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Aspectos Históricos da Neurociência. Daniel Damiani, 2010. Introdução. Neurociência é definida como a ciência que estuda diversos ramos envolvidos com o sistema nervoso, tais como:. Neuropatologia. Neuropedagogia . Neuroendocrinologia . Neuroeconomia . Neuropsicologia . Neurobiologia.
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Aspectos Históricos da Neurociência Daniel Damiani, 2010.
Introdução • Neurociência é definida como a ciência que estuda diversos ramos envolvidos com o sistema nervoso, tais como: • Neuropatologia. • Neuropedagogia. • Neuroendocrinologia. • Neuroeconomia. • Neuropsicologia. • Neurobiologia. • Neurogenética. • Neurorradiologia. • Neuroquímica. • Neurocircuitaria. • Neuroanatomia. • Neurofisiologia. • Neurofarmacologia. • Neuroimunologia. • Neurologia. • Neurocirurgia. • Neuropsiquiatria. • Neuroteologia. • Neuromarketing.
NEUROCIÊNCIA NEUROLOGIA BIOMEDICINA FONOAUDIOLOGIA NEUROCIRURGIA NUTRICÃO FISIOTERAPIA BIOLOGIA PSIQUIATRIA ENFERMAGEM PSICOPEDAGOGIA PSICOLOGIA PEDAGOGIA
História • Até o começo do século XIX as teorias consideravam que a mente e a consciência eram manifestações de espíritos animais atuando através do cérebro. • Século III a.C. Herophilus e Erasistratus, Egito, inauguram os estudos anatômicos do cérebro humano. • Destaque para os ventrículos encefálicos! • 500 anos depois: Galeno descreve os ventrículos cerebrais em detalhes, acreditando que neles encontrava-se os espíritos dos animais.
História • Galeno ainda associava a imaginação, intelecto e a memória com o tecido cerebral.
A cognição nas cavidades cerebrais • Século IV d.C. : Doutrina Ventricular! • Defendia a localização das funções mentais em 3 câmaras no centro do cérebro. • A porção sólida (córtex) era suja demais para atuar como sede da alma. • Os ventrículos eram espaços vazios, puros, nobres. • Subdivididos em 3 porções: anterior, mediana e posterior – paralelo com a Santa Trindade.
A cognição nas cavidades cerebrais • Nemesius: o ventrículos anterior (próximo à face) seria os órgãos do sentido; a cognição estaria no ventrículo mediano e a memória no ventrículo posterior.
A cognição nas cavidades cerebrais • Andreas Vesalius: descreve com muito mais detalhes os ventrículos comparado às circunvoluções, também acreditando neles como sede do espírito. • Para Vesalius as circunvoluções apenas possibilitavam que os vasos sangüíneos levassem nutrientes aos ventrículos. • Leonardo da Vinci: faz um desenho mais realista dos ventrículos; injetou cera líquida nos ventrículos para formar seu molde. • Porém a “função ventricular” permaneceu a mesma!!!
A cognição nas cavidades cerebrais • René Descartes (1596-1650): acreditava que fluidos ou espíritos animais circulavam pelo cérebro e através dos “tubos” (nervos), os fluidos levariam as informações auditivas, visuais, táteis,... • Essas informações chegariam à pineal (órgão ímpar) responsável pela consciência. • A pineal seria a sede da alma, executando funções musculares,...
Transferência das Funções para o Córtex • Franz Gall no século XIX: dá origem ao nascimento da neurociência. • Thomas Willis: escreveu um livro denominado Cerebrianatomie – com descrições anatômicas, fisiológicas, químicas e neurológicas. • Sugeriu que os ventrículos eram apenas resultado das dobras cerebrais mas mesmo assim atribuía a eles a função anterior. Porém a cognição, memória, volição estaria no córtex! • Acreditava que as circunvoluções eram aleatórias, sem organização alguma, diferente entre os homens.
Produção da Mente pelo Cérebro • Franz Gall (1758-1828), seu discípulo François Leuret (1797-1851) e Pierre Gratiolet (1814-1865) consideraram constante a apresentação cortical. • Daí iniciam-se os estudos para se propor funções diferentes para as áreas cerebrais. • Gall é o primeiro a ilustrar fidedignamente as circunvoluções cerebrais. • Gall acreditava que no cérebro havia o comportamento, pensamento, emoções; na verdade o cérebro é composto por 27 órgãos.
Produção da Mente pelo Cérebro • Para Gall e seu discípulo Spurzheim, as faculdades mentais se localizavam em órgãos específicos; o desenvolvimento de cada região causaria deformações do crânio, podendo ser avaliadas! • 1805, por essa teoria de “repartição da alma”, Gall foi expulso do Estado de Viena. • Gall foi rejeitado em Paris pela Academia de Ciência. • Porém se popularizou o termo “frenologia”.
Produção da Mente pelo Cérebro • Pierre Flourens (1794-1867) e JulienLegallois (1770-1840) demonstram que lesões corticais (em pombos) causariam déficits – tais como o centro respiratório no tronco encefálico. • Acreditavam que o funcionamento cerebral era global, sem locais específicos. • A partir de então, o cerebelo é atribuído à coordenação; os lobos cerebrais na percepção, julgamento e memória; tálamo como centro sensorial por receber vários nervos; corpo estriado como centro motor.
Produção da Mente pelo Cérebro • Paul Broca (1824-1880) declarou que a linguagem tinha localização específica. • Na verdade, descrições anteriores a Broca já haviam sido feitas por Marc Dax.
Produção da Mente pelo Cérebro • Após Broca, diversos estudos sobre lesões experimentais ocorreram. • Friedrich Goltz lesionava cérebros de cães. • David Ferrier lesionava cérebro de macacos. • Hermann Munk (1839-1912) atribuiu a visão ao córtex occipital. • Estudos apontam para áreas de associação. • Avanços das técnicas histológicas no final do século XIX: Santiago Ramón y Cajal (1852-1934) – “Doutrina Neuronal” – neurônios não se tocam!!
Produção da Mente pelo Cérebro • CamilloGolgi (1843-1926), elaborou a coloração por prata ao SN: finalmente, viu-se que os neurônios não se tocavam! • Observaram áreas anatomicamente diferentes. • KorbiniamBrodmann (1868-1918): descreve um mapa citoarquitetônico com 52 áreas funcionais. KorbiniamBrodmann
Produção da Mente pelo Cérebro • Charles Sherrington (1857-1952) deu o nome sinapse ao espaço interneuronal. • Marshall Hall (1790-1857) descreveu os reflexos, reescritos por Sherrington como movimentos presentes em animais sem cérebro e tronco encefálico. • Sherrington identifica o “Arco Reflexo”. Charles Sherrington
Córtex Redescoberto: Neuroestimulação • GustavFritsch (1838-1927) e Eduard Hitzig (1838-1907) usaram eletricidade para o estímulo de áreas motoras-sensoriais do córtex – Microestimulação Elétrica! • Pioneiro a utilizar essa técnica com o paciente acordado foi o neurocirurgião Harvey Cushing (1869-1939). • A estimulação elétrica foi também explorada pelo neurocirurgião canadense Wilder Penfield (1891-1976), já em 1950.
Sintonizando as Ondas Cerebrais • Richard Caton (1824-1926) descobriu que regiões cerebrais emitiam corrente elétrica e que era possível verificá-las, apesar de correntes muito pequenas. • Hans Berger (1873-1941) – EEG: capaz de detectar ondas alpha (10 ciclos/segundo) e beta (menores e mais rápidas). • 1936: descrevem-se ondas delta (d de doença de degeneração); ferramenta útil no diagnóstico de tumores e abscessos.
Formação Reticular • HoraceMagoun (1907-1991) e Giuseppe Moruzzi (1910-1986) estimularam por engano a formação reticular de um gato anestesiado. O EEG imediatamente mudou do sono para vigília. A destruição desta área tinha efeito oposto: inconsciência e coma.
Monitorização Cortical • Herbert Jasper (1906-1999) viu a necessidade de monitorar o córtex – aprimorou eletrodos de tungstênio para ser usado no intra-op de cirurgias para o Parkinson. • Edwin Neher em 1980 desenvolve técnicas de patch-clamp esclarecendo mecanismos do aprendizado e da memória. • Ao final dos anos 70 surge a monitorização cerebral funcional: PET e SPECT; iniciam-se os estudos metabólicos cerebrais: substâncias radioativas.
Monitorização Cortical • 1980: imagem anatômica cerebral com a RNM. • 1992: RNM Funcional. • Dias atuais: Estudos do comportamento, sono, neurocircuitaria, biologia molecular das doenças, novos neurotransmissores, neuroplasticidade, sinapses efáticas (por freqüência), mapeamento de receptores / drogas específicas, ...
Perspectivas - Nanoneurocirurgia • Alvos específicos. • Limitação dos efeitos colaterais. • Atuação em tumores vascularizados – Passam a BHE.
Perspectivas - Nanoneurocirurgia • Nanopartículas, Nanoesferas ou Nanocápsulas: • Partículas coloidais carreando a droga. • Matriz biodegradável: controle do tempo de liberação da droga.
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