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MARATONA ESCOLAR JOAQUIM NABUCO 2009. JOAQUIM NABUCO- Vida e Obra 1849 -1910. JOAQUIM NABUCO – Nascimento e Família. 19 de agosto de 1849 - Nasce às 8h30 da manhã, em velho sobrado na Rua do Aterro da Boa Vista (atual Rua da Imperatriz Tereza Cristina), em Recife.
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JOAQUIM NABUCO – Nascimento e Família • 19 de agosto de 1849 - Nasce às 8h30 da manhã, em velho sobrado na Rua do Aterro da Boa Vista (atual Rua da Imperatriz Tereza Cristina), em Recife. • Seus pais - José Tomás Nabuco de Araújo (futuro senador) e Ana Benigna de Sá Barreto. • os Nabucos de Araújoinfluente família baiana de senadores desde o Primeiro Reinado e no Império. • os Paes Barreto família de grande influência em Pernambuco, desde o século XVI.
JOAQUIM NABUCO – Seus pais José Tomás Nabuco de Araújo Filho, jurista e Senador do Império, pai de Joaquim Nabuco.
JOAQUIM NABUCO - A infância • 1849 ( 8/12) – É batizado como Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo. • Padrinhos os senhores do Engenho Massangana, Joaquim Aurélio Pereira de Carvalho e d. Ana Rosa Falcão de Carvalho. • Fica sob os cuidados da madrinha quando os pais viajaram para a Corte. • Em Massangana passa a infância, até a morte da madrinha.Aí Tem contato direto com a escravidão, e pode compreender a sua crueldade e o mal que fazia ao País.
JOAQUIM NABUCO – Adolescente Joaquim Nabuco aos 15 anos
Joaquim Nabuco – Vida escolar/ formação acadêmica • 1857 - vem residir com os pais, no Rio de Janeiro. • No Rio realiza seus estudos de nível primário e, em Nova Friburgo/RJ, o secundário. • 1866 - Inicia os estudos de Direito na Faculdade de São Paulo. Destaca-se entre os colegas, como orador. • Em 2 de abril de 1868, saúda como orador José Bonifácio, após este perder o lugar de ministro.
NABUCO – Formação profissional, início da vida literária • 1869 - Transfere-se para Faculdade de Direito do Recife. • Escreve A escravidão ( publicado somente em 1988, pela Fundação Joaquim Nabuco/ Recife). • Escandaliza a elite local, por defender, em um júri, um escravo negro que assassinara o seu senhor. • 1870 (28/1) – É diplomado no Recife em Ciências Sociais e Jurídicas. Retorna ao Rio após a formatura , tentando advocacia.
JOAQUIM NABUCO - "Quincas, o belo“ • Joaquim Nabuco estudou nas melhores escolas, como o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. • "Quincas, o belo“ – seu apelido. Era conhecido pelas conquistas amorosas, a elegância e a beleza.
JOAQUIM NABUCO- Jornalismo e Literatura - Inicia-se no jornalismo em A Reforma, defendendo princípios monárquicos. • 1872 Publica o seu primeiro livro Camões e os Lusíadas ( 294 páginas). • Anteriormente publicara os opúsculos: • 1864 O gigante da Polônia. • 1869 O povo e o trono. • 1869 Le droit du meurtre.
JOAQUIM NABUCO - sua bandeira Sua vida foi profundamente marcada pelo contato direto com os escravos da casa grande e do campo. Maior bandeira de Nabuco a luta antiescravista
JOAQUIM NABUCO- Posicionamento contra a escravidão • As idéias de Tobias Barreto, Sílvio Romero e Castro Alves influenciam Nabuco . • Escreve ensaios e artigos, além de "A escravidão“ pequeno e valioso livro que durante muito tempo esteve entre os guardados da família , só seria publicado em 1988.
JOAQUIM NABUCO - cidadão do mundo • 1872- Viaja pela Europa fazendo contatos com intelectuais e políticos. • 1876 (26/4) Nomeado Adido de legação do Brasil nos Estados Unidos, país onde na velhice seria embaixador. • Viveu e estudou em Nova Iorque (onde viveu a maior parte do tempo) e em Washington.
JOAQUIM NABUCO - Diplomata Joaquim Nabuco com o fardão de Embaixador da República
JOAQUIM NABUCO - Vida política • 1878 Eleito deputado geral pela província de Pernambuco, graças ao apoio do Barão de Vila Bela. • Inicia a campanha a favor da abolição da escravatura ao lado de outros jovens deputados. • Combate um projeto de exploração do Xingu, defendendo os direitos dos indígenas • “Mongolização do país“ Critica o envio de missão oficial à China, visando estimular migração de chineses para substituir escravos na agricultura.
JOAQUIM NABUCO - A luta segue • 1880 - Orador oficial na comemoração do 3º centenário de Camões, no Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro. • 7 de setembro de 1880 Nabuco organiza e instala a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão em sua residência, desafiando a elite conservadora da época. • Inviabiliza a sua reeleição ao criar divergências com o seu partido, o Liberal.
JOAQUIM NABUCO - O exílio voluntário • 1882 (1/2) Derrotado nas eleições para a Câmara dos Deputados. • Parte para a Europa – segundo ele exílio voluntário - como representante dos abolicionistas. • Em Londres Vive como advogado e jornalista (representante do Jornal do Commercio do Rio de Janeiro). Escreve um dos seus principais livros, O abolicionismo, publicado em 1884.
JOAQUIM NABUCO - O Político • 1884 Realiza campanha para a eleição, por Pernambuco, à Câmara dos Deputados. • Defende a causa do abolicionismo. • 1885 Publica seus discursos e conferências no livro A campanha abolicionista, onde defende idéias bastante avançadas. • Vitorioso sobre o candidato conservador, foi entretanto expurgado pela Câmara. • 1885(7/7) Expurgo de Nabuco causa a maior revolta em Pernambuco e os Municípios de Nazaré e Bom Jardim o elegem para a Câmara.
JOAQUIM NABUCO - A aspiração regionalista • 1885- Defende o Gabinete Dantas e o seu projeto de libertação dos sexagenários. • 1885 (14/9) - Nabuco apresenta à Câmara dos Deputados um projeto de lei em favor da federação das províncias, tentando concretizar velha aspiração regionalista brasileira.
JOAQUIM NABUCO - O Político • 1886 (15/1) - Nabuco foi derrotado em eleição para a Câmara dos deputados ao tentar eleger-se pelo Recife.
JOAQUIM NABUCO - Ações contra a escravidão • 1888 (10/2) - Audiência particular com o Papa Leão XIII . Relata a luta pelo abolicionismo no Brasil. Possivelmente influenciou o Papa na elaboração de uma encíclica contra a escravidão. • 1888 (10/3) - Apoia e dá uma grande contribuição à aprovação da Lei Áurea.
JOAQUIM NABUCO - Casamento • 1889(28/4)- Casa-se com d. Evelina Torres Soares Ribeiro, filha do barão de Inhoã, fazendeiro em Maricá, na então província do Rio de Janeiro.
JOAQUIM NABUCO - O Político monarquista • 1889(21/8)- É eleito deputado por Pernambuco, para a última legislatura do Império, sem ir ao Recife e sem solicitar o apoio do eleitorado. • Teme pela queda da Monarquia, a quem era fiel, embora não poupasse críticas à instituição e ao próprio Imperador.
JOAQUIM NABUCO- O monarquista • 1889(15/11) –É proclamada a República e seu posicionamento é a favor da Monarquia. • No opúsculo Por que sou monarquista, justifica porque recusou postular uma cadeira na Assembléia Constituinte de 1891. • 1891 É convidado a escrever como colaborador no Jornal do Brasil. • Volta à advocacia mas um ano depois o escritório é fechado.
JOAQUIM NABUCO - A volta ao catolicismo • 1892 - Viaja à Inglaterra com a família, aí permanecendo por alguns anos. • Volta à Igreja Católica, que havia abandonado na juventude. • O livro Minha Férelata o processo de sua conversão (publicado em 1986/ Fundação Joaquim Nabuco).
JOAQUIM NABUCO - O monarquista • 1895 - Escreve o opúsculo O dever dos monarquistas, em resposta a outro escrito pelo almirante Jaceguai, favorável ao novo regime. • 1896(12/1)- Manifesto do Partido Monarquista, recém-fundado, publicado no Jornal do Commercio sendo um dos signatários, Nabuco.
JOAQUIM NABUCO - Atividade intelectual • 1893/1899 - Período de intensa atividade intelectual de Nabuco, escrevendo livros e artigos para jornais e revistas. • Alguns livros foram escritos inicialmente para publicação de seus capítulos, como artigos, nos jornais e na Revista do Brasil. • Balmaceda (publicado em 1895) sobre a guerra civil no Chile e A intervenção estrangeira na Revolta de 1893 (publicado em 1896). Analisa o desenrolar da luta, faz confronto entre Saldanha da Gama e Floriano Peixoto, que encarnava a legalidade.
JOAQUIM NABUCO - Algumas publicações • 1896 - Um estadista do Império, seu principal livro, analisa a vida do senador Nabuco de Araújo e a vida política, econômica e social do País durante a atuação do mesmo. • 1900 –Livro de memórias, intitulado Minha formação, publicado parcialmente na imprensa.
JOAQUIM NABUCO - A fundação da ABL • 1896 - Participa da fundação da Academia Brasileira de Letras. Nabuco foi seu secretário perpétuo. • 1896 (25/1) - Ingressa no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. • 1899(9/3) – Defende oficialmente o Brasil na questão de limites com a então Guiana Inglesa. • Inicia seu processo de afastamento do grupo monarquista e a sua conciliação com a República.
JOAQUIM NABUCO - Adesão à República • 1900 Aceita ser ministro brasileiro na Inglaterra, passando a ser funcionário da República. Aceitou ser "plenipotenciário em missão especial" deixando a chefia da legação com o encarregado de negócios. . Profere discurso considerado como sua adesão à República, no Rio
JOAQUIM NABUCO - Na diplomacia • 1903 - Publica em Paris o livro O direito do Brasil (primeira parte), com análise das razões do Brasil sobre área territorial fronteiriça com a Guiana Inglesa. • 1904(14/6) - O rei Victor Emanuel da Itália dá o laudo arbitral na questão da Guiana Inglesa ( 3/5 para a Grã-Bretanha e 2/5 para o Brasil), considerado por Nabuco como uma derrota para o Brasil.
JOAQUIM NABUCO - O diplomata • 1905 - É nomeado embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Como embaixador em Washington liga-se muito ao governo norte-americano. • Defende uma política pan-americana, baseada na doutrina de Monroe. • 1906( julho)- Organiza a III Conferência Pan-americana, realizada no Rio de Janeiro.
JOAQUIM NABUCO - O diplomata • Viaja bastante pelos Estados Unidos e profere dezenas de conferências em universidades americanas. • Recebe títulos de doutor honoris causa de várias universidades americanas. • Defende a criação de um sistema continental americano , o que contribui para a criação da União Panamericana, embrião da futura Organização dos Estados Americanos (OEA).
JOAQUIM NABUCO - Fim de uma gloriosa vida • 17 de janeiro de 1910 - Faleceu em Washington, como embaixador, após um longo período de doença.
JOAQUIM NABUCO - Obras • Camões e os Lusíadas (1872); • Amour et Dieu, poesias líricas (1874); • O Abolicionismo (1883); • O erro do Imperador, história (1886); • Escravos, poesia (1886); • Porque continuo a ser monarquista (1890); • Balmaceda, biografia (1895); • A intervenção estrangeira durante a revolta, história diplomática (1896);
JOAQUIM NABUCO- Obras • Um estadista do Império, biografia, 3 tomos (1897-1899); • Minha formação, memórias (1900); • Escritos e discursos literários (1901); • Pensées detachées et souvenirs (1906); • Discursos e conferências nos Estados Unidos, tradução do inglês de Artur Bomilcar (1911); • Obras completas, 14 vols. org. por Celso Cunha (1947-1949).
JOAQUIM NABUCO - Textos escolhidos • O IDEAL ABOLICIONISTA Compare-se com o Brasil atual da escravidão o ideal de Pátria que nós, Abolicionistas, sustentamos: um país onde todos sejam livres; onde, atraída pela franqueza das nossas instituições e pela liberdade do nosso regímen, a imigração européia traga, sem cessar, para os trópicos uma corrente de sangue caucásico vivaz, enérgico e sadio, que possamos absorver sem perigo, em vez dessa onda chinesa, com que a grande propriedade aspira a viciar e corromper ainda mais a nossa raça; um país que de alguma forma trabalhe originalmente para a obra da humanidade e para o adiantamento da América do Sul. (O abolicionismo, 1883.)
JOAQUIM NABUCO - Textos escolhidos • Abolicionistas são todos os que confiam num Brasil sem escravos; os que predizem os milagres do trabalho livre, os que sofrem a escravidão como uma vassalagem odiosa imposta por alguns, e no interesse de alguns, à nação toda, os que já sufocaram nesse ar mefítico, que escravos e senhores respiram livremente; os que não acreditam que o brasileiro, perdida a escravidão, se deite para morrer, como o romano do tempo dos Césares, porque perdera a liberdade.
JOAQUIM NABUCO - Textos escolhidos • O IDEAL ABOLICIONISTA Isso quer dizer que nós vamos ao encontro dos supremos interesses da nossa pátria, da sua civilização, do futuro a que ela tem direito, da missão a que a chama o seu lugar na América; mas, entre nós e os que se acham atravessados no seu caminho, quem há de vencer? É esse o próprio enigma do destino nacional do Brasil. A escravidão infiltrou-lhe o fanatismo nas veias, e, por isso, ele nada faz para arrancar a direção daquele destino às forças cegas e indiferentes que o estão, silenciosamente, encaminhando. (O abolicionismo, 1883.)