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Lucia Mardini | DVAS. Vacinação contra o HPV no SUS. Vírus do papiloma humano (HPV). É um vírus DNA, pertence a família Papillomavirus - 100 tipos identificados, sendo que mais de 40 podem infectar o trato genital. Dois grupos, de acordo com seu potencial de oncogenicidade:
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Vírus do papiloma humano (HPV) • É um vírus DNA, pertence a família Papillomavirus - 100 tipos identificados, sendo que mais de 40 podem infectar o trato genital. • Dois grupos, de acordo com seu potencial de oncogenicidade: • De alto risco oncogênico relacionados com o desenvolvimento de neoplasias intraepiteliais e de câncer invasivo do colo do útero, vulva, vagina e região anal. Os tipos considerados de alto risco incluem os 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73 e 82. Aproximadamente 70% dos casos de câncer de colo de útero em todo o mundo são causados pelos tipos 16 e 18. - De baixo risco oncogênico, por exemplo, os tipos 6 e 11, associados a infecções benignas do trato genital como condiloma acuminado ou plano e lesões intra epiteliais (LIE) e verrugas genitais ( presentes em 90% dos casos de verrugas).
Prevalência da infecção pelo HPV, lesões pré-cancerosas e câncer do colo do útero, Segundo a idade da mulher¹
Estimativa de incidência do câncer do colo do útero, por 100 mil mulheres, no Brasil, segundo a Unidade da Federação, 2012
Objetivos ● Proporcionar o acesso gratuito à vacina quadrivalente contra o HPV ● Vacinar as adolescentes de 9 a 13 anos de idade com a vacina contra o HPV reduzindo a chance de câncer de colo de útero, vulvar e vagina, as verrugas anogenitais e infecções causadas pelo papilomavírus humano. ● Levar a saúde preventiva às escolas estimulando e oportunizando o diálogo entre jovens, pais e escola sobre o tema sexualidade, com enfoque na qualidade de vida. ● Reduzir a longo prazo a mortalidade por câncer do colo de útero
Motivos para vacinarmos nossas filhas ● O HPV é um vírus que afeta homens e mulheres em todo o mundo e é considerado atualmente a principal causa de doenças sexualmente transmissíveis (DST). ● Está diretamente relacionado ao câncer de colo de útero e verrugas genitais. ● O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido de mãe para filho no momento do parto.
Motivos para vacinarmos nossas filhas ● 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV* ● 32% estão infectadas pelos tipos 16, 18 ou ambos, presentes em 70% dos casos do câncer do colo do útero* ● No Brasil, é registrado anualmente em média 4800 vítimas fatais por câncer do colo do útero *Estimativa da OMS
Motivos para vacinarmos nossas filhas ● 8 a cada 10 mulheres serão infectadas com algum tipo de HPV em algum momento da vida. ● No mundo a cada 2 minutos uma mulher perde a luta contra o câncer do colo de útero. ● Os meninos serão protegidos indiretamente com a vacinação do sexo feminino – IMUNIDADE DE REBANHO ● Estudos de avaliação do impacto, após a implantação da vacina quadrivalente, demonstram uma redução drástica na transmissão do HPV entre homens.
DADOS DE EFETIVIDADE DE PAÍSES QUE IMPLEMENTARAM A VACINA QUADRIVALENTE a100% subsidiada pelos governos com exceção da Bélgica 16 e Estados Unidos.17 b Esquema completo com 3 doses execto na Nova Zelãndia. cVaria por região e província. 1. Tabrizi SN, et al. J Infect Dis. 2012;206(11):1645-51. 2. Ali H, et al. BMJ. 2013;346:f2032. doi: 10.1136/bmj.f2032. 3. Poole T, et al. Vaccine. 2012;31:84–8. 4. Baandrup L, et al. Sex Transm Dis. 2013;40(2):130-5. 5. Leval A et al. J Natl Cancer Inst. 2013;105:469–74. 6. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2011;60:1705‒8. 7. Markowitz LE et al. MMWR Recomm Rep. 2007;56(RR-2):1–24. 8. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2011;60:1117–23. 9. Markowitz LE et al. Vaccine. 2012;30(Suppl 5):F139–48. 10. Deleré Y et al. Euro Surveill. 2007;12:pii=3169. 11. Simoens C et al. Euro Surveill. 2009;14:pii=19407. 12. Top G et al. Vlaams Infectieziektebulletin. Disponível em: 2012;3:1–2. www.infectieziektebulletin.be/defaultSubsite.aspx?id=31717#. Acesso em julho de 2013. 13. National Advisory Committee on Immunization (NACI). Canada Comm Dis Rep. 2012;38:ACS-1. Disponível em: http://www.phac-aspc.gc.ca/publicat/ccdr-rmtc/12vol38/acs-dcc-1/assets/pdf/acs-dcc-1-eng.pdf. Acesso em julho de 2013. 14. Wilson SE et al. Vaccine. 2013;31:757−62.
DADOS DE IMPACTO PRECOCE NOS PROGRAMAS COM USO DA VACINA QUADRIVALENTE CONTRA HPV
A VACINA- Por que a Quadrivalente? ● Existem duas vacinas comercializadas no mundo e que estão aprovadas pelos órgãos reguladores para utilização no Brasil. ● Uma vacina é a quadrivalente que previne contra o HPV dos tipos 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo de útero em todo o mundo, além dos tipos 6 a 11 presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. ● A outra vacina é a bivalente que protege contra o HPV dos tipos 16 e 18.
VACINA QUADRIVALENTE DO HPV Eficácia de 98,8% contra o câncer de colo de útero Objetivo é vacinar 80% da população- alvo A vacinação contra o HPV é uma prevenção do câncer do colo do útero. A vacina não substitui a realização do exame preventivo, o Papanicolau ou o uso de preservativos
Vacina papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18 (recombinante) Vacina HPV – População alvo • Adolescentes do sexo feminino na faixa etária: • de 11 a 13 anos (2014), • de 9 a 11 anos (2015) e, • de 9 anos (a partir do 2016)
Vacina papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18 (recombinante) • Administração de três doses: 0, 6 meses e cinco anos • Esquema é recomendado pela OPAS é adotado por países como Canadá, Suíça, México e Colômbia • Intervalo de 6 meses entre a 1ª e a 2ª doses e a realização da 3ª dose após cinco anos gera resposta imunológicamais robusta Cronograma de vacinação
Resumindo...... 5 vantagens do esquema estendido no Brasil • O esquema estendido seguirá a recente recomendação do TAG, já adotada pelo Canadá, México, Colômbia e Suíça • Dispondo do mesmo recurso, será possível ampliar a vacinação para mais três faixas etárias, possibilitando vacinar meninas de 9 a 13 anos • Nos cinco primeiros anos serão administradas duas doses da vacina, aumentando a adesão e, consequentemente, o alcance das coberturas vacinais preconizadas 1 2 3
5 vantagens do esquema estendido no Brasil • Quanto maior a distância entre as primeiras duas doses da vacina quadrivalente, maiores são os títulos de AC antes da terceira dose (Neutzil et al, JAMA 2011) • A realização da vacinação não concomitante com outras campanhas reduzirá a sobrecarga de trabalho das equipes de vacinação, também propiciando alcance das coberturas vacinais, sem interferir nas coberturas vacinais das demais vacinas 4 5
Vacina papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18 (recombinante) População de adolescentes, do sexo feminino, de 11 a 13 anos, nº de 1º doses aplicadas contra o HPV e cobertura vacinal, por CRS, 2014, RS Fonte: DATASUS/PNI 25/07/201
Vacina papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18 (recombinante) 2ª Etapa da vacinação contra o HPV • A partir de 1º de setembro iniciará a aplicação da 2ª dose da vacina contra o HPV. É fundamental que estas adolescentes recebam esta dose, pois assim, produzirão uma maior resposta imunológica (maiores títulos de anticorpos) contra as verrugas genitais e o câncer do colo do útero. • A vacinação ocorrerá com conhecimento dos pais ou responsáveis • A vacinação ocorrerá nas escolas e/ou UBS - diferentes estratégias por município • Solicitação de assinatura para recusa (no caso dos pais ou responsáveis não concordarem em vacinar os seus filhos)
Contraindicações • Hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer um dos excipientes da vacina; • História de hipersensibilidade imediata grave a levedura ou após receber uma dose da vacina HPV. • Gestantes. Se a menina engravidar após o início do esquema vacinal, as doses subseqüentes deverão ser adiadas até o período pós-parto.* *Markowitz LE, Dunne EF, Saraiya M, Lawson HW, Chesson H, Unger ER et al. Quadrivalent Human Papillomavirus Vaccine: Recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR Recomm Rep. 2007;56(RR-2):1-24. *Carvalho, J. J. M. et al. Atualização em HPV: Abordagem científica e multidisciplinar. São Paulo: Hunter Boks, 2012.
Eventos Adversos Eventos adversos associados à vacina HPV quadrivalente Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação. Brasília, 2013 (no prelo).
Material sobre a vacinação do HPV Página da SES – www.saude.rs.gov.br
Obrigada Disque – vigilância 150