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CONCRETISMO

CONCRETISMO. Em 1956, a Exposição Nacional de Arte Concreta , realizada na cidade de São Paulo, lançou oficialmente o mais controverso movimento da poesia vanguardista brasileira : O concretismo .

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CONCRETISMO

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Presentation Transcript


  1. CONCRETISMO

  2. Em 1956, a ExposiçãoNacionalde Arte Concreta, realizadanacidade de São Paulo, lançouoficialmente o mais controverso movimentodapoesiavanguardistabrasileira: O concretismo. • CriadaporDécioPignatari (1927), Haroldo de Campos (1929) e Augusto de Campos (1931), a poesiaconcreta era um ataqueà produçãopoéticadaépoca, dominadapelageração de 1945, a quemosjovenspaulistasacusavam de verbalismo, subjetivismo, falta de apuro e incapacidade de expressar a realidadegeradapelarevolução industrial. • São Paulo viviaentão o apogeu do desenvolvimentoda era J.K. e seusintelectuaisbuscavamumapoéticaideológica/artisticacosmopolita, comotinhamfeitoosmodernistas de 1922. Porisso, um dos modelosadotadospelosconcretistasfoiOswald de Andradecujalíricasintética (“poemas-pílulas”) representavaparaeles o vanguardismomais radical. • Desde 1952, osjovensintelectuaispaulistasvinhamprocurando um novo caminhoatravés de umarevistachamadaNoigrandes, palavratirada de um poema de Erza Pound e quenãosignifica nada. • Todopoema é umaaventuraplanificada e obdecemaosseguintesprincípios: • Abolição do verso tradicional, sobretudoatravésdaeliminação dos laçossintáticos (preposições, conjunções, pronomes, etc.), gerandoumapoesiaobjetiva, concretafeitaquasetãosomente de substantivos e verbos; • Umalinguagemnecessariamentesintética, dinâmica, homologa à sociedade industrial (“a importância do olhonacomunicaçãomaisrápida…osanúnciosluminosos, as históriasemquadrinhos, a necessidade do movimento…”); • Utilização de paronomásias, neologismos, estrangeirismos; separação de prefixo e sufixos; repetição de certosmorfemas; valorizaçãodapalavrasolta (som, forma visual, cargasemântca) que se fragmenta e recompõenapágina; • O poematransforma-se emobjeto visual, valendo-se do espaçográficocomoagenteestrutural: uso dos espaçosbrancos, de recursostipográfico, etc.; emfunção disso o poemadeverá ser simultâneamente lido e visto.

  3. Augusto de Campos

  4. Décio Pignatari

  5. Décio Pignatari

  6. Haroldo de Campos

  7. William Blake

  8. Décio Pignatari nasceu em Jundiaí, em 1927. Desde os anos de 1950, Pignatari passou a fazer experiências com a linguagem poética, incorporando elementos visuais às palavras. Ao lado dos irmãos Augusto e Haroldo de Campos, o poeta, ensaísta e dramaturgo fundou o Movimento da poesia concreta (Concretismo) em 1952. Pignatari traduziu obras de Marshall McLuhan, Dante Alighieri, Goethe, Shakespeare, entre outros. Em 1977, publicou “Poesia Pois é Poesia”, que reúne toda sua obra poética. Pignatari sofria do mal de Alzheimer e não escrevia há quatro anos. Faleceu no dia 2 de dezembro, insuficiência respiratória.

  9. O poeta, tradutor e ensaísta Haroldo de Campos, morreu em agosto de 2003 em São Paulo aos 73 anos, lançou o movimento de poesia concreta em 1956.Nascido em 19 de agosto de 1929, em São Paulo, Haroldo de Campos formou-se em direito pela Universidade de São Paulo em 1952, mesmo ano em que fundava, com Augusto de Campos e Décio Pignatari, o Grupo Noigandres, de poesia concretista.Desde 1950, publicou mais de 30 livros, como "A Máquina do Mundo Repensada". Em 1992, ganhou o Prêmio Jabuti de personalidade literária do ano. Em 1999, o Prêmio Jabuti de poesia foi conferido para seu livro "Crisantempo: No Espaço Curvo Nasce Um" (1998).

  10. Considerado o "mais barroco" dos concretistas, Haroldo de Campos tem sua obra poética intimamente ligada ao movimento.A crença em uma "crise no verso" o levou ao experimentalismo, à busca de novas formas de estruturação e sintaxe, em curtos poemas-objeto ou longos poemas em prosa. Haroldo autorizou a reprodução do poema em Tanto que teve ilustração criada especialmente pelo grande Amilcar de Castro, também ligado ao movimento Concretista e falecido  em 2003.

  11. Augusto de Campos (1931) nasceu em São Paulo, São Paulo, no dia 14 de fevereiro de 1931. Formou-se em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco. Em 1948, junto com seu irmão Haroldo de Campos e com Décio Pignatari, se reúnem em torno do Clube da Poesia e logo se desligam da Geração 45, por entenderam que era um núcleo tradicional e pouco criativo. Em 1949, publica seu primeiro poema na Revista Brasileira de Poesia, editada pelo clube da poesia. A partir de 1952, iniciaram a articulação da chamada Poesia Concreta, feita de muitos manifestos e poucas obras. É caracterizada por uma linguagem sintética, por uma valorização da palavra solta (som, forma visual, carga semântica) que se fragmenta e recompõe na página. Nela o poema ganha espaço gráfico como agente estrutural, em função de que deverá ser lido e visto, pela utilização de recursos tipográficos.

  12. São Paulo foi o lugar do nascimento da poesia concreta. No decorrer da década de 50, os irmãos Campos e Décio entraram em contato com os pintores e escultores concretos de São Paulo, integrantes do grupo Ruptura, liderado pelo maestro Diogo Pacheco. Era necessário perceber as modificações pelas quais o ambiente urbano estava passando, com a implantação da era industrial. Augusto de Campos participa, em 1959, de uma exposição internacional da poesia concreta em Stuttgard, Alemanha e em 1960 em Tóquio, Japão. Em 1963, apresenta-se em Belo Horizonte, na Semana Nacional da Poesia de Vanguarda. Em 1967 surge o Movimento Tropicalista, que está diretamente ligado à poesia concreta. Obras de Augusto de Campos O Rei Menos o Reino, poesia, 1951Poetamenos, poesia, 195310 Poemas de E.E.Cummings, tradução, 1960Teoria da Poesia Concreta, ensaio, 1965 (com Haroldo e Décio)

  13. Balanço da Bossa, ensaio, 1968Re-visão de Kilkerry, ensaio, 1970Equvocábulos, poesia, 1970Guimarães Rosas em Três Dimensões, ensaio, 1970Colidonescapo, poesia, 1971Poemóbiles, poesia, 1974 (com Júlio Plaza)Mallarmé tradução, 1975 (com Haroldo e Décio)Caixa Preta, poesia, 1975 (com Júlio Plaza)Reduchamp, ensaio, 1976Verso, Reverso, Contraverso, tradução, 1978Poesia, Antipoesia, Antropofagia, ensaio, 1978Pagu: Vida-Obra, ensaio, 1982Expoemas, poesia, 1985A Margem da Margem, ensaio, 1989Mão, poesia, 1990Clip - poemas, 1997Os Sertões de Campos, ensaio, 1997 (com Haroldo de Campos)Música de Invenção, ensaio, 1998

  14. REFERÊNCIAS DécioPignatari CONTRACOMUNICAÇÃO Editora: PERSPECTIVA 2ª edição 1973 Haroldo de Campos A ARTE NO HORIZOANTE DO PROVÁVEL. Editora: PERSPECTIVA, 4ª edição,1977 Augusto de Campos Poesia 1949-1979 LivrariaDuasCidades, DécioPignatari Poesia Pois É Poesia 1950-1975 LivrariaDuasCidades 1977

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