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Oswald de Andrade e o Concretismo. Profª. Neusa. Manifesto antropófago. Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente. Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os
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Oswald de Andrade e o Concretismo Profª. Neusa
Manifesto antropófago Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente. Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz. Tupy, or not tupy that is the question. (...) Contra Anchieta cantando as onze mil virgens do céu, na terra de Iracema, – o patriarca João Ramalho fundador de São Paulo. (...) Contra a realidade social, vestida e opressora, cadastrada por Freud – a realidade sem complexos, sem loucura, sem prostituições e sem penitenciárias do matriarcado de Pindorama. OSWALD DE ANDRADE Em Piratininga Ano 374 da Deglutição do Bispo Sardinha. (Revista de Antropofagia, Ano 1, No. 1, maio de 1928.)
Manifesto da Poesia Pau - brasil A poesia existe nos fatos. Os casebres de açafrão e de ocre nos verdes da Favela, sob o azul cabralino, são fatos estéticos. O Carnaval no Rio é o acontecimento religioso da raça. Pau-Brasil. Wagner submerge ante os cordões de Botafogo. Bárbaro e nosso. A formação étnica rica. Riqueza vegetal. O minério. A cozinha. O vatapá, o ouro e a dança. § § § Toda a história bandeirante e a história comercial do Brasil. O lado doutor, o lado citações, o lado autores conhecidos. Comovente. Rui Barbosa: uma cartola na Senegâmbia. Tudo revertendo em riqueza. A riqueza dos bailes e das frases feitas. Negras de jockey. Odaliscas no Catumbi. Falar difícil. (...) Contra o gabinetismo, a prática culta da vida. Engenheiros em vez de jurisconsultos, perdidos como chineses na genealogia das idéias. A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos Correio da Manhã, 18 de março de 1924
Poesia Pau-brasil
Por ocasião da descoberta do Brasil Escapulário No Pão de AçúcarDe Cada DiaDai-nos SenhorA PoesiaDe Cada Dia
História do Brasil Pero Vaz de Caminha
A descobertaSeguimos nosso caminho por este mar de longoAté a oitava da PáscoaTopamos avesE houvemos vista de terra
As meninas da gare Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentisCom cabelos mui pretos pelas espáduasE suas vergonhas tão altas e tão saradinhasQue de nós as muito bem olharmosNão tínhamos nenhuma vergonha.
Vício na falaPara dizerem milho dizem mioPara melhor dizem mióPara pior pióPara telha dizem teiaPara telhado dizem teiadoE vão fazendo telhados
Poemas da Colonização
O capoeira— Qué apanhá sordado?— O quê?— Qué apanhá?Pernas e cabeças na calçada.
RELICÁRIO No baile da CorteFoi o Conde d'Eu quem dissePra Dona BenvindaQue farinha de SuruíPinga de ParatiFumo de BaependiÉ comê bebê pitá e caí
SENHOR FEUDAL Se Pedro SegundoVier aquiCom históriaEu boto ele na cadeia
rp 1 3 de maio Aprendi com meu filho de dez anosQue a poesia é a descobertaDas coisas que eu nunca vi
A europa curvou-se ante o Brasil 7 a 2 3 a 1 A injustiça de cette 4 a 0 2 a 1 3 a 1 E meia dúzia na cabeça dos portugueses
PronominaisDê-me um cigarroDiz a gramáticaDo professor e do alunoE do mulato sabidoMas o bom negro e o bom brancoDa Nação BrasileiraDizem todos os diasDeixa disso camaradaMe dá um cigarro
Roteiro da minas Longo da Linha Coqueiros Aos dois Aos três Aos grupos Altos Baixos
Canto de regresso à pátria Minha terra tem palmaresOnde gorjeia o marOs passarinhos daquiNão cantam como os de lá Ouro terra amor e rosasEu quero tudo de láNão permita Deus que eu morraSem que volte para lá Minha terra tem mais rosasE quase que mais amoresMinha terra tem mais ouroMinha terra tem mais terra Não permita Deus que eu morraSem que volte pra São PauloSem que veja a Rua 15E o progresso de São Paulo.
Infância O camisolão O jarro O passarinho O oceano A visita na casa que a gente sentava no sofá
Adolescência Aquele amornem me fale
Erro de portuguêsQuando o português chegouDebaixo de uma bruta chuvaVestiu o índioQue pena! Fosse uma manhã de solO índio tinha despidoO português.
AMORHumor Oswald de Andrade
Agora Já passou Arnaldo Antunes
Acordo Concordo Discordo Acordo Arnaldo Antunes
Memórias sentimentais de João Miramar 44. MONT – CENIS O alpinista de alpenstock desceu nos Alpes 75. NATAL Minha sogra ficou avó. 90. PARTICIPAÇÃO “O conde José Chelinini Della Robbia Grecca e Dona Gabriela Miguela da Cunha participaram a V. Exa. o seu casamento. Nice.”
beba coca cola babe cola beba coca babe cola caco caco cola cloaca Décio Pignatari
Idéia visível Valdemar Cordeiro
Superfície modulada Lygia Clark
Epitáfio Eu sou redondo, redondo Redondo, redondo eu seiEu sou uma redond’ilha Das mulheres que beijei Por falecer do oh! amorDas mulheres da minh’ilha Minha caveira rirá ah! ah! ah!Pensando na redondilha Oswald de Andrade