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ULTRASSOM TERAPÊUTICO. DEFINIÇÃO. Tratamento mediante vibrações mecânicas com uma frequência superior a 20.000 Hz. (BORGES, 2010). DEFINIÇÃO. Vibrações acústicas inaudíveis de alta frequência que podem produzir efeito fisiológico térmico ou não térmico sobre tecidos biológicos.
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DEFINIÇÃO Tratamento mediante vibrações mecânicas com uma frequência superior a 20.000 Hz. (BORGES, 2010)
DEFINIÇÃO Vibrações acústicas inaudíveis de alta frequência que podem produzir efeito fisiológico térmico ou não térmico sobre tecidos biológicos. (PRENTICE – 2002)
Geração dos Ultra-sons Para HOOGLAND (1996) qualquer objeto que vibra é uma fonte de som. BORGES (2010) afirma que som é toda onda mecânica perceptível ao ouvido humano: Infrassom< 20Hz- 20.000Hz< Ultrassom
Propagação • As ondas sonoras necessitam de um meio para se propagarem (líquido, sólido e gasoso). • Nos tecidos a propagação depende das características de propagação do meio biológico e da reflexão de energia ultrassônica nas interfaces teciduais. • A velocidade é maior em meios com maior agregação molecular Ar:343 m/s H2O sal.: 1500 m/s osso:4000 m/s
EFEITO PIEZELÉTRICOPierri e Jaques Curie- 1880 Quando uma corrente elétrica alternada, gerada na mesma frequência que a ressonância do cristal, é propagada através do cristal piezoelétrico, este se expandirá e se contrairá ou vibrará na frequência da oscilação elétrica, gerando, desta maneira, ultra-som numa frequência desejada.
Freqüências do ultrassom O ultra-som terapêutico, no mercado nacional, caracteriza-se por apresentar freqüências de 1,0 ou 3,0 megahertz (MHz), sendo disponível atualmente também em 5,0 megahertz (MHz)
INTENSIDADE ULTRA-SÔNICA • É a energia que passa por segundo a cada cm² de uma superfície perpendicular à emissão das ondas, sendo sua unidade calculada em W/ cm² • A intensidade pode variar atualmente entre 0,01 a 3,0 W/ cm².
Potência ultra-sônica È a energia total que se produz por segundo, medida em watts.
Existem dois tipos de ondas que podem se propagar por um meio sólido: ONDAS LONGITUDINAIS E TRANSVERSAIS
Ondas Longitudinais • O deslocamento molecular se dá na direção em que a onda se propaga • Durante a propagação de uma onda longitudinal em regiões de alta densidade cria-se uma compressão • Durante a propagação de uma onda longitudinal em regiões de baixa intensidade cria-se uma rarefação
Ondas Transversais • As moléculas são deslocadas em uma direção perpendicular à direção em que a onda ultra-sônica está se movendo
Ondas longitudinais: se propagam em sólidos e líquidosOndas transversais: se propagam apenas no sólido
Área de Radiação Efetiva (ARE) • Porção da superfície do transdutor que realmente produz a onda sonora. • Corresponde aproximadamente ao diâmetro da superfície de contato do transdutor • Considerando que a área de radiação efetiva sempre é menor que a superfície do transdutor, o tamanho do transdutor não é indicativo da real superfície de radiação
O tamanho da área a ser tratada usando-se o ultra-som é de 2 a 3 vezes o tamanho da área de radiação efetiva (ARE) do cristal. • No gráfico a seguir mostra que quanto maior a área a ser tratada independente da frequência e intensidade menor é o aquecimento nos tecidos.
Absorção dos diferentes meios e tecidos nas freqüências de 1,0 e 3,0 MHz para a energia ultra-sônica
A absorção de energia sonora é maior nos tecidos com quantidades maiores de proteínas e menor conteúdo de água
Menor conteúdo de Proteína Maior conteúdo de proteína Menor absorção de US Maior absorção de Us Sangue Gordura Nervo Músculo Pele Tendão Cartilagem Osso
A profundidade de penetração do tecido é determinada pela frequência do ultra-som e não pela intensidadeQuanto maior a frequência do ultra-som menor será a profundidade do aquecimento
Absorção das ondas ultra-sônicas utilizando a frequência de 1 MHz • A energia ultra-sônica gerada a 1 MHz é transmitida através dos tecidos mais superficiais e absorvida sobretudo nos tecidos profundos, com profundidade de 2 a 5cm. • É muito útil em pacientes com alta porcentagem de gordura cutânea no corpo, e sempre que os efeitos desejados se destinarem às estruturas mais profundas
Absorção das ondas ultra-sônicas utilizando a frequência de 3 MHz • A energia de 3 MHz é absorvida nos tecidos mais superficiais, com uma profundidade de penetração entre 1 e 2 cm, sendo utilizado para tratar as condições mais superficiais.
A frequência de 3 Mhz não é somente mais absorvida superficialmente, é também absorvida 3 vezes mais rapidamente do que o ultra-som de 1 MHz. Esta maior taxa de absorção resulta em pico de aquecimento mais rápido nos tecidos. Tem sido demonstrado que o ultra-som de 3 MHz aquece o músculo humano 3 vezes mais rapidamente do que o ultra-som de 1 MHz
Relação de não-uniformidade do feixe • Indica a quantidade de variação da intensidade dentro de um feixe ultra-sônico e é determinada pelo pico da intensidade máxima do transdutor em contraposição à intensidade média, através da superfície do transdutor • As transmissões ultra-sônicas não são homogêneas ao longo do seu eixo longitudinal; em alguns pontos têm intensidade mais altas do que outros ao longo da superfície do transdutor
Relação de não-uniformidade do feixe • Quanto maior o diâmetro do transdutor, melhor será focalizado ou alinhado os feixes de ultra-som. • A transmissão do ultra-som gerado a uma frequência de 1MHz é mais divergente do que o ultra-som de 3 MHz
Relação de não-uniformidade do feixe • Campo próximo ou zona de Fresnel: área de absorção próxima do campo ultra-sônico, onde a absorção se torna mais irregular • Campo distante ou zona de Fraunhofer: área de absorção distante do campo ultra-sônico, onde a absorção se torna mais regular • Feixe ideal: 1:1 ou até de 2 a 6:1
Ultra-som Contínuo versus Pulsado • Ultra-som Pulsado: a intensidade é periodicamente interrompida, com nenhuma energia ultra-sônica sendo produzida durante o período desligado. • Ultra-som Contínuo: a intensidade sonora permanece constante ao longo do tratamento e a energia do ultra-som é produzida em 100% do tempo
Efeitos Fisiológicos do Ultra-som Na aplicação das ondas ultra-sônicas é possível observar efeitos térmicos e não térmicos nos diferentes tipos de tecidos biológicos: células, tecidos e órgãos.
Efeitos térmicos • Aumento na extensibilidade das fibras de colágeno encontrada nos tendões e cápsulas articulare; • Diminuição da rigidez articular; • Redução do espasmo muscular: • Modulação da dor; • Aumento do fluxo de sangue;
Efeitos térmicos • Tem sido sugerido que para a maioria desses efeitos acontecerem, os tecidos devem ser elevados para um nível de 37,5 a 40,5°C por num mínimo de 5 minutos • Aumento da temperatura tecidual em 1°C acelera o metabolismo e o processo de cura; • Aumentos de 2 a 3°C diminuem a dor e o espasmo muscular • Aumentos de 4°C ou mais aumentam a extensibilidade do colágeno e diminuem a rigidez articular
Tem se demonstrado que temperaturas acima de 40,5°C podem ser potencialmente lesivas aos tecidos, mas, no entanto, pacientes normalmente sentem dor antes de se atingir essas temperaturas extremas
Efeitos não-térmicos • Cavitação • Micromassagem
Cavitação • Formação de bolhas gasosas que expandem e se comprimem em razão da mudança de pressão induzida pelo ultra-som nos líquidos teciduais • Cavitação estável: as bolhas se expandem e se contraem em resposta à mudança de pressão regularmente repetida durante muitos ciclos. • Cavitação Instável: existem grandes modificações violentas nos volumes de bolhas de ar antes que ocorra a implosão e o colapso depois de uns poucos ciclos.
Cavitação • Na cavitação estável ocorre um movimento localizado e unidirecional de líquido em torno da bolha que esta vibrando. • O efeito chamado de microcorrenteza, exerce sobrecarga viscosa sobre a membrana da célula e portanto pode aumentar a permeabilidade da membrana. • Este aumento de permeabilidade pode aumentar a secreção pelos mastócitos, aumento na captação de cálcio e maior produção do fator de crescimento pelos macrófagos
Micromassagem As ondas de compressão e rarefação podem produzir uma forma de micromassagem capaz de reduzir o edema
Técnicas de aplicação • Instruções gerais ao paciente • Preparo e teste do equipamento • Aplicação e movimento do cabeçote
Preparo e teste do equipamento • Colocar o cabeçote logo abaixo da superfície da água quando o ultra-som tem características de aplicação sub-aquática. • Pode-se também cobrir o cabeçote com água ou álcool quanto este não tem características sub-aquática.
Aplicação em banho de imersão • É usado quando o contato direto não é possível devido a forma irregular da parte a ser tratada. • Geralmente utilizado nas extremidades. • O cabeçote é colocado na água e movido paralelo à superfície da parte que está sendo tratada e o mais próximo possível da pele