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Internet, democracia & movimentos sociais. Sivaldo Pereira da Silva Intervozes. O papel da comunicação no Estado moderno. Soberania popular. O papel da comunicação no Estado moderno. Soberania popular. Estado. O papel da comunicação no Estado moderno. Soberania popular. Estado.
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Internet, democracia & movimentos sociais Sivaldo Pereira da Silva Intervozes
O papel da comunicação no Estado moderno Soberania popular
O papel da comunicação no Estado moderno Soberania popular Estado
O papel da comunicação no Estado moderno Soberania popular Estado
O papel da comunicação no Estado moderno Esfera civil(conjunto dos cidadãos)
O papel da comunicação no Estado moderno Esfera civil(conjunto dos cidadãos) mandantes
O papel da comunicação no Estado moderno Esfera civil(conjunto dos cidadãos) mandantes Esfera política (conjunto dos agentes governamentais)
O papel da comunicação no Estado moderno Esfera civil(conjunto dos cidadãos) mandantes Esfera política (conjunto dos agentes governamentais) mandatários
O papel da comunicação no Estado moderno Esfera civil(conjunto dos cidadãos) mandantes Esfera política (conjunto dos agentes governamentais) mandatários
O papel da comunicação no Estado moderno Esfera civil(conjunto dos cidadãos) mandantes Meios de comunicação Esfera política (conjunto dos agentes governamentais) mandatários
O papel da comunicação no Estado moderno Esfera civil(conjunto dos cidadãos) mandantes Meios de comunicação Esfera política (conjunto dos agentes governamentais) mandatários
O papel da comunicação no Estado moderno Esfera civil(conjunto dos cidadãos) mandantes Meios de comunicação Esfera política (conjunto dos agentes governamentais) mandatários
O papel da comunicação no Estado moderno Esfera civil(conjunto dos cidadãos) mandantes Meios de comunicação Esfera política (conjunto dos agentes governamentais) mandatários
Democracia e mídia Problemas no cumprimento das funções democráticas dos mídias tradicional (TV, rádio, jornal) Os mídias tradicionais não foram capazes de produzir uma comunicação política efetiva entre esfera civil e esfera política Estaria ocupada por por agentes do campo político e suas funções democráticas (como isenção, fiscalização, etc.) seriam constantemente violentada Os mídias tradicionais (principalmente a TV), seria, inclusive, um dos responsáveis pelos problemas da democracia, enfraquecendo os laços societais
Promessas da Rede para democracia A Internet surge como a ferramenta de comunicação capaz de resolver os problemas e as deficiências democráticas dos mídias tradicionais a) Possibilidade de comunicação horizontal (dialógica) em larga escala, através de diferentes formatos de linguagem (discursividade/ deliberação pública) b) Possibilidade de comunicação vertical em larga escala, isto é, sem intermediários (difusão de informação) c) Potencialidade para o armazenamento e circulação de dados e documentos públicos (transparência/controle) d) Possibilidade de interação coletiva (engajamento cívico/capital social)
Técnica, mediação e democracia: idealizações históricas século XV- imprensa de Gutemberg promete a difusão do conhecimento; a nova técnica iria possibilitar o surgimento do do “homem ciente de si”, conforme a visão iluminista; século XIX- surgimento do telégrafo é recebido por muitos como a tecnologia que iria unir os continentes, possibilitando a expansão das primeiras idéias de comunidades transnacionais integradas por uma ferramenta de comunicação;
Técnica, mediação e democracia: idealizações históricas século XX- o rádio é recebido como o meio capaz de fortalecer as democracias modernas, conectando cidadãos numa “agora eletrônica”, possibilitando a reunião de públicos geograficamente dispersos para debater questões de interesse geral (como “assembléias mediatizadas”); século XX- a Televisão surge como a tecnologia capaz de resolver os problemas educacionais, politizar e produzir cidadãos cada vez mais informados e civicamente mais ativos (teledemocracia);
Técnica, mediação e democracia: idealizações históricas século XXI- a Internet também incorpora discursos utópicos, onde esta nova ferramenta é tida por muitos como a solução para gerar cidadãos mais informados, politicamente ativos, engajados nos negócios públicos e também capaz de gerar debates, mobilizações e difundir informações de modo mais horizontal, produzindo uma sociedade do conhecimento (democracia digital, ciberdemocracia)
TICs e política: algumas hipóteses 1) Hipótese da mobilização - a Internet teria a capacidade de gerar a mobilização de novos contingentes de cidadãos para participação e engajamento cívico; 2) Hipótese do reforço - a internet tenderia a reforçar uma estrutura política já existente (“likeminded”); 3) Hipótese da normalização - a internet poderá se estabilizar no futuro e simplesmente repetir os padrões da comunicação política hoje existentes; 4) Hipótese da polarização - a comunicação política online, sobretudo a deliberação online, poderia acirrar as divergências devido às características do debate online; 5) Hipótese da fragmentação - a internet poderia aumentar a dispersão entre os diversos agentes políticos, principalmente na esfera civil.
Internet: simples, porém complexa... A Internet é um conjunto de possibilidades comunicativas, com linguagens ferramentas informacionais e comunicacionais as vezes, distintas, embora operantes sobre uma mesma plataforma tecnológica. Portanto, falar em Internet genericamente só funciona em termos abstratos: em termos concretos é preciso especificar sobre que objeto uma pesquisa está se referenciando.
Técnica, política e idealizações históricas Potencialidades técnicas x comunicação Existe um lapso de tempoentre as potencialidades das inovações tecnológicas e a capacidade social de realizá-las; Existem constrangimentossociais, políticos e econômicos no caminho da realização das potencialidades tecnológicas Existem apropriações sociais que nem sempre coincidem com o projeto utópico e deontológico que determinada tecnologia carrega
TICs e política: características e limites 1) Flexibilidade de uso/controle: uma das mais importantes características das TICs é a sua capacidade de flexibilidade quanto ao modo de apropriação e uso do agente. Isto é, o agente pode optar, em determinados momentos, por restringir ou expandir o processo comunicativo, tanto de forma horizontal como de forma vertical. Do ponto de vista político, isso significa que ambientes online podem ter alto grau de controle e hierarquização. 2) Concentração :as TICs podem repetir padrões de verticalidade de “audiência” característicos da comunicação de massa. Como demonstra Webster e Lin, cerca de 20% dos sites concentram 80% dos acessos, enquanto a grande maioria dos sítios, aproximadamente 80%, dividem os 20% da audiência restante.
TICs e política: características e limites 3) Internet não significa necessariamente “ruptura”, “revolução”: As TICs não substituem os meios tradicionais, elas se incorporam em um sistema pré-existente, inserindo novas características neste sistema: as novas tecnologias da comunicação são complementares ao sistema de comunicação da massa anteriormente existentes (jornais, rádio, TV). Ainda que haja uma reengenharia técnica, estética e operacional deste sistema midiático - diante das inovações digitais - a comunicação política continuará existindo através dos meios de comunicação tradicionais e a Internet passa a incorporar este sistema comunicacional e não significa necessariamente uma ruptura, no sentido revolucionário do termo, embora traga mudanças significativas. Isto significa admitir que há inovações relevantes trazidas por estas novas tecnologias, porém é preciso ponderar que nem tudo é realmente novo. Em alguns casos, a Internet, por exemplo, é um novo modo de se fazer velhas coisas.
TICs e política: características e limites 4) TICs e ambiguidade: Os modos de utilização das TICs não são necessariamente democráticos, ainda que sua arquitetura propicie fluxos horizontais de comunicação. As ferramentas online podem e são usadas para tanto para fins democráticos, como para fins anti-democráticos (pedofilia, neo-nazismo, terrorismo, etc.). 5) Internet tem múltiplas funções: O uso político dessas novas tecnologias da comunicação pelo cidadão é apenas uma opção dentre o leque de diferentes modos de apropriação com diferentes finalidades, inclusive não-políticas (como entretenimento, comunicação interpessoal , economia; intercâmbio cultural, busca de informação diversas etc.) Este pressuposto deve ser observado para evitar cobranças hiper-dimensionadas acerca do papel político que dessas novas tecnologias deveriam desempenhar.
Sivaldo Pereira da Silva sivaldop@intervozes.org.br