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Jornalismo Interpretativo

Jornalismo Interpretativo. Clarissa Josgrilberg Pereira Virgínia Salomão. Autores pesquisados. Sérgio Vilas Boas – reportagem interpretativa Edivaldo Pereira Lima – reportagem interpretativa Daniela Santos & Eliane Oliveira - reportagem interpretativa

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Jornalismo Interpretativo

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Presentation Transcript


  1. Jornalismo Interpretativo Clarissa Josgrilberg Pereira Virgínia Salomão

  2. Autores pesquisados • Sérgio Vilas Boas – reportagem interpretativa • Edivaldo Pereira Lima – reportagem interpretativa • Daniela Santos & Eliane Oliveira - reportagem interpretativa • Cremilda Medina & Leandro -jornalismo interpretativo • Felipe Pena - história e interpretação • Nanchara Carolina Sperb - jornalismo interpretativo • Luiz Beltrão – jornalismo Interpretativo

  3. VILAS BOAS, Sérgio. O estilo magazine: o texto em revista. Novas Buscas em comunicação. Vol.52. São Paulo: Summus, 1996 • Com mais tempo para extrapolações analíticas do fato, as revistas podem produzir textos mais criativos, utilizando recursos estilísticos geralmente incompatíveis com a velocidade do jornalismo diário. A reportageminterpretativa é o forte. (p.9) • Quando a notícia salta de uma simples nota para uma reportagem, é preciso ir além, detalhar, questionar as causas e efeitos, interpretar, causar impacto. (...) (p.43)

  4. VILAS BOAS, Sérgio. O estilo magazine: o texto em revista. Novas Buscas em comunicação. Vol.52. São Paulo: Summus, 1996 Vilas Boas cita Nilson Lage • Investigação “parte-se de um fato para revelar outros, mais ou menos ocultados, e, por meio deles, o perfil de uma situação de interesse jornalístico”. • Interpretação “o conjunto de fatos é observado da perspectiva metodológica de uma dada ciência (as interpretações mais freqüentes são sociológicas e econômicas)” (Lage, 1982, p.83)

  5. VILAS BOAS, Sérgio. O estilo magazine: o texto em revista. Novas Buscas em comunicação. Vol.52. São Paulo: Summus, 1996 • A interpretação é uma das características do jornalismo de revista. • No jornalismo interpretativo está inserida a reportagem individual e investigativa. (...) Interpretar é dar a informação sem opinar, expondo ao leitor o quadro completo de uma situação atual. (p.77)

  6. LIMA, Edvaldo Pereira: Páginas ampliadas: o livro-reportagem como extensão do jornalismo e da literatura. Campinas (SP): Unicamp, 1993 Jornalismo interpretativo: • Busca não deixar a audiência desprovida de meios para compreender o seu tempo, as causas e as origens dos fenômenos que presencia, suas consequências no futuro. • Ele cita Medina e Paulo Roberto Leandro ‘a reportagem interpretativa determina um sentido desse aqui num circuito mais amplo, reconstitui o já no antes e no depois, deixa os limites do acontecer para um estar acontecendo atemporal, ou menos presente’. (p.25)

  7. LIMA, Edvaldo Pereira: Páginas ampliadas: o livro-reportagem como extensão do jornalismo e da literatura. Campinas (SP): Unicamp, 1993 O JI elucida por meio do: • contexto do fato nuclear - (visão da rede de forças) • antecedentes – (resgata as origens do problema) • suporte especializado – (pesquisas de opinião pública ou entrevistas) • da projeção – (do presente e do passado os desdobramentos e conseqüências possíveis) • do perfil – (visa emocionar e elucidar - retrato completo)

  8. LIMA, Edvaldo Pereira: Páginas ampliadas: o livro-reportagem como extensão do jornalismo e da literatura. Campinas (SP): Unicamp, 1993 Ele diz que não é uma relação simplista de causa e efeito: “É tecer esse encontro de relações entre a rede de causas e a rede de efeitos, o objetivo do jornalismo interpretativo, ao procurar fornecer uma leitura precisa, ampla, da complexa realidade que nos cerca neste agitado século XX”. (p.26)

  9. As autoras citam Chaparro: “Para o autor, o jornalismo de periodicidade diária terá de assumir uma nova vocação interpretativa e argumentativa para oferecer à sociedade a análise e a discussão dos acontecimentos – o que, em suma, cabe à reportagem.” (pág. 5-6) SANTOS, Daniela de Almeida & OLIVEIRA,Eliane Freire de. A (des)caracterização do livro-reportagem em projetos experimentais de Jornalismo. Sessão de Temas Livres

  10. SANTOS, Daniela de Almeida & OLIVEIRA,Eliane Freire de. A (des)caracterização do livro-reportagem em projetos experimentais de Jornalismo. Sessão de Temas Livres Sobre o papel da notícia, Cremilda Medina explica que, às respostas clássicas do texto informativo, somam-se questões como: em que contexto, com que raízes e com que envolvimento humano. A transformação da notícia em reportagem interpretativa se faz em três direções: a interpretação dá sentido, no tempo e no espaço, ao acontecimento isolado, relacionando-o ao seu contexto. (pág. 6)

  11. PENA, Felipe. Teoria da biografia sem fim. Rio de Janeiro: Mauad, 2004 A reinterpretação do passado, sugerida por Damasceno, passa pela rediscussão dos conceitos de tempo e memória . Para Derrida, essa reconceitualização significa abdicar da noção de linearidade temporal e substitui-la por simultaneidade. No momento em que lembramos de algo, o que era passado torna-se narrativa e articula-se no presente, sendo, portanto simultâneo a este presente. E o futuro seria (...) articulado apenas no discurso, o que também o tornará presente. (p.22-23)

  12. PENA, Felipe. Teoria da biografia sem fim. Rio de Janeiro: Mauad, 2004 O que parece claro na abordagem da Nova História (...) é, então, a implementação de uma nova atitude em relação ao evento, que obrigue o jornalista a ler não a partir do evento, mas a partir dos pressupostos de formação do evento. E isto quer dizer definir métodos, reavaliar fontes, escolher unidades de observação, estabelecer relações entre os elementos e chegar a modelos de estudo, sem, entretanto, deixar de considerar as múltiplas variáveis. (p.47)

  13. PENA, Felipe. Teoria da biografia sem fim. Rio de Janeiro: Mauad, 2004 Pena cita Michel de Certeau: • A história, assim como o jornalismo, não reconstitui a realidade, mas interpreta-a. Certeau defende o modelo subjetivo, pelo qual toda interpretação histórica depende de um sistema de referência. • E o lugar de onde se fala está no centro das discussões. Mais do que o público, são os pares do historiador os destinatários da obra. (...) Para Certeau, é impossível analisar o discurso histórico fora da instituição em torno da qual ele se organiza. (p.48).

  14. SPERB, Nanachara Carolina. A influência da utilização do hipertexto na produção de jornalismo interpretativo para Internet. In GT de Jornalismo no VIII Intercom Sul • O jornalismo interpretativo consiste em coletar, redigir e divulgar informações. (pág.4) • A expressão: JI está sendo combatida pelos pesquisadores (própria ideia ou dos entrevistados) ao mostrar vários ângulos da notícia. • O JI utiliza algumas das técnicas da comunicação de massas –além de explicar e informar, também ensina, mede e valoriza, oferecendo a interpretação mais ampla possível.(ERBOLATO, 2004)

  15. SPERB, Nanachara Carolina. A influência da utilização do hipertexto na produção de jornalismo interpretativo para Internet. In GT de Jornalismo no VIII Intercom Sul JI • oferece ao leitor as causas e conseqüências, estabelece conexões entre um fato e uma situação ou contexto mais amplo. • trata de projetar o significado e o sentido das ocorrências em três direções: antecedentes de um fato, contexto social e conseqüências –nada surge isoladamente, pois um acontecimento é parte de uma situação geral. (pág.4-5).

  16. SPERB, Nanachara Carolina. A influência da utilização do hipertexto na produção de jornalismo interpretativo para Internet. In GT de Jornalismo no VIII Intercom Sul Ela cita Erbolato: O novo jornalismo, mesmo ao contrário do que julgam alguns jornalistas americanos, deseja aprofundar-se na análise das ocorrências e complementá-las com matérias paralelas, mas sem que seja emitida qualquer opinião. (pág.4-5)

  17. SPERB, Nanachara Carolina. A influência da utilização do hipertexto na produção de jornalismo interpretativo para Internet. In GT de Jornalismo no VIII Intercom Sul • O JI exige que a informação tenha mais investigação e aprofundamento e se materializa na reportagem (ou grande reportagem). • As notícias necessitam ser interpretadas para que o leitor tenha acesso completo à origem da notícia, saiba do alcance dos fatos e circunstâncias no momento que acontecem, e possa explorar o resultado deles no futuro (interpretação), analise os fatos e situações descritas anteriormente (análise). (p.5-6)

  18. SPERB, Nanachara Carolina. A influência da utilização do hipertexto na produção de jornalismo interpretativo para Internet. In GT de Jornalismo no VIII Inercom Sul • Limites entre interpretar e opinar: • Se o jornalista ultrapassa os limites da busca do sentido das diferentes forças que atuam em uma situação, configurada em suas origens e em suas possíveis projeções, se submete os dados colhidos e o sentido encontrado a uma escala de valores própria, pessoal, estará em pleno domínio da opinão (BELTRÃO, 1976, p.48). Ver artigo: http://encipecom.metodista.br/mediawiki/images/6/6a/GT4-_19-_O_genero_interpretativo-_Lailton_e_Janine.pdf

  19. SPERB, Nanachara Carolina. A influência da utilização do hipertexto na produção de jornalismo interpretativo para Internet. In GT de Jornalismo no VIII Intercom Sul Ela cita Dines: • o indivíduo não quer saber somente o que acontece em sua volta, mas de sua situação em relação ao acontecimento. (pág.6) Ela cita Solange Migliorance (dissertação ECA/USP) • Isto só se consegue –segundo Dines– com o engrandecimento da informação a tal ponto que ela contenha os seguintes elementos: a dimensão comparada, a remissão ao passado, a interligação com outros fatos, a incorporação do fato a uma tendência e a sua projeção para o futuro.

  20. MELO, José Marques. Jornalismo Opinativo, gêneros opinativos no jornalismo brasileiro. 3ª ed, rev. e ampliada. Campos de Jordão: Mantiqueira, 2003. CLASSIFICAÇÕES ESTRANGGEIRAS

  21. MELO, José Marques. Jornalismo Opinativo, gêneros opinativos no jornalismo brasileiro. 3ª ed, rev. e ampliada. Campos de Jordão: Mantiqueira, 2003. CLASSIFICAÇÕES BRASILEIRAS Na revisão que MM fez, poucas inovações – no JI a grande mudança foi o “desenvolvimento da reportagem, com o esforço analítico e documental que procurou situar mais precisamente o cidadão diante dos acontecimentos.” ( p.47)

  22. MELO, José Marques. Jornalismo Opinativo, gêneros opinativos no jornalismo brasileiro. 3ª ed, rev. e ampliada. Campos de Jordão: Mantiqueira, 2003. Beltrão sugere uma separação dos gêneros segundo as funções (informar, explicar e orientar) Incongruências reportagem e reportagem em profundidade – mesma técnica de captação, redação e edição história de interesse humano como gênero autônomo – na prática = matéria fria (não perde a atualidade) = reportagem autonomia da fotografia e de recursos por imagem: podem ser notícias (uma faceta privilegiada), complementos de notícia (articula texto e imagem) ou reportagens (suficientes para narrar)

  23. MELO, José Marques. Jornalismo Opinativo, gêneros opinativos no jornalismo brasileiro. 3ª ed, rev. e ampliada. Campos de Jordão: Mantiqueira, 2003. Critérios 1º) agrupamento dos gêneros em categorias: reprodução do real – descrever o real jornalisticamente a partir do atual e do novo leitura do real – ler o real significa identificar o valor do atual e do novo na conjuntura O jornalismo articula-se em dois núcleos: informação (saber o que passa) - descrição opinião (saber o que se pensa dobre o que passa) – versão dos fatos

  24. MELO, José Marques. Jornalismo Opinativo, gêneros opinativos no jornalismo brasileiro. 3ª ed, rev. e ampliada. Campos de Jordão: Mantiqueira, 2003. JMM entende que “a interpretação (...) cumpre-se perfeitamente através do jornalismo informativo. O mesmo ocorre com a diversão, mero recurso narrativo”. 2º) identificação dos gêneros a partir da estrutura dos relatos jornalísticos - não se refere à estrutura do texto, imagens e sons, mas sim a articulação entre os acontecimentos (real), sua expressão jornalística (relato) e a apreensão pela coletividade (leitura)

  25. MELO, José Marques. Jornalismo Opinativo, gêneros opinativos no jornalismo brasileiro. 3ª ed, rev. e ampliada. Campos de Jordão: Mantiqueira, 2003. “Os gêneros que correspondem ao universo da informação se estruturam a partir de um referencial exterior `instituição jornalística: sua expressão depende diretamente da eclosão e evolução dos acontecimentos e da relação que os mediadores profissionais (jornalistas) estabelecem em relação aos seus protagonistas (personalidades ou organizações).” Os opinativos não: são controlados pela instituição jornalística; autoria (quem emite a opinião) e angulagem (perspectiva temporal ou espacial que dá sentido à opinião. (p.65)

  26. Classificação José Marques de Melo

  27. Classificação – José Marques de Melo (2006)Categoria periodística: JornalismoGêneros e Formatos

  28. DOSSIÊ - Definição   Mosaico destinado a facilitar a compreensão dos fatos noticiosos. Condensação de dados sob a forma de “boxes”,ilustrados com gráficos, mapas ou tabelas.  Trata-se de matéria destinada a complementar as narrativas principais de uma edição ou para celebrar efemérides. Mini-dossiê (saiba mais) Dossiê temático

  29. PERFIL - Definição Relato biográfico sintético, identificando os “agentes” noticiosos. Focaliza os protagonistas mais freqüentes da cena jornalístico, incluindo figuras que adquirem notoriedade ocasional.

  30. ENQUETE - Definição  Relato das narrativas ou pontos de vista de cidadãos aleatoriamente escolhidos. Tanto pode ser restrita aos “olimpianos” quanto abrangente, incluindo os “cidadãos comuns”  Destina-se a acionar os mecanismos psicológicos de “projeção” ou “identificação”. Tanto pode ser “quantitativa” (ibope) quanto “qualitativa” (mini-depoimento) ou combinar as duas formas.

  31. CRONOLOGIA – Definição Reconstituição do acontecimento de acordo com variáveis temporais (secular, anual, semanal, horária).Destina-se a reconstituir o fluxo das ocorrências,permitindo sua melhor compreensão pelo receptor.  Trata-se de ilustração que complementa a cobertura de fatos extraordinários ou cuja dinâmica tem como alavanca o fator “tempo”.

  32. BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 • Filosofia: A essência do jornalismo é a informação de atualidade, ou seja, de fatos, situações e idéias que estejam ocorrendo, desenrolando-se ou atuando em e sobre determinada comunidade no momento preciso de sua manifestação. (p.11) • “O objeto do jornalismo é a atualidade de interesse abrangente, que se projeta dos limites espaciais em que se origina para atingir vastos círculos de pessoas e instituições que, sem o seu conhecimento, seriam alvos indefesos e inadvertidos dos efeitos da ação desencadeada, quer lhes fossem, ou não, benéficos.” (p.11)

  33. BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 O autor cita José Marti (libertador e pai da imprensa cubana): • (...) toca-lhe ‘elogiar, explicar, ensinar, guiar, dirigir; toca-lhe, enfim, propor soluções, amadurecê-las, torná-las fáceis, submetê-las à censura, reformá-las; toca-lhe estabelecer e fundamentar ensinamentos’, se pretende ser respeitado e, conforme os seus serviços e merecimentos, protegido e honrado pela sociedade.

  34. BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 • A interpretação jornalística consiste no ato de submeter os dados recolhidos a uma seleção crítica, a fim de proporcionar ao público os que são realmente significativos. ( p.12) • Essa aptidão de tirar o essencial do acidental, o permanente do corrente (...) exige lastro cultural e ético, além de vocação, e se desenvolve pela experiência. (p.13) • O jornalismo não se dirige a um indivíduo ou a um grupo determinado, mas a toda sociedade. (p.13)

  35. BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 • Sem o conhecimento da atualidade, sequer por um dia, por horas apenas, a vida social mergulharia no caos. (p.14) • podemos conceituar o Jornalismo como a informação de idéias, situações e fatos atuais, interpretados à luz do interesse coletivo e transmitidos periodicamente à sociedade com o objetivo de difundir conhecimentos e orientar a opinião pública no sentido de promover o bem comum. (p.27)

  36. BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 • O jornalismo é informação para que a massa promova uma ação construtiva do bem comum. Isto só acontece se o agente conhece os fatos, as idéias que os geram, os antecedentes e possíveis conseqüências.

  37. BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 Cultura, massa e meios de comunicação • Cultura é o “processo mediante o qual a sociedade humana se liberta de condicionamentos naturais e das limitações do psiquismo animal e progride na estruturação de um mundo em que os atos construtivos resultam em comportamentos inteligentes, baseados na reflexão e na crítica e carregados de significados vivenciais”. (p.38-39)

  38. BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 • A massa, inclui também homens cultos. • A estes (...) é que se deve o surgimento do jornalismo interpretativo,um jornalismo em profundidade, à base de investigação, que começa a representar a nova posição da imemorial atividade social da informação de atualidade. Um jornalismo que oferece todos os elementos da realidade, a fim de que a massa, ela própria, a interprete.

  39. BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 Beltrão cita A. Salvador (Cultura e educação brasileira. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1971) • O homem cultural que a [massa] integra e a constitui ‘é capaz de afastar-se da realidade e olhar reflexivamente sobre o mundo; interpreta-o com a sua inteligência especulativa, estrutura-o com o seu espírito organizador, carrega-o de significados com sua intenção espiritual, orienta-o com sua vontade para rumos que lhe convém’. (p.4)

  40. BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 • Para evitar o melancólico fim de tantas revistas e jornais é que os editores partiram para o que se denominou jornalismo em profundidade ou jornalismo investigativo. (p.44) • Esse jornalismo se propunha a completar a informação audiovisual, ampliar a informação superficial que apenas dizia o que havia ocorrido.” ( p.44)

  41. BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 • Ele cita Dines sobre o jornalismo investigativo no Brasil (1963, JB): • Jornalismo investigativo não é jornalismo de sensações nem de escândalos. Ele relaciona-se com o jornalismo interpretativo ou analítico, pois, ai inquirir sobre as causas e suas origens dos fatos, busca também a ligação entre eles e oferece a explicação de sua ocorrência’. • ( p.45)

  42. BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 • A interpretação de que se trata é a do jornalista. O que se oferece a esse público é aquilo que julgamos nós que necessita saber e o material informativo deve ser por nós analisado, como parte de uma opinião jornalística. (p.46) • O jornalismo interpretativo é o objetivismo multiangular da atualidade apresentada pelos agentes da informação pública para que nós próprios, os receptores, o analisemos, julguemos e possamos agir com acerto. (p.46)

  43. BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 Jornalismo e Interpretação (ele cita Clemente Santamarina - Manual de Periodismo. Buenos Aires, 1947) A análise preliminar de submeter os dados recolhidos a uma seleção crítica, e transformá-la em matéria para a divulgação é a interpretaçãojornalística. Interpretação que é um exercício da inteligência e do discernimento de um agente qualificado, com excepcional aptidão para apreender toda a significação do fato para a comunidade”. (p.46)

  44. BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 • O autor citando a definição de LENADRO, Paulo Roberto e MEDINA, Cremilda. A arte de tecer o presente. São Paulo, Media, 1973): JI “é realmente o esforço de determinar o sentido de um fato, através da rede de forças que atuam nele – e não a atitude de valoração desse fato ou de seu sentido, como se faz em jornalismo opinativo”. (p.48)

  45. BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 Resumo • 1º) O jornalismo como processo industrializado; (...) do produto final da indústria jornalística, participam especialistas de diferentes campos de atividade e, mesmo entre aqueles que se denominam jornalistas –os agentes culturais que captam, interpretam, codificam adequadamente ao canal (...). Em conclusão: a mensagem jornalística é trabalho de equipe, e não individual; o comunicador de massa é grupal e altamente capacitado. (p.49)

  46. BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 • 2º) A dinâmica da culturaalterou a percepção da massa, capacitando-a a receber e interpretar a mensagem, desde que não lhes sejam escamoteados os dados essenciais. • A falta de compreensão ou aceitação desse estágio da cultura popular constitui um dos fatores que mais pesam contra a implantação do jornalismo interpretativo – entendido como a informação que, sem opinar, coloca diante da massa o quadro completo da situação de atualidade. (p.49-50)

  47. BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 • O que o jornalismo contemporâneo reclama de seus agentes, seja ele investigativo (que inquire sobre as causas e origens dos fatos), seja interpretativo ou analítico (que busca a ligação entre eles e oferece a explicação de sua ocorrência) é uma atitude grave , estudiosa e sobretudo responsável. (p.54)

  48. 1) Valor absoluto – valor da notícia em si mesma • Proximidade no tempo (capaz de afetar a vida do leitor) • Proximidade no espaço (localização da ocorrência) • Número e qualidade das pessoas envolvidas (nº pessoas afetadas, celebridades) • Valor material e/ou ideológico (afetar o equilíbrio econômico e cultural) BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica.2ª ed. Porto Alegre: Sulina, 1980 JI – Técnica - Etapas: A identificação do objeto(fato, idéia, situação que constitui o núcleo da informação, portanto a fonte é o jornalismo informativo); tem critérios de valoração:

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