renato Stencel (org.) 2013

  29. Conclusão Edward Heppenstall, Ph.D., professor aposentado do Seminário Teológico Adventista do Sétimo Dia, no artigo “O Testemunho Inspirado de Ellen White”, publicado pela Adventist Review, 9 de maio, 1987, p.17: “Ellen White não procurou enganar ninguém. Pensamentos, fatos e verdades escritas por uma pessoa podem ser usados por outra sem plagiarismo. Nenhuma objeção válida pode ser trazida contra Ellen White quando ela aumenta e clarifica suas próprias ideias à luz do trabalho de outros homens. Vamos acreditar que Deus falou e continua falando a nós; e que as verdades que guardamos veem do próprio Deus; e elas nos guiarão triunfantemente à vida eterna em Cristo Jesus Nosso Senhor.” Renato Stencel (org.) 2013

  30. Fonte Espírito de Profecia:Orientações para aIgreja Remanescente Pág. 149-170. Centro de Pesquisas Ellen G. White Organizador: Renato Stencel Abril de 2013 Renato Stencel (org.) 2013

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