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NÃO OUÇO, NÃO VEJO, ME CALO. Texto: Luiz G. Silva Nosso Site: www.respingosdeorvalho.hpgvip.com.br. Não ouço o pedido insistente do pobre, Nem S. O. S. do desempregado. Não ouço o clamor daquele que sofre, Nem o chorar do menor abandonado. Não ouço o alerta dos homens da ciência,
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NÃO OUÇO, NÃO VEJO, ME CALO Texto: Luiz G. Silva Nosso Site: www.respingosdeorvalho.hpgvip.com.br
Não ouço o pedido insistente do pobre, Nem S. O. S. do desempregado. Não ouço o clamor daquele que sofre, Nem o chorar do menor abandonado. Não ouço o alerta dos homens da ciência, Nem ouço os apelos do Meio Ambiente. Não ouço a voz da minha consciência, Nem o lamento do irmão indigente.
Só ouço daquilo que mais me agrada. É muito mais cômodo o “Não ouvir nada”.
Não vejo a miséria no mundo a grassar, Não vejo, jamais os problemas sociais. Não vejo a injustiça e a dor campear, Nem o abandono dos doentes mentais. Não vejo a pobreza da periferia, Nem vejo motivo para tantos ais. Não vejo a carência do bóia fria, Nem vejo também desatinos morais.
Só vejo daquilo que mais me agrada, É muito mais cômodo o “Não se ver nada”.
Calo-me ante o ódio, a dor e a maldade, Calo-me também, à tortura e à violência. Calo-me à traição e a vil falsidade, Calo-me também à maledicência. Calo-me ante a sanha dessa falsa “Grei” Que corrompe, destrói e mata o moral. Calo-me aos que matam, em nome da lei, Calo-me aos que fazem injustiça “legal”.
Só falo daquilo que mais me agrada, É muito mais cômodo o “Não falar nada”.
INCAUTO, diz Deus, te julgas imortal? Não sabes que o corpo que tens é finito? Será que quando tua vida chegar ao final E nada de bom no TEU livro ESCRITO, Tenho EU que perdoá-lo de tua OMISSÃO, Se viveste no mundo, sem nada fazer? Pois EU vou julgá-lo conforme a razão, E com muito pesar EU vou te dizer:
EU recebo a todos no fim da jornada, Mas, nunca aqueles que não fazem NADA!