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Gestão Hospitalar:

Gestão Hospitalar:. Prof. André Carneiro. Tópicos de discussão. As organizações e o hospital Conceito de organização A perspectiva histórica do hospital A organização hospitalar A estrutura de um hospital Funções do hospital O hospital e o contexto do setor saúde

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Presentation Transcript


  1. Gestão Hospitalar: Prof. André Carneiro

  2. Tópicos de discussão As organizações e o hospital Conceito de organização A perspectiva histórica do hospital A organização hospitalar A estrutura de um hospital Funções do hospital O hospital e o contexto do setor saúde A complexidade das organizações hospitalares

  3. Conceito de organização • Nós nascemos, crescemos, somos educados, trabalhamos, nos divertimos, rezamos, jogamos, somos tratados e até morremos em organizações. • “A nossa sociedade é uma sociedade de organizações". ( Presthus, 1962).

  4. Conceito de organização • “...unidades sociais (ou agrupamentos humanos) intencionalmente construídas e reconstruídas a fim de atingir objetivos específicos”. (Parsons, 1960) • Para Max Weber (1997), cientista social alemão, as organizações são sistemas de normas que regem o comportamento das pessoas.

  5. A organização hospitalar No passado... • Segundo Foucault, “o surgimento do hospital como instrumento terapêutico é uma invenção relativamente nova, datada do final do séc. XVIII”. O hospital que funcionava na Europa, desde a Idade Média, não era concebido para curar. Antes do séc. XVIII, o hospital era uma instituição de assistência aos pobres, de separação e exclusão. Como portadores de doença e de possível contágio, os pacientes eram considerados perigosos.

  6. A organização hospitalar No passado... • Nesta época (séc. XVIII), dizia-se que o hospital era um morredouro, um lugar onde morrer. O pessoal hospitalar era “curativo, religioso ou leigo, que estavam ali para fazer a caridade que lhe assegurasse a salvação eterna”. A experiência hospitalar não incluía a formação do médico. Sua intervenção na doença era em torno da noção de crise. Na prática médica, nada permitia a organização de um saber hospitalar. Não havia intervenção da medicina, ou seja, hospital e medicina permaneceram independentes até meados do séc. XVIII.

  7. A organização hospitalar Hoje... • "Hospital é a parte integrante de um sistema coordenado de saúde, cuja função é dispensar à comunidade completa assistência à saúde preventiva e curativa, incluindo serviços extensivos à família, em seu domicílio e ainda em centro de formação para os que trabalham no campo da saúde e para as pesquisas bio-sociais".(Organização Mundial da Saúde – OMS)

  8. A organização hospitalar Hoje... • "O hospital é parte integrante de uma organização Médica e Social, cuja função básica, consiste em proporcionar à população Assistência Médica Sanitária completa, tanto curativa como preventiva, sob quaisquer regime de atendimento, inclusive o domiciliar, cujos serviços externos irradiam até o âmbito familiar, constituindo-se também, em centro de educação, capacitação de Recursos Humanos e de Pesquisas em Saúde, bem como de encaminhamento de pacientes, cabendo-lhe supervisionar e orientar os estabelecimentos de saúde a ele vinculados tecnicamente." (Ministério da Saúde)

  9. Funções do hospital • 1. Prevenir a doença (profilaxia); • 2. Restaurar a saúde (cura); • 3. Exercer funções educativas (ensino) e • 4. Promover a pesquisa (pesquisa). (Organização Mundial da Saúde – OMS)

  10. Funções do hospital • a) Prestação de atendimento médico e complementares aos doentes em regime de internação; • b) Desenvolvimento sempre que possível de atividades de natureza preventiva; • c) Participação em programas de natureza comunitária procurando atingir o contesto Sócio-Familiar dos pacientes, incluindo aqui a educação em saúde, que abrange a divulgação dos conceitos de promoção, proteção e prevenção da saúde. (Lima Gonçalves, 1983)

  11. CLASSIFICAÇÃO DE HOSPITAIS • Quanto a finalidade - Assistência Hospital geral - diversas especialidades Hospital especializado - foco em uma especialidade Hospital para uma determinada faixa etária ou tipo de clientela - para idosos, crianças, mulheres. Hospitais para determinadas camadas da população - militar, previdenciários,ou de medicina suplementar, de uma empresa.

  12. CLASSIFICAÇÃO DE HOSPITAIS • Hospitais de finalidade específica - ensino, pesquisa, das forças armadas (em conflito - navios-hospitais), de ONG - aviões hospitais. • Quanto a mantenedora ou forma da sociedade: Empresas particulares e privadas - individuais, sociedades ou cooperativas. Governamental ou público - adm. indireta, empresa pública e sociedade de economia mista.

  13. CLASSIFICAÇÃO DE HOSPITAIS • Quanto a natureza jurídica - de direito público, de direito privado. • Quanto a natureza econômica - Lucrativos e não lucrativos - beneficientes ou filantrópicos • Quanto a capacidade em leitos Pequeno porte - até 50 leitos Médio porte - de 50 a 149 leitos Grande porte - de 150 a 499 leitos Porte Especial - acima de 500 leitos

  14. CLASSIFICAÇÃO DE HOSPITAIS • Quanto ao tipo arquitetônico Pavilhonar - (horizontal) Monobloco - horizontal ou vertical Vertical - em forma de E, H, I, T, e U. Conforme a área física disponível e expansão • Quanto a hierarquia do atendimento primário, secundário e terciário.

  15. CLASSIFICAÇÃO DE HOSPITAIS • Quanto a organização do corpo-clínico Aberto Fechado Misto • Quanto ao tempo de permanência Curta permanência - até 30 dias Longa permanência - mais de 30 dias

  16. A complexidade das organizações hospitalares e sua gestão

  17. A complexidade das organizações hospitalares e sua gestão

  18. A complexidade das organizações hospitalares e sua gestão Macro Ambiente Atenção à Saúde

  19. A complexidade das organizações hospitalares e sua gestão • Para Glouberman & Mintzberg (1995) os sistemas de saúde são um dos mais complexos sistemas conhecidos na sociedade contemporânea. Os hospitais, em particular, são considerados como organizações extraordinariamente complexas. Mintzberg (1997) observa que ele tem "significativa suspeita de que administrar a mais complicada corporação deve ser quase brincadeira de criança quando comparada à administração de qualquer hospital".

  20. A complexidade das organizações hospitalares e sua gestão 1. a definição e a mensuração dos resultados são difíceis; 2. o trabalho desenvolvido é tido como extremamente variável e mais complexo do que em outras organizações; 3. a maior parte do trabalho é de natureza emergencial; 4. o trabalho dá pouca margem a ambigüidade e erro; 5. as atividades dos membros da organização são extremamente profissionalizadas, e eles são mais leais à profissão do que à organização; 6. existe pouco controle organizacional ou gerencial efetivo sobre o grupo mais responsável pelo trabalho: os médicos; 7. em muitas organizações de serviços de saúde, particularmente os hospitais, existe dupla linha de autoridade, o que gera problemas de coordenação e responsabilidades.

  21. O Ambiente Externo

  22. SUS Hospitais Operadoras de Planos de Saúde Outros Prestadores Indústria de Tecnologia Judiciário Órgãos de Classe Governo Cliente Final (Usuário) Indústria Farmacêutica Agências Reguladoras

  23. O Ambiente Interno

  24. Níveis de Influência da Estrutura Organizacional Nível Estratégico Planejamento Estratégico Planejamento Tático Nível Tático Planejamento Operacional Nível Operacional

  25. CONSIDERAÇÕES A departamentalização pode ser considerada, entre todos os componentes e subcomponentes da estrutura organizacional, como o mais conhecido pelos funcionários da empresa. A estrutura organizacional é representada graficamente no organograma, que, entretanto, não apresenta todos os aspectos da estrutura organizacional. Organograma é a representação gráfica de determinados aspectos da estrutura organizacional.

  26. TIPOS DE DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR QUANTIDADE FUNCIONAL TERRITORIAL MISTA POR PRODUTO DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR CLIENTES MATRICIAL POR PROJETO POR PROCESSO

  27. 1.1 - DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR QUANTIDADE Este tipo de departamentalização, obriga a empresa a agrupar certo número de pessoas não diferenciáveis, que a partir desta situação, tem obrigação de executar tarefas sob as ordens de um superior. A utilização da departamentalização por quantidade tem diminuído gradati- vamente, principalmente devido aos seguintes aspectos : I) O desenvolvimento dos recursos humanos. II) Os trabalhos de equipe especializada são mais eficientes que os baseados em número de pessoas. III) Não serve para níveis intermediários e mais elevados da empresa.

  28. DIRETORIA DE PRODUÇÃO GERÊNCIA DA ESTAMPARIA GERÊNCIA DE FERRAMENTARIA GERÊNCIA DE USINAGEM S1 S2 S3 S4 S1 S2 S3 S4 S1 S2 S3 S4

  29. 1.2 - DEPARTAMENTALIZAÇÃO FUNCIONAL Neste caso, as atividades são agrupadas de acôrdo com as funções da empresa; pode ser considerad,o o critério de departamentalização mais utilizado pelas empresas. Quando este tipo de departamentalização está sendo elaborada, podemos considerar : I) As áreas funcionais da empresa ( gerências de produção, financeira, marketing, recursos humanos, etc ) II) As funções da administração ( gerências de planejamento, organização, controle, etc ) III) Por área de conhecimento ( gerências de hidráulica, elétrica, mecânica, etc) Este tipo de departamentalização deve ser utilizado em empresas ou áreas da empresa, cujas atividades sejam bastante repetitivas e altamente especializadas.

  30. DIRETORIA DE PRODUÇÃO GERÊNCIA DE PRODUÇÃO GERÊNCIA FINANCEIRA GERÊNCIA DE MARKETING GERÊNCIA DE RECUR.HUMANOS

  31. 1.3 - DEPARTAMENTALIZAÇÃO TERRITORIAL( ou por localização geográfica ) Geralmente é usada em empresas territorialmente dispersas. Baseia-se no princípio de que todas as atividades que se realizam em deter- minado território devem ser agrupadas e colocadas sob as ordens de um ad- ministrador. Geralmente, o seu uso prende-se à obtenção de vantagens econômicas de determinadas operações locais, à possibilidade de maior treinamento de pes- soal pela atuação direta no território considerado, possibilidade de uma ação mais imediata em determinadas regiões e maior facilidade de conhecer os fa- tores e problemas locais por ocasião da decisão.

  32. DEPARTAMENTO DE TRANSPORTES REGIÃO NORTE REGIÃO SUDESTE REGIÃO SUL BASE 01 BASE 02 BASE 03 BASE 01 BASE 02 BASE 03 BASE 01 BASE 02 BASE 03

  33. 1.4 - DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR PRODUTOS ( ou serviços ) Na departamentalização por produtos ou serviços, o agrupamento é feito de acôrdo com as atividades inerentes a cada um dos produtos ou serviços da empresa. Esta departamentalização facilita a coordenação dos resultados esperados por cada grupo de produtos, pois cada um destes grupos, funciona como uma unidade estratégica de negócio. A inovação e a criatividade encontram condições favoráveis para se desen- volver nesta estrutura, já que esta departamentalização requer cooperação e comunicação de vários grupos contribuintes para os produtos ou serviços. Devemos nos preocupar com o item “custos” ao implantarmos este tipo de departamentalização pois a duplicidade de atividades nos vários grupos de produtos ou serviços, pode encarecer a estrutura.

  34. DIRETORIA GERÊNCIA DA DIVISÃO TÊXTIL GERÊNCIA DA DIVISÃO FARMACÊUTICA GERÊNCIA DA DIVISÃO QUÍMICA

  35. 1.5 - DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR CLIENTES Neste tipo de departamentalização as atividades são agrupadas de acordo com as necessidades variadas e especiais dos clientes ou fregueses da em- presa. As principais vantagens deste tipo de departamentalização são a de propiciar para a empresa uma situação favorável para tirar proveito das condições de grupos de clientes bem definidos e assegurar reconhecimento e atendimento contínuo e rápido aos diferentes tipos e classes de clientes.

  36. DIRETORIA COMERCIAL DEPARTAMENTO FEMININO DEPARTAMENTO INFANTIL DEPARTAMENTO MASCULINO SEÇÃO DE PERFUMARIA SEÇÃO DE LINGERIE SEÇÃO DE BRINQUEDOS SEÇÃO DE ROUPAS INFANTIS SEÇÃO DE ROUPAS MASCULINAS SEÇÃO DE CALÇADOS MASCULINOS

  37. 1.6 - DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR PROCESSO As atividades são agrupadas de acordo com as etapas de um processo. É basicamente empregado nos estabelecimentos industriais, de modo espe- cial nos níveis hierárquicos mais baixos da empresa. As principais vantagens deste tipo de departamentalização são a maior espe- cialização de recursos alocados e a possibilidade de comunicação mais rápida de informações técnicas. A possibilidade de perda da visão global do andamento do processo e a flexi- bilidade restrita para ajustes no processo, são as principais desvantagens deste tipo de departamentalização.

  38. SEÇÃO DE PREPARAÇÃO SEÇÃO DE CORTE SEÇÃO DE ESTAMPARIA SEÇÃO DE MONTAGEM

  39. 1.7 - DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR PROJETOS PROJETO: “é um trabalho, com datas de início e término, com produto final previamente estabelecido, em que são alocados e administrados os recursos, tudo isto sob a responsabilidade de um coordenador”. A departamentalização por projetos, baseia-se nesta definição de projeto, onde as atividades e as pessoas, recebem atribuições temporárias. O gerente de projeto é o responsável pela realização de todo o projeto ou de uma parte dele. Ao terminar a tarefa, o pessoal que temporariamente havia sido destinado a ela é designado para outros departamentos ou projetos.

  40. DIRETORIAL ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS COMERCIAL PROJETOS PROJETO A PROJETO B PROJETO C

  41. 1.8 - DEPARTAMENTALIZAÇÃO MATRICIAL Este tipo de departamentalização apresenta como característica, a sobrepo- sição de dois ou mais tipos de departamentalização sobre a mesma pessoa. Normalmente esta sobreposição se refere à fusão entre a estrutura funcional e a estrutura por projetos. A departamentalização matricial não leva em consideração o princípio da unidade de comando, quando identificamos um conflito entre os gerentes de projeto e os gerentes funcionais no que se refere à divisão da responsabilida- de e da autoridade.

  42. DIRETORIA COORDENAÇÃO DE PROJETOS MECÂNICA ELETRICIDADE ELETRÔNICA PROJETO A RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS PROJETO B PROJETO C

  43. 1.9 - DEPARTAMENTALIZAÇÃO MISTA É o tipo mais frequente, pois cada parte da empresa deve ter a estrutura que mais se adapte à sua realidade organizacional. DIRETORIA GERÊNCIA DE PROJETOS GERÊNCIA FINANCEIRA GERÊNCIA COMERCIAL PROJETO A REGIÃO SUL REGIÃO LESTE PROJETO B PROJETO C

  44. ESTABELECIMENTO DA MELHOR DEPARTAMENTALIZAÇÃO 2.1 - PRINCÍPIOS UTILIZADOS NA ESCOLHA DO TIPO DE DEPARTAMENTALIZAÇÃO Ao determinar o tipo de departamentalização, podemos nos defrontar com problemas na escolha. Para evitar estes problemas, devemos seguir alguns princípios, tais como: a) de maior uso - estabelece que o departamento que mais uso fizer de uma atividade deve tê-la sob sua jurisdição. b) de maior interesse - qual o departamento que mais interesse tem por uma atividade deve supervisioná-la. c) da separação do controle - estabelece que as atividades de controle devem ser autônomas, independentes e separadas das atividades que estão sendo controladas. d) da supressão da concorrência - estabelece a necessidade de eliminar a concorrência entre departamentos, agrupando atividades correlatas em um único departamento. Mas, em certos casos, a rivalidade interdepar- tamental é salutar quando cria uma competição natural e leal.

  45. 2.2- CRITÉRIOS BÁSICOS PARA A DEPARTAMENTALIZAÇÃO Diferenciação - estabelece que as atividades diferentes devem ficar em departamentos separados. A diferenciação ocorre quando: a) o fator humano é diferente. b) a tecnologia e a natureza das atividades são diferentes. c) os ambientes externos são diferentes. d) os objetivos e as estratégias são diferentes. Integração - estabelece que, quanto mais as atividades trabalham integradas, maior razão há para ficarem no mesmo departamento. Os fatores que levam à integração são: a) necessidade de coordenação. b) economia de escala.

  46. 2.3- ORGANOGRAMA LINEAR O organograma linear de responsabilidade, revela: a) A atividade/decisão relacionada com uma posição ou cargo organizacional, mostrando quem participa e em que grau, quando uma atividade ou decisão deve ocorrer na empresa. b) As relações e os tipos de autoridade que devem existir quando mais de um responsável contribui para a execução de um trabalho comum.

  47. 2.3- ORGANOGRAMA LINEAR Características a) É um conjunto sintético de informações relevantes encontráveis em organogramas e manuais de organizações dispostos na forma de uma matriz b) É um conjunto de posições e/ou cargos organizacionais a serem considerados, que constituem as linhas da matriz. c) Os símbolos que indicam o grau de extensão de esponsabilidade/autori- dade de forma que expliquem as relações entre as linhas e colunas, inseridos nas respectivas células da matriz.

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