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ALIMENTOS, SOLOS E O MANEJO DE PRAGAS Qual é a dieta da maioria das pessoas do mundo?

ALIMENTOS, SOLOS E O MANEJO DE PRAGAS Qual é a dieta da maioria das pessoas do mundo?. ALIMENTOS, SOLOS E O MANEJO DE PRAGAS Qual é a dieta da maioria das pessoas do mundo? TRIGO, ARROZ OU MILHO – alimentos que não oferecem proteínas suficientes para evitar a desnutrição.

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ALIMENTOS, SOLOS E O MANEJO DE PRAGAS Qual é a dieta da maioria das pessoas do mundo?

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Presentation Transcript


  1. ALIMENTOS, SOLOS E O MANEJO DE PRAGAS Qual é a dieta da maioria das pessoas do mundo?

  2. ALIMENTOS, SOLOS E O MANEJO DE PRAGAS Qual é a dieta da maioria das pessoas do mundo? TRIGO, ARROZ OU MILHO – alimentos que não oferecem proteínas suficientes para evitar a desnutrição. Como resolver esse problema?

  3. ALIMENTOS, SOLOS E O MANEJO DE PRAGAS Qual é a dieta da maioria das pessoas do mundo? TRIGO, ARROZ OU MILHO – alimentos que não oferecem proteínas suficientes para evitar a desnutrição. Como resolver esse problema? Aqueles que têm dinheiro obtêm proteína suplementando esses grãos com vários tipos de feijão e carne, como a carne bovina, de frango, de porco e de peixe. A abordagem convencional sobre a produção de alimentos apresenta dois problemas. Quais?

  4. A abordagem convencional sobre a produção de alimentos apresenta dois problemas. Quais? • A maioria dos pobres não têm dinheiro para comprar carne; • A agricultura moderna provoca um impacto ambiental muito maior do que qualquer atividade humana. • Algumas sugestões para se lidar com essa situação: • Aumento no cultivo de plantas menos conhecidas ; • FEIJÃO ALADO – planta de crescimento rápido encontrada na Nova Guiné e na Ásia. • Suas vagens aladas, folhas parecidas com as de espinafres , gavinhas e sementes comestíveis contêm tanta proteína quanto a soja. • Sementes podem ser moídas e transformadas em farinha ou podem ser preparadas bebidas que têm o mesmo gosto do café, porém sem cafeína.

  5. FEIJÃO ALADO

  6. 2. Aumento no consumo de alguns insetos comestíveis • Existem cerca de 1500 insetos comestíveis e são importantes fontes de proteínas, vitaminas e minerais • MOPANI – larva da mariposa-imperador, um dos vários insetos consumidos na África • A maioria dos insetos é pobre em carboidratos e gordura e possui de 58 a 78% de proteína por peso – três a quatro vezes mais do que a carne bovina, de peixe, de frango ou ovos

  7. Por que não dependemos mais de animais como os insetos ricos em proteínas e de plantas como o feijão alado?

  8. Por que não dependemos mais de animais como os insetos ricos em proteínas e de plantas como o feijão alado? Dificuldade em convencer os agricultores a assumir o risco financeiro de cultivar novas safras de alimentos; Dificuldade em convencer os consumidores a experimentar novos alimentos; Empresas de sementes e produtores de carne não estão interessados nessas fontes alternativas de alimentos porque mesmo uma ligeira mudança para adotar essas fontes reduziria grandemente seus lucros.

  9. Quais são os principais efeitos ambientais ocasionados pela produção de alimentos?

  10. Quais são os principais efeitos ambientais ocasionados pela produção de alimentos? • PERDA DA BIODIVERSIDADE • DEGRADAÇÃO DO SOLO • PROBLEMAS COM A ÁGUA • POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA • PREJUÍZOS À SAÚDE HUMANA • Como cada um desses aspectos pode ser evidenciado?

  11. Como cada um desses aspectos pode ser evidenciado? • PERDA DA BIODIVERSIDADE • Perda e degradação de habitats pela eliminação de pastagens e florestas e pela drenagem de áreas úmidas; • Morte de peixes em razão do escoamento de pesticidas; • Morte de predadores selvagens para proteger os animais domésticos; • Perda da diversidade genética pela substituição de milhares de linhagens de safras selvagens por algumas variedades de monocultura.

  12. Como cada um desses aspectos pode ser evidenciado? • 2. DEGRADAÇÃO DO SOLO • Erosão; • Perda de fertilidade; • Salinização; • Alagamento; • Desertificação.

  13. Mas o que é erosão do solo?

  14. Mas o que é erosão do solo? Erosão é o movimento dos componentes do solo, em especial do lixo da superfície e do solo superficial, de um lugar para outro. Quais são os dois principais agentes causadores da erosão?

  15. Mas o que é erosão do solo? • Erosão é o movimento dos componentes do solo, em especial do lixo da superfície e do solo superficial, de um lugar para outro. • Quais são os dois principais agentes causadores da erosão? • Água corrente (maior parte da erosão) • 2. Vento • O solo se torna mais vulnerável à erosão por causa das atividades humanas, por exemplo, plantações, alagamentos, construções, pastagem excessiva, uso de veículos off-road e queimadas, que destroem a cobertura das plantas. • O solo é um recurso renovável ou não renovável?

  16. O solo é um recurso renovável ou não renovável? É considerado um recurso renovável porque os processos naturais podem regenerá-lo. Se o solo superficial, no entanto, erodir mais rapidamente do que se formar passará a ser uma fonte não renovável. O solo está erodindo mais rapidamente do que se formando em mais de um terço das terras cultiváveis do mundo.

  17. Mas o que é salinização do solo?

  18. O que é salinização do solo? • A água da irrigação contem pequenas quantidades de sais dissolvidos • A evaporação e a transpiração deixam os sais no solo • O sal acumula-se no solo • A salinização retarda o crescimento das safras, diminui a produção de culturas e, consequentemente, mata as plantas e arruína o solo.

  19. O que é o alagamento do solo? • a água da precipitação e da irrigação infiltra-se no solo • o nível da água subterrrânea aumenta.

  20. Como conservar o solo?

  21. Como conservar o solo? • A conservação do solo envolve meios de reduzir a erosão e restaurar a fertilidade do solo, principalmente pela manutenção da vegetação de cobertura. • Eliminar a aragem e o gradeamento da terrra é a chave para reduzir a erosão e restaurar o solo saudável. • Podem ser destacados dois tipos de lavoura de conservação: • LAVOURA MÍNIMA: no período do plantio, equipamentos revolvem somente o solo subsuperficial, sem revolver o solo superficial, os resíduos das safras anteriores ou qualquer vegetação de cobertura. • LAVOURA SEM ARAGEM: equipamentos de plantio injetam as sementes , fertilizantes e herbicidas nas finas fendas feitas por esses equipamentos. Tais fendas são suavizadas em seguida.

  22. Como cada um desses aspectos pode ser evidenciado? • 3. PROBLEMAS COM A ÁGUA • Desperdício de água; • Esgotamento aquífero; • Aumento de escoamento e inundações de terras desmatadas para cultivar safras; • Poluição por sedimentos em virtude da erosão; • Morte de peixes em razão do escoamento de pesticidas; • Poluição da água da superfície e de águas subterrâneas ocasionadas por pesticidas e fertilizantes; • Excesso de fertilização de lagos e riachos em razão do escoamento de nitratos e fosfatos de fertilizantes, resíduos de animais e resíduos de processamento de alimentos.

  23. Como cada um desses aspectos pode ser evidenciado? • 4. POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA • Emissão de gases de efeito estufa pelo uso dos combustíveis fósseis; • Outros poluentes atmosféricos pelo uso de combustíveis fósseis; • Emissão de gases de efeito estufa de óxido nitroso pelo uso de fertilizantes inorgânicos; • Emissão de metano, um gás de efeito estufa, pelo gado; • Poluição por causa da pulverização de pesticidas.

  24. Como cada um desses aspectos pode ser evidenciado? • 5. PREJUÍZOS À SAÚDE HUMANA • Resíduos de pesticidas e fertilizantes na água potável, em alimentos e no ar; • Contaminação da água potável e de banho por organismos que causam doenças provenientes dos resíduos de animais domésticos .

  25. ARTIGO AGRICULTURA ECOLÓGICA E AGRICULTURA FAMILIAR Os sintomas dramáticos desta problemática ambiental se apresentam em várias áreas, como por exemplo: 1. Na elevação constante e gradual da temperatura do planeta nas últimas décadas, conseqüência da emissão desenfreada de gases que provocam o efeito estufa. Nos últimos 50 anos a temperatura média do planeta tem subido a razão de 0,2°C por década; 2. Na perda da biodiversidade. Segundo alguns autores a maior erosão genética que o planeta já viu, com o desaparecimento de aproximadamente 74 espécies por dia; 3. Na perda de solos por erosão, estimada em cerca de 10 toneladas de solo por hectare/ano em nosso continente; 4. Diminuição dos mananciais de água doce. Cerca de 190 bilhões de metros cúbicos de água são transferidos anualmente, via irrigação, do continente para os oceanos.

  26. As tecnologias modernas não foram geradas tendo como alvo a viabilização da Agricultura Familiar, nem buscaram se adaptar às situações culturais, sociais e agronômicas da maior parte dos agricultores familiares. Tampouco a geração destas tecnologias partiu de um diálogo com o conhecimento acumulado pelos agricultores em sua relação com o agroecossistema no qual desenvolvem seu trabalho. O uso intensivo de capital exclui parcela significativa dos agricultores familiares do acesso às tecnologias “modernas”. O maquinário pesado e as sementes de alto rendimento não são compatíveis com solos de alta declividade e baixa fertilidade natural, comuns a maior parte das unidades familiares de produção.

  27. A despeito da situação marginal a qual foi historicamente relegada, a Agricultura Familiar segue cumprindo um papel da maior relevância no que tange à produção de alimentos, ocupação de mão-de-obra, manutenção da biodiversidade agrícola e preservação da paisagem.

  28. É neste ponto que acontece a maior aproximação entre a agricultura familiar e a agricultura ecológica. A pressão ambiental se faz sentir com mais força sobre aqueles que se relacionam mais diretamente com a natureza e historicamente não possuíram capital suficiente para moldá-la a determinado pacote tecnológico, utilizando-o apenas parcialmente. A alternativa foi desenvolver mecanismos de adaptação e convivência com o ecossistema trabalhado. Em um processo de observação da natureza e geração de tecnologias por um lado e tentativa e erro por outro, os agricultores familiares desenvolveram um sistema produtivo que guarda muitas relações com alguns princípios básicos da Agricultura Ecológica.

  29. Princípios básicos da Agricultura Ecológica Estes princípios se assentam na observação da Natureza como a matriz geradora dos conhecimentos necessários para a conformação de agroecossistemas sustentáveis. Particularmente importante é a observação da arquitetura vegetal e da produção principal do ecossistema original, da sua capacidade de produção de biomassa, e da forma como modera a energia incidente, principalmente na forma de chuva e sol. Solo permanentemente coberto, consorciação de culturas, estímulo à reciclagem de nutrientes e fomento da biodiversidade...

  30. A intercessão evidente Algumas características do sistema de produção da Agricultura Familiar, como já observado anteriormente, encerram estes mesmos princípios. Em que pese a diversidade existente dentro desta categoria de Agricultura Familiar, podemos afirmar que, em relação a agricultura patronal, ela possui uma maior tendência: i. Ao desenvolvimento de sistemas de produção diversificados. Muitas vezes com o desenho de agroecossistemas muito próximos ao ecossistema original; ii. A privilegiarem práticas que estimulem a reciclagem de nutrientes como a integração de distintos cultivos, dispondo os em consórcios propriamente ditos ou em forma de mosaico; iii. Ao uso de sementes próprias; iv. A serem relativamente mais independentes em relação a insumos externos; v. Ao uso de insumos locais e regionais; vi. A valorização da produção para o auto-consumo, sendo relativamente independentes do mercado no que diz respeito a sua reprodução social;

  31. Assim, se torna imprescindível que os agricultores familiares busquem criar estes mecanismos que por um lado propiciem maior segurança a esta opção pela agricultura ecológica e por outro contribuam com a construção de uma sociedade mais justa e equilibrada. Alguns destes mecanismos já vêm sendo adotados por um número significativo de agricultores ecologistas. Podemos citar alguns exemplos: a. Agregação de valor à produção primária, com a criação de agroindústrias de pequeno porte, descentralizadas e inseridas harmoniosamente no sistema de produção; b. Espaços de organização democráticos e participativos, que permitam a troca de experiências e informações, a busca de soluções conjuntas para problemas comuns e gerem capacidade de interlocução com o poder público e com outros atores sociais; c. Busca de canais de comercialização que minimizem os elos de intermediação que separam agricultor e consumidor, favoreçam a aproximação e o intercâmbio entre o rural e o urbano, melhorem os ingressos dos agricultores e estimulem a produção com bases ecológicas.

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