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Curvar-se diante do inexistente: a ideologia do aquecimento global

Curvar-se diante do inexistente: a ideologia do aquecimento global. Daniela Onça Mudanças climáticas globais e implicações atuais Segundo semestre de 2008. “Há uma diferença entre acreditar em algo porque você quer ou porque você tem boas razões para isso” Larry Laudan. Advertência.

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Curvar-se diante do inexistente: a ideologia do aquecimento global

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Presentation Transcript


  1. Curvar-se diante do inexistente:a ideologia do aquecimento global Daniela Onça Mudanças climáticas globais e implicações atuais Segundo semestre de 2008

  2. “Há uma diferença entre acreditar em algo porque você quer ou porque você tem boas razões para isso” Larry Laudan

  3. Advertência Esta pesquisa não recebeu qualquer espécie de patrocínio de empresas cujos interesses são contrariados pelo Protocolo de Kyoto.

  4. Irena Sendler Al Gore

  5. Nosso problema “o descontrole decorrente de nossas atitudes atuais só terá solução na mudança de atitudes, no reexame de nossos valores, na redefinição de progresso e desenvolvimento. Longe de abandono puro e simples de ciência e tecnologia, necessitamos de ciência com ética. Daí surgirão novas formas de tecnologia, de tecnologia menos agressiva, mais sustentável (...) O esquema educacional, em todas as suas facetas, terá que se esforçar por conseguir uma revolução filosófica que consistirá na entronização do princípio ético fundamental enunciado por Albert Schweitzer: O PRINCÍPIO DA REVERÊNCIA PELA VIDA, em todas as suas formas e em todas as suas manifestações! Daí decorrerá todo um sistema de valores diametralmente oposto ao atual” José Lutzenberger, 1977

  6. No entanto... “Então tenho abandonado esta argumentação em favor de outra. Quem entende a importância deste processo biológico já está do nosso lado, e de nada adianta ficar pregando para convertidos. Precisamos de decisões, decisões imediatas, e estas só podem vir dos governantes, dos tecnocratas. Entre estes, infelizmente, idealistas são exceção, e o conhecimento científico, raro. Por isto precisamos de outro argumento que sacuda com as suas convicções. Este é o argumento climático”

  7. “conscientemente, estamos bagunçando todos os mecanismos de controle climático – com dióxido de carbono demais, metano, óxidos de nitrogênio, óxidos de enxofre, freons, hidrocarbonetos, desmatamento e desertificação. Por quanto tempo poderemos abusar do sistema? Quanto tempo demorará Gaia para ficar com febre? Será mesmo necessário que conheçamos todos os detalhes para começarmos a agir?”

  8. Os debates antigos “Assumindo, portanto, que esta afirmação esteja correta, de que a Europa está se tornando mais quente do que antes, como podemos considerá-la? Basicamente por nenhuma outra maneira que não supor que a terra no presente é muito melhor cultivada, e que os bosques foram retirados, os quais antigamente lançavam uma sombra sobre a terra e impediam os raios solares de penetrarem nela. Nossas colônias do norte da América tornaram-se mais temperadas, na proporção em que os bosques foram derrubados” David Hume, 1750

  9. “Os fazendeiros do rio Connecticut araram suas terras, conforme eu vi em fevereiro de 1779, e os pessegueiros floriram na Pensilvânia. E daí? Os invernos são todos amenos na América? De jeito nenhum; justamente no ano seguinte, não apenas nossos rios, mas nossas baías, e o próprio oceano, na nossa costa, foram rapidamente cobertos pelo gelo” Noah Webster, 1799

  10. “As afirmações tão freqüentemente avançadas, apesar de não apoiadas pelas medições, de que desde os primeiros assentamentos europeus na Nova Inglaterra, Pensilvânia e Virgínia, a destruição de muitas florestas nos dois lados dos Alleghanys [Apalaches] tornou o clima mais homogêneo – com invernos mais suaves e verões mais amenos – são agora desacreditados de maneira geral. Nenhuma série de observações de temperatura digna de confiança estende-se por mais de 78 anos nos Estados Unidos. Descobrimos a partir de observações na Filadélfia que de 1771 a 1814 a temperatura média anual mal se elevou em 2.7, um aumento que pode ser largamente creditado à extensão da cidade, sua maior população, e a numerosas máquinas a vapor...” Alexander von Humboldt, 1850

  11. ”Será visto que a climatologia racional não oferece bases para a largamente apregoada influência sobre o clima de um país produzida pelo crescimento ou destruição de florestas, construção de estradas de ferro ou telégrafos, e cultivos sobre vastas extensões da planície. Qualquer opinião relacionada aos efeitos meteorológicos da atividade humana deve se basear ou em registros de observações ou em raciocínio teórico a priori... O verdadeiro problema para o climatólogo a ser consolidado no século atual não é se o clima tem mudado ultimamente, mas o que é nosso clima presente, quais são suas características bem definidas, e como elas podem ser mais claramente expressas em números” Cleveland Abbe, 1889

  12. Os cálculos de Arrhenius (1896)

  13. “Freqüentemente ouvimos lamentos de que o carvão estocado na Terra está sendo desperdiçado pela geração presente sem pensamento algum sobre o futuro... [Entretanto]... Através da influência do crescente percentual do ácido carbônico na atmosfera, podemos ter a esperança de desfrutar de eras com climas mais uniformes e melhores, especialmente no que diz respeito às regiões mais frias da Terra, eras em que a terra trará colheitas muito mais abundantes que no presente, para benefício de uma humanidade em rápida propagação” Svante Arrhenius, 1906

  14. Guy Stewart Callendar, entre as décadas de 1930 e 1940, dará maior destaque ao CO2 e afirmará que o homem se tornou um agente de mudanças globais. • “Se ao final deste século, as medições mostrarem que as quantidades de dióxido de carbono na atmosfera subiram apreciavelmente e ao mesmo tempo a temperatura continuou a subir pelo mundo, estará firmemente estabelecido que o dióxido de carbono é um importante fator de mudanças climáticas” (Gilbert N. Plass, 1956)

  15. Virgil Partch, 1953

  16. “mesmo um aumento de um fator 8 na quantidade de CO2, o que é altamente improvável nos próximos milhares de anos, produzirá um aumento na temperatura de menos de 2K. No entanto, o efeito sobre a temperatura da superfície de um aumento no conteúdo de aerossóis na atmosfera pode ser significativo. Um aumento de fator 4 na concentração de equilíbrio de material particulado na atmosfera global, possibilidade que não pode ser descartada dentro do próximo século, poderia reduzir a temperatura média da superfície em até 3,5K. Caso mantido por um período de vários anos, tal decréscimo de temperatura seria suficiente para desencadear uma glaciação!” Stephen Schneider, 1971

  17. A histeria contemporâneaDiscurso de James Hansen em 23 de junho de 1988 (curva “alhos com bugalhos”) Fleming (1998)

  18. A elevação das temperaturas (“T-rex”) IPCC (2007)

  19. Curva de Keeling (“cobrinha”)

  20. Tendências de temperatura, 1901 a 2005 IPCC (2007)

  21. Tendências de temperatura, 1979 a 2005 IPCC (2007)

  22. IPCC (2001)

  23. Atribuição de causas Forçamentos naturais e antropogênicos (IPCC, 2007)

  24. Forçamentos naturais (IPCC, 2007)

  25. IPCC (2001)

  26. Projeções de aumento de temperatura e nível do mar IPCC (2007)

  27. IPCC (2001)

  28. IPCC (2007)

  29. O sistema climático global IPCC (2007)

  30. Balanço radiativo terrestre IPCC (2007)

  31. Causas terrestres Alterações na concentração de gases Dióxido de carbono (CO2) • Concentrações pré-industriais: 260-280 ppm • Concentrações atuais: 379 ppm • Principais fontes naturais: oceanos, solos, respiração animal e vegetal

  32. Fluxos: - atmosfera e biosfera terrestre: 120 Pg/ano - atmosfera e oceanos: 90 Pg/ano • Principais fontes antropogênicas: queima de combustíveis fósseis (80%) e mudanças no uso da terra (20%) • Emissões: 4,1±0,1 Gt/ano (2000-2005) • 55% das emissões permaneceram na atmosfera (variações anuais) • Sorvedouros: oceanos e fotossíntese

  33. Metano (CH4) • Concentrações pré-industriais: 700 ppb • Concentrações atuais: 1774 ppb • Principais fontes naturais: pântanos, oceanos, florestas e térmitas • Principais fontes antropogênicas: rizicultura, ruminantes e lixo • Principais sorvedouros: hidroxila (OH-) e solos • Equilíbrio entre fontes e sorvedouros

  34. Óxido nitroso (N2O) • Concentrações pré-industriais: 270 ppb • Concentrações atuais: 319 ppb • Principais fontes naturais: oceanos e solos florestais • Principais fontes antropogênicas: fertilizantes • Principais sorvedouros: fotodissociação

  35. Clorofluorcarbonos (CFCs) • Somente fontes antropogênicas • Forçamento muito elevado • Formação do buraco na camada de ozônio • 1987: Protocolo de Montreal

  36. Aerossóis • Atuam como núcleos de condensação e absorvedores / refletores de radiação • Grandes dificuldades na quantificação das fontes, tempos de residência e propriedades ópticas • Principais tipos: sulfatos, poeira mineral, sal, biogênicos, compostos de carbono

  37. Vulcanismo • Fonte de material particulado, sulfatos e cloro para atmosfera • Resfriamento em curto prazo (6 meses a 2 anos) • O dogma do ozônio: somente a explosão do Pinatubo forneceu 6 vezes mais cloro para a estratosfera que os CFCs em um ano!!

  38. Mecanismos de realimentação • Podem ser positivos ou negativos • Vapor d’água e nuvens • Albedo do gelo • Fertilização por carbono • Gases dissolvidos nos oceanos

  39. Modos de variabilidade IPCC (2007)

  40. “Se o desequilíbrio de 1977-88 pode ser atribuído a alguma causa, ou é meramente parte de uma variabilidade natural é uma questão difícil (...). Devido aos oceanos serem simultaneamente afetados por muitos forçamentos climáticos, inclusive os gases estufa, existe grande dificuldade em separar a verdadeira causa de alguma mudança observada. Em geral, haverá múltiplos forçamentos contribuindo para qualquer mudança observada em diferentes quantidades” Kevin Trenberth, 1990

  41. Causas astronômicas IPCC (2007)

  42. Excentricidade: varia de 0 a 0,06 com periodicidade de 100.000 e 400.000 anos • Obliqüidade: varia de 21,5o a 24,5o com periodicidade de 41.000 anos • Precessão: variação na direção do eixo da Terra, com periodicidade de 23.000 anos

  43. Causas extraterrestres Hipótese das manchas solares Leroux (2005)

  44. Hoyt; Schatten (1997)

  45. Fato 1 Existem muitos outros fatores de mudanças climáticas além da composição atmosférica, tais como vulcanismo, albedo planetário, parâmetros orbitais e atividade solar.

  46. Geleiras de Vostok Barnola et al (1987)

  47. As variações no dióxido de carbono ao longo dos últimos 420 mil anos seguiram amplamente a temperatura antártica, tipicamente de vários séculos a um milênio (IPCC, 2007, p. 444) • “Concluindo, a explicação para as variações glaciais e interglaciais de CO2 permanece como um difícil problema de atribuição. Parece provável que uma gama de mecanismos agiram em conjunto. O desafio futuro não é explicar somente a amplitude das variações glaciais-interglaciais de CO2, mas a complexa evolução temporal entre o CO2 atmosférico e o clima consistentemente” (IPCC, 2007, p. 446)

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